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Cardioversão elétrica (CVE) E Desfibrilação Conceito A CVE é o procedimento terapêutico que visa à abolição das arritmias pela passagem de uma descarga elétrica de corrente contínua, sincronizada a onda R do ECG, através do tórax. Indicação Taquiarritmias: . Fibrilação atrial, . Flutter atrial . Taquicardia ventricular... Condutas de Enfermagem na CVE a) Verificação de Sinais Vitais: - Verificar a pressão arterial, freqüência e ritmo respiratório, antes de administração do anestésico, e estar atento a respiração pela possibilidade de hipotensão e depressão respiratória. b) Retirada de Prótese dentária(eventual necessidade de intubação endotraqueal ); c) Estabelecimento e manutenção de via de acesso venoso; d) Preparo e administração do anestésico; e) Preparo do material para eventual intubação endotraqueal; f) Preparo do paciente: - Jejum de aproximadamente 6 h antes da cardioversão elétrica; - Orientar o paciente quanto ao procedimento; - Preparação da pele, a pele deve estar limpa, isenta de excesso de oleosidade que pode ser feito com o uso de éter; - Colocação de pasta condutora no paciente na região do tórax direito abaixo da clavícula e outra sobre o hemitórax esquerdo, abaixo do mamilo na região do ápex cardíaco. g) Colocação de pasta condutora nas pás; h) Manter o sincronizador do cardioversor ligado; i) Colocar os eletrodos na parede anterior e basal do tórax, em local o mais afastado possível daquele onde serão aplicados as pás. j) Colocar no cardioversor a quantidade de energia solicitada pelo médico. Desfibrilação É um procedimento terapêutico que visa abolição de arritmias através de uma descarga elétrica contínua não sincronizada ao ECG, sendo utilizada quando os complexos QRS e a onda T são de difícil caracterização. Como é o caso de uma fibrilação ventricular.
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Cardioversão Elétrica e Desfibrilação

Aug 11, 2015

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Thamires Duarte
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Page 1: Cardioversão Elétrica e Desfibrilação

Cardioversão elétrica (CVE) E Desfibrilação

Conceito A CVE é o procedimento terapêutico que visa à abolição das arritmias pela passagem de uma descarga elétrica de corrente contínua, sincronizada a onda R do ECG, através do tórax.IndicaçãoTaquiarritmias:

. Fibrilação atrial,

. Flutter atrial

. Taquicardia ventricular...

Condutas de Enfermagem na CVEa) Verificação de Sinais Vitais:- Verificar a pressão arterial, freqüência e ritmo respiratório, antes de administração do anestésico, e estar atento a respiração pela possibilidade de hipotensão e depressão respiratória.

b) Retirada de Prótese dentária(eventual necessidade de intubação endotraqueal );

c) Estabelecimento e manutenção de via de acesso venoso;

d) Preparo e administração do anestésico;

e) Preparo do material para eventual intubação endotraqueal;f) Preparo do paciente: - Jejum de aproximadamente 6 h antes da cardioversão elétrica; - Orientar o paciente quanto ao procedimento; - Preparação da pele, a pele deve estar limpa, isenta de excesso de oleosidade que pode ser feito com o uso de éter; - Colocação de pasta condutora no paciente na região do tórax direito abaixo da clavícula e outra sobre o hemitórax esquerdo, abaixo do mamilo na região do ápex cardíaco.

g) Colocação de pasta condutora nas pás;

h) Manter o sincronizador do cardioversor ligado;

i) Colocar os eletrodos na parede anterior e basal do tórax, em local o mais afastado possível daquele onde serão aplicados as pás.

j) Colocar no cardioversor a quantidade de energia solicitada pelo médico.

Desfibrilação É um procedimento terapêutico que visa abolição de arritmias através de uma descarga elétrica contínua não sincronizada ao ECG, sendo utilizada quando os complexos QRS e a onda T são de difícil caracterização. Como é o caso de uma fibrilação ventricular.

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. A desfibrilação é de caráter emergencial e o desfibrilador é ligado no modo automático sendo aplicada uma energia a partir de 200 joules pois a voltagem necessária para desfibrilar o coração é superior a exigida para a cardioversão. OBS: 200 J em desfibriladores bifásicos e 360 J em desfibriladores monofásicos

Procedimentos para desfibrilação manualPaciente monitoradoApós ligar o aparelho (ou utilizar o mesmo que monitora o paciente)Avaliar o ritmo e confirmar com o chefe de equipe que dará a ordem desfibrilar Certificar-se de que não está ligado a sincronia (caso houver)Colocar gel nas pás e nos 2 pontos do tórax (região do foco aórtico e do apex do coração)Pedir carga (200 ou 360 J)Quando a carga estiver prontaProceder da seguinte forma:Pessionar as pás no torax do paciente + - 10 a 20 KgfPronunciar em voz alta a seguinte sequencia:Um eu me afasto (o aplicador afasta-se do paciente e mantém as pás pressionadas no tórax do paciente)Dois todos se afastam (toda a equipe se afasta)Três todos se afastam (toda a equipe se afasta - sempre pensar que alguem não ouviu)Chocando! (apertar os botões das pás ou no aparelho-por outro profissional)Após o choque continuar com Rcp

Posicionamento das pás do desfibrilador

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Desfibrilador/cardioversor implantado

Marcapasso Cardíaco

Introdução O marcapasso é um dispositivo que libera um estímulo elétrico para o coração

através de seus eletrodos, causando a despolarização elétrica e conseqüente contração cardíaca

O marcapasso serve também para detectar a atividade elétrica espontânea do coração, como um eletrocardiograma, evitando a aplicação de estímulo elétrico desnecessário e permitindo a sincronização das contrações cardíacas

Os marcapassos temporários são passados em situação de risco de vida, associada a instabilidade hemodinâmica sem resposta à terapia farmacológica

Cateter de Marcapasso

Consiste em cateter introduzido por acesso venoso central, cuja extremidade permanece incunhada no endocárdio da câmara cardíaca (átrio e/ou ventrículo), conectado ao gerador, permite a análise do ritmo cardíaco e a estimulação elétrica o coração. Pode estar associado a cateter de Swan Ganz ou a via para

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infusão de drogas. É comum apresentar balão em sua extremidade distal, para permitir flotação (orientação da passagem pelo fluxo sanguíneo).

Gerador de Marcapasso Cardíaco

Aparelho conectado ao cateter marcapasso. Capaz de analisar o ritmo cardíaco e de deflagrar o estímulo elétrico que será

conduzido ao coração pelo cateter (eletrodo) Capaz de estimular o coração de modos diferentes

Espícula do Marcapasso Observada no

eletrocardiograma ou no monitor É sinal de estímulo elétrico do marcapasso no músculo cardíaco

Modos de Estimulação Cardíaca Classificação de Três Letras para Marcapassso:

1. Quanto a câmara cardíaca estimuladaÁtrio (A)

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Ventrículo (V)Dupla Câmara (D)

1. Quanto a câmara cardíaca analisadaÁtrio (A)Ventrículo (V)Dupla Câmara (D)Nenhuma (O)

1. Quanto a resposta do marcapasso ao sentir uma atividade elétrica cardíaca espontânea

Inibição (I) – ao detectar atividade espontânea ele não “choca”Ativação (T trigger) – ao detectar atividade elétrica espontânea ele “choca”Ambas (D dual) – ao detectar atividade elétrica espontânea ele pode chocar ou inibir o choque

Modos de EstimulaModos de Estimulaçção ão CardCardííacaaca

VVI VVI –– neste modo, o neste modo, o marcapasso tem o marcapasso tem o eletrodo(cateter) no eletrodo(cateter) no ventrventríículo onde culo onde descarrega o choque, descarrega o choque, éécapaz de analisar o ritmo capaz de analisar o ritmo tambtambéém do ventrm do ventríículo e culo e quando percebe quando percebe atividade do ventratividade do ventríículo culo não choca. não choca.

AAI AAI –– neste modo, o neste modo, o marcapasso tem o marcapasso tem o eletrodo(cateter) no eletrodo(cateter) no áátrio onde descarrega o trio onde descarrega o choque, choque, éé capaz de capaz de analisar o ritmo analisar o ritmo tambtambéém do m do áátrio e trio e quando percebe quando percebe atividade do atividade do áátrio não trio não choca. choca.

Modos de Marcapasso de Câmara Única

Os mais utilizados em marcapasso temporário transvenoso em UTI são:

Desvantagem do VVI, não é capaz de manter o sincronismo da contração atrio-ventricular, do AAI caso BAVT não é capaz de

evitar a bradicardia

Indicações Bradicardia:

Instabilidade hemodinâmica: PA<80mmHg Edema Pulmonar Mudanças estado mental

Bradicardia Sem resposta farmacológica Disfunção nó sinusal Bloqueio de 2º (mobitz II)e 3º grau

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Tipos de Marcapasso CardTipos de Marcapasso Cardííacoaco

Urgência

Controles do Marcapasso Intensidade de Carga (“output”)

Intensidade do choque elétrico a ser administrado ao coração em milivoltz

Freqüência (“rate”)Número de choques que serão administrados por minuto

Sensibilidade (“sensitivity”) O marcapasso deve ser capaz de sentir a atividade elétrica espontânea do coração, diferenciar a onda de despolarização da onda de repolarização e de diferenciar interferências (elétrocautério). A sensibilidade define a amplitude (tamanho) da onda P ou R (depende da localização do eletrodo), a qual o marcapasso será capaz de reconhecer.

Page 7: Cardioversão Elétrica e Desfibrilação

Cuidados de EnfermagemCuidados de Enfermagem Observar a presenObservar a presençça de a de

““espespíícula de cula de marcapassomarcapasso”” no trano traççado ado eletrocardiogreletrocardiográáfico e fico e freqfreqüüência cardência cardííacaaca

Verificar e anotar a Verificar e anotar a extensão de cateter extensão de cateter introduzida para captura introduzida para captura do marcapasso e evitar do marcapasso e evitar deslocamento do cateter, deslocamento do cateter, evitando o evitando o desposicionamentodesposicionamento

Cuidados com o acesso Cuidados com o acesso venoso profundovenoso profundo

Fixar o gerador (fonte) de Fixar o gerador (fonte) de marcapasso, para evitar o marcapasso, para evitar o desposicionamentodesposicionamento

Cuidado redobrado nas Cuidado redobrado nas manipulamanipulaçções do paciente, ões do paciente, para evitar o para evitar o desposicionamentodesposicionamento