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Cenário Macro 2002-03 4º Seminário Econômico ELETRO CEEE Prof. Luciano Coutinho Novembro 2002
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Cenário Macro 2002-03 4º Seminário Econômico ELETRO CEEE Prof. Luciano Coutinho Novembro 2002.

Apr 22, 2015

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Page 1: Cenário Macro 2002-03 4º Seminário Econômico ELETRO CEEE Prof. Luciano Coutinho Novembro 2002.

Cenário Macro2002-03

4º Seminário EconômicoELETRO CEEE

Prof. Luciano CoutinhoNovembro 2002

Page 2: Cenário Macro 2002-03 4º Seminário Econômico ELETRO CEEE Prof. Luciano Coutinho Novembro 2002.

Melhora Recenteda Conjuntura

sustentável ?

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Conjuntura Internacional: MelhoraConjuntura Internacional: Melhora

• Em outubro, as expectativas ensaiaram uma melhora

1) Balanços corporativos do 3º trimestre foram considerados satisfatórios, melhorando o desempenho das bolsas de valores

Evolução das bolsas de valores dos EUAJan/02 = 100

55

65

75

85

95

105

Jan/02 Fev Mar Abr Mai Jun Jul/02 Ago Set Out Nov

Nasdaq (EUA)

Dow Jones

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2) O risco de guerra no Iraque diminuiu, reduzindo também o preço do petróleo e as chances de elevação dos juros mundiais

Conjuntura InternacionalConjuntura Internacional

Preço internacional do petróleoBrent (US$/Barril)

24,5

25,0

25,5

26,0

26,5

27,0

27,5

28,0

28,5

29,0

29,5

30,0

1-ju

l

16-ju

l

31-ju

l

15-a

go

30-a

go

16-s

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t

16-o

ut

31-o

ut

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3) A aversão ao risco diminuiu

– as taxas de risco dos emergentes recuaram

– a remuneração dos títulos de longo prazo dos EUA subiu

Conjuntura InternacionalConjuntura Internacional

TBond 10 anos (% ao ano. Fonte: FED)

3,5

3,73,9

4,1

4,34,5

4,74,9

5,1

5,35,5

5,7

jan-02

fev-02

mar-02

abr-02

mai-02

jun-02

jul-02

ago-02

set-02

out-02

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• Implicações desta melhora de expectativas

– restauração gradativa da confiança global

– recuperação das bolsas de valores

– consolidação da trajetória de crescimento mundial

– redução da aversão ao risco dos investidores

– melhora gradual das condições de financiamento externo

– redução da pressão cambial em países emergentes

Conjuntura InternacionalConjuntura Internacional

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• Mas melhoria de expectativas ainda é incipiente, e pode ser frustrada por vários fatores de risco

– no curto prazo

. preocupante enfraquecimento do consumo privado nos EUA

. eventual recrudescimento da ameaça de conflito no Iraque

. ruptura da “bolha imobiliária”

– no médio prazo

. déficits fiscal e externo dos EUA, que podem causar turbulências cambiais nos países centrais, exigindoelevação de juros, prejudicial à atividade econômica

Conjuntura InternacionalConjuntura Internacional

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• Melhora externa e assimilação do discurso moderado do PT reduziram o risco-Brasil e aliviaram o mercado cambial

Conjuntura DomésticaConjuntura Doméstica

Taxa de Câmbio e Risco-Brasil

2,2

2,4

2,6

2,8

3,0

3,2

3,4

3,6

3,8

4,0

2-ja

n

31-ja

n

5-m

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jul

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ut600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

2200

2400

R$/US$ (escala esquerda)

Risco (escala direita)

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• Mas tranqüilidade do mercado cambial depende:

– de que o BC consiga atenuar a queda-de-braço nos vencimentos de títulos cambiais

– de que a transição política evolua sem percalços

– da consolidação de um ambiente internacional mais favorável

– de que as condições de financiamento externo não se tenham deterioração adicional, e comecem a melhorar gradativamente

• Presidente eleito e sua equipe são os maioresinteressados em evitar deterioração da asfixia cambial:

inversão de expectativas é possível e será buscada

Conjuntura DomésticaConjuntura Doméstica

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• A obtenção da maior bancada da Câmara não dá a Lula amaioria: o PT e seus aliados terão de 220 a 230 deputados

– para aprovar leis complementares são necessários257 votos e para mudanças constitucionais, 308.

 

• No Senado, a base do novo governo terá cerca de 35 senadores

– para leis complementares, a maioria necessária éde 42 votos; para mudanças constitucionais, 49

• Governo eleito terá de ampliar base de apoio e fazer concessões, costuradas com cautela, para não gerar desgastes e perda de identidade

Conjuntura PolíticaConjuntura Política

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1) Social

– prioridade para o programa de combate à fome

– sob a direção de aliados mais à esquerda: é nela que Lula tentará diferenciar seu governo em relação aos anteriores

2) Desenvolvimento

– prioridade para as políticas industrial e de exportação

– composição entre PT e partidos que já estão mais próximos: busca dos pactos setoriais entre produtores e empregados

3) Gestão fiscal e macroeconômica, responsável

– prioridade para a aquisição de confiança do mercado

Conjuntura PolíticaConjuntura Política

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• O período de transição envolve três questões centrais: 

– a revisão do Orçamento 2003, receitas adicionais

– a montagem da equipe de governo

– os primeiros contatos com o FMI

As primeiras serão testes para a composição de forças políticas

A terceira será teste para a credibilidade da área econômica

Conjuntura PolíticaConjuntura Política

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Cenário Básico(60%)

crise é vencida, com sacrifícios

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Cenário Básico (60%): CondicionantesCenário Básico (60%): Condicionantes

1. Ambiente internacional

• Período mais crítico da instabilidade está ficando para trás

• Restauração gradual da confiança a partir deste 4º trimestre

• Consolidação de trajetória de expansão moderada da economia global e do comércio mundial, ainda que sujeita a descontinuidades

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PIB: EUA e Europa2000 = 100

98

99

100

101

102

103

104

105

106I/00

II/00

III/0

0

IV/0

0

I/01

II/01

III/0

1

IV/0

1

I/02

II/02

III/0

2

IV/0

2

I/03

II/03

III/0

3

IV/0

3

EUA

Europa

Cenário Básico (60%): CondicionantesCenário Básico (60%): Condicionantes

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3. Política Econômica

• Conservadorismo monetário e fiscal, para acalmar mercados

• Preservação do sistema de metas de inflação

• Depois, prioridade será acelerar a redução da vulnerabilidade

. mudanças negociadas, visando estimular a produção doméstica e a exportação

Cenário Básico (60%): CondicionantesCenário Básico (60%): Condicionantes

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• Dólar está caro – superávits comerciais são recordes; cotaçõesnos mercados futuro, paralelo e turismo estão mais baixos

• Descompressão após eleições, mas modesta

– vencimento de papéis cambiais seguirá elevado até dezembro

– expectativa quanto à nomeação da equipe econômica

– ambiente internacional ainda incerto

– redução da aversão ao risco demora algum tempo para se traduzir em melhora das condições de financiamento

externo

Cenário Básico (60%): CâmbioCenário Básico (60%): Câmbio

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• Descompressão mais consistente no 2º trimestre de 2003

– com a restauração das linhas de crédito externo, dólar algo acima de R$ 3,00 estimula superávits comerciais suficientes para, com a entrada de IDE e os recursos do FMI, atender às necessidades de financiamento externo de 2002-03

• Período provável de estresse (moderado): 3º trimestre de 2003

– governo terá que aprovar medidas fiscais para compensar perda de receita prevista para 2004 (por exemplo, com CPMF)

Cenário Básico (60%): CâmbioCenário Básico (60%): Câmbio

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Cenário Básico (60%): CâmbioCenário Básico (60%): Câmbio

Cenário Básico 2002-03 Câmbio (R$/US$)

3,553,60

3,55

3,453,50

3,35

3,253,20

3,253,20

3,35

3,453,40

3,30

3,65

3,0

3,1

3,2

3,3

3,4

3,5

3,6

3,7

3,8

Out

Nov

Dez

Jan/0

3

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul/03

Ago

Set

Out

Nov

Dez

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• Pressão cambial eleva custos e estimula aumentos de preços:

– mais fortes no atacado, onde os preços são mais sensíveis às variações cambiais

– mais moderados no varejo, em função da demanda deprimida

• Índices gerais ficarão bem mais elevados no curto prazo, e depois terão desaceleração mais rápida

• Índices ao consumidor subirão mais devagar, mas demorarão mais a desacelerar – repasse do custo cambial no varejo é mais espaçado no tempo, no ritmo da recomposição de estoques

Cenário Básico (60%): InflaçãoCenário Básico (60%): Inflação

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• No médio prazo, tendência é de desaceleração gradativa,acompanhando lenta descompressão de custos:

– alívio cambial

– reajustes um pouco mais brandos de tarifas públicas

– commodities externas ainda bem-comportadas

– queda no preço internacional do petróleo

– reajustes salariais ainda contidos

Cenário Básico (60%): InflaçãoCenário Básico (60%): Inflação

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• Mas IPCA deve correr acima do teto das metas trimestrais acertadas com o FMI (limitando o espaço para cortar juros)

• Meta anual de 2003, do BC, é ainda mais apertada: deve ser descumprida, mesmo com a margem majorada de tolerância

Cenário Básico (60%): InflaçãoCenário Básico (60%): Inflação

IPCA – metas(a) e projeções12 meses, em %; (a) FMI até III/03; BC em IV/03

4,0

8,0

6,5 6,05,5

5,0

7,5

8,08,5

9,010,5

6,5

7,9

9,0

10,2 10,29,7

7,5

3,0

4,0

5,06,0

7,0

8,0

9,010,0

11,0

12,0

III/02 IV/02 I/03 II/03 III/03 IV/03

Meta Limite da Meta Projeção LCA

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• Espaço para cortar juros ainda em 2002 é quase nulo

• 2003: cortes cautelosos de juros, em concordância com o FMI, em períodos de alívio cambial e desaceleração da inflação

– período mais favorável: 2º trimestre

Cenário Básico (60%): JurosCenário Básico (60%): Juros

Cenário Básico 2002-03 Juro Selic (% ao ano)

21,0 21,0 21,0

20,5

19,5

19,0

18,518,3 18,3 18,3 18,3

18,0

17,5

17,0

17,5

18,0

18,5

19,0

19,5

20,0

20,5

21,0

21,5

22,0

Ou

t/0

2

Jan

/03

Fev

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Jul/

03

Ag

o

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Ou

t

No

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z

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Cenário Básico (60%): ProjeçõesCenário Básico (60%): Projeções

Unidade 2001 2002 2003

Câmbio (R$/US$) fim de período 2,32 3,60 3,30Câmbio (R$/US$) % ao ano 18,7 55,1 -8,3Câmbio (R$/US$) médio anual 2,35 2,90 3,35Câmbio (R$/US$) % ao ano 28,4 23,5 15,5

Juros nominais % ao ano 17,2 19,1 19,0Juros reais (IPCA) % ao ano 8,8 9,2 10,7Juro básico % a.a. dez. 19,0 21,0 17,5

IPCA % ao ano 7,7 9,0 7,5IGP-M % ao ano 10,4 19,0 9,5

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Cenário Básico (60%): ImplicaçõesCenário Básico (60%): Implicações

Atividade Econômica

• 2002: sustentação no 2º semestre (eleições e exportações)

• 2003: crescimento baixo, ainda contido por:

– inflação: deprime a renda real e o consumo básico

– juros altos: inibem crédito, consumo de duráveis e investimento

– condições fiscais apertadas: restringem o gasto públicoUnidade 2001 2002 2003

PIB % ao ano 1,5 1,2 1,8Massa de renda % ao ano -2,3 -2,5 -1,1 Nível de emprego % ao ano 1,5 1,3 1,8 Renda real média % ao ano -3,8 -3,8 -2,9

Investimento % ao ano -0,3 -3,5 1,2

Consumo privado % ao ano 0,0 0,4 1,2 Básico % ao ano 0,2 0,9 1,3 Duráveis % ao ano -2,0 -3,7 1,0

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Setor Externo

• Ajuste externo prossegue:

– superávits comerciais expressivos, estimulados por câmbio e demanda doméstica contida ...

– ... reduzem déficit em conta corrente, coberto por IDE

Cenário Básico (60%): ImplicaçõesCenário Básico (60%): Implicações

Unidade 2001 2002 2003

Saldo comercial US$ bilhões 2,6 10,8 14,8Exportações US$ bilhões 58,2 59,2 64,6Importações US$ bilhões 55,6 48,4 49,8

Conta corrente US$ bilhões -23,2 -13,3 -9,3Conta corrente % do PIB -4,6 -3,0 -2,2IDE US$ bilhões 22,6 15,3 13,0

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Finanças Públicas

• Cumprimento estrito das metas fiscais

– contenção de despesas e medidas para ampliar arrecadação

– recuo do dólar permite reduzir dívida líquida/PIB, sem necessidade de elevação da meta de superávit

primário

Cenário Básico (60%): ImplicaçõesCenário Básico (60%): Implicações

Unidade 2001 2002 2003

Resultado primário % PIB 3,69 3,88 3,75DLSP % PIB 53,1 64,2 63,3

Page 28: Cenário Macro 2002-03 4º Seminário Econômico ELETRO CEEE Prof. Luciano Coutinho Novembro 2002.

Cenário Pessimista(30%)

Page 29: Cenário Macro 2002-03 4º Seminário Econômico ELETRO CEEE Prof. Luciano Coutinho Novembro 2002.

Pessimista (30%)Pessimista (30%)

• Recrudescimento da crise cambial

• BC sobe juros para conter alta do dólar e da inflação

• Recursos adicionais do FMI seriam necessários para dispensar a necessidade de introduzir controles sobre câmbio (acordados com FMI)

• Atividade econômica deprimida

• Deterioração do mercado de trabalho

• Dívida pública pressionada

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Pessimista (30%): ProjeçõesPessimista (30%): Projeções

Unidade 2001 2002 2003

Câmbio (R$/US$) fim de período 2,32 3,90 4,50Câmbio (R$/US$) % ao ano 18,7 68,1 15,4Câmbio (R$/US$) médio anual 2,35 2,96 4,52Câmbio (R$/US$) % ao ano 28,4 26,0 52,5

Juros nominais % ao ano 17,2 19,2 24,5Juros reais (IPCA) % ao ano 8,8 8,9 9,7Juro básico % a.a. dez. 19,0 22,0 22,0

IPCA % ao ano 7,7 9,5 13,5IGP-M % ao ano 10,4 20,0 23,5

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Pessimista (30%): ProjeçõesPessimista (30%): Projeções

Unidade 2001 2002 2003

PIB % ao ano 1,5 1,1 -0,5Massa de renda % ao ano -2,3 -3,0 -5,0 Nível de emprego % ao ano 1,5 1,2 -0,2 Renda real média % ao ano -3,8 -4,2 -4,8

Saldo comercial US$ bilhões 2,6 11,4 18,2Exportações US$ bilhões 58,2 59,0 63,6Importações US$ bilhões 55,6 47,5 45,4

Conta corrente US$ bilhões -23,2 -12,7 -5,9Conta corrente % do PIB -4,6 -2,9 -1,8

Resultado primário % PIB 3,69 3,82 4,00DLSP % PIB 53,1 69,4 74,5

Page 32: Cenário Macro 2002-03 4º Seminário Econômico ELETRO CEEE Prof. Luciano Coutinho Novembro 2002.

Cenário Otimista(10%)

melhora rápida do ambiente externo

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Otimista (10%)Otimista (10%)

• Internacional: melhora mais rápida do quadro global

– fatores de risco se desvanecem; crescimento global acelerado

– aversão ao risco se dissipa, melhorando rapidamente as condições de financiamento externo

• Doméstico: assimilação do quadro político

– composição do governo é muito bem assimilado pelo mercado

– dólar desaba, aliviando inflação: corte mais rápido de juros

– condições fiscais mais favoráveis

– atividade econômica tem expansão mais acentuada

Page 34: Cenário Macro 2002-03 4º Seminário Econômico ELETRO CEEE Prof. Luciano Coutinho Novembro 2002.

Projeções: câmbio, juros e inflaçãoProjeções: câmbio, juros e inflação

Unidade 2001 2002 2003

Câmbio (R$/US$) fim de período 2,32 3,30 3,10Câmbio (R$/US$) % ao ano 18,7 42,2 -6,1Câmbio (R$/US$) médio anual 2,35 2,85 3,15Câmbio (R$/US$) % ao ano 28,4 21,0 10,6

Juros nominais % ao ano 17,2 19,0 16,0Juros reais (IPCA) % ao ano 8,8 10,6 10,5Juro básico % a.a. dez. 19,0 20,0 15,0

IPCA % ao ano 7,7 7,5 5,0IGP-M % ao ano 10,4 15,5 6,0

Page 35: Cenário Macro 2002-03 4º Seminário Econômico ELETRO CEEE Prof. Luciano Coutinho Novembro 2002.

Projeções econômicasProjeções econômicas

Unidade 2001 2002 2003

PIB % ao ano 1,5 1,2 2,6Massa de renda % ao ano -2,3 -2,0 2,0 Nível de emprego % ao ano 1,5 1,5 2,3 Renda real média % ao ano -3,8 -3,5 -0,3

Saldo comercial US$ bilhões 2,6 10,3 12,2Exportações US$ bilhões 58,2 59,2 64,5Importações US$ bilhões 55,6 48,9 52,3

Conta corrente US$ bilhões -23,2 -13,6 -10,2Conta corrente % do PIB -4,6 -3,0 -2,3

Resultado primário % PIB 3,69 3,88 3,75DLSP % PIB 53,1 62,0 57,3

Page 36: Cenário Macro 2002-03 4º Seminário Econômico ELETRO CEEE Prof. Luciano Coutinho Novembro 2002.

• 2003 será um ano fiscal muito apertado: o investimento público estará contido em patamar inferior ao de 2002

• Haverá, no entanto, grande interesse do novo governo em promover investimentos em

– habitação (CEF, Novo Ministério, coordenação com estados/prefeituras)

– saneamento (parceria com setor privado/quadro legal)

– rodovias/transportes urbanos

– energia elétrica em geração e transmissão (qual o modelo ?)

Implicações para o setorImplicações para o setor

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• Há oportunidade de definição de um novo modelo de planejamento e regulação credível e fixado por consenso para as áreas de:

– saneamento

– energia

• Definições:

– papéis do setor público e do setor privado

– sistema de planejamento: clara definição de prioridades, necessidades de investimento

– modelo regulatório – aperfeiçoamento imprescindível

• “Funding” ?

Implicações para o setorImplicações para o setor

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• Há uma oportunidade de proposição de saídas para o “funding” de investimentos sem pressão sobre os recursos fiscais muito escassos

– BNDES/project finance/empréstimos

– Fundos de Pensão – Recursos das instituições multilaterais

– Eletrobrás ?

– Ajuste tarifário: controle inflação vs. Rentabilidade do capital

Implicações para o setorImplicações para o setor