Cafeicultura Nacional: Contexto Atual e Desafios Breno Pereira de Mesquita Agosto de 2011 Breno Pereira de Mesquita Presidente
Cafeicultura Nacional:
Contexto Atual e DesafiosBreno Pereira de Mesquita
Agosto de 2011
Breno Pereira de Mesquita
Presidente
Visão Geral da Cafeicultura Nacional
FORÇAS FRAQUEZAS
• Maior produtor
• Maior exportador
•Custo de Produção elevado
• Passivo existente• Maior exportador
• 2°Maior consumidor
• Multiplicidade de regiões produtoras e modelos tecnológicos (excelência em pesquisa)
• Cafezais renovados
• Tendência altista nos preços
• Passivo existente
• Bienalidade acentuada
• Problemas Climáticos
• Produtividade nacional ainda baixa
•Marketing obsoleto
• Estoques baixos – “cultura”
Visão Geral da Cafeicultura Nacional
• Colômbia, Índia e Vietnã
• Drawback (riscos da operação)
• Estoques mundiais – países consumidores
• Oferta do Produto
•Resolução 3.966
• Busca de melhor qualidade
• Indicação Geográfica
• Preço mínimo regionalizado
AMEAÇAS OPORTUNIDADES
consumidores
• Ciclo do produto – queda preços
• Código Florestal
• Preço mínimo regionalizado
• Mercado de Crédito de Carbono
• Novas formas de comercialização
• Seguro Rural – Faturamento
•Trabalhar percepção do consumidor de atitude internacional
• Difusão tecnológica em cafeiculturas mais necessitadas
• Aumento da produtividade – pesquisa
• Tendência de Aumento do Consumo de café solúvel na Ásia
48,5
39,3
32,9
42,5
36,1
46,0
39,5
48,143,5
45,050,0
Evolução da Produção
FORÇAS: Participação Brasileira nos últimos 10 anos
• Maior produtor mundial responsável por 36,14% da produção em 2010
31,1 31,3 28,832,9
0,05,0
10,015,020,025,030,035,040,0
Milhões de Sacas
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Ano
Fonte: MAPA
FORÇAS: Participação Brasileira nos últimos 10 anos
• Maior Exportador mundial responsável por 34,14% das exportações
23,7
28,726,0 27,0 26,4
28,0 28,429,7
30,533,5
25,0
30,0
35,0
18,5
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
20002001200220032004200520062007200820092010
Fonte: Cecafé
Milhões
de Sacas
13,2 13,614,0 13,7
14,9 15,516,3
17,117,7
18,419,1
12,0
14,0
16,0
18,0
20,0
FORÇAS: Participação Brasileira nos últimos 10 anos
• 2º maior consumidor mundial, com 14,25% do consumo em 2010
0,02,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
20002001200220032004200520062007200820092010
Consumo per capita 2010 - 6,02 kg de café em grão cru ou 4,81 kg de café torrado, quase 81 litros para cada brasileiro por ano;
Milhões
de Sacas
Fonte: ABIC
FORÇAS: Pluralidade de Regiões Produtoras no Brasil
Fonte: www.cafesdobrasil.com.br
FORÇAS: Modelos Tecnológicos Regionais diversificados
Município
Sistema de Cultivo
Área (ha)
Produtividade
(sc/ha)
Sta Rita do Sapucaí - MG Arábica não irrigado e manejo manual
20
22
Manhumirim - MG
Arábica não irrigado e manejo manual 10
27
Guaxupé - MG
Arábica não irrigado e manejo manual 80
23
Capelinha - MG
Arábica não irrigado e manejo mecanizado
100
30
Fonte: CNA/UFLA
Capelinha - MG 100 30
Patrocínio - MG Arábica não irrigado e manejo mecanizado
40
32
Luis Eduardo Magalhães - BA
Arábica irrigado e manejo mecanizado
300
50
Itabela - BA Conilon irrigado e manejo semi-mecanizado
50
70
Jaguaré - ES Conilon irrigado e manejo semi-mecanizado
20
65
Brejetuba – ES Arábica não irrigado e manejo manual
10
23
Cacoal – RO
Conilon não irrigado e manejo maunal 5
25
Abatia – PR
Arábica não irrigado e manejo semi mecanizado
10
25
Franca – SP Arábica não irrigado e manejo mecanizado
50
33
FORÇAS: Renovação parcial do parque cafeeiro (~10% aa)
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
3.000.000
Área em Formação – Aumento de ~ 10% aa
Área em Produção – Estagnada
20032004200520
06200720082009
2010
2011
-
500.000
Formação (ha) Produção (ha) Total de área
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
-
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
Formação (ha)
Fonte: MAPA
Fonte: MAPA
FORÇAS: Tendência altista nos preços
Preço Médio Arábica (R$/sc 60Kg)
492,12
280,18400,00
500,00
600,00
305,46
117,76 125,44
164,19
173,17211,80
280,18
248,97
253,08
260,76
261,98
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
200020012002200320042005200620072008200920102011
Fonte: Cepea/Esalq
FRAQUEZAS: Alto Custo de Produção
523,58469,00
407,50
324,60
446,00 437,00437,00
200,00
250,00
300,00
350,00
400,00
450,00
Custo Operacional Efetivo e Total (R$/sc) - 2011
0,00
50,00
100,00
150,00
L.Edu
ardo
Mag
alhã
es -
BASta
Rita
do
Sapuc
aí - M
G
Guaxu
pé - M
G
Patroc
ínio -
MG
Franc
a - S
P
Abatiá
- PR
Breje
tuba
- ES
COE COT Preço Recebido
Fonte: CNA/UFLA
166,22 344,75 361,06 263,36 243,68 329,56 317,24
FRAQUEZAS: Passivo acumulado por anos
Descrição R$ (1000)
Funcafé 1.378.110
Dação + Secur. – Funcafé 1.129.595
MCR 6-2 1.553.067
Posição do endividamento da cafeicultura em 2009
MCR 6-2 1.553.067
MCR 6-4 controlado 507.079
MCR 6-4 não controlado 204.733
Tesouro nacional 63.303
Demais Fontes 334.965
Popança Rural 428.122
Recursos Livres 1.671.688
Total 7.270.662
Fonte: GT/MAPA/MF/Planejamento/CNA/Cooperativas de Crédito e Produção
FRAQUEZAS: Bienalidade acentuada
Variação Bienal das safras brasileiras de café nos últimos 10 anos:
Períodos BienaisProduções
(milhões de sacas)Média Bienal
(milhões de sacas)
2002-2003 48-29 38,5
2004-2005 39-33 36
2006-2007 42-36 39
2008-2009 46-39 42,5
2010-2011 48-43 ( * ) 45,5
Média 44,6-36 40,3
( * ) Última estimativa da Conab
Fonte: MAPA
FRAQUEZAS: Adversidades Climáticas Regionais
(Granizo, Veranico e Geadas)
Granizo: Boa Esperança (MG) -2008
FRAQUEZAS: Adversidades Climáticas Regionais
(Granizo, Veranico e Geadas)
Veranico: Matas de Minas e Montanhas do ES - 2010
Alto índice de Bóia
Frutos mal granados
FRAQUEZAS: Adversidades Climáticas Regionais
(Granizo, Veranico e Geadas)
Geada Paranaense
15,7
21,0
17,819,8
16,6
21,218,9
23,2
20,0
25,0
Evolução da Produtividade Nacional
FRAQUEZAS – Produtividade ainda bastante baixa
15,7 14,413,1
14,916,6
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
Sacas por Hectare
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Ano
Fonte: MAPA
FRAQUEZAS – Marketing Brasileiro
• Trabalhar a imagem dos Cafés do Brasil de maneira correta no mercadointernacional
• Mudança de visão: entidades regiões
produtos produtores e história.
Não queremos apenas produzir café, mas criar percepção na mente dosNão queremos apenas produzir café, mas criar percepção na mente dosconsumidores que resulta em VALOR!
Por que?
• Consumidor Atual é um consumidor de atitude: quer saber quem produziu?Onde? Como? É certificado?
• Se não tivermos história, não criamos a percepção no consumidor e nãoteremos valor. Resultado: podemos ser facilmente substituídos!
FRAQUEZAS: Transferência dos estoques
Não é “cultura” da Cafeicultura Brasileira a formação de estoques:
6,1 5,6
7
Evolução dos Estoques Governamentais
6,1 5,65,4
5,1
4,3
3,2
1,9
0,7 0,5 0,5 0,5 0,4
0
1
2
3
4
5
6
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Fonte: MAPA
Ano
Milhões de sacas
AMEAÇAS - Concorrentes
8,5
9,218,5
48,1Brasil
Vietnã
Colômbia
Indonésia
10 Maiores Países Produtores de Café (milhões de sacas 60 Kg)
Fonte: MAPA
3,73,8
4,0
4,44,7
7,48,5Indonésia
Etiópia
Índia
México
Guatemala
HondurasPeru
AMEAÇAS: Efeito do Drawback
O Decreto Lei nº 37, de 21 de novembro de 1966:
“consiste na suspensão ou eliminação de tributos incidentessobre insumos importados para utilização em produtoexportado”
Desvantagem competitiva da indústria de Solúvel e T&M na aquisição de matéria-prima dos produtores nacionais de café
robusta (Carga tributária)
AMEAÇAS – Inversão no domínio dos estoques mundiais de café
20000
30000
40000
50000
60000M
il S
acas
(60
Kg
)
Fonte: OIC
0
10000
20000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Ano
Mil
Sac
as (
60 K
g)
Produtores Consumidores
AMEAÇAS: Queda nos preços (volatilidade)
Produto Cíclico - Daí a importância em “travar” os preços do produto
• O gráfico acima mostra a evolução do preço à vista na BM&F, em reais,para os últimos dez anos.
• A operação de hedge, não fixa o preço do produtor, mas sim garante umpreço mínimo de conversão
AMEAÇAS: Código Florestal
5 Premissas Básicas (CNA)
• Desmatamento zero. (legislação nacional);
• “Serviços Ambientais” para compensar os produtores quemantiverem cobertura florestal na forma de Reserva Legal. (legislação
nacional);
“O agricultor é o maior amigo da natureza. Precisa dela para produzir. A conservação do meio ambiente é sua tarefa diária.” (Senadora Katia Abreu)
• APPs fluviais, de encostas e de topo de morro serãoreflorestadas com base nas orientações da ciência – mapaspedológicos, levantamentos altimétricos, etc. (legislação
estadual);
•As áreas sensíveis desmatadas deverão ser recompostas, também conforme determinação da ciência. (legislação
estadual);
• As áreas de produção de alimentos consolidadas serão respeitadas. (legislação nacional);
Produção X Consumo Mundial
120.000
140.000
Mil
sa
ca
s
OPORTUNIDADES: O que precisamos?
1. Abastecimento Mundial (manter o posto de maior produtor)
60.000
80.000
100.000
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
Mil
sa
ca
s
Produção Mundial Consumo Mundial
Nos últimos 5 anos:Déficit de 26,5 milhões de sacas
Fonte: OIC
OPORTUNIDADES:
Estratégia:
Fortalecer a parceria CNA + Consórcio Embrapa - Café
• Montar Plano diretor para a pesquisa brasileira, a fim detransformar as regiões produtoras em pólos independentes denegócios.negócios.
Como?
• Diagnosticar as necessidades das Regiões Produtoras;
• Trabalhar o aumento de produtividade e a sustentabilidadede cada região. Ex: Desenvolvimento de maquináriosespecíficos para a cafeicultura adensada do Paraná.
OPORTUNIDADES:
O que precisamos e o que a CNcafé - CNA está realizando?
2. Geração de Renda na Cafeicultura;
• Participação no GT impactos da Tributação na cadeia do café
• Elaboração da Resolução 3.966 e disseminação nos sindicatos rurais
Finalidade - Financiar saldos de dívidas de produtores de café, cujos recursos tenham sido utilizados na produção de café.
Montante de recursos - R$ 300 Milhões
Limite de crédito - Valor atual da dívida, com limite de R$ 200.000,00
Encargos Financeiros - 6,75% a.a.
Prazo de Contratação - Até 31 de agosto de 2011
OPORTUNIDADES:
Reembolso
Em até cinco parcelas anuais, vencendo no último dia útil de setembro, com o primeiro vencimento em 2012
A composição de dívidas autorizada por esta resolução não inclui parcelas vincendas a partir de 1º de abril de 2011, referentes a:a partir de 1º de abril de 2011, referentes a:
• Investimento• Pré-comercialização• Estocagem• Securitização, Dação em pagamento ou PESA• Contratadas através da Resolução CMN 3.783 e 3.785• Custeio e colheita, cujo saldo devedor seja de renegociação pela MCR 2-6-9 e 9-6-1
OPORTUNIDADES:
DIFERENCIAL:
A instituição financeira pode exigir como garantia a penhora deopções de vendas;
Essas opções servem como garantia de preço mínimo para vendaEssas opções servem como garantia de preço mínimo para vendado café, dando condições para o produtor quitar suas dívidas;
A instituição financeira poderá financiar, através dessa linha decrédito, o pagamento de prêmios, taxas e emolumentos;
OPORTUNIDADES:
3. Gestão da Propriedade Cafeeira;
• Gestão dos Custos de Produção – Projeto Campo Futuro (2007-2011);
4. Facilidade ao Crédito para investimentos na lavoura, visando melhoriade qualidade e produtividade;
O que precisamos e o que a CNcafé - CNA está realizando?
de qualidade e produtividade;
• Articulação com os Ministérios da Agricultura e da Fazenda, visando àmelhor disponibilização de Recursos do Funcafé ao produtor;
5. Diminuição das exigências na concessão de crédito rural;
• Ex: Articulação com Banco do Brasil diante da Obrigatoriedade doLicenciamento Ambiental para a liberação de financiamentos ao cafeicultormineiro;
OPORTUNIDADES: O que precisamos?
6. Proteção das lavouras diante das constantes adversidadesclimáticas;
• Reedição da resolução de Granizo e inclusão da Geada no Manual deCrédito Rural;
7. Proteção de áreas específicas da Cafeicultura Nacional• Atuação na Identificação de Áreas Potenciais para Indicação• Atuação na Identificação de Áreas Potenciais para Indicação
Geográfica por meio de Grupo de Estudo;
8. Trabalhar a percepção dos Cafés do Brasil para os consumidoresde atitude no Mercado Internacional;
• Atuação no comitê de Marketing do CDPC e na Associação dasOrigens Produtoras de Café;
OPORTUNIDADES: O que precisamos?
09. Seguro Rural;
• Grupo de Estudo CNA – MAPA no desenvolvimento de um seguro ruralque cubra o faturamento do cafeicultor;
10. Trabalhar pontualmente as necessidades das regiões produtoras;10. Trabalhar pontualmente as necessidades das regiões produtoras;
• Preço Mínimo Regionalizado;
• Gestão Política e técnica contrária a viabilização do Drawback paracafés verdes – conilon de RO, ES e BA;
Obrigado!Obrigado!