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Carta ao Leitor
A necessidade de ter manuais como os que esta série desenvolveu é evi-dente para os candidatos do exame anual da ANPEC (Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia), cujo propósito é o ingresso nos programas de mestrado e doutorado stricto sensu em todo o Brasil. A identi-ficação da lacuna sobre uma literatura complementar, então, surgiu da minha própria experiência como estudante. Na ocasião, não havia nenhuma referên-cia bibliográfica (repito: complementar) aos livros-textos didáticos sobre ques-tões resolvidas de provas anteriores. A vontade de fechar este gap tomou fôlego mais tarde, quando passei a lecionar em cursos preparatórios para esse exame. Havia, por parte dos alunos, tal como ocorria na minha época de estudante, uma busca por esse tipo de material, em razão do pouco tempo para estudar um conjunto tão vasto de disciplinas e ementas.
A crescente demanda veio, de fato, acompanhada pelo surgimento de alguns livros, como o que esta série se propõe a fazer. Todos eram produzidos, porém (até 2001), de forma pontual: ora publicava-se um de micro, ora um de macro, ora um de estatística, ora um de matemática ou ora um de economia brasileira. Todos esses manuais, ressalte-se, foram preparados por professores competentes e dedicados. O que a “coleção ANPEC”, organizada por mim, tem, portanto, de diferente?
Em primeiro lugar, esta série difere-se dos demais livros por se tratar da mais completa e atualizada versão de todos os manuais existentes. A coleção iniciou com a ANPEC 2002 (micro, macro, estatística/econometria e matemá-tica) e segue até a última prova. Em 2014 também foi incluída a obra Economia brasileira.
Em segundo, porque essa não é apenas uma obra, mas uma coleção. Ou seja, é a primeira vez que as cinco disciplinas são oferecidas em conjunto, todas estruturadas de forma homogênea e sob coordenação única. A harmonia das obras, indubitavelmente, organiza a mente daqueles que têm um prazo curto para seus estudos.
Em terceiro, porque o nosso compromisso é fazer atualizações anuais e aperfeiçoamentos sistemáticos das versões anteriores, uma vez que o nosso objetivo final é o de facilitar os estudos e, consequentemente, o aproveitamento dos candidatos. Ainda que tenhamos nos empenhado em explicar didatica-mente todos os 5 quesitos das 15 questões das provas desde 2002 (desde 2014
no caso de Economia Brasileira), erros remanescentes podem ocorrer e devem, assim, ser corrigidos para o melhor desempenho do aluno.
Por último, e mais relevante, porque a equipe técnica foi escolhida de ma-neira criteriosa. Para isso, considerou-se não só a formação de excelência dos professores (dos 9 autores, 8 são doutores), mas também a experiência em sala de aula. A qualificação deste time é, indiscutivelmente, uma das melhores do Brasil.
Além disso, para facilitar ainda mais a jornada exigente de estudo dos alu-nos, cada um dos 5 volumes que compõem esta coleção está segmentado por temas, que se constituíram nos capítulos de cada livro. Elaboramos, também, tabelas temáticas e estatísticas para que o aluno possa identificar, ao longo do tempo, os conteúdos mais solicitados. O estudo, dessa forma, pode ser dire-cionado aos tópicos mais cobrados, a fim de aumentar sobremaneira as pos-sibilidades de êxito do aluno. O destaque final é para o cuidado adicional da inclusão de adendos, explicações mais extensas e revisões das ementas, no caso de macro, em razão da literatura ser mais dispersa do que as outras matérias. Tudo isso, claro, para orientar a rotina de estudos do aluno.
Cabe aqui uma ressalva. Em papel (ou seja, em cada obra) teremos a reso-lução das 10 últimas provas. Com relação à sétima edição, os exames ANPEC 2010–ANPEC 2019 estão resolvidos nos livros e as provas ANPEC 2002–ANPEC 2009, no site da editora.
Com todo este conjunto de provas/soluções em mãos, não há dúvida de que o aluno que vem estudando pelos livros didáticos solicitados na bibliogra-fia ANPEC estará muito mais bem preparado do que outro que não possua a coleção. É duro estudar, mas, certamente, vale muito a pena. E, neste caso, a nossa coleção ajuda consideravelmente.
Desejo, assim, a você, leitor, um ótimo ano de estudo. Qualquer comen-tário, dúvida ou sugestão, por favor, escreva para o e-mail: [email protected]. Certamente você fará uma ótima contribuição para os futuros estu-dantes em deixar-nos saber a sua opinião. Será um prazer responder-lhe.
Cristiane Alkmin J. Schmidt Organizadora
MicroeconomiaQuestões comentadas das provas de 2010 a 2019
Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt(organizadora)
7a Edição Revista e Atualizada
QuestõesANPEC
MicroeconomiaQuestões comentadas das provas de 2010 a 2019
Bruno Henrique Versiani SchröderCristiane Alkmin Junqueira SchmidtJefferson D. Pereira BertolaiPaulo C. CoimbraRafael Martins de SouzaRodrigo Leandro de MouraVictor Pina Dias
© 2019, Elsevier Editora Ltda.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19/02/1998.Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
ISBN:978-85-352-9335-7ISBN (versão digital): 978-85-352-9336-4
Copidesque: Augusto Coutinho Revisão tipográfica: Hugo de Lima CorrêaEditoração Eletrônica: Estúdio Castellani
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A Editora
CIP-Brasil. Catalogação na Publicação Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
M572 Microeconomia : questões comentadas das provas de 7 ed. 2010 a 2019 / Bruno Henrique Versiani Schröder ... [et al.] ; organização Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt. – 7. ed., rev. e atual. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2019. (Questões ANPEC)
Inclui bibliografia ISBN 978-85-352-9335-7
1. Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia. 2. Economia (Brasil) – Exames. I. Schröder, Bruno Henrique Versiani. II. Schmidt, Cristiane Alkmin Junqueira. III. Título. IV. Série.
19-55988 CDD: 338.5 CDU: 330.101.542
Dedicatória
Dedicamos esta série, composta por cinco volumes, à nossa querida Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getulio Vargas (FGV), sediada na cidade do Rio de Janeiro. De todos os ensinamentos adquiridos – tanto técnicos, como éticos –, talvez o mais importante tenha sido a busca ho-nesta e constante pela excelência.
Os autores
Agradecimentos
Gostaríamos, em primeiro lugar, de agradecer ao ilustre economista Fábio Giambiagi por ter dedicado algumas importantes horas do seu escasso tempo a fim de orientar-nos na primeira publicação.
Depois, agradecemos aos competentes assistentes de pesquisas Daniel Asfora, Fernando Vieira, Iraci Matos, Rafael Pinto, Vinícius Barcelos e Pedro Scharth que, de forma exemplar, colaboraram na célere digitação das questões e soluções, assim como na colaboração gráfica de todos os volumes, na pri-meira edição; e aos queridos alunos dos cursos do CATE e da graduação em economia da EPGE/FGV-RJ do ano de 2010 pelos comentários e sugestões na primeira edição.
Por fim, agradecemos à aluna do curso de graduação em economia da EPGE/FGV-RJ Laura Simonsen Leal pela minuciosa revisão da primeira edi-ção, e aos estimados professores Jorge Cláudio Cavalcante de Oliveira Lima e Ana Luiza Neves de Holanda Barbosa, pelas excelentes revisões, sugestões e intensa colaboração.
Quaisquer erros remanescentes encontrados no material, portanto, são de inteira responsabilidade dos autores, e ficaríamos imensamente gratos se pude-rem nos informar pelo e-mail apresentado na Carta ao leitor.
Autores da coleção
Autores desta obra:Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt (Microeconomia) tem mestra-
do e doutorado em Ciências Econômicas pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV/RJ) e foi Visiting Scholar na Universidade de Columbia, nos EUA. Dos três artigos de sua tese de dou-torado, dois foram premiados: um em primeiro lugar e outro, com menção honrosa. Foi consultora para o Banco Mundial, UNCTAD e The Washington Times, em projetos na República Dominicana, na África, no Equador e em Honduras, quando morou no Chile, em Porto Rico e na Guatemala. No Bra-sil, foi Secretária-Adjunta da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Gerente Geral de assuntos corporativos da Embra-tel, Representante da área internacional do Ins tituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV, Diretora do departamento eco nômico do Grupo Libra e Eco-nomista do Banco Itaú. Em Porto Rico, foi Diretora-Adjunta da Agência de desenvolvimento local e Diretora do departamento econômico da Companhia de Comércio e Exportação de Porto Rico. Na Guatemala, Gerente de execu-ção estratégica da empresa Cementos Progreso e Diretora-Executiva da ONG Pacunam. Além disso, Cristiane sempre lecionou em cursos relacionados às áreas de economia. No Brasil, foi professora de graduação e/ou do prepara-tório para ANPEC na FGV, no IBMEC, na PUC e no CATE. Na Guatemala, ela lecionou na UFM (Universidad Francisco Marroquin) e na URL (Universi-dad Rafael Landivar). Atualmente ela é Conselheira do CADE, parecerista da Revista de Direito Administrativo (RDA) e coordenadora e professora dos cur-sos de MBA da FGV e do MBA Global da Universidade de Manchester.
xii Microeconomia
Paulo C. Coimbra (Microeconomia) é doutor (2009) e mestre (2003) em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas – RJ (EPGE/FGV-RJ) e é Bacharel em Ciências Econômicas (1990) pela Faculdade de Economia da Universidade Santa Úrsula (FE/USU). Atualmente exerce o cargo de Professor Adjunto na Faculdade de Economia da Universida-de Federal de Juiz de Fora (FE/UFJF), atuando inclusive no Programa de Pós--Graduação em Economia (PPGE/UFJF). Sua larga experiência como docente, lecionando disciplinas de economia e finanças, inclui passagens em renomadas instituições como a Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV-RJ) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ).
Uma das linhas de pesquisa na qual atua baseia-se na percepção de que a pre-sença de incerteza (no sentido de Frank Knight) pode dificultar as escolhas dos agentes (quer sejam escolhas individuais, sob iterações estratégicas ou de portfó-lios), algo que o motiva a investigar os impactos da incerteza (ou ambiguidade) nas escolhas dos agentes. Suas linhas atuais de pesquisa concentram-se nas áreas de economia e finanças, com ênfase em teoria econômica, economia matemática, microeconomia aplicada e finanças aplicadas. Desenvolvimento econômico, eco-nomia do trabalho, organização industrial e outros temas em finanças (destacada-mente finanças comportamentais, finanças corporativas e modelos de apreçamento com o uso de derivativos) também fazem parte dos seus interesses de pesquisa.
É articulista do Instituto Millenium e é colunista (sobre derivativos) do portal de notícias InfoMoney e do portal de finanças GuiaInvest e mantém o blog http://pccoimbra.blogspot.com, onde publica seus posts com temas liga-dos à economia e finanças.
Autores das demais obras da série:Bruno Henrique Versiani Schröder (Macroeconomia) é mestre em Eco-
nomia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV-RJ) e bacharel em Ciências Econômicas pela UFRJ. Aprovado em concursos públicos, com destaque para os cargos de Técnico em Planejamento e Pesquisa do IPEA, Especialista em Regulação da ANCINE e Analista do Banco Central do Brasil. Professor do curso de Graduação em Economia da EPGE, lecio-na as disciplinas de Macroeconomia, Microeconomia, Finanças e Estatística/Eco-nometria em cursos preparatórios no Rio de Janeiro. Laureado com o XIV Prêmio do Tesouro Nacional e o 31o Prêmio BNDES de Economia, atualmente, é docente em Economia, exerce o cargo de Especialista em Regulação da ANCINE e está prestes a começar suas funções no Banco Central do Brasil.
xiiiAutores da coleção
Victor Pina Dias (Macroeconomia) é doutor e mestre em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV-RJ) e bacharel em Ciências Econômicas plea UFRJ. Foi aprovado nos seguintes concursos: Técnico de Nível Superior da Empresa de Pesquisa Ener-gética, Analista do IBGE, Economista do BNDES e Analista do Banco Central do Brasil. Já lecionou em cursos preparatórios para a ANPEC e no IBMEC/RJ. Atualmente, é economista do BNDES.
Jefferson D. Pereira Bertolai (Matemática) é doutor e mestre pela Es-cola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV-RJ). Desde 2013 é Professor e Pesquisador da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEARP/USP). Atua na área de Teoria Econômica, com ênfase em Teo-ria Monetária e Teoria Bancária, principalmente nos seguintes temas: instabi-lidade bancária, distribuição de liquidez e criptomoedas & blockchain. Desde 2018 é coordenador do Laboratório de Economia, Matemática e Computação (LEMC-FEARP/USP).
Rodrigo Leandro de Moura (Matemática e Estatística) é doutor e mestre em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV-RJ) e bacharel em Economia pela Universidade de São Paulo (USP-RP). Atualmente, é coordenador-geral de avaliação de políticas públicas na SECAP/ME. Foi pesquisador e professor na FGV, lecionando disciplinas de Estatística, Econometria, Economia do Trabalho, Microeconomia, além de já ter lecionado Estatística/Matemática preparatória para o exame da ANPEC. Atual-mente desenvolve estudos no IBRE/FGV nas áreas de mercado de trabalho, edu-cação e regulação econômica (petróleo). Já realizou estudos para o IPEA sobre mercado de trabalho, educação e previdência. Participou de congressos nacio-nais e internacionais e tem diversas publicações acadêmicas e capítulos de livros em coautoria com professores renomados, como James J. Heckman (Nobel de Economia), Flávio Cunha, Aloísio Araujo, Marcelo Neri e já fez projetos para a Fundação Ayrton Senna, contribuindo para o Movimento Todos pela Educação.
Rafael Martins de Souza (Estatística) é Doutor em Economia pela Es-cola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV-RJ), Mestre em Ciências Estatísticas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Bacharel em Ciências Estatísticas pela Escola Nacional de
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Ciências Estatísticas (ENCE) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente trabalha como Coordenador de Pesquisa na Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da Fundação Getulio Vargas. An-teriormente trabalhou no Grupo Libra como Econometrista e foi Pesquisa-dor da ENCE, onde lecionou as disciplinas de Econometria, Modelos Linea-res Generalizados e Métodos Não Paramétricos. Também foi professor de Análise Microeconômica e Econometria do IBMEC-Rio. Prestou serviço de consultoria em Estatística e Econometria a diversas empresas e instituições. Rafael tem experiência em modelagem econométrica de índices de inflação, indicadores de atividade econômica, análise de riscos financeiros, entre ou-tras áreas. Participou de diversos congressos nacionais e internacionais e pos-suiu publicações em periódicos tais como a International Review of Financial Analysis e a Applied Economics.
Lavinia Barros de Castro (Economia brasileira) é doutora em Economia pela UFRJ (2009) e doutora em Ciências Sociais pela UFRRJ (2006), com dou-torado sanduíche na Universidade de Berkeley – Califórnia. Leciona economia brasileira em cursos de graduação do IBMEC desde 1999 é professora convida-da em cursos de MBA da Coppead, desde 2007. É economista do BNDES desde 2001, atualmente na área de planejamento estratégico. É co-organizadora e co-autora, entre outros, do livro Economia Brasileira Contemporânea (1945-2010), vencedor do Prêmio Jabuti, 2005, com segunda edição lançada em 2011, pela Elsevier. Participa em diversos fóruns nacionais e internacionais sobre agendas de desenvolvimento, com diversas publicações incluindo recente capítulo no livro The Future of National Development Banks, editado por Griffith-Jones e Ocampo, Oxford University Press, 2018.
André Villela (Economia brasileira) é bacharel (UFRJ, 1989) e mestre (PUC-Rio, 1993) em Economia e Ph.D. em História Econômica pela Universi-dade de Londres (London School of Economics, 1999). Sua tese, intitulada The Political Economy of Money and Banking in Imperial Brazil, 1850-70, recebeu o Prêmio Haralambos Simeonides , conferido pela ANPEC, em 1999. Desde 2001 é Professor Assistente da EPGE/FGV, onde leciona disciplinas na área de História Econômica para alunos da Graduação . É co-organizador e coautor, entre outros, do livro Economia Brasileira Contemporânea (1945-2010), vencedor do Prêmio Jabuti, 2005, com segunda edição lançada em 2011, pela Campus Elsevier.
Prefácio
O exame nacional para os mestrandos em Economia promovido pela ANPEC – Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia – há décadas vem se mostrando uma das iniciativas mais bem-sucedidas no campo da pós-graduação no Brasil, por várias razões. Entre elas pode-se desta-car, em primeiro lugar, o fato de que ao promover uma seleção pelo mérito dos candidatos, o concurso nacional ANPEC assegura alunos de ótima qualidade para a pós-graduação, e com isso também um melhor desempenho nos mestra-dos em Economia pelo Brasil.
Em segundo lugar, pelo seu elevado nível de exigência, o concurso nacio-nal ANPEC tem demandado das graduações em Economia um maior esforço, no sentido de preparar seus estudantes para a eventualidade do concurso. Com isso, algumas obras têm surgido para apoiar os estudantes tanto no esforço para a aprovação no concurso quanto nas suas disciplinas de formação.
Entre essas obras destaca-se este volume, parte do compêndio organizado por Cristiane Alkmin J. Schmidt, que também é autora deste, conjuntamente com Paulo C. Coimbra. Há bons motivos para recomendar este livro. Inicial-mente, temos a qualificação profissional e acadêmica dos autores, que já oferece a perspectiva de uma obra de excelente qualidade. Essa perspectiva é confir-mada após a leitura, tanto pela cobertura dos vários assuntos que fazem parte do programa do concurso, quanto pelas respostas apresentadas às questões de provas passadas. Com efeito, são respostas ao mesmo tempo objetivas, sintéti-cas e claras, permitindo ao estudante e candidato imediatamente identificar o assunto de que trata a questão e a forma de solucioná-la.
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Sem dúvida, um resultado da experiência didática dos autores. Por isso, trata-se de uma excelente obra, que irá contribuir de forma importante para o ensino de Economia no Brasil.
Ronaldo FianiProfessor Adjunto de Economia do IE/UFRJ e autor do livro Teoria dos Jogos (Elsevier, 2009)
Apresentação
Cris (Cristiane Alkmin J. Schmidt) convidou-me para fazer a apresentação do volume de Microeconomia da coleção que ela organizou com as soluções dos exercícios dos exames da ANPEC. Ela começou seu mestrado na EPGE em 1994. Desde então, quando foi minha aluna, conheço sua competência e serie-dade. É com prazer que faço esta apresentação.
Ragnar Frisch, um economista norueguês, que recebeu juntamente com Jan Tinbergen, um economista holandês, o primeiro Prêmio Nobel de Eco-nomia em 1969, criou os termos “microeconomia” e “macroeconomia”, que se tornaram padrão no ensino da Economia. Muitos economistas treinados na escola neoclássica não concordam com essa taxonomia. A teoria econômica neoclássica parte do pressuposto de que o comportamento econômico pode ser compreendido a partir das escolhas dos indivíduos e da interação dos mesmos. Os indivíduos, nas suas escolhas, são guiados pelos seus interesses, levando em conta as várias restrições com que se defrontam e o conjunto de informações de que dispõem. Essa concepção bastante simples permite que se construam mo-delos para se entender fenômenos em diferentes áreas, não somente na econo-mia, mas também na política, na sociologia e em qualquer questão em que haja um conjunto de opções e uma escolha a ser feita. A teoria econômica neoclás-sica, isto é, a microeco nomia, tem se mostrado uma ferramenta poderosa para compreender- se o comportamento humano, as formas de organização social e as instituições que norteiam as regras desse comportamento.
O estudo da microeconomia é, portanto, um ingrediente fundamental no treinamento de um economista. Mas nem sempre os cursos de microeconomia ensinam os alunos a aplicarem a teoria a questões práticas do nosso cotidiano. Muitas vezes a ênfase é na reprodução dos modelos, em vez de na aplicação dos
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mesmos. Nessas circunstâncias, o aluno fica com a falsa impressão de que essa teoria não serve para nada. A solução de exercícios, que hoje em dia faz parte de qualquer livro-texto, é uma forma essencial para que o aluno aprenda, não a repetir, mas sim a caminhar com as suas próprias “pernas”. Identificando, inclu-sive, quando as previsões dos modelos são rejeitadas pelos fatos.
Em 1968, quando fiz o exame de seleção para o curso de mestrado em Economia da Fundação Getulio Vargas, a ANPEC ainda não existia. O exame era feito pela Fundação, e a prova de microeconomia elaborada e corrigida pelo próprio Mário Henrique Simonsen. A ANPEC foi criada em 1973. De lá para cá, seu exame tem sido utilizado pelos principais centros de pós-graduação em Economia de nosso país, e sua elaboração envolve professores de várias insti-tuições. Essa tarefa não é fácil, baseado na minha experiência de ter participado da elaboração de provas de microeconomia da ANPEC na década de 1980.
O livro feito pela Cris e pelo Paulo certamente vai reduzir o custo de apren-dizagem para todos os estudantes que desejam fazer o exame da ANPEC, e mesmo para aqueles que desejam seguir outros caminhos, mas querem apren-der economia. A única recomendação que faço a todos os usuários deste livro é de que tentem fazer os exercícios antes de ver as soluções dos mesmos. Não fiquem irritados, nem tampouco acreditem ser pouco inteligentes, se gastarem bastante tempo com um problema e não forem capazes de resolvê-lo. O proces-so de aprendizagem é um processo de tentativa e erro.
Fernando de Holanda BarbosaProfessor de Economia da EPGE/FGV-RJ
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