CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA – IBMR LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES CURSO BACHARELADO EM ESTÉTICA ROSALINA OLIVEIRA BACELAR VIVIANE HILÁRIO PEREIRA REVISÃO DE LITERATURA DA FISIOPATOLOGIA DA POPULARMENTE CONHECIDA CELULITE: UMA REFLEXÃO SOBRE O MÉTODO GODOY & GODOY COMO POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO. Rio de Janeiro 2017
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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA – IBMR LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES
CURSO BACHARELADO EM ESTÉTICA
ROSALINA OLIVEIRA BACELAR VIVIANE HILÁRIO PEREIRA
REVISÃO DE LITERATURA DA FISIOPATOLOGIA DA POPULARMENTE CONHECIDA CELULITE: UMA REFLEXÃO SOBRE O MÉTODO GODOY &
GODOY COMO POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO.
Rio de Janeiro 2017
ROSALINA OLIVEIRA BACELAR VIVIANE HILÁRIO PEREIRA
REVISÃO DE LITERATURA DA FISIOPATOLOGIA DA POPULARMENTE
CONHECIDA CELULITE: UMA REFLEXÃO SOBRE O MÉTODO GODOY & GODOY COMO POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO.
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso Bacharelado em Estética do Centro Universitário Hermínio da Silveira- IBMR/ Laureate International Universities, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Estética.
Orientador: ELAINE OLIVEIRA DOS SANTOS MELO Coorientador: CARLOS JOSÉ DA COSTA PAIVA
Rio de Janeiro 2017
ROSALINA OLIVEIRA BACELAR VIVIANE HILÁRIO PEREIRA
REVISÃO DE LITERATURA DA FISIOPATOLOGIA DA POPULARMENTE CONHECIDA CELULITE: UMA REFLEXÃO SOBRE O MÉTODO GODOY &
GODOY COMO POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO.
Artigo apresentado ao curso Bacharelado em Estética do IBMR – Laureate International Universities, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Estética.
O nome estética tem origem grega, aisthetiké, que significa aquele que nota, que
percebe; na filosofia ela é estudada como a arte do belo nas manifestações artísticas
e naturais; na saúde a estética atua como o bem-estar físico, mental e social.
O presente estudo dará ênfase à atuação da Estética Clínica, a fim de evidenciar a
drenagem linfática manual como possibilidade de tratamento da linfostase cutânea
regional. Sob esta ótica sabe-se que razões multifatoriais poderão comprometer o
relevo topográfico cutâneo das regiões glúteas e membros inferiores mais comumente
nas mulheres ginóides.
A problemática deste estudo se relaciona com a linfostase cutânea regional,
consagradamente conhecida tanto na área da saúde quanto entre o público leigo
como celulite, e para tanto propõe-se à atuação na Estética Clínica por meio de terapia
manual, valendo-se do método de drenagem linfática, de acordo com o método de
Godoy & Godoy como uma sugestão de tratamento.
A justificativa do estudo dar-se-á ao fato de que o desejo pela normalização da
aparência do relevo cutâneo corporal, traduz-se em desafio para as mulheres que
convivem com esta patologia de acúmulo, que por vezes afetará sua autoestima e
convívio social, em situações onde deva expor sua silhueta. Por tais razões este
estudo aborda a drenagem linfática manual de Godoy & Godoy como uma
possibilidade de tratamento da linfostase cutânea regional, a fim de restabelecer a
microcirculação periférica local, bem como o contorno corporal.
O estudo da temática compreende total relevância para o Bacharel em Estética, uma
vez que ajudará no desenvolvimento de um procedimento com base científica de
modo que seu trabalho seja reconhecido e respeitado. No campo acadêmico, esta
revisão bibliográfica ajudará a aumentar sua fonte de pesquisa. O cliente receberá um
tratamento qualificado, que certamente terá impacto em sua autoestima.
O objetivo deste estudo foi: estudar a fisiopatologia da popularmente conhecida
celulite (linfostase cutânea regional).
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2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral: evidenciar a possibilidade de tratamento para a linfostase cutânea
regional sob a ótica do método Godoy & Godoy.
2.2 Objetivos específicos: enumerar as nomenclaturas da linfostase cutânea
regional, recordar o sistema linfático, descrever drenagem linfática global: conceito
Godoy & Godoy.
A seguir Tratar-se-á de uma breve introdução sobre a pele, onde é apresentada a
patologia linfostase cutânea regional (celulite).
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Pele
A pele representa cerca de 16% do peso corporal total, tendo como função principal
proteger o corpo das agressões do meio externo. É na superfície externa que se
processa o maior número de interações com o meio, como a regulação da temperatura
corpórea por exemplo. É através da pele que se secreta e excreta humores interagindo
com o mundo (GOMES; DAMAZIO, 2009).
O tegumento é admirável por constituir uma barreira eficiente contra agressões exógenas, de natureza química ou biológica, e impedir a perda de água e de proteínas para o exterior e, ainda assim, manter-se maleável (Kede e Sabatovich, 2009 p. 01).
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De acordo com Tortora; Derrickson (2012), estruturalmente, a pele consiste em duas
partes principais: a epiderme (epi- = acima), superficial, composta por cinco camadas:
basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea; e a derme, camada mais profunda,
Na epiderme, o epitélio é escamoso, estratificado e queratinizado, tendo como
principais células os queratinócitos; os melanócitos; as células de Langerhans e as
células de Merkel. Cerca de 90% das células da epiderme é composta por
queratinócitos (keratino- = córneo; kytos- =célula) organizadas em 4 ou 5 estratos,
citados acima, que produzem a proteína queratina, uma proteína forte e fibrosa, que
ajuda a proteger a pele e os tecidos subjacentes das agressões químicas e biológicas.
Já a derme, camada mais profunda da pele, é formada principalmente por tecido
conjuntivo denso. Contém fibras colágenas e elásticas conferindo à pele
extensibilidade (capacidade de distensão) e a elasticidade (habilidade de retornar à
forma original após esticar). É na derme que poderão ocorrer importantes alterações
fisiológicas, que culminarão no quadro inestético e multifatorial que elucidaremos no
decorrer do trabalho.
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Discorrer-se-á, agora, sobre o conceito da linfostase cutânea regional, suas várias
nomenclaturas, de como reflete na autoestima das mulheres, como é a formação
dessa fisiopatologia que é multifatorial e suas classificações.
4. NOMENCLATURAS E CONCEITOS DA LINFOSTASE CUTÂNEA
REGIONAL
O termo celulite vem do latim cellulite, e foi usado no ano de 1920 por Alquier e Paviot
para caracterizar uma doença que, atualmente, acomete cerca de 90% das mulheres.
Até os dias de hoje é o termo mais usado.
Alquier e Paviot consideravam uma alteração estética no revelo cutâneo, com uma distrofia celular complexa e não inflamatória do sistema mesenquimatoso, acompanhada de uma saturação do tecido conjuntivo pelos líquidos intersticiais. (Godoy & Godoy, 2003 p. 09).
No entanto, houve várias discussões para alteração desse nome, pois observou-se
que não havia um infiltrado inflamatório na histopatológica. A partir desta discussão
vários pesquisadores deram nomes diferentes para esta disfunção, tais como:
Paniculopatia edemato-fibroesclerótica por Binazzi, em 1977 e de paniculose em
1983, lipoesclerose nodular por Curri em 1991, e a lipodistrofia ginoide por Ciporkin &
Paschoal em 1992, linfostase cutânea regional por Godoy & Godoy em 2003.
Consideramos o conceito de Godoy & Godoy o mais adequado, pois se refere
diretamente aos aspectos da fisiopatologia da doença e não aos achados
histopatológicos que representam as consequências das alterações dérmicas. (Godoy
& Godoy, 2003).
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Na Idade Média, a linfostase cutânea regional era vista como belo. Era digno está em
realce diante das pinturas e estátuas femininas, (fig. 02) porém, nos padrões de beleza
dos dias atuais (fig. 03) é visto como uma imperfeição.
Fig. 02: Conceito de beleza na Idade Média (As Três Graças)
SABATOVICH, 2009.), discorre detalhadamente as ações hormonais que irão
influenciar nos fatores desencadeantes da fisiopatologia da lipodistrofia ginóide (LDG):
[...]O estrogênio é o grande responsável pela disfunção inicial. O hiperestrogenismo tem sido considerado o principal etiológico da LDG [...] Verifica-se a ação do estrogênio em cada um dos componentes da unidade funcional do tecido adiposo, como se pode observar a seguir. Na matriz intersticial, age estimulando a proliferação dos fibroblastos [...] à perda de elasticidade das fibras de colágenos. Nos adipócitos e sistema neurovegetativo, o estrogênio aumenta a resposta dos receptores alfa-adrenérgicos antilipolíticos e estimula a lipase lipoproteica [...] Na microcirculação o estrogênio tem o efeito no aumento da permeabilidade, facilitando o edema e na diminuição do tônus muscular [...] Um hipertireoidismo periférico relativo pode ser provocado pelo estrogênio [...] Assim, o estrogênio pode iniciar,
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agravar e perpetuar o processo da lipodistrofia ginóide [...] Já a progesterona tem seu efeito agravante na LDG através do edema que desencadeia a cada ciclo menstrual [...] Dentre outros hormônios, destaca-se a insulina que é lipogênica. A prolactina aumenta a retenção hídrica no tecido adiposo. As catecolaminas em baixa concentração ativam os recptores beta-adrenérgicos nos adipócitos. MEDEIROS (in KEDE, SABATOVICH, 2009, p.461).
4.2.3 Fatores Agravantes: Sedentarismo
Flacidez muscular e os tendões prejudicam o retorno venoso, favorecendo estase e
edema, e atua realçando a alteração do relevo dos septos interlobulares MEDEIROS
(in KEDE, SABATOVICH, 2009, p.462).
Hábitos de vida
Vestuário apertado e salto alto dificultam o retorno venoso e linfático, agravando o
edema e o aspecto da linfostase cutânea regional (Godoy & Godoy, 2003, p. 38).
Obesidade
Além do hiperinsulinismo, inúmeros mecanismos de disfunção metabólica estarão
envolvidos com efeitos deletérios sobre o tecido comprometido MEDEIROS (in KEDE;
SABATOVICH, 2009, p. 462).
Classificar-se-á, agora, a linfostase cutânea regional, de acordo com os autores
abaixo.
4.3 Classificação da Linfostase Cutânea Regional
Existem vários métodos que são utilizados para a classificação da linfostase cutânea
regional, porém, as mais usadas são Bartoletti, Curri e Godoy & Godoy (GODOY &
GODOY, 2003)
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4.3.1 Classificação de Bartoletti
Forma dura: é encontrado principalmente em mulheres jovens e praticantes de
atividades físicas diariamente, tem aspecto compacto e não modifica com a posição.
Com o pinçamento, detecta-se o aspecto casca de laranja.
Forma flácida: ocorre em mulheres sedentárias com hipotonia muscular e história
familiar de flacidez ou perdem grande quantidade de peso abruptamente. O aspecto
acolchoado é evidente, a pele trêmula ante aos movimentos e o relevo da superfície
se altera com a posição. Geralmente ocorre em torno dos 40 anos.
Forma edematosa: ocorre o aumento dos membros inferiores como um todo.
Provoca sensação de peso e dor nas pernas, é citada como a mais grave. Forma
mista é a associação entre a flácida e edematosa
4.3.2 Classificação de Curri Grau I – Assintomático ou latente. Sem alterações clínicas, somente histopatológicas.
Grau II – Alterações somente visíveis à palpação ou contração muscular. Com
comprometimento circulatório, diminuição da temperatura e elasticidade da pele. Não
há alteração de sensibilidade à dor.
Grau III – Visível mesmo sem compressão dos tecidos, sujeita a ficar mais aparente
com compressão dos mesmos. Aspecto macroscópico de casca de laranja, observado
com inspeção simples. Presença de nódulos à palpação. Pode haver alteração de
sensibilidade.
Grau IV – O comprometimento pode ser observado quando o indivíduo estiver em
qualquer posição. Há nódulos maiores e dolorosos, aderidos aos planos profundos.
Pele com aspecto de casca de nozes, enrugada e flácida. Há fibrose com fator
predominante, há sensibilidade aumentada à dor, podendo ter comprometimento do
sistema nervoso.
4.3.3 Classificação Godoy & Godoy Aspecto edematoso – Ocorre predomínio das alterações de permeabilidade capilar,
na qual as pacientes têm dor decorrente principalmente na sobrecarga hídrica no
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sistema venoso, sendo agravado pela postura, calor, períodos menstruais. Pode
envolver predominantemente o membro inferior. Porém afeta todo organismo.
Aspecto endurecido – É a forma predominante na linfostase cutânea regional pura,
na qual não se encontra outros fatores, como a obesidade e o edema. Pode afetar
membros, tórax e abdômen e os sintomas decorrem da fase evolutiva, sendo que
normalmente não é dolorosa.
Aspecto lipoedematoso – É o padrão no qual ocorre um predomínio da obesidade,
podendo estar associada ou não ao edema. Deve considerar também, no exame
físico, a característica do subcutâneo em relação à flacidez.
A seguir, abordar-se-á o sistema linfático, antecedendo à proposta de recurso de
tratamento manual de drenagem linfática, por compreender-se que uma das hipóteses
da linfostase cutânea regional trata de uma estagnação dos líquidos intersticiais e a
polimerização a partir das macromoléculas, que dificultará as reabsorções venosa e
linfática, o que poderá resultar no aspecto celulítico.
5. SISTEMA LINFÁTICO
Segundo Tortora; Derrickson (2012), a célula é a unidade estrutural e funcional básica
de todo organismo. Um grupo de células microscópicas1, todas similares em estrutura
e com a mesma função especializada podem se agrupar para formar diversos tipos
de tecidos, que por sua vez formam os órgãos. Uma coleção de órgãos específicos
pode formar sistemas integrados e interdependentes que combinados constituem
organismos complexos, como o ser humano, por exemplo. Os vários sistemas
individuais que compõem o corpo humano cooperam entre si para manter a saúde do
organismo como um todo.
Um desses sistemas, é o sistema linfático, responsável entre outras coisas pela
defesa do nosso organismo, promovendo o bem-estar físico e mental do nosso
organismo.
A maior parte do corpo humano é constituída de água, que juntamente com os solutos
dissolvidos , formam os líquidos corporais. Em adultos magros do sexo masculino
1 A maioria das células é microscópica. Uma célula típica tem 20 µ a 30 µ de diâmetro, o que significa
que 40 células alinhadas teriam um diâmetro de um ponto final.
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(70 kg de peso) esses líquidos representam 60 % (42 l) da massa total do corpo
humano (fig. 05, p. 16) e cerca de dois terços desses líquidos estão contidos dentro
das células, conhecido como líquido intracelular (LIC).
Fig. 05: Representação percentual em massa dos líquidos presentes no corpo humano.
Fonte: (Adaptado de TORTORA; DERRICKSON 2012)
O terço restante do líquido, que está fora da célula e inclui todos os outros líquidos
corporais, é conhecido como líquido extracelular (LEC). Parte desse líquido,
aproximadamente 80 %, está presente nos espaços microscópicos entre as células
dos tecidos, é chamado líquido intersticial. Do que sobra, um pouco menos de 20%
está presente nos vasos sanguíneos, constitui o plasma sanguíneo. O restante do
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líquido extracelular, inclui em menor quantidade (menos de 1%) a linfa, presente no
interior dos capilares e vasos linfáticos, os líquidos cefalorraquidiano, sinovial, humor
aquoso e outros (TORTORA; DERRICKSON, 2012).
De acordo com Tortora; Derrickson (2012), parte do material que compõe o plasma
sanguíneo é filtrada através das paredes dos vasos capilares sanguíneos para formar
o liquido intersticial. Esse fluido que circunda as células dos tecidos corporais acaba
escoando para dentro de pequenos capilares, e recebe então o nome de linfa (do latim
lymph= líquido claro), similar quimicamente ao plasma sanguíneo. Esses capilares
são conhecidos como capilares linfáticos que, ao se unirem, formam os vasos
linfáticos, semelhantes às veias, mas de parede mais fina e apresentando mais
válvulas.
Os capilares linfáticos são encontrados por todo o corpo, exceto no sistema nervoso
central, em porções do baço, na medula óssea e em tecidos que não apresentam
capilares sanguíneos (TORTORA; DERRICKSON, 2012).
A linfa é um líquido transparente, incolor, de reação alcalina, composto de proteínas
e lipídios, que contém em suspensão glóbulos brancos, principalmente linfócitos e,
com frequência, glóbulos de gorduras (GOMES; DAMAZIO, 2009 p. 385).
A linfa, os vasos linfáticos, os tecidos linfáticos e a medula óssea vermelha formam o
sistema linfático, responsável pela imunidade adaptativa (e alguns aspectos da
imunidade inata). A imunidade Inata inclui as barreiras propiciadas pela pele e pelas
túnicas mucosas. Ela também inclui várias defesas internas, como proteínas
antimicrobianas, células NK, fagócitos, inflamação e febre (TORTORA;
DERRICKSON, 2012).
De acordo com Monsterleet (2011), o sistema linfático nasce em quase todos os
espaços tissulares em uma rede muito densa de capilares e de vasos, generalizada
em todo o organismo, tanto na superfície quanto em sua região profunda (fig. 06, p.
18).
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Fig. 06: Composição do sistema linfático
Fonte: (Adaptado de Tortora; Derrickson 2012),
Segundo Tortora; Derrickson (2012), o sistema linfático tem três funções primárias:
1. Drenagem do excesso de liquido intersticial e as proteínas provenientes dos
espaços tissulares e os devolvem ao sangue.
2. Transporte de lipídios alimentares, e as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K)
absorvidas pelo trato gastrointestinal até o sangue.
3. Realização das respostas imunes. O tecido linfático inicia as respostas
altamente específicas contra micróbios específicos ou células anormais.
Intercalados aos vasos linfáticos, encontram-se os linfonodos ou gânglios linfáticos.
Possuem forma arredondada similares aos linfócitos do sangue, medindo de 3 a 6 mm
de diâmetro. De acordo com Monsterleet (2011), os vasos linfáticos que fazem o
transporte da linfa são denominados aferentes; os que saem deles, são chamados de
eferentes. (fig. 07, p. 19). Antes de ser lançada à corrente sanguínea, a linfa pode
atravessar diversos grupos de linfonodos.
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Fig. 07 Linfonodos com vias linfáticas eferentes e aferentes