“ A fotografia é um tempo mortoFictício retorno à simetriaSecreto desejo do poemaCensura impossível do poeta.”Ana Cristina Cesar
A reunião de sessenta fotografias de trinta diferentes fotógrafos da Re-gião Metropolitana de Campinas forma um conjunto de momentos, reflexo de espaços variados de tempo, que guardam e apresentam sentimentos, pensamentos e reflexões.
Para muito além da mostra, o Photomarket, convida e incentiva, artistas e público, a trocar experiências, difundir saberes e movimentar este impor-tante setor da economia criativa.
Com o patrocínio do Fundo de Investimentos Culturais de Campinas, apoio da Secretaria de Cultura de Campinas, O Photomarket é realizado pelo Ideia Coletiva.
Antônio Nascimento Costa, o seu “Toninho”, nesceu e viveu em Carmo de Minas, Sul de Minas Gerais. Construía máquinas fotográficas em sua adolescência e, quando adulto, investiu em equipamentos como hobby, até se tornar o único fotógrafo de sua cidade, por mais de 40 anos.
Esta exposição é dedicada a ele, que deixou sua paixão, seus equipamentos e suas memórias impressas à sua neta, Kora.
Bruna Scorsatto
Celso Palermo
Daniel de Almeida
Eduardo Mello
Elizabeth Dafne Mendes
Fernanda Dreger
Flavia Pircher
Gabriel Pereira
Gimena Ribeiro
Jean Marcel Camargo
Julio Borges
Juvenal Antunes
Kora Prince
Laís Ribeiro
Leandro Viganó
Marcelo Paes
Marcos Badra
Marcos Pereira
Mauro Machado
Maycon Soldan
Mirian Guarnieri
Moreno Dantas
Paulo Ely
Ricarda Canozo
Rildo Condiev
Roberto Limberger
Rodrigo Camargo Marques
Rodrigo França
Rodrigo Moreira
Tiago de Mello
Bruna ScorsattoPropõe um novo olhar sobre a cidade de São Paulo. A capital, tão grande e sempre tão poluí-da de coisas, pessoas e acontecimentos é vista nestas fotos sob uma perspectiva diferente. O contraponto à essência caótica da cidade é feito nas fotos através do enfoque, no detalhe em uma, e da distância na outra, tornando a paisagem proporcionalmente pequena.
Narcissus
A série trabalha com o cor-po masculino e a linguagem do preto e branco. Há muitas referências, além da própria lenda de Narciso, as fotogra-fias vouyerísticas de Alair Gomes, o formalismo de Herb Riits, a fotografia de ballet e a metrossexualidade do ho-mem dos dias de hoje são re-ferências para este trabalho.
Elizabeth MendesRetratar a sociedade atual, pós-moderna, também chamada sociedade líquida graças à sua fácil adaptação às novas coisas que surgem. A sociedade que sempre se encon-tra sem tempo, sempre se sentindo quebra-da e agonizada em relação à este.
Desfragmentação temporal Normose
Um novo sentido a visão de cemitérios.Que não choque, mas que faça refletir sobre a santidade do momento.
Campinas: Cemitério da Saudade I e II
Você pode acreditar no que vê? Ou pode ver o que acredita ser? Onde se forma a imagem que você vê: na retina ou na sua mente? Você tem consciencia de que ao olhar uma foto, fatalmente inclui seu próprio pensamento na imagem que vê? Quanto conseguimos enxergar sem deixar nossos sentidos distrairem nosso pensamento racional? Somos capazes de enxergar sem
interpretar? De ver a realidade sem deixar a percepção se intrometer e modificar o que é aquilo que desejamos que seja? Onde está a verdade do que enxergamos? O que vemos é o que realmente existe? Ou é apenas nossa própria representação da ideia que fazemos? Qual fundamento das coisas que vemos, da propria vida? Qual é a verdade essencial da existência?
Entrada de uma fazenda centenária de café, próximo da região metropolitana de Campinas.
Gimena Ribeiro
Andando de longboard em uma praça, achei que o pôr-do-sol estava mais bonito, diferente. No mesmo momento tirei duas ou três fotos e qual foi minha surpresa ao ver que em uma delas havia um coração do sol.
Julio César Borges
Sol Coração
Havia um canto diário que me encantava. Um dia, re-solvi acordar mais cedo e achar o autor da cantoria. Logo pela manhã encontrei meu despertador matinal e curiosamente ele estava entre alguns galhos secos.
Nos galhos secos
A fotografia analógica, impressa, é refotografada, como um objeto que compõe outra imagem, que por sua vez é impressa e refotografada. são fotografias dentro de fotografias.
Kora Prince
Casa da vó
Varais que seguram objetos, penduram fotos no tem-po e na memória da casa da vó. Objetos refletidos por espelhos, vidros, e a lente que capta os objetos, seus reflexos e trazem para o mundo, em fotografias im-pressas.
Mesas
Em julho de 2013, a caminho do Grand Canyon Natio-nal Park, no Arizona, resolvi passar pela Rota 66, entre Kingman e Williams, que há muito queria conhecer e confirmar a aridez e certa desolação que via nas fotos. E consegui entrar no clima, numa tarde de sol e calor intensos, entre motos passando naquela tranquilidade meio `Easy Rider’, ou um velho caminhão seguindo
lentamente, cafés semi-desertos onde o pouco que se falava era com forte sotaque regional e cenas que traziam-me lembranças de fotos do Robert Frank, ce-lebrizadas no seu livro “The Americans”. Deixo duas imagens que me marcaram dessa tarde de sol e silên-cio, cruzando o Arizona.
Juvenal Antunes
Rota 66 - I e II
“Mostrar cenários cotidianos na arquitetura. A ideia é registrar tudo aquilo que presen-cio e que não é visto da mesma forma por muitas outras pessoas. Este projeto é minha visão geométrica da forma e da composição dos enquadramentos encontrados em luga-res e objetos que encontro na minha rotina, com intenção de despertar a reflexão nas outras pessoas, que assim como eu, possam enxergar de uma forma diferente aquilo que as cercam todos os dias.”
Meu ponto de vista Laís Ribeiro
Espécie bastante comum nas calçadas de alguns bairros de Piracicaba. A foto visa retratar os detalhes da natureza que, muitas vezes, as pessoas não percebem.
Leandro Viganó
Detalhes
Fotografia realizada no Cemi-tério da Saudade (Piracicaba) com o intuito de mostrar a riqueza da arte cemiterial pre-sente no local. Esse cemitério é um dos mais antigos do Estado de São Paulo. Lá, estão enter-rados diversas personalidades políticas/artísticas locais e nacionais - como Prudente José de Morais e Barros que foi o primeiro presidente civil do Brasil.
Olhar
“As fotos fazem parte de um projeto pessoal chamado Pelas Ruas em que eu procurei re-tratar os personagens e sua interação com o local que habitam/trabalham. Por enquanto as fotos são de Campinas e São Paulo, mas a ideia é permear outras cidades do nosso Estado.”
Avesso
A série “Dos meus traços e de traços outros em mim” tem como proposta a investigação das cor-relações entre as tatuagens nos braços de artistas plásticos e os traços predominantes em suas obras. Nesta seleção estão os braços/traços de Fabiano Carrie-ro e Maria Paula.