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Gisele de Oliveira Silva SME/RJ Rede Formad/Geppan Cartas para Mikael: uma história vivida em sala de aula.
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Cartas para Mikael

Mar 06, 2016

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Gisele Silva

Trabalho de estudo e pesquisa
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Page 1: Cartas para Mikael

Gisele de Oliveira SilvaSME/RJ

Rede Formad/Geppan

Cartas para Mikael: uma história vivida em sala de

aula.

Page 2: Cartas para Mikael

Acreditando em uma prática discursiva como fenômeno de interlocução que pretende potencializar a apropriação da linguagem, o projeto em questão apresenta possibilidades de leitura e escrita possíveis de estenderem-se para além dos muros da escola.

Page 3: Cartas para Mikael

A escolha das cartas nesse projeto surgiu com a necessidade de comunicação entre a turma e um aluno que se mudou para o estado do Pará. Isso no sentido de nos aproximarmos de modos de vida diversos, ampliar e aprofundar conhecimentos de modo significativo e de uma rica produção de sentidos.

Page 4: Cartas para Mikael

A imprevisibilidade do cotidiano escolar se

expressa em toda sua forma quando menos

esperamos.

Alguns desses fatos são capazes de exprimir a

cultura do diálogo reflexivo e de realizar

aproximações significativas no processo ensino

aprendizagem da leitura e da escrita.

As diferenças regionais desse nosso país tão

imenso se apresentaram ali em minha sala de

aula através de uma simples pergunta: “-Tia, o

que é um picolé?”

Page 5: Cartas para Mikael

Depois das explicações e observação da figura do picolé, Mikael desenhava e escrevia sobre o mesmo em quase todas as suas produções.

Page 6: Cartas para Mikael

A partir desse momento comecei a pensar o

quanto seria interessante pesquisarmos

sobre a terra de origem de nosso amigo

Mikael, porém algumas demandas do dia a

dia impediram que eu levasse a proposta a

diante e decidi que a faria no inicio do ano

letivo de 2012, já que eu acompanharia a

turma.

Page 7: Cartas para Mikael

No final do ano letivo de 2011, os tios de Mikael

me deram uma informação que mudaria um

pouco os rumos da idéia primeira que me

ocorreu. Ele voltaria para o Pará por solicitação

de sua mãe. Passado o impacto refleti que

mesmo distante, poderíamos homenagear e

aprender mais com a cultura paraense nos

correspondendo com ele através de cartas e o

quão enriquecedora poderia vir a ser essa

experiência. A idéia ficou guardada , mas não

esquecida

Page 8: Cartas para Mikael

O trabalho com o gênero cartas pode

pressupor uma idéia a principio trivial,

porém no nosso caso esta é prenhe de

sentido, profundamente vinculado ao nosso

cotidiano, sendo um trabalho que muito

tem contribuído para a atividade

comunicativa do dia a dia

Page 9: Cartas para Mikael

Preenchimento do envelope

A concepção discursiva da alfabetização, está presente no uso social da escrita trazendo em si o porquê, o para quê e o para quem escrevemos.

Page 10: Cartas para Mikael

Considerarmos que a alfabetização implica

leitura e escritura, enquanto momentos

discursivos, e que o processo de aquisição da

linguagem também se constrói numa

sucessão de momentos discursivos, de

interlocução e de interação (SMOLKA, 1996, p. 29), buscamos fundamentar o presente trabalho na proposta interacionista de Vygotsky (1984), em que a aquisição se dá no curso de interações discursivas significativas entre os homens, como um processo sócio histórico.

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A escrita da primeira carta para Mikael foi realizada de forma coletiva sendo um evento importante, uma escrita que veio corroborar com a ideia de que um texto se caracteriza pela sua singularidade e pelas vozes dos sujeitos em questão.

Page 12: Cartas para Mikael

Trata-se de uma situação de ensino que explicita um contexto interativo, que envolve um universo cultural com forte componente afetivo e de total interesse dos envolvidos. Tal prática tem fortalecido e desenvolvido o conhecimento e a criatividade de todos. Experiências essas que tem oferecido elementos valiosos para pensar possibilidades outras de transformação da escola e das práticas dialógicas atravessadas pelas diferenças que se apresentam no cotidiano escolar.

Page 13: Cartas para Mikael

Daniel passando a limpo a

carta

Page 14: Cartas para Mikael

.

Interação, comunicação, participação.

Acreditamos que a elaboração do gênero focalizado, tem possibilitado a prática da escrita significativa, pois que este gênero vem sendo utilizado como um espaço lingüístico discursivo de reflexão sobre a língua, contribuindo no aprimoramento do sentido discursivo da linguagem.

Page 15: Cartas para Mikael

Colaboração,união,significadoConhecimento, troca.

Cultura e arte

Page 16: Cartas para Mikael

Enquanto aguardamos a resposta da primeira carta enviada,

vamos aprendendo um pouco mais sobre a cultura paraense.

O fruto desse trabalho envolve uma prática educativa escolar

que ultrapassa o muro da escola, propõe uma alfabetização

dialógica, atenta as diferenças, o que vem ampliando a

possibilidade de relações com diferentes lógicas e culturas.

A Dança do Treme

Page 17: Cartas para Mikael

Durante esses meses de intensa interlocução,

mediação e aprimoramento de conhecimentos

nos valemos das palavras de Geraldi(2004), a

guisa de (in) conclusão : “Ensinar não é mais

transmitir e informar, ensinar é ensinar o

sujeito aprendente a construir respostas... Tomar

a aula como acontecimento é eleger o fluxo do

movimento como inspiração, rejeitando a

permanência do mesmo e a fixidez mórbida do

passado.” Estamos nós aqui, no presente (re)

fazendo a cada dia uma nova história.

Page 18: Cartas para Mikael

“As palavras sabem muito mais longe”Bartolomeu Campos de Queirós

Obrigada.