CENÁRIO DE EMERGÊNCIA / SAMU BRASIL AGOSTO / 2015 Emergência 18 Pesquisa da Revista Emergência mostra que 28,94% dos municípios do país possuem bases do serviço e 57,52% dos municípios são abrangidos pelo serviço Diagnóstico do SAMU C onforme a pesquisa Cenário de Emergência – SAMU do Brasil, rea- lizada pela Revista Emergên- cia junto ao MS (Ministério da Saúde) e SAMUs estaduais, municipais e regio- nais, 28,94% dos municípios brasileiros contam com base do serviço, ou seja, de 5.570 cidades apenas 1.612 possuem ba- se. Em termos de abrangência, 57,52% das cidades brasileiras são abrangidas pelo serviço. O número de municípios abrangidos é exatamente o dobro de municípios com base. Ou seja, existem algumas cidades que não têm base do SAMU instalada no município, mas con- tam com a cobertura do serviço, forne- cida pela unidade mais próxima do local da ocorrência. Claro que em casos assim, o tempo de resposta pode aumentar de- vido à extensão territorial. O fato é que, conforme especialistas, quanto menor é o tempo de resposta, maior é a chance de sobrevida da vítima. Desta forma, o número de municípios com base insta- lada é tão ou mais importante que o de cidades abrangidas. Referente ao total de bases presentes no Brasil, o núme- ro apurado foi de 2.055 unidades espa- lhadas pelo país nos 1.612 municípios. O presente levantamento tem como objetivo apresentar a estrutura do ór- gão em cada região do Brasil, além das capitais brasileiras. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), acionado por telefonia de discagem rá- pida (192), foi normatizado no Brasil em 2003. O serviço é oferecido pelo Gover- no Federal em parceria com os governos estaduais e municipais, tendo como ob- jetivo prestar atendimento pré-hospita- lar à população brasileira. Para obter os dados apresentados na matéria, Emergência entrou em con- tato com órgãos de saúde estaduais e municipais. Porém, a estrutura não é a mesma em todos os estados. Em al- guns lugares do Brasil, os dados sobre o SAMU Estadual são fornecidos pe- la SES (Secretaria Estadual de Saúde) e no caso do SAMU da Capital, pela SMS (Secretaria Municipal de Saúde). Porém, em algumas unidades da federa- ção o órgão é dividido por regionais que possuem o controle dos municípios de sua competência. É o exemplo de São Paulo que não tem um SAMU Estadu- al e sim 52 regionais que abrangem 365 municípios. Sendo assim, Emergência precisou entrar em contato com cada SAMU regional, pois a SES não possui estes dados. Além disto, houve situações em que nenhum dos órgãos contatados responderam o questionário com as in- formações solicitadas. Nestes casos, os dados foram retirados no site do Minis- tério da Saúde, na página da SAGE (Sala de Apoio à Gestão Estratégica). A sigla NI (não informado) presente nas tabe- las refere-se aos dados que não foram informados pelos órgãos, nem encon- trados na SAGE. Para o coordenador-geral de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, Haroldo Poleti, esta forma diferenciada de trabalhar o SAMU, não atrapalha o controle do órgão. “A forma diferencia- da de gestão não causa a despadroniza- ção dos dados, pois as peculiaridades entre os serviços são contidas por meio FRANKLIN ANTUNES - ASCOM/SAMU 192 DF Por Luana Cunha
15
Embed
CENRIO DE EMERGNCIA / SAMU BRASIL Diagnóstico do SAMU · FRANKLIN ANTUNES - ASCOM/SAMU 192 DF Por Luana Cunha. CENRIO DE EMERGNCIA / SAMU BRASIL 20 Emergência AGOST 2015 de padronização
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
CENÁRIO DE EMERGÊNCIA / SAMU BRASIL
AGOSTO / 2015Emergência18
Pesquisa da Revista Emergência mostra que 28,94% dos municípios do país possuem bases do serviço e 57,52% dos municípios são abrangidos pelo serviço
Diagnóstico do SAMUC onforme a pesquisa Cenário de
Emergência – SAMU do Brasil, realizada pela Revista Emergên-
cia junto ao MS (Ministério da Saúde) e SAMUs estaduais, municipais e regionais, 28,94% dos municípios brasileiros contam com base do serviço, ou seja, de 5.570 cidades apenas 1.612 possuem base. Em termos de abrangência, 57,52% das cidades brasileiras são abrangidas pelo serviço. O número de municípios abrangidos é exatamente o dobro de municípios com base. Ou seja, existem algumas cidades que não têm base do SAMU instalada no município, mas contam com a cobertura do serviço, fornecida pela unidade mais próxima do local da ocorrência. Claro que em casos assim, o tempo de resposta pode aumentar devido à extensão territorial. O fato é que, conforme especialistas, quanto menor é o tempo de resposta, maior é a chance de sobrevida da vítima. Desta forma, o número de municípios com base instalada é tão ou mais importante que o de
cidades abrangidas. Referente ao total de bases presentes no Brasil, o número apurado foi de 2.055 unidades espalhadas pelo país nos 1.612 municípios.
O presente levantamento tem como objetivo apresentar a estrutura do órgão em cada região do Brasil, além das capitais brasileiras. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), acionado por telefonia de discagem rápida (192), foi normatizado no Brasil em 2003. O serviço é oferecido pelo Governo Federal em parceria com os governos estaduais e municipais, tendo como objetivo prestar atendimento préhospitalar à população brasileira.
Para obter os dados apresentados na matéria, Emergência entrou em contato com órgãos de saúde estaduais e municipais. Porém, a estrutura não é a mesma em todos os estados. Em alguns lugares do Brasil, os dados sobre o SAMU Estadual são fornecidos pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) e no caso do SAMU da Capital, pela SMS (Secretaria Municipal de Saúde). Porém, em algumas unidades da federa
ção o órgão é dividido por regionais que possuem o controle dos municípios de sua competência. É o exemplo de São Paulo que não tem um SAMU Estadual e sim 52 regionais que abrangem 365 municípios. Sendo assim, Emergência precisou entrar em contato com cada SAMU regional, pois a SES não possui estes dados. Além disto, houve situações em que nenhum dos órgãos contatados responderam o questionário com as informações solicitadas. Nestes casos, os dados foram retirados no site do Ministério da Saúde, na página da SAGE (Sala de Apoio à Gestão Estratégica). A sigla NI (não informado) presente nas tabelas referese aos dados que não foram informados pelos órgãos, nem encontrados na SAGE.
Para o coordenadorgeral de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, Haroldo Poleti, esta forma diferenciada de trabalhar o SAMU, não atrapalha o controle do órgão. “A forma diferenciada de gestão não causa a despadronização dos dados, pois as peculiaridades entre os serviços são contidas por meio
FR
AN
KLI
N A
NT
UN
ES
- A
SC
OM
/SA
MU
192
DF
Por Luana Cunha
CENÁRIO DE EMERGÊNCIA / SAMU BRASIL
AGOSTO / 2015Emergência20
de padronização das variáveis a serem monitoradas e avaliadas de modo sistemático e contínuo pelas diferentes esferas de governo. Deste modo, o Ministério da Saúde possui o controle qualitativo de todos os recursos físicos e financeiros do SAMU 192 habilitado em custeio no território nacional. Estas informações estão dispostas na SAGE, em nosso site”.
REGIÕESDe acordo com a pesquisa, até o mês
de junho deste ano, a região onde há maior presença física do SAMU é a Sul, com 36,80% das cidades. Em seguida, aparece o Nordeste (34,11%), seguido pelo CentroOeste (25,70%), Sudeste (25,48%), e por último a região Norte (22,44%). Entre os estados, exceto o Distrito Federal e seu único município, Roraima tem o melhor índice, possuindo bases em 100% de suas cidades. O Acre segue na sequência, contando com bases em 77,27% do estado. Os números mais baixos de presença de bases em municípios estão localizados na região Norte: Tocantins (5,76%) e Amazonas (3,23%).
Quanto à estrutura de recursos humanos, segundo o levantamento, o Brasil conta atualmente com 37.082 profissionais do SAMU entre médicos, enfermeiros, técnicos de Enfermagem, socorristas e condutores. Este número não representa as 27 unidades da federação e sim apenas aquelas regiões que enviaram os dados, como pode ser observado na Tabela Perfil nos Estados. Em relação aos Estados que enviaram os dados de profissionais em atuação, o melhor índice é no Sergipe, onde o órgão possui 1.100 profissionais do SAMU para 2.219.574 sergipanos, o que corresponde a 2.018 habitantes por funcionário, seguido pelo estado do Piauí (2.098). Na ponta de baixo, temos o Amapá com 8.834 habitantes por profissional e Rondônia com 10.597. Em termos quantitativos, o maior do Brasil é o SAMU Bahia, com 6.928 profissionais presentes no estado, o que corresponde a 18,68% de todo o efetivo do país.
A pesquisa Cenário de Emergência – SAMU do Brasil também apurou dados referentes aos recursos materiais do órgão. Segundo as informações adquiridas, 3.905 veículos do SAMU circulam pelo Brasil prestando atendimento
humanos, a capital de São Paulo aparece em penúltimo lugar, contabilizando 73.888 brasileiros por viatura. E em último lugar está Fortaleza/CE (98.919). Em termos quantitativos, o Rio de Janeiro/RJ possui o maior número de frota, com 188 viaturas presentes na capital carioca.
RECURSOS FINANCEIROSSegundo o Ministério da Saúde, de ja
neiro a junho de 2015, foram destinados R$ 411,8 milhões aos SAMUs de diversas regiões do Brasil.
Para a expansão do SAMU, o MS informa que adota alguns critérios e procedimentos. Para implantar o serviço, é necessário que a demanda seja encaminhada ao órgão, por meio do Município, da Regional ou do Estado. Estas ações podem ser caracterizadas em situações de pedidos de: implantação de novos serviços; expansão de serviços existentes; habilitação de ambulâncias, motolâncias, lanchas e aeromédicos em custeio; e qualificação dos serviços existentes. “Para cada um destes processos, a portaria 1010/2012 traz as orientações de como fazer a solicitação ao Ministério da Saúde. De acordo com as normativas, o MS avalia o projeto/pedido e concede parecer técnico contendo todas as orientações necessárias juntamente com o favorável ou não ao solicitado”, explica Poleti.
OCORRÊNCIASA Revista Emergência também apu
rou, junto aos órgãos relacionados, informações sobre atendimentos realizados em 2014. Conforme os dados encaminhados, lembrando que nem todos os estados passaram suas informações, cerca de 3.234.472 ocorrências foram registradas em todo o país no ano passado. A região que registrou o menor número de ocorrências a cada 1.000 habitantes foi o Norte (8,94), seguida por Sul (11,64), Nordeste (11,81), Sudeste (20,61) e CentroOeste (21,34). Em relação aos estados, tirando Amazonas, Maranhão e Paraná que só informaram os dados das capitais, a Bahia possui o menor índice com 3,86 ocorrências a cada 1.000 baianos, seguida pelo Amapá (3,97). No que diz respeito ao maior número de atendimentos estão Roraima, com 37,84 a cada 1.000 habitantes e Sergipe (38,62). Quanto ao quantitati
à população, entre eles ambulâncias de suporte básico, ambulâncias de suporte avançado, motolâncias, aeronaves, ambulanchas, bikelâncias, entre outras viaturas operacionais e administrativas. Este número representa um veículo para cada 51.933 brasileiros. A região que possui mais recursos materiais é a CentroOeste, contabilizando 37.579 habitantes por viatura. Em segundo lugar, Nordeste (43.895), seguido por Norte (49.040), Sul (49.856) e Sudeste (66.186). Em nível estadual, o estado que possui o menor número de habitantes por viatura é Roraima (10.803), seguido pelo Distrito Federal (17.717). Os números mais elevados se encontram em Rondônia (124.895) e Espírito Santo (138.752). São Paulo ocupa a 17ª posição no índice de viaturas por habitante (60.322), porém é o estado que possui a maior frota, contabilizando 730 veículos.
CAPITAISAlém das estatísticas estaduais, a pes
quisa apurou dados referentes aos SAMUs das Capitais. Vale lembrar que, assim como alguns estados, houve cidades que não retornaram o questionário com as informações solicitadas, como pode ser observado na Tabela Perfil nas Capi-tais. Desta forma, conforme os números repassados, as capitais brasileiras contabilizam 309 bases do SAMU e contam com efetivo de 12.403 profissionais, o que corresponde a 3.888 brasileiros por profissional. O melhor índice é o de Vitória/ES, com 1.486 habitantes por profissional, seguido por Palmas/TO (1.952). Na ponta de baixo entre as capitais está Florianópolis/SC que conta com apenas 53 profissionais para atender uma população de 461.524 habitantes, o que corresponde a 8.708 habitantes por profissional. A capital paulista possui o maior número de bases, com 68 unidades do SAMU que contam com 2.112 profissionais. Porém, quando relacionado o índice de efetivo por habitante, São Paulo/SP ocupa o penúltimo lugar (com 5.633 habitantes por profissional).
Referente aos recursos materiais, dos 3.905 veículos do SAMU presentes no Brasil, 1.079 se encontram nas capitais. O melhor índice é na capital do país, Brasília/DF, com 17.717 habitantes por viatura, seguida de Aracaju/SE (30.060). Assim como na estrutura de recursos
AGOSTO / 2015 Emergência 21
CENÁRIO DE EMERGÊNCIA / SAMU BRASIL
AGOSTO / 2015Emergência22
CENÁRIO DE EMERGÊNCIA / SAMU BRASIL
AGOSTO / 2015Emergência24
PERFIL NOS ESTADOS
DEMOGRAFIA E OCUPAÇÃO ESTRUTURA E RECURSOS HUMANOS
FONTE: SAGE/MS; SAMUs Estaduais e Regionais NI - Dado não informado, inexistente ou indisponível 1 Dados referentes à capital 2 Dados referentes a 3 de 5 regionais (Aquidauana; Campo Grande; Corumbá) 3 Dados referentes a 5 de 7 regionais (Campina Grande; João Pessoa; Monteiro; Patos; Piancó)
UF POPULAÇÃO MUNICÍPIOS MUNICÍPIOS %MUNIC. MUNICÍPIOS %MUNIC. POSIÇÃO BASES CENTRAIS EFETIVO EFETIVO EFETIVO EFETIVO HABITANTES POSIÇÃO AMBUL. AMBUL. TOTAL MOTO- AERO- OUTRAS TOTAL HABITANTES POSIÇÃO ABRANG. ABRANG. COMBASE COMBASE DEREGUL. ADMINIST. OPERAC. TOTAL PORBASE /EFETIVO SBV SAV AMBUL. LÂNCIA NAVES VIATURAS /VIATURA
AC 790.101 22 22 100,00% 17 77,27% 3º 17 2 NI NI NI NI NI NI 26 3 29 2 1 0 32 24.691 3º
UF POPULAÇÃO MUNICÍPIOS MUNICÍPIOS %MUNIC. MUNICÍPIOS %MUNIC. POSIÇÃO BASES CENTRAIS EFETIVO EFETIVO EFETIVO EFETIVO HABITANTES POSIÇÃO AMBUL. AMBUL. TOTAL MOTO- AERO- OUTRAS TOTAL HABITANTES POSIÇÃO ABRANG. ABRANG. COMBASE COMBASE DEREGUL. ADMINIST. OPERAC. TOTAL PORBASE /EFETIVO SBV SAV AMBUL. LÂNCIA NAVES VIATURAS /VIATURA
AC 790.101 22 22 100,00% 17 77,27% 3º 17 2 NI NI NI NI NI NI 26 3 29 2 1 0 32 24.691 3º
CAPITAL UF POPULAÇÃO BASES EFETIVO EFETIVO EFETIVO EFETIVO HABITANTES POSIÇÃO AMBUL. AMBUL. TOTAL MOTO- AERO- OUTRAS TOTAL HABITANTES POSIÇÃO ADMINIST. OPERAC. TOTAL PORBASE /EFETIVO SBV SAV AMBUL. LÂNCIA NAVES VIATURAS /VIATURA
ARACAJU SE 571.149 4 NI NI NI NI NI NI 6 3 9 4 0 6 19 30.060 2º
CAPITAL UF POPULAÇÃO BASES EFETIVO EFETIVO EFETIVO EFETIVO HABITANTES POSIÇÃO AMBUL. AMBUL. TOTAL MOTO- AERO- OUTRAS TOTAL HABITANTES POSIÇÃO ADMINIST. OPERAC. TOTAL PORBASE /EFETIVO SBV SAV AMBUL. LÂNCIA NAVES VIATURAS /VIATURA
ARACAJU SE 571.149 4 NI NI NI NI NI NI 6 3 9 4 0 6 19 30.060 2º
FONTE:SAMUsEstaduais,RegionaiseSAMUsdasCapitais NI-Dadonãoinformado,inexistenteouindisponível1 Dados referentes à capital 2 Dados referentes a 3 de 5 regionais (Aquidauana; Campo Grande; Corumbá)3 Dados referentes a 5 de 7 regionais (Campina Grande; João Pessoa; Monteiro; Patos; Piancó) 4Dadosseparadosportipodeocorrênciareferentesa4de6regionais(NovaIguaçu;Niterói;RiodeJaneiro;VoltaRedonda).Totalreferentea5de6regionais(AngradosReis;NovaIguaçu;Niterói;RiodeJaneiro;VoltaRedonda) 5Dadosseparadosportipodeocorrênciareferentesa24de52regionais(Araçatuba;Assis;Bauru;Botucatu;Campinas;Catanduva;Cubatão;Diadema;EmbudasArtes;Fernandópolis;Franca;Itapetininga;Itapeva;Itapevi;Mauá;Osasco;Piracicaba;RibeirãoPreto;RioClaro;Santos;SãoJoãodaBoaVista;SãoJosédosCampos;SãoVicente;Votuporanga).Totalreferentea28de52regionais(Araçatuba;Assis;BaixoMogiana;Bauru;Botucatu;BragançaPaulista;Campinas;Catanduva;Cubatão;Diadema;EmbudasArtes;Fernandópolis;Franca;Itapetininga;Itapeva;Itapevi;Mauá;MogidasCruzes;Osasco;Piracicaba;RibeirãoPreto;RioClaro;Santos;SãoJoãodaBoaVista;SãoJosédosCampos;SãoPaulo;SãoVicente;Votuporanga)
vo, São Paulo registrou o maior número de ocorrências em 2014 com 1.069.996 atendimentos, o que representa 33,08% de todo o Brasil.
Já as capitais brasileiras registraram 39,20% dos atendimentos realizados
no país, contabilizando 1.267.803. No índice de ocorrência a cada 1.000 habitantes, Goiânia/GO apresenta o menor número (4,07), seguida por Salvador/BA (5,95). As duas capitais com maior número são: João Pessoa/PB com 72,04
atendimentos por 1.000 brasileiros e Natal/RN (75,12). Assim como o estado, em termos quantitativos, São Paulo/SP possui o maior número de ocorrências (396.000). Lembrando que Aracaju/SE e Rio Branco/AC não informa
UF CLÍNICAS/ % TRAUMAS/ % PSIQUIÁ- % GINECO/ % OUTROS % TOTAL POSIÇÃO PEDIÁTRICAS CAUSASEXT. TRICAS OBSTÉTRICAS ATENDIMENTOS
tos realizados em 2014, a pesquisa Cená-rio de Emergência – SAMU do Brasil verificou também os dados divididos por tipo de ocorrência. Porém, nem todos os SAMUs possuem um sistema que faça esta separação. De acordo com aqueles que encaminharam as ocorrências separadas por tipo, o que corresponde a 83,85% do total de atendimentos realizados no Brasil,
quadram nas opções citadas.
RESULTADOPor meio deste estudo, é possível ob
servar que, das 27 unidades da federação, 15 possuem cobertura do SAMU 192 em mais da metade de seus municípios e 12 se encontram abaixo dos 50% de abrangência. São eles: Alagoas, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Ma
43,84% são clínicas/pediátricas, 24,56% traumas/causas externas, 5,71% psiquiátricas, 4,35% gineco/obstétricas e 21,54% não se enquadram em nenhuma destas opções. Em relação aos números repassados pelas capitais por tipo de ocorrência, o que corresponde a 61,19% do total de atendimentos realizados, 37,70% são clínicas/pediátricas, 36,39% traumas/causas externas, 6,83% psiquiátricas, 5,04% gineco/obstétricas e 14,05% não se en
CAPITAL UF CLÍNICAS/ % TRAUMAS/ % PSIQUIÁ- % GINECO/ % OUTROS % TOTAL POSIÇÃO PEDIÁT. CAUSASEXT. TRICAS OBSTÉT. ATENDIM.
to Grosso, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins. Ou seja, mesmo tendo uma cobertura de 57,52% das cidades, ainda existem regiões do Brasil desatendidas pelo serviço.
país. Apesar de toda a complexidade na reunião destes dados, que se apresentam de forma diferenciada em todo o país, Emergência espera que o resultado sirva para melhorias no sistema, visando o seu maior alvo: a população brasileira.
A iniciativa desta pesquisa feita pela Revista Emergência não tem o intuito de expor as falhas do serviço, mas auxiliar os gestores regionais, municipais, estaduais e nacional em um diagnóstico completo do SAMU em todo o
UF POPULAÇÃO TOTALDE OCORRÊNCIAS/ POSIÇÃO CAPITAL UF POPULAÇÃO TOTALDE OCORRÊNCIAS/ POSIÇÃO OCORRÊNCIAS 1.000HABITANTES* OCORRÊNCIAS 1.000HABITANTES*
AC 790.101 NI NI NI ARACAJU SE 571.149 NI NI NI
AL 3.321.730 40.149 12,09 14º BELÉM PA 1.432.844 20.074 14,01 5º
TO 1.496.880 19.240 12,85 15º VITÓRIA ES 352.104 9.814 27,87 16º
TOTAL202.799.518 3.234.472 15,95 TOTAL 48.220.056 1.267.803 26,29
ÍNDICE DE ATENDIMENTO À POPULAÇÃO
*Númerodeatendimentosrealizadosparacada1.000habitantesFONTE:SAMUsEstaduais,RegionaisedasCapitaisNI-Dadonãoinformado,inexistenteouindisponível1 Dados referentes à capital 2 Dados referentes a 3 de 5 regionais (Aquidauana; Campo Grande; Corumbá) 3 Dados referentes a 5 de 7 regionais (Campina Grande; João Pessoa; Monteiro; Patos; Piancó) 4Dadosreferentesa5de6regionais(AngradosReis;NovaIguaçu;Niterói;RiodeJaneiro;VoltaRedonda) 5Dadosreferentesa28de52regionais(Araçatuba;Assis;BaixaMogiana;Bauru;Botucatu;BragançaPaulista;Campinas;Catanduva;Cubatão;Diadema;EmbudasArtes;Fernandópolis;Franca;Itapetinin-ga;Itapeva;Itapevi;Mauá;MogidasCruzes;Osasco;Piracicaba;RibeirãoPreto;RioClaro;Santos;SãoJoãodaBoaVista;SãoJosédosCampos;SãoPaulo;SãoVicente;Votuporanga)