Grupo realização - PROFESSORA Renata Cunha 2009 GRUPO DE ESTUDOS REALIZAÇÃO PROFESSORA RENATA CUNHA PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO PARA OS CARGOS DE PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL I PEDAGÓGICA GERAL PEDAGOGIA DA AUTONOMIA AUTOR: PAULO FREIRE TÔNICA: MORAL E ÉTICA NA PRÁTICA EDUCATIVA A OBRA ESTÁ ESTRUTURADA POR TRÊS EIXOS: 1- RELAÇÃO DOCÊNCIA E DISCÊNCIA; 2- ENSINO NÃO É TRANFERÊNCIA DE CONHECIMENTO; 3- ENSINO COMO ESPECIFICIDADE HUMANA; [email protected]1
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Cavalleiro, Paulo Freire, Alarcão, Rosita Carvalho, Munanga
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Grupo realização - PROFESSORA Renata Cunha 2009
GRUPO DE ESTUDOS REALIZAÇÃO
PROFESSORA RENATA CUNHA
PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO PARA OS CARGOS DE
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E EDUCAÇÃO INFANTIL E
ENSINO FUNDAMENTAL I
PEDAGÓGICA GERAL
PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
AUTOR: PAULO FREIRE
TÔNICA: MORAL E ÉTICA NA PRÁTICA EDUCATIVA
A OBRA ESTÁ ESTRUTURADA POR TRÊS EIXOS:
1- RELAÇÃO DOCÊNCIA E DISCÊNCIA;
2- ENSINO NÃO É TRANFERÊNCIA DE CONHECIMENTO;
3- ENSINO COMO ESPECIFICIDADE HUMANA;
NÃO HÁ DOCÊNCIA SEM DISCÊNCIA
A prática educativa é uma via de mão dupla onde quem ensina aprende e
Uma relação educativa (docente/discente) deve acontecer de maneira não
hierarquizada porque um não existe sem o outro. Da mesma forma que não se ensina
quando não há quem aprende.
1- ENSINAR EXIGE RIGOROSIDADE METÓDICA
Ciclo Gnosiológico
PENSAR CERTO= Compromisso que deve ter o educador com sua prática e este deve
ser um de seus objetivos.
CRIATIVIDADE= O educador precisa ter e deve despertar no educando a criatividade e a
curiosidade que deve passar de INGÊNUA PARA EPSTEMOLÓGICA. Fomenta a
pesquisa e o verdadeiro aprendizado01
1. RIGOROSIDADE METÓDICA: Deve ser ensindao aos educandos a medida que
vão se aproximando do objeto de conhecimento. O educadorr deve ter
rigorosidade metódica com sua formação e com sua prática.
2- ENSINAR EXIGE PESQUISA
PESQUISA= A busca faz parte da natureza da prática docente e do homem;
Só pesquiso quando acredito que nada é para sempre e sim provisório
(PROVISORIEDADE DO CONHCIMENTO EM CONSTRUÇÃO COMO DIZ SONIA
KRAMER);POR ENQUANTO...
PENSAR CERTO= O pensar certo por parte do professor implica em respeitar o
senso comum e a curiosidade ingênua estimulando pela pesquisa o alcance da
curiosidade epstemológica.
CURIOSIDADE EPSTEMOLÓGICA: Produto da intervenção docente crítica e progressita.
0 1 Lembre-se da morte da corúja. Simplesmente jogar fora ou trabalhar o funeral, a identidade da corúja, seus hábitos alimentares, seu habitat, seu lugar na cadeia alimentar, o folclore em torno dela e demais fatores co-relacionados.A primeira opção, restringe-se a curiosidade ingênua e a segunda a epstemológica.
Une-se ao conceito de PROFESSOR REFLEXIVO de Alarcão. Proporciona a
SUPERAÇÃO DA CURIOSIDADE INGÊNUA PELA CURIOSIDADE EPISTEMOLÓGICA.04
9- ENSINAR EXIGE O RECONHECIMENTO E A ASSUNÇÃO DA IDENTIDADE
CULTURAL.
Reconhecer o educando enquanto sujeito histórico e cultural, significa
reconher,valorizar e considerar sua cultura e o conhecimento que dela vem.05
ENSINAR NÃO É TRANSMITIR CONHECIMENTO
AO ENTENDER QUE ENSINAR NÃO É TRANSMITIR CONHECIMENTO, ESTOU
PENSANDO CERTO
ENSINAR
CRIAR POSSIBILIDADES PARA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
*É PRECISO AGIR COM RIGOROSIDADE METÓDICA PARA MEDIAR O CAMINHO.
NEM SIMPLIFICAR, NEM CENTRAR NO PROFESSOR.
1- ENSINAR EXIGE CONSCIÊNCIA DO INACABAMENTO
Essa consciência, dá condiçãoi do educador perceber-se e perceber o educando
enquando sujeitos aprendentes que controem conhecimento enquanto se relacionam e
vivem no SUPORTE. A consciência do inacabament, dá também ao educando a
0 4 NESTE PONTO VALE PENSAR NA QUESTÃO DA FORMAÇÃO CONTINUADA. NÃO É SUFICIENTE APENAS TER ESPAÇO PARA A FORMAÇÃO, HÁ QUE SE PENSAR, NA QUALIDADE E NOS OBJETIVOS DE TAL AÇÃO.
0 5 Aqui encontra-se a ideia do multiculturalismo na escola.
Constante reflexão critica sobre a prática docente.
Constante avaliação;
Nortea a superação do saber ingênuo pelo saber epstemológico (com respeito aos
saberes prévios);
5- ENSINAR EXIGE HUMILDADE TOLERÂNCIA E LUTA EM DEFESA DOS DIREITOS
DOS EDUCANDOS.
Luta pela dignidade dos professores06
Se o professor compreende que não é o único detentor do saber e se respeita o
educando e seus saberes culturais e sociais ele deve atuar com humildade.
6- ENSINAR EXIGE APREENSÃO DA REALIDADE
A capacidade de aprender, não apenas para nos adaptar mas sobre tudo para
transformar a realidade, para nela intervir, recriando-a.
Aprender é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem
abertura ao risco e à aventura do espírito.
A prática educativa demanda a existência de sujeitos, um que, ensinando, aprende,
outro que, aprendendo, ensina.
Especificamente humana a educação é gnosiológica, diretiva, por isso política, é
artística e moral, serve-se de meios, técnicas, envolve frustrações, medos e desejos.
7- ENSINAR EXIGE ALEGRIA E ESPERANÇA
Esperança num futuro mais justo.
Alegria que não MASCARA O CONHECIMENTO CIENTÍFICO.
0 6 Minhas critica à categoria, são baseadas neste pressuposto e em outros que rezam que a busca pela valorização docente, trafega pela reconstrução de sua dignidade que em meu entendimento, passa pelo “Pensar Certo” e pelo saber “FAZER intencional e contextualizado”.
Por reconhecer que o ser humano é inacabado, participa de um movimento
constante de busca com esperança07
A esperança recusa o fatismo.
8- ENSINAR EXIGE A CONVICÇÃO DE QUE A MUDANÇA É POSSÍVEL
História como possibilidade e não determinação.
“O mundo não é. O mundo está sendo.”
Rebeldia crítca para a mudança. Anuncia as possibilidades. “O geografo brasileiro
Milton Santos dizia que: O mais importante não é descobrir a verdade e sim proclamá-la”.
É preciso considerar que mudar é difícil mas não é impossível.
É preciso programar a ação político pedagógica para a intervenção.
O educador precisa aprimorar sua visão de mundo para que possa auxiliar o grupo
no entendimento da dominação.
9- ENSINAR EXIGE CURIOSIDADE
A curiosidade que silencia a outra se nega a si mesma também.
Na existência de um bom clima pedagógica-democrático, o aluno vai aprendendo
pela sua prática que a sua curiosidade e a sua liberdade possuem limites, embora
estejam em contínuo exercício.
Tanto o professora quanto o aluno devem ter uma postura dialógica, aberta,
curiosa, indagadora, mesmo em momento em que o professor expõe sobre o objetivo.
Importante é não ter uma postura passiva frente ao conhecimento.
3- ENSINAR É UMA ESPECIFICIDADE HUMANA
Professor deve expressar segurança através de:
1- Firmeza das ações;
0 7 Uma atução problematizadora e questionadora no coletivo da escola e principalmente nos horários de formação coletiva, pode viabilizar uma reflexão ou a “DESCONSTRUÇÃO PARA A RECONSTRUÇÃO”.
O educador quer considera a educação como formação integral do ser e não como
treinamento tem que ser coerente com a maneira de falar com os educandos.
Não de cima para baixo como se fosse o dono do saber.
Deve falar COM e escutar paciente e criticamente.
7- ENSINAR EXIGE RECONHECER QUE A EDUCAÇÃO É IDEOLÓGICA
O discurso ideológica tem o poder de anestesiar a mente, de confundir a
curiosidade, de distorcer a percepção dos fatos, das coisas, dos acontecimentos.
8- ENSINAR EXIGE DISPONIBILIDADE PARA O DIÁLOGO.
O educando deve sempre testemunhar aos alunos, a sua segurança ao discutir um
tema, ao analisar um fato, ao expor sua posição frente a decisões políticas.
9- ENSINAR EXIGE QUERER BEM OS EDUCANDO
A seriedade não exclui a afetividade08
“ A alegria não chega apenas ao encontro do achado mas faz parte do processo de
busca”.
PROFESSORES REFLEXIVO EM UMA ESCOLA REFLEXIVA
ISABEL ALARCÃO
CAP I - ALUNOS, PROFESSORES E ESCOLA FACE A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
0 8 Lembre-se da discussão sobre cuidado e educação x prática assistencial e prática educacional na educação infantil e principalmente na Creche. Será que assistir, exclui educar ou vice-versa.
Tempse que reconhecer que o exercício livre responsável da cidadania exigedas pessoas a capacidade de pensar e a sabedoria para decidir com base emInformação e conhecimentos sólidos.
CAPACIDADE NECESSÁRIA PARA DESENVOLVER A COMPREENSÃO E ATUAR
NESTE NOVO CONTEXTO.
CONCEITOS Aprender permantentemente/SIMILARES Aprender ao longo da vida/
Ser aprendenteAprender a aprender ( Um dos 04 Pilares da Educação)
COMPETÊNCIA PARA LIDAR COM A INFORMÇÃO
Dever ser utilizada de modorápido/ Flexível.
Deve ser crítico e saberonde buscar a informação saber selecionar Organizar para
conhecer
CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA PROFESSORES E ALUNOS
alunos PROFESSORES
Protagonistas frente a Mediador ente o aluno e a informação; informação.11
ALUNO
1 1Mais uma vez, os autores unem-se conceitualmente. Aqui encontramos o conceito de mediação que pode ser entendido na perspectiva de Vygotsky quando ressalta a importância da atuação do professor no processo de aprendizagem do aluno, na passagem da Zona de Desenvolvimento Proximal para a Real. Lembre-se, em educação o planejamento do professor deve ter um caráter PROSPECTIVO – Zona de Desenvolviemnto Potencial.
1- Aprendente;2- Observador do mundo/ e a si mesmo;3- Questionador e investigativo (pesquisador)/ busca novas significações;4- Mais autonomo;
APRENDIZAGEM É UM MODO DE SE COMPREENDER GRADUALMENTE O MUNDO.
SALA DE AULADeixa de ser um local de transmissão, passando a ser local de produção/procura e investigação. (Conceito de laboratório)ESCOLA
1- Auto-gerida;2- PP construido coletivamente;3- Tem objetivos e se auto avalia;4- Contextualiza-se na comunidade e interage com ela;5- Investe em formação continuada;6- Envolve os alunos no Projeto;7- Envolve os pais no Projeto;8- Considera-se em aprendizagem;9- Constrói conhecimento sobre si mesma;10- É uma comunidade de aprendizagem/ comunidade aprendente;11- Local de produção de conhecimento sobre educação;12
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR REFLEXIVO
Baseia-se em: - Consciência da capacidade de pensamento e reflexão;
- Rejeita a mera reprodução de prática extriores;
- Contextos que favorecem (ex.: escola reflexiva);
1 2 Este conceito se alia a ideia de que a formação continuada do professor deve ocorrer na própria escola tendo como objeto de estudo a sua própria prática.
Refiro-me, particularmente, à distinção entre os alunos que compõem os grupos I e II. Enquanto que no primeiro estão aqueles com dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares; do segundo fazem parte alunos com dificuldades de comunicação e sinalização, o que significa que tais dificuldades (ou condições) não representam, necessariamente, acentuadas dificuldades na aprendizagem ou no desenvolvimento, a ponto de impedí-los de acompanhar as atividades curriculares.( CARVALHO p. 117, 2006)
*O contexto da reflexão, centra-se na relação entre estas deficiências e a
presença simultânea de dificuldades de aprendizagem o que para Carvalho, (2006),
trata muito mais de uma maneira de dizer-nos que muito embora as deficiências
existão no campo auditivo, visual e motor elas em muitas vezes, por si só não
represetam dificuldade de aprendizado.
Penso que essa ressalva é da maior importância para descaracterizar a errônea suposição de que alunos surdos, cegos, com paralisia cerebral, por exemplo, apresentam, sempre, acentuadas dificuldades de aprendizagem. *Na verdade, as dificuldades acentuadas não se localizam neles: estão na disponibilidade, por todas as escolas, dentre outros, dos recursos humanos, tecnológicos, financeiros, indispensáveis para a remoção de barreiras para a aprendizagem, extrínsecas a esses alunos! (CARVALHO p. 117, 2006).
Sob essta ótica sociocultural, poderemos considerar que, do primeiro grupo, fazem
parte aqueles aprendizes que apresentam necessidades educacionais especiais, seja
porque chegam à escola em desvantagem de conhecimentos e de experiências quando
comparados a outros alunos de sua faixa etária, seja porque estão defasados na relação
série/idade.
Mesmo sem apresentarem incapacidade intelectual, sensorial ou emocional
graves, isto é, sem nenhuma causa orgânica específica, manifestam dificuldades de
aprendizagem transitórias, mas podem se tornar permanentes, gerando-se as
*É importante saber que há crianças que funcionam muito bem
em geral, mas que há uma área ou várias áreas que a criança
não consegue dominar daí que se deve solicitar a avaliação das
áreas nas quais o aluno tem problemas, o que permitirá
trabalhar com ele, com ou sem a ajuda do especialista.
(Carvalho apud Palácio p. 119, 2006).14
Sem que esta citação signifique o retorno das práticas de diagnóstico clínico, ela
representa uma valiosa observação referente à importância de identificarmos as
necessidades educacionais de nossos alunos, entendendo-as como barreiras intrínsecas
para sua aprendizagem e participação. Barreiras precisam e podem ser removidas, o
que vai conferir à proposta de educação inclusiva sua verdadeira dimensão de
qualidade.(Profª Renata Cunha - Esta é a coluna dorsal da Educação Inclusiva. Uma
vez garantido o acesso, agora é fundamental por meio da REMOÇÃO das barreiras
para a aprendizagem, garantir a qualidade do aprendizado para todos).
Além dos educandos que integram o grupo I, os relatores das Diretrizes
mencionam como educandos com NEE aqueles que apresentam comunicação e
sinalização diferenciadas (grupo II) e, ainda o grupo de altas habilidades/superdotação
por grandes facilidades em dominar conceitos, procedimentos e atitudes (grupo III).
Neste particular, indentifico outro mérito nos critérios adotados, pois não
ficam como mutamente exlcudentes as possibilidades de alguns alunos dos outros
dois grupos, apresentarem altas habilidades em alguma área do saber e do saber-
fazer.
Mas, retomando o “fio da meada” em relação à remoção de barreiras para a
aprendizagem e para a participação, ainda que ínúmeros educandos com dificuldades
acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento não
sejam portadores de deficiência, assim são percebidos pelos seus familiares e por
1 4 Significa dizer, que sob esta perspectiva, não há porque a escola ficar em estado de paralisia porque segundo seu discurso está esperando que o especialista emita o LAUDO para daí começar o processo detonador da escolarização do aluno. Lembre-se, o aluno precisa ter suas necessidades sociais e/ou médicas atendidas e a escola pode otimizar isso sim, porém, essa mesma escola que busca otimizar este processo não pode atrelar a ele o seu papel na rede de atendimento que é educativo e de desenvolvimento da aprendizagem... “Enquanto isso na sala de justiça!!!!”
muitos educadores. Estão no imaginário coletivo como alunos “com defeitos”
responsáveis por suas dificuldades e pelas elevadas estatísticas do fracaso escolar.
Como as Diretrizes são para a educação especial diria que, de certo modo, os
professores mostram-se ainda mais reticentes quanto à sua capacidade (e vontade)
de atender a todos esses alunos em suas classes do ensino comum. Se antes
mostravam resistências para com os portadores de deficiências, agora suas
queixas e dúvidas envolvem outros educandos, também considerados por eles
como deficientes e para os quais esperam o assessoramento da educação
especial, com vistas à inclusão em suas turmas regulares. (Profª Renata Cunha:
Quem são estes alunos? O Referencial de Avaliação Alunos com Necessidades
Educacionais Especiais, cita como organizacionalmente a RMESP se estruturou para
atender esta demanda dando diferentes e boas respostas às suas necessidades
educacionais).
Os professores da educação básica em geral declaram-se despreparados para o
processo de ensino-aprendizagem desse alunado, mas pouco questionam acerca da
influência do tradicionalismo da prática pedagógica sobre os elevados índices de fracasso
escolar dos alunos, mesmo dos ditos normais.15
1 5Uno-me a autora e tomando a liberdade de ir mesmo que superficialmente mais além, acredito que este discurso docente de alguma forma estabelece um elevado grau de VITIMIZAÇÃO profissional, quadro em que o próprio professorado vem se colocando e, depois, para ter estruturada a falácia da não co-responsabilidade pelo fracasso escolar e/ou pela baixa qualidade da educação brasileira, culpabiliza o sistema, o aluno e suas dificuldades e/ou estilo de aprender e em grande medida a famíla que segundo tal discurso não exerce o papel que lhe é de dever. A pergunta que ecoa em minhas reflexões teóricas e práticas tem sido sobre por quais caminhos é necessários trafegar para que o professor enquanto categoria profissional encontre o seu verdadeiro papel no contexto da transformação social? E além disso, não para desviar o foco da culpabilização e agora depositá-la no professor, mas, em grande medida, para que consciente de sua parcela de responsabilidade pelo indigesto quadro educacional brasileiro que se desenha, o professorado deste país possa reavaliar seus fazeres e saberes fortalecendo-se e aí sim, “criando corpo, voz e voto para contestar aquilo que extrínseco ao seu fazer e saber, compõem-se enquanto parte constitutiva da “Prática Educativa” e influência a relação ensino e aprendizagem. Qual é a nossa “fatia” de co-responsabilidade pelo fracasso escolar? Porque historicamente o professor tem participado desta dança de cadeiras culpabilizando atores do cenário e não aponta em si mesmo os problemas que só a ele cabe resolver e que em grande medida, minimizariam o problemático e desgastante contorno da educação brasileira? Uma destas “fatias”, é a qualidade do posicionamento pessoal, profissional e político frente não só ao conheciemnto técnico de sua área de atuação mas também, àqueles relacionados a Educação como meio de Transformação Social. Outro aspecto que vem carecendo desta mesma tomada de decisão acerca de que lado nos docentes estamos, tem sido o campo da formação continuada e inicial, e aí, posso perdurada a imaturidade pautada pela contemporaneidade de meus estudos neste contexto referir-me a este fator tendo como contexto de reflexão, a observação crítca sobre o cenário de RMESP que atualmente tem dispoinibilizado material, espaço, remuneração e jornada para a formação continuada e independe do sistema porque este tem oferecido meios e recursos e não influênciado pelo aluno e por sua família uma vez que o professor tem seu horário de formação garantido fora de seu período de regência e com uma diversidade de materiais fundamentados em estudiosos que são discutidos e/ou utilizados em diferentes países e contextos educacionais, mesmo assim, em minha observação crítico-reflexiva, tenho verificado ainda que provisoriamente, que de certa forma nos professores, temos nos afugentado da
ORIGEM DAS BARREIRA ENFRENTADAS PELOS ALUNOS, POR SUAS FAMÍLIAS E
PELOS EDUCADORES
A maioria dos questionamentos relaciona as barreiras para aprendizagem e para a
participação com as características dos próprios alunos, percebidos como os
responsáveis por suas dificuldades e pelos desdobramentos que acarretam, na prática
pedagógica, em sala de aula. A autora diz que em seus estudos, poucos professores
mencionaram como barreiras, suas atitudes frente à diferença; alguns as atribuem ao
sistema, que nem lhes oferece os justos proventos, nem as condições necessárias para o
trabalho na diversidade; também não foram poucos os que localizam as barreiras nas
famílias.
A autora comenta:
O que me ocorre, em primeiro lugar, é a necessidade dos professores localizarem,
nos alunos, a origem das dificuldades de aprendizagem que manifestam na escola. De
certo modo, torna-se mais cômodo admitir que são os “culpados”, eximindo-se de
maiores responsabilidades todos aqueles que participam de seu desenvolvimento e
aprendizagem.
responsabilidade de utilizarmos tais oportunidades para transformar a realidade. Ao refletir sobre isso, me vem mais uma pergunta. O que tem impedido o professor de posicionar-se qualitativa e criticamente frente a sua formação em um contexto dialógico entre o profissional e o seu objeto de estudos? Surge outra indagação “rebelde por sua criticidade e por sua dialogicidade aparentemente contraditória. Desenha-se assim, porque é a expressão da “corporificação do pensamento de uma professora que militante por uma educação pública brasileira da “melhor qualidade” compreende que todos somos produtos de uma identidade que se construiu nacionalmente e que muito embora o caminho da reconstrução seja penoso e de certa forma solitário muitas vezes, há a gritante e emergente necessidade de lutarmos contra as amarras do fracasso, nos aprimorando para que unidos, fortes e convictos, nos intringeremos nas frentes de “batalha” por uma educação pública, qualitativa e principalmente por um campo de atuação docente estruturado e reorientado para transformar a sociedade brasileira em uma sociedade do “belo”, do “humano” e da vitória. Rebelde e crítica estas minhas colocações têm sido interpretadas sob a luz da dinâmica neoliberal que procura um culpado para escravizá-lo pelo fracasso e pela não realização do que se espera na educação muito embora, os subsídios para tal realização, sejam negados processualmente. A reflexão que tenho procurado estruturar, convocando teoricos por meio de meus estudos e parceiros por meio de minha prática docente, tem sido fundamentada e igualmente motivada pela estranheza que tal cenário provoca em mim e principalmente, quando questões como estas surgem em meus pensamentos. O que leva ao não aproveitamento e ao não protagonismo docente frente aos momentos de formação continuada e em serviço? E porque tanto a formação inicial quanto a continuada, tem refletido infímos avanços na qualidade educacional brasileira e principalmente na qualidade do exercício da Docência no Brasil? Estruralmente, há sem dúvidas a factível elevação da escolaridade do professor brasileiro, há títulos e títulos sendo conferidos e por docentes sendo acumulados mas o que substancialmente vem me inquietando é a busca pela constatação se de fato, esta “elevação” de números e títulos, tem se traduzido na elevação da qualidade da educação e do exercício da docência como campo de atuação profissional e como campo de atuação política.
estimular a pesquisa em educação.1- Pense na questão da introdução da formação semanal de 5 horas nos CEIS da rede direta da
PMDP e os pressupostos teóricos que fundamentam esta prática.
2- Houve uma tentativa administrativa de se retirar as Reuniões Pedagógicas mensais nos
CEIS, fato que a categoria resistiu e se manifestou por meio dos sindicatos da classe. Ficou
garantido, reuniões trimestrais. Faça a relação desta demanda com princípios de prioridade
do cumprimento do direito a educação que toda criança tem e depois, analise a relação
direito X teoria sobre formação continuada de professores em exercío e encontre um
POSSÍVEL “respaudo” no princípio legal e o teórico.
Para quem vai prestar para Coordenador Pedagógico, é importante
atentar para este princípio.
Segue a autora:
Inúmeras vezes, participando de reunião com professores das escolas municipais do Rio
de Janeiro, constatei o quanto esses encontros são necessários, inclusive para elevar a
auto-estima dos professores. Quantas idéias surgiram no espaço dialógico da reunião e
quantas sugestões foram apresentadas àqueles que se queixavam da aprendizagem de seus
alunos e receberam depoimetnos estimuladores dos colegas que relataram como haviam
procedido em situações similares!
* Qual a relação entre esta colocação e as teorias que apresentam a idéia de que o LÓCUS para formação continuada é a ESCOLA e o melhor objeto de estudo neste contexto é a PRÁTICA EDUCATIVA?
Segue a autora:
Acredito que o professor pode, m sala de aula, criar um clima agradáel e favorável
à aprendizagm e à participação de todos, tarefa que seria facilitad se não fossem tantos
O diagnóstico como prática que ainda é exercida com a finalidade de triagem
do alunado, tem sido uma das mais sérias barreiras que temos enfrentado para a
implementação da educação inclusiva. Embora esta proposta tenha como pressuposto
básico que a escola é para todos, independentemente de quaisquer características
pessoais e sociais dos alunos, ainda temos muito impregnado, em nossa cultura, que é
importante diagnosticar.16
Em outras palavras e a despeito de todos os esforço no sentido de mostrar a
incoveniência de patologizar as dificuldades de aprendizagem ainda prevalece, para
alguns, a errônea idéia de que o professor precisa conhecer a categoria das dificuldades
à qual pertencem seus alunos. É como se a classificação permitisse saber o melhor
procedimento a ser utilizado para a remoção de barreiras, mas, na prática, tem
funcionado como mais uma barreira – a provocada pelos estigmas.
Qual a importância de avaliar?
1- Dispor de subsídios para o planejamento e para as mudanças que as escolas
necessitam;
1 6 Um exemplo bastante comum é o fato de que ao receber e/ou ter já algum tempo uma criança com NEE no interior da escola, a equipe, fundamenta a sua investigação acerca de construir conhecimentos sobre os “sinais e sintomas”dalimitação ou característica da criança o que em geral, faz com que a infância desapareça e erga-se em seu lugar, uma identidade patologizada que se distancia da menina ou do menino que independentemente de qualquer habilidade e/ou limitação cada aluno é. Centrada na característica, a escola tem dois caminhos a seguir. O primeiro, fundamenta-se em avaliar e identificar as necessidades EDUCACIONAIS ESPECIAIS e atuar no campo que lhe é de obrigação colaborando sempre que necessário ou solicitado, com os diferentes parceiros institucionais que demandaram atendimento para o desenvolvimento geral da criança e para a garantia do estabelecimento de plenas condições mesmo ainda que diferenciadas, de exercício de sua cidadania. O segundo e mais conhecido caminho trilhado é o de buscando aval para suas primeiras impressões, a escola restringe o seu fazer em classificar o menino ou a menina como “diferente dos demais” e congelar seu processo de ensino e aprendizagem, na expectativa que a família da criança a leve até um especilista para que este produza um laudo que no imaginário coletivo do professorado brasileiro, irá determinar o que educacaionalmente pode ser feito ou não com e por aquele menino ou menina. Vale ressaltar, que muito embora seja esta atitude na grande maioria das vezes permeada por uma preocupação que está direcionada a manutenção da saúde da criança e ao cuidado que realmente todos na escola acabam tendo com ela, o fato é que cabe a escola ensinar e aprender a ensinar, cabe aos médicos e aos diferentes serviços de saúde, intervir com seus métodos e técnicas para a garantia da qualidade de vida de todos nós, cabe ao poder público, implantar e implementar políticas públicas que assistam a todos os brasileiros em suas diferentes necessidades sociais e cabe a família zelar pela educação, saúde, segurança e lazer da criança. Com isso, fica muito claro que mais uma vez a ideia é “CADA MACACO NO SEU GALHO”, para oportunizar que a criança APRENDA, TENHA SUA SAÚDE BEM ASSISTIDA, PROTEÇÃO E LAZER e todos estes, interdependentes sendo que um não pode de deixar de fazer a sua parte porque o outro ainda não vez a sua.
3- Para colocar o aluno e professor em foco atuando em uma dinâmica de mão dupla
onde quem avalia se auto-avalia e quem é avaliado também avalia e se auto-avalia;
Segue a autora:
Penso que ainda precisaremos de algum tempo para amadurecer essa nova ótica
sobre os processos avaliativos, até entendermos que o mais importante avaliador é o
professor porque convive cotidianamente com os alunos, durante longos períodos,
diferentemente do que ocorre nos gabinetes de diagnóstico, nos quais os profissionais
trabalham em períodos curtos e descontextualizados dfo dia-a-dia escolar dos
educandos.17
Essa mesma argumentação serve para os procedimentos de aferição da
aprendizagem. Se estou criticando a avaliação diagnóstica, rotuladora, usada para fins de
triagem (é ou não é da educação especial?); do mesmo modo estou criticando a avaliação
da aprendizagem como “medida” do que o aluno aprendeu, ou não.
Até que ponto são confiáveis seus resultados? E será justo avaliar a aprendizagem
dos alunos como aferição, sem considerar as ações de todos os atores que participam do
processo? E como avaliá-las para usar as análises em benefício da aprendizagem e da
participação de todos?
Essas são algumas das barreiras que temos enfrentado no que diz respeito aos
processos avaliativos. Certamente, precisamos de algum tempo para que estes sejam
mais discutidos e reinterpretados à luz da proposta de educação inclusiva.
Na verdde, “a avalição torna-se inclusiva, na medida em que permite
identificar necessidades dos alunos, de suas famílias, das escolas e dos
professores. Mas identificá-las, apenas não basta” (MEC/SEESP, 2002, p.13).
Concordo e afirmo que, para remover barreiras para a aprendizagem e para a
participação, a avaliação deve ser um processo compartilhado e desenvolvido,
1 7 Lembre-se que no documento Referencial sobre Avaliação de Alunos com Necessidades Educacaionais Especiais, consta que é o professor da CLASSE COMUM que é o grande detonador do processo avaliativo e de identificação de tais necessidades e será pela ação dele que os demais atores do cenário, entrarão em cena buscando diferentes formas para que a escola possa por meio do professor dar boas respostas às suas necessidades EDUCACIONAIS ESPECIAIS.
Esta torna-se-á progressivamente mais inclusiva, na medida em que, além de
acolher todos os alunos, se dispuser a, efetivamente, analisar as variáveis que
representam barreiras para a aprendizagem e para a participação de todos e com todos.
Retomo o início deste artigo para reafirmar que a expressão remover barreiras para
a aprendizagem e para a participação é mais clara e fiel aos ideais da democratização da
educação escolar de qualidade.
Independentemente do locus das barreiras, elas devem ser identificadas para
serem enfrentadas, não como obstáculos intransponíveis e sim como desafios aos quais
nos lançamos com firmeza, com brandura e muita determinação.18
PARA ENTENDER O NEGRO NO BRASIL DE HOJE: Histórias, Realidades,
Problemas e Caminhos
Autores: Kabengele Munanga / Nilma Lino Gomes
Livro completo
Os autores iniciam a discussão fazendo algumas indagações:
Qual é a importância para o jovem e o adulto brasileiro de estudar o negro e seus
descendentes no Brasil de Hoje? O Brasil é um país que nasceu do encontro das
diversidades: do índio, do branco, do negro do europeu, do asiático e de tantos
outros povos e grupos étnico-raciais. Conhecer o Brasil é justamente conhecer um
pouco da história desses segmentos populacionais que o formaram ao longo da
história.19
1 8 Tomo mais uma vez a liberdade de me unir a autora e ainda acrescentar a esta reflexão sobre a necessidade de além de todos estes itens, partimos para esta tarefa com PROFISSIONALISMO, VONTADE DE SUPERAR NOSSAS PRÓPRIAS DIFICULDADES E FUNDAMENTALMENTE HUMILDADE PARA NA TROCA AVANÇAR NO CONHECIMENTO, SAIDO “DA CURIOSIDADE INGÊNUA E CAMINHANDO PARA A CURIOSIDADE EPSTEMOLÓGICA”.
1 9 Vale ressaltar que o material de formação da rede (DVD), sobre Inclusão, inicia sua apresentação dizendo que o Brasil é um país DIVERSO POR SUA NATUREZA E DE IDENTIDADE PLURAL.