Carteira semanal Research www.guide.com.br 13 de Julho de 2020 Carteira Semanal 13 de Julho de 2020
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Carteira
Semanal
13 de Julho de 2020
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Avanços no combate à crise
Internacional:
Na semana passada os movimentos de mercado
continuaram sendo regidos pelo otimismo em torno da
recuperação econômica. Investidores levaram índices
acionários globais a encerrar mais uma semana no verde na
esteira da divulgação de uma série de indicadores
econômicos animadores. No pano de fundo, no entanto, o
constante avanço de novos casos em importantes regiões do
mundo segue configurando o principal risco de curto prazo
para o crescimento.
Logo na segunda-feira, o robusto avanço de 17,8% nas
vendas do varejo em maio, após queda de 12,1% em abril,
animou os investidores europeus. Este crescimento
acompanhou o relaxamento das medidas de distanciamento
social, além do efeito expansionistas dos programas de
preservação de renda e de empregos implementados pelos
governos do bloco. Nos EUA, o Índice dos Gerentes de
Compra (PMI, na sigla em inglês) para o setor de serviços
avançou de 45,4 em maio para 57,1 em junho, voltando a
apontar para a expansão do setor. Segundo a pesquisa,
foram registrados avanços nos novos pedidos, na produção
e no nível de emprego.
Na terça-feira, o avanço aquém do esperado de 7,8% na
produção industrial alemã colocou um freio sob as
expectativas de uma recuperação completa em V. A leitura
apontou para um setor que ainda opera com elevada
capacidade ociosa, a despeito do importante avanço na
produção de bens de capital, que liderou a alta. No mesmo
dia, a Comissão Europeia cortou sua projeção de crescimento
para o bloco de -7,4% para -8,3% em 2020 e alertou que os
impactos da quarentena foram maiores do que
anteriormente estimado.
Na quarta-feira, tensões sino-americana voltaram a marcar
presença. A recente decisão da China de expandir seu poder
sobre Hong Kong e, em seguida, declarar que irá restringir
vistos à oficiais americanos que se envolveram em assuntos
internos do país trouxeram indícios de que um novo embate
poderia se concretizar. Não obstante, não foram verificados
mais agravantes ao longo da semana. No mesmo dia, os
dados relacionados ao mercado de crédito americano
passaram a apontar para um cenário menos desafiador. No
mês de maio, o crédito ao consumidor contraiu em
aproximadamente US$ 18 bilhões, após ter sofrido queda
intensa de US$ 70 bilhões em abril. Essa desaceleração no
ritmo de desaceleração do crédito foi explicada parcialmente
pela melhora de conjuntura que se verificou desde março,
mas ocorreu principalmente por conta das medidas de
estímulo creditício proporcionadas pelo Federal Reserve (BC
americano).
Como destaque da semana, os dados do mercado de
trabalho americano seguiram apresentando sinais de
melhora. Na semana que encerrou o mês de junho, o
número de pedidos de auxílio-desemprego caiu para 1,31
milhões, marcando a décima-quarta semana consecutiva de
queda. Não obstante, o número de americanos que recebem
o benefício segue acima de 18 milhões, evidenciando o
estrago feito pela crise no início do 2º trimestre.
Na sexta-feira, a agenda econômica praticamente esvaziada
deixou de dar rumo aos mercados. Em seu lugar, uma menor
aversão ao risco se instalou na esteira de uma notícia
animadora sobre o desenvolvimento de um tratamento
contra o coronavírus. O Remdesivir, produzido pela Gilead
Sciences, aparenta reduzir em até 62% a letalidade do vírus.
Brasil:
Ao contrário do que ocorreu no exterior, uma bateria de
dados sobre a atividade econômica deu norte para os
investidores locais, que passaram a reavaliar suas
expectativas com relação ao futuro da economia brasileira.
Logo na segunda-feira, a mediana das projeções de mercado
na pesquisa Focus do PIB para 2020 avançaram para de -
6,50%, ante -6,54% na semana retrasada. O reajuste altista
da deu-se principalmente em função do resultado melhor do
que o esperado da produção industrial, que que catalogou
um avanço de 7,0% em maio. As demais variáveis
macroeconômicas (IPCA, cambio e Selic) ficaram estáveis em
1,63%, 2,00% e R$ 5,20, respectivamente.
Na quarta-feira, a recuperação parcial das vendas no varejo
animou as expectativas dos investidores. Estas cresceram
13,90% no sentido restrito e 19,60% no sentido amplo (que
inclui a vendas de automóveis e materiais de construção). Na
comparação interanual, no entanto, o setor varejista (sentido
restrito) segue 7,2% menor. No sentido ampliado, o dado
ainda aponta para uma severa retração de 14,9% em relação
a maio de 2019.
De modo geral, a melhora na margem verificada em maio
acompanhou o relaxamento das medidas de distanciamento
social e ocorreu em todas as oitos categorias, com tecidos,
vestuários e calçados apreciando a maior alta (+100,0%).
Ilustrando este movimento, uma proporção menor das
empresas (18,1%) pesquisadas relatou impacto das medidas
de isolamento social sobre suas receitas – 10 pontos
percentuais abaixo do que havia se observado em abril. No
sentido amplo, as vendas na categoria adicional de veículos,
motos, partes e peças registraram um crescimento de 51,7%
m/m enquanto na de materiais de construção o avanço foi
de 22,2% m/m.
Victor Beyruti Guglielmi e Alejandro [email protected] e [email protected]
Ibovespa R$/US$ DI Jan/27 CDS S&P500 STOXX600
+1,11% -0,55% -10 bps +5,48% +0,17% -1,18%
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Avanços no combate à crise
Quando avaliamos o dado em termos interanuais, no
entanto, verificamos que o setor segue pressionado. Por mais
que o avanço em maio aponte para o início de uma
recuperação em V, frisamos que este dificilmente será o caso
no médio-longo prazo. A intensa queda de demanda
oriunda das medidas de distanciamento social reduziu, além
da taxa de crescimento, o próprio nível de renda da
economia. O menor nível de renda e, consequente menor
parcela de recursos direcionada ao consumo – além da forte
deterioração no mercado de trabalho que contribui para a
manutenção de tal movimento – deverão deixar sequelas na
economia por um período maior de tempo, prejudicando o
nível de vendas e geração de caixa, em média, das empresas
que compõem o setor.
Na sexta-feira, o volume de serviços (PMS) em maio e a
inflação ao consumidor (IPCA) em junho ajudaram a calibrar
as expectativas com relação à decisão de política monetária
em agosto.
O setor de serviços decepcionou expectativas de mercado ao
contrair ao ritmo de 0,9% em maio, configurando o quarto
mês consecutivo de contração para o setor. Olhado para a
composição do dado, as cinco grandes categorias
econômicas seguiram apontando para um setor que, a
despeito da flexibilização das medidas de isolamento social,
seguiu pressionado pelo receio com o constante avanço da
covid-19, além do menor nível de renda disponível.
Os destaques do índice foram os serviços prestados às
famílias (+14,9%), junto com a categoria de transportes,
serviços auxiliares aos transportes e correios (+4,6%). Ambas
as categorias, assim como as outras, encontram-se me
patamares preocupantes: serviços prestados às famílias e os
transportes seguem, respectivamente, 61,50% e 20,8% abaixo
do nível verificado no mesmo mês do ano passado.
Assim, os resultados trazidos pela PMS, na contramão do
verificado na PMC e na PMI, alteraram marginalmente o
quadro da política monetária. Se por um lado a arrancada
dos demais setores preconizava a manutenção da taxa de
juros em seu atual patamar, o resultado dos serviços, em
teoria, aponta para a direção contrária.
Tal expectativa de redução na Selic foi acentuada pelo
resultado do IPCA de junho que inflacionou 0,26%, ante
expectativas de mercado de aceleração de 0,30%. No
acumulado de 12 meses, o índice registra um avanço para
2,13% - valor que ficou confortavelmente abaixo do piso da
meta do CMN para 2020. Ao todo, sete das oito categorias
apresentaram inflação de preços, com impacto relevante das
categorias de alimentos (+0,38%) e de transportes (0,31%).
O que está por vir...
Junto do início da temporada de balanços nos EUA, a
divulgação do PIB chinês referente ao segundo trimestre do
ano (4af) ajudará a calibrar expectativas do mercado com
relação ao ritmo de retomada da atividade econômica
mundial no período. Na agenda econômica americana,
investidores ainda se atentarão às divulgações da produção
industrial (4af) e das vendas no varejo (5af) em junho, além
dos índices de confiança ao consumidor da Universidade de
Michigan (6af). No meio da semana (4af), o Federal Reserve
divulga o Livro Bege, documento que ilustra a visão dos
diretores da instituição sobre a conjuntura econômica atual
na maior economia do mundo. Em seguida, a agenda
contará com as decisões de política monetária de dois dos
principais bancos centrais do mundo: Banco do Japão (4af) e
Banco Central Europeu (5af). Por fim, na fronte dos preços,
saem os Índices de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em
inglês) nos Estados Unidos (3af) e na Europa (6af).
A agenda econômica doméstica tem semana morna, com
destaque para as divulgações do Índice de Atividade do
Banco Central (IBC-Br) de maio, na terça-feira, e da 2a prévia
do IGP-M de junho, na sexta-feira. Hoje, como de costume, o
Banco Central divulga o Boletim Focus, que traz as
atualizações nas projeções econômicas do mercado (8h25).
E agora?
No exterior, a agenda de balanços corporativos referentes ao
2T2020 devem ajudar investidores a calibrarem suas
expectativas com relação ao desempenho das empresas
entrando no segundo semestre do ano. No pano de fundo,
dados de atividade nas duas maiores economias do mundo
(EUA e China) deverão continuar pontuando a continuidade
do processo de recuperação econômica, abrindo espaço
para uma maior valorização dos ativos de risco. O
ressurgimento da pandemia em diversas regiões do mundo,
no entanto, segue configurando o principal risco de para o
crescimento no cenário.
No Brasil, a agenda morna de indicadores deve deixar os
ativos de risco locais à mercê dos movimentos importados
do exterior. Como destaque, o IBC-Br, proxy mensal do PIB
produzido pelo Banco Central, é mais um dado que servirá
para calibrar as expectativas do mercado com relação à
recuperação econômica e ao movimento da taxa de juros na
reunião do Copom de agosto. A despeito da melhora
observada no setor varejista e industrial, o índice será
prejudicado pelo fraco desempenho do setor de serviços –
cuja participação no PIB total supera os 60%. Assim,
esperamos que ativos locais mantenham seus desempenhos
condicionados ao humor externo. O dólar, na contramão,
poderá voltar a pressionar o real caso o IBC-Br reforce as
apostas em um novo corte de juros em agosto.
Victor Beyruti Guglielmi e Alejandro [email protected] e [email protected]
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Estratégia: Nessa semana optamos por retirar os
ativos de Cyrela da carteira. Por mais que sigamos
positivos com o papel para o médio e longo prazo,
acreditamos que, após o rally recente da construtora,
CCR possa nos oferecer maiores oportunidades de
curto prazo.
Ainda assim, seguimos otimistas com Cyrela, devido a
continuidade do foco do management na geração de
caixa operacional, redução do estoque e melhoria na
eficiência. Do lado macro, diante da recuperação da
economia, espera-se que as menores taxas de juros
do financiamento imobiliário e a melhora da
confiança do consumidor, beneficiem o setor
imobiliário.
O setor de Construção Civil foi bastante impactado
pela crise desencadeada pela pandemia. Esta
ocasionou uma brusca queda da demanda por
imóveis. No entanto, acreditamos que a entrada no
papel seja uma oportunidade, agora que as atividades
estão reabrindo de maneira gradual. A procura por
lançamentos no mês de maio, comparado ao mês de
abril, cresceu 25,1%, e a tendência é de que estes
números melhorem nos próximos períodos.
Sustentamos nossa recomendação: (1) expectativa de
uma recuperação mais acelerada da rentabilidade dos
players de média/alta renda, com Cyrela contando
com um valutation atrativo em relação aos pares e (2)
potencial de geração de caixa relevante no 2S20,
fruto do maior número de lançamentos, crescimento
nos volumes vendidos de estoques e quedas nos
distratos.
Essa combinação de distratos menores, melhor mix
de vendas e redução de custos pode surpreender
positivamente nos próximos resultados
Cyrela ON (CYRE3) CCR ON (CCRO3)Entra
Estratégia: A CCR vem buscando capturar novas
sinergias por meio da otimização administrativa do
conjunto de seus negócios o que acaba refletindo
positivamente na margem operacional. A empresa é
caracterizada por seus sólidos fundamentos, além de
ser forte geradora de caixa no médio e longo prazo.
Nosso cenário base para a companhia é que possuia:
(i) estrutura de capital equilibrada, após captação no
mercado recente, algo que reforça sua estratégia de
expansão e/ou diversificação da rede de concessões;
(ii) taxas de juros em níveis mais baixos; e (iii) forte
tendências de recuperação do setor de rodovias
pedagiadas no Brasil e retomada da atividade
econômica local.
Com o avanço dos efeitos do coronavírus, e maiores
restrições quanto ao isolamento social, o volume do
tráfego em suas concessões acabou sofrendo
alterações. O fato de a companhia possui operação
diversificada e estrutura sólida ajudam a diminuir os
riscos.
Felizmente, o setor deve reagir de maneira rápida
conforme a tensão em volta do coronavírus for sendo
aliviada. Destacamos também a expectativa da
realização de novas concessões tanto em rodovias,
quanto em mobilidade para os próximos anos.
Sai
Luis [email protected]
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Estratégia: Optamos por retirar Petrobras da nossa
carteira, para dar entrada a ativos que acreditamos
que representem maiores oportunidades de curto
prazo.
Alguns triggers que sustentam nossa recomendação:
(1) continuidade da venda de ativos onshore; (2)
avanço do projeto de desinvestimento das refinarias;.
A Petrobras vem reposicionando seu portfólio em
ativos de maior rentabilidade, com foco na
desalavancagem financeira da estatal. No curto prazo
as ações da Petrobras devem permanecer com alta
volatilidade acompanhando os desdobramentos entre
as tensões de Rússia e Arábia Saudita, que ainda
seguem negociando um possível acordo para a
redução da produção de petróleo .
Vale destacar o Plano Estratégico e Plano de
Negócios e Gestão 2020– 2024, que tem como foco:
(a) redução da alavancagem financeira; (b) maiores
investimentos futuros (em exploração e produção -
E&P- em especial) e significativo corte de custos
operacionais; e (c) foco na gestão estratégica
empresarial. Assim, a empresa deve continuar a se
beneficiar: (i) do processo de vendas de ativos; (ii) da
melhora operacional, com ganhos de eficiência e
produtividade; e (iii) da contínua desalavancagem
financeira. Fatores que nos deixam mais otimistas
com o rumo da estatal. Entre os riscos: (i) queda mais
acentuada do preço do barril de petróleo; e (ii)
paralização do processo de venda de ativos são
fatores que podem pressionar o papel.
Petrobras PN (PETR4) Grendene ON (GRND3)Entra
Estratégia: Acreditamos que o posicionamento naGrendene hoje represente uma boa oportunidade nocurto prazo, pelo desconto em relação aos pares ereabertura de lojas.
A companhia comercializa seus produtos através de
lojas próprias e também de alguns clientes especiais e
multimarcas. Estão no processo de estruturação de
uma base própria para cada uma de suas marca. Hoje,
a plataforma de e-commerce é terceirizada para um
cliente que administra esta parte.
Com relação a Melissa, seus produtos são
comercializados em lojas diferenciadas. A marca é a
única que trabalha com modelo de franquia e a que
possui o mais desenvolvido omnichanel, integrando a
plataforma digital com a física. Já possui algumas
lojas no exterior e o plano é que se expanda ainda
mais, com novas categorias de produto mais
elitizadas.
As outras marcas vendem seus produtos através de
multimarcas exclusivas com produtos Grendene. Entre
os principais projetos da empresa, está a replicação,
para estas, do omnichanel da Melissa.
A Grendene deu férias coletivas de 21 dias aos seus
funcionários que trabalham em unidades localizadas
no Brasil, no início da quarentena, como medida
preventiva à contínua disseminação do coronavírus.
Com isso, a companhia paralisou suas as atividades
fabris e administrativas, com restrição de acesso às
unidades da empresa.
Agora, com a reabertura gradual das lojas físicas, a
companhia deve contar com maior fluxo de vendas e
maior otimismo do mercado com relação à sua
performance nos próximos períodos. Além disso,
vemos o valuation da Grendene ainda bastante
descontado, quando comparado ao de seus pares.
Sai
Luis [email protected]
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7
Fonte: Bloomberg; BM&FBovespa. Elaboração: Guide Investimentos. Obs.: *fechamento nas datas citadas; ** início da elaboração da Carteira (03/08/15).
Ticker Nome Peso 06/jul 10/jul Var. (%) Contribuição
CYRE3 Cyrela 20% R$ 25,60 R$ 28,03 9,49% 1,90%
BPAC11 BTG Pactual 20% R$ 80,00 R$ 85,40 6,75% 1,35%
B3SA3 B3 20% R$ 56,52 R$ 59,95 6,07% 1,21%
BTOW3 B2W 20% R$ 118,25 R$ 120,24 1,68% 0,34%
PETR4 Petrobras 20% R$ 22,51 R$ 22,51 0,00% 0,00%
Rentabilidade Semana* Julho 2020 Desde o início
início 06/jun/20 30/jun/20 30/dez/19 03/ago/15
fim 10/jul/20 10/jul/20 10/jul/20 10/jul/20
Carteira Semanal 4,80% 11,05% 15,56% 119,75%
Ibovespa 1,11% 5,23% -13,50% 99,51%
Diferença 3,69% 5,81% 29,07% 20,24%
Dólar -0,63% -2,74% 32,14% 52,67%
CDI 0,03% 0,07% 1,85% 52,02%
Luis [email protected]
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Alterações da Carteira
Comentários sobre a Carteira…
Performance: A Carteira Semanal encerrou a última semana em alta e acima do seu índice de
referência (Ibovespa). As bolsas globais tiveram desempenhos mais sólidos, com os índices
apresentando altas moderadas. O movimento acompanhou a divulgação de dados econômicos
positivos e possíveis avanços com desenvolvimentos e aprovações de vacinas. No âmbito
doméstico, a disputa entre os poderes executivo, legislativo e judiciário se manteve mais calma.
Dessa forma, acreditamos que a confiança do investidor começa a demonstrar sinais de
recuperação, mas ainda deve seguir pressionada nas frentes: política, econômica e sanitária.
Na Carteira, Cyrela foi a ação que mais se valorizou na semana, enquanto Petrobras permaneceu
estável.
Trocas: Nesta semana, optamos por realizar apenas duas trocas em nossa carteira. Nossas
mudanças visam a busca por ativos com maiores potenciais de ganhos no curto prazo, apesar de
ainda estarmos positivos com aqueles que saem. Dessa maneira, optamos por realizar os lucros de
Cyrela e Petrobras, incluindo CCR e Grendene. Sobre os outros ativos, acreditamos que seguem
sendo boas opções em cenários de estresse ou de maior ânimo dos mercados. Avaliamos que a
volatilidade deverá se manter elevada nos próximos dias, a medida que os impactos da
propagação do coronavírus na economia são mensurados, enquanto a reabertura de algumas
economias são colocadas em xeque.
8
Composição Anterior Composição Nova
Sai Entra
Cyrela ON (CYRE3) CCR ON (CCRO3)
Petrobras PN (PETR4) Grendene ON (GRND3)
Peso Nome Ticker
20% B2W BTOW3
20% B3 B3SA3
20% BTG Pactual BPAC11
20% CCR CCRO3
20% Grendene GRDN3
Luis [email protected]
Peso Nome Ticker
20% B2W BTOW3
20% B3 B3SA3
20% BTG Pactual BPAC11
20% Cyrela CYRE3
20% Petrobras PETR4
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Esperamos que seus números operacionais continuem com um volume mais forte neste 2020, especialmente de
ações (segmento Bovespa) e futuros (segmento BM&F), diante do quadro de taxas de juros mais baixas. Em meio
ao cenário conturbado, a companhia vem observando grande fluxo de negociações, por mais que os preços das
ações estejam bem mais baixos, o que pode acabar por beneficiar a companhia em volume.
Destacamos ainda o poder de diversificação da receita da B3, com fluxo bastante resiliente, com serviços
completos de trading, clearing, liquidação, custódia e registro, e posicionamento dominante em derivativos,
ações, câmbio, renda fixa e produtos de balcão. No longo prazo, acreditamos que a B3 continuará procurando
por novas oportunidades de crescimento inorgânico na América Latina. Em suma, a B3 possui alto potencial de
crescimento e risco menor em relação a uma possível concorrência.
B3 ON (B3SA3)
A empresa está tendo um forte destaque durante o período de confinamento, devido ao seu marketplace
desenvolvido, que permite a seus clientes, tanto aos sellers quanto aos consumidores, maior número de
funcionalidades e com isso facilidades. O tal marketplace atingiu o nível recorde de 8,6 mil sellers e também o
patamar de 17 MM de clientes ativos no 1T20. A base de clientes ativos foi impulsionada pela adição de 2 MM de
novos clientes, nos últimos 12 meses.
A companhia está ajudando pequenos comerciantes, que tiveram de adaptar sua operação durante o lockdown, a
entrarem na sua plataforma, aumentando sua oferta de crédito para os micro e pequenos empreendedores e
oferecendo carência de até 75 dias para o início do pagamento das prestações.
A B2W possui como outro projeto, o Ame, o meio de pagamento digital da companhia que já teve cerca de 8
milhões de downloads. A empresa quer transformá-lo em um superapp, com inúmeras funcionalidades,
principalmente na concessão de crédito e meio de pagamento.
Por fim, a companhia encerrou o 1T20 com aproximadamente R$4 bilhões em caixa, o que permite com que
consigam enfrentar a crise atual e possíveis oscilações futuras do mercado com bastante segurança. No mesmo
período, ela conseguiu reduzir em quase 30% o seu prejuízo líquido, que agora totaliza R$110 milhões. Além
disso, ela está realizando uma série de parcerias que a permitem tornar sua rede de sellers e consumidores ainda
mais forte.
B2W ON (BTOW3)
Luis [email protected]
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A CCR vem buscando capturar novas sinergias por meio da otimização administrativa do conjunto de seus
negócios o que acaba refletindo positivamente na margem operacional. A empresa é caracterizada por seus
sólidos fundamentos, além de ser forte geradora de caixa no médio e longo prazo.
Nosso cenário base para a companhia é que possuia: (i) estrutura de capital equilibrada, após captação no
mercado recente, algo que reforça sua estratégia de expansão e/ou diversificação da rede de concessões; (ii) taxas
de juros em níveis mais baixos; e (iii) forte tendências de recuperação do setor de rodovias pedagiadas no Brasil e
retomada da atividade econômica local.
Com o avanço dos efeitos do coronavírus, e maiores restrições quanto ao isolamento social, o volume do tráfego
em suas concessões acabou sofrendo alterações. O fato de a companhia possui operação diversificada e estrutura
sólida ajudam a diminuir os riscos.
Felizmente, o setor deve reagir de maneira rápida conforme a tensão em volta do coronavírus for sendo aliviada.
Destacamos também a expectativa da realização de novas concessões tanto em rodovias, quanto em mobilidade
para os próximos anos.
CCR ON (CCRO3)
O banco possui cinco áreas que compõem seu core business e são focadas nesta estratégia, que são: (i)
Investment Banking, que em 2019 teve um ano bastante positivo, com alta demanda no mercado de capitais, e
por conta disso esperavam que em 2020 iria performar da mesma maneira; (ii) Corporate Landing, a partir de
2019, optaram por dar início aos empréstimos para PME, de modo pouco arriscado, através da antecipação dos
recebíveis dos fornecedores de uma High Graded; (iii) Sales & Trading, a área trabalha com os produtos de renda
fixa, câmbio, ações, seguros e energia. A área é uma grande geradora de receita. Os business de seguro,
resseguro, corretora (vem aumentando sua receita devido a mudança no mix dos clientes) e fluxo, ajudam com
que o resultado da área dificilmente fique negaYvo; (iv) Asset Management, a área trabalha com a distribuição
dos fundos do próprio BTG para clientes institucionais, Tiveram uma boa performance dos fundos em 2019; e (v)
Wealth Management, além do Private Banking tradicional, começaram a operar através do BTG Digital, que auxilia
as outras áreas na distribuição dos produtos por meio de sua plataforma. Ampliaram o número de escritórios de
agentes autônomos no ano passado, tornando a plataforma mais robusta.
No começo do ano, começaram digitalização do banco, conseguindo uma melhor alavancagem operacional. Para
o ano pretendem continuar a investir principalmente no varejo digital e na digitalização para todas as áreas, mas
no momento, estão mais conservadores e devem voltar com os investimentos somente quando a situação estiver
mais estável. São bastante impactados por toda volatilidade, mas não pretendem aumentar qualquer provisão na
carteira de crédito. Estão percebendo agora uma preferência de seus clientes pela renda fixa. Possuem bastante
caixa, o que ne sempre é visto como algo positivo pois indica que possuem menos recursos investidos.
Luis [email protected]
BTG Pactual Units (BPAC11)
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A Grendene comercializa seus produtos através de lojas próprias e também de alguns clientes especiais e
multimarcas. Estão no processo de estruturação de uma base própria para cada uma de suas marca. Hoje, a
plataforma de e-commerce é terceirizada para um cliente que administra esta parte.
Com relação a Melissa, seus produtos são comercializados em lojas diferenciadas. A marca é a única que trabalha
com modelo de franquia e a que possui o mais desenvolvido omnichanel, integrando a plataforma digital com a
física. Já possui algumas lojas no exterior e o plano é que se expanda ainda mais, com novas categorias de
produto mais elitizadas.
As outras marcas vendem seus produtos através de multimarcas exclusivas com produtos Grendene. Entre os
principais projetos da empresa, está a replicação, para estas, do omnichanel da Melissa.
A Grendene deu férias coletivas de 21 dias aos seus funcionários que trabalham em unidades localizadas no Brasil,
no início da quarentena, como medida preventiva à contínua disseminação do coronavírus. Com isso, a
companhia paralisou suas as atividades fabris e administrativas, com restrição de acesso às unidades da empresa.
Agora, com a reabertura gradual das lojas físicas, a companhia deve contar com maior fluxo de vendas e maior
otimismo do mercado com relação à sua performance nos próximos períodos. Além disso, vemos o valuation da
Grendene ainda bastante descontado, quando comparado ao de seus pares.
Luis [email protected]
Grendene ON (GRND3)
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A Carteira Semanal da Guide Investimentos é
composta por cinco ações, com peso de 20% da
carteira para cada ativo, selecionadas para o período
de uma semana. Enviamos o relatório da carteira ao
longo do primeiro dia útil da semana (às segundas-
feiras), para os clientes conseguirem montar as
posições no fechamento dessa sessão. Importante: as
cotações de fechamento dos papéis selecionados é
que são utilizadas para a apuração dos resultados da
Carteira. Sendo assim, o relatório é válido do
fechamento do primeiro dia útil da semana de
referência até o fechamento do primeiro dia útil da
próxima semana. Vale mencionar que não levamos
em consideração na performance o custo operacional
(como corretagem e emolumentos).
A seleção das ações é baseada em um critério mais
dinâmico, um pouco diferente das nossas demais
carteiras recomendadas (que tem uma característica
mais estática de posicionamento). Procuramos buscar
mais oportunidades de mercado, inclusive as de
curtíssimo prazo, observando tendências,
movimentos técnicos, momentum dos ativos, eventos
e fluxos, além dos fundamentos das empresas.
Metodologia
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Contatos
13
Erick Scott Hood
Leonardo Uram
David Rocha
Luis Sales – CNPI
RENDA VARIÁ[email protected]
Luiz Augusto Ceravolo (Guto)
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RENDA FIXA
FUNDOS
“Este relatório foi elaborado pela Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores, para uso exclusivo e intransferível de seu destinatário. Este relatório não pode ser reproduzido ou distribuído a
qualquer pessoa sem a expressa autorização da Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores. Este relatório é baseado em informações disponíveis ao público. As informações aqui contidas não
representam garantia de veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade das mesmas e não devem ser consideradas como tal. Este relatório não representa uma oferta de
compra ou venda ou solicitação de compra ou venda de qualquer ativo. Investir em ações envolve riscos. Este relatório não contêm todas as informações relevantes sobre a Companhias citadas.
Sendo assim, o relatório não consiste e não deve ser visto como, uma representação ou garantia quanto à integridade, precisão e credibilidade da informação nele contida. Os destinatários devem,
portanto, desenvolver suas próprias análises e estratégias de investimentos. Os investimentos em ações ou em estratégias de derivativos de ações guardam volatilidade intrinsecamente alta,
podendo acarretar fortes prejuízos e devem ser utilizados apenas por investidores experientes e cientes de seus riscos. Os ativos e instrumentos financeiros referidos neste relatório podem não ser
adequados a todos os investidores. Este relatório não leva em consideração os objetivos de investimento, a situação financeira ou as necessidades específicas de cada investidor. Investimentos em
ações representam riscos elevados e sua rentabilidade passada não assegura rentabilidade futura. Informações sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros
objeto desta análise podem ser obtidas mediante solicitações. A informação contida neste documento está sujeita a alterações sem aviso prévio, não havendo nenhuma garantia quanto à exatidão
de tal informação. A Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores ou seus analistas não aceitam qualquer responsabilidade por qualquer perda decorrente do uso deste documento ou de seu
conteúdo. Ao aceitar este documento, concorda-se com as presentes limitações.Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 21 da Instrução da CVM N°598/2018, que: (I) Quaisquer recomendações contidas neste relatório refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente, inclusive em relação à
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