UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS E DE PATOGENICIDADE DAS SALMONELAS COM ÊNFASE NA Salmonella enterica serovar SCHWARZENGRUND Polyanna da Silva Ferreira Orientadora: Prof. Dr. Maria Auxiliadora Andrade GOIÂNIA 2013
29
Embed
CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS E DE PATOGENICIDADE … · humanos, sendo considerado um dos principais causadores de toxinfecção alimentar em humanos. Vários serovares de paratifo
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS
CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS E DE PATOGENICIDADE DAS
SALMONELAS COM ÊNFASE NA Salmonella enterica serovar
SCHWARZENGRUND
Polyanna da Silva Ferreira
Orientadora: Prof. Dr. Maria Auxiliadora Andrade
GOIÂNIA
2013
ii
POLYANNA DA SILVA FERREIRA
CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS E DE PATOGENICIDADE DAS
SALMONELAS COM ÊNFASE NA Salmonella enterica serovar
(O:4,5:-:1,2) (1,16%), Salmonella Senftenberg (0,77%) e Salmonella
Livingstone (0,38%) (BONI et al., 2011).
Foram analisadas, quanto à resistência a antimicrobianos, 29
amostras de isolados de Salmonella enterica serovar Schwarzengrund,
oriundas do Japão. Destas amostras, 19 eram oriundas de frango de corte e 10
eram de carne de frango. Todas as amostras apresentaram resistência a
sulfametazina. Apenas uma amostra oriunda de frangos de corte apresentou
resistência ao ácido nalidíxico. 11 dos 19 isolados de frango de corte e seis dos
dez isolados de carne de frango apresentaram resistência a
dihidroestreptomicina, kanamicina, oxitetraciclina, trimetropim e
sulfadimetoxina. Também foi evidenciado que a resistência apresentada nas
amostras de frango de corte é geneticamente idêntica aos apresentados pela
carne de frango (ASAI et al., 2009).
Outro estudo realizado no Japão com um número maior de amostras
(288 amostras fecais) de isolados de Salmonella sp., de frango de corte
coletados entre os anos de 2007 e 2010, detectaram a presença da bactéria
em 248 (86,1%) amostras de frangos de corte. Os principais serovares isolados
foram Salmonella Infantis, Salmonella Manhattan e Salmonella
Schwarzengrund, sendo que Salmonella Infantis foi isolada em todas as
regiões analisadas e as demais foram isoladas principalmente na região
ocidental do Japão. Estas bactérias apresentaram elevada resistência
antimicrobiana a oxitetraciclina (90,2%), dihidrostreptomicina (86,7%) e
ampicilina (36,5%), sendo que vários isolados eram multirresistentes. Dos
isolados, 26,3% foram resistentes ao ceftiofur, embora esse antimicrobiano
seja proibido no Japão (SASAKI et al., 2012).
Em Taiwan, foram analisados 798 isolados de Salmonella sp.
coletados de amostras clínicas humanas obtidas em vários hospitais e
17
observou-se que 48,5% das amostras eram resistentes à ampicilina, 55,3% ao
cloranfenicol, 59% à estreptomicina, 68% ao trimetroprim e 67% à tetraciclina,
sendo que algumas cepas como Salmonella Typhimurium, eram resistente aos
cinco antimicrobianos. Salmonella Choleraesuis e Salmonella Schwarzengrund
apresentaram elevada resistência à fluorquinolona e multirresistência a outros
antimicrobianos (LAUDERDALE et al., 2006).
Salmonella enterica serovar Schwarzengrund foi isolada em
humanos (30 isolados) e em alimentos de origem animal em Taiwan. Foram
analisadas 508 amostras de carne de frango obtidas de diferentes mercados
tradicionais de Taiwan, coletadas entre os anos de 2000 e 2006. Destas
amostras, foram isoladas 228 cepas de Salmonella sp. da carne de frango,
representando 30,5% de contaminação na carne crua de frango. No mesmo
período foram isoladas 30 cepas de Salmonella sp. de humanos. De todos os
serovares isolados, a Salmonella Schwarzengrund representou 39,3% na carne
crua e 2,8% em humanos. Estes serovares foram testados quanto à resistência
antimicrobiana com 24 diferentes fármacos e apresentaram resistência a vários
antimicrobianos, tais como ampicilina, gentamicina, estreptomicina,
kanamicina, tetraciclina, ácido nalixidine, trimetoprim de sulfametaxona e
cloranfenicol. No estudo concluiu-se que esta resistência pode ser ocasionada
pelo uso abusivo de antimicrobianos tanto para humanos quanto para aves,
além do fato de haver transmissão do serovar entre humanos e animais (CHEN
et al., 2010). Este resultado deve ser considerado quanto ao risco de
transferência de genes de resistência à cadeia alimentar humana.
Novos estudos realizados em Taiwan, objetivando estudar melhor o
serotipo Schwarzengrund, que apresentou multirresistência a vários
antimicrobianos, analisaram 173 cepas desta Salmonella isoladas de 417
amostras de carne de frango, coletadas entre os anos de 2000 e 2005 e
obtidas de mercados da região. Por meio da utilização da técnica de
eletroforese de campo pulsado (PFGE) com a digestão das enzimas Xbal e
Avrll obtiveram 23 e 16 padrões respectivamente, os quais, quando
combinados apresentaram 47 subtipos, sendo os principais X3A2, X1A2 e
X2A1. Tais resultados evidenciaram que o repetido aparecimento de alguns
dos principais subtipos das cepas de Salmonella Schwarzengrund isolados nos
18
anos da pesquisa pode ser decorrente da recirculação destas cepas no
mercado varejista deste país (CHEN et al., 2011).
No mesmo país, foram utilizadas cepas coletadas entre os anos de
2000 e 2006, foram testadas mais 466 cepas de Salmonella enterica serovar
Schwarzengrund, sendo 232 isolados de carne de frango e 234 isolados de
humanos. Utilizando a técnica em gel de campo pulsado (PFGE) com a
utilização da enzima Xbal obtiveram 110 padrões do PFGE, sendo que 21
foram obtidos de isolados comuns de carne de frango e amostras humanas.
Como a cepa tipo ACSSXTT-R (de grande preocupação mundial) foi a mais
isolada no trabalho (74,5% das amostras), as amostras foram re-analizadas
utilizando digestão com enzima Avrll, seguida de PFGE e PCR direcionadas
para 10 genes de virulência bacteriana: avrA, ssaQ, mgtC, siiD, sopB, gipA,
sodC1, sopE1, spvC, e bcfC. As cepas analisadas apresentam como genes de
virulência comum o avrA, ssaQ, mgtC, siiD,sopB e bcfC. Em contraste,
nenhuma das amostras apresentou os genes de virulência plasmidial spvC e
gipA (CHEN et al., 2012).
Em 21 estados dos Estados Unidos, foram analisados durante um
período de três anos, 79 pacientes oriundos de um surto e observou-se que as
pessoas podiam se contaminar com Salmonella entercia serovar
Schwarzengrund quando ingeriam alimentos secos (ração) contaminados com
esta bactéria e destinados à alimentação dos animais (cães e gatos). As
crianças com até dois anos foram as mais acometidas, representando 48% dos
casos de contaminação (BEHRAVESH et al., 2010).
Nesse mesmo país, foi realizado um estudo objetivando pesquisar
um surto de infecção ocasionado por salmonelas resistentes as
fluoroquinolonas em duas casas de repouso e um hospital localizado em
Oregon. Foi isolado Salmonella enterica serovar Schwarzengrund entre os
anos de 1996 e 1998, de amostras de fezes, urina e feridas cutâneas presentes
no corpo dos pacientes. Os isolados apresentaram padrões semelhantes em
PFGE (eletroforese de campo pulsão) e mutações no gene gyrA (OLSEN et al.,
2001).
A resistência desta bactéria às fluoroquinolonas presentes nos
alimentos importados foi estudada por Akiyama & Khan (2011) que concluíram
que alguns estipes (30 e 487) que eram suscetíveis à ciprofloxacina
19
apresentavam mutações no gene gyrA, enquanto estipes resistentes (75) a
este antimicrobiano apresentavam dupla mutação no mesmo gene. A alta
resistência a esse fármaco foi relacionada com o aumento da expressão do
gene ramA, visto que estirpe 75 apresentava uma deleção de 315 bp no gene
ramr, o qual é responsável pela regulação da expressão do gene ramA. A
super expressão do gene ramA pode ser relacionada com a perda do gene
ramR, o qual diminui a concentração inibitória mínima à ciprofloxacina de 48
para 24 mg/L.
Na Tunísia, 37 isolados de Salmonella enterica, oriundos de
amostras de carne de aves foram analisadas, detectando elevada resistência
(32,4% a 89,2%) à ampicilina, sulfonamidas, tetraciclina, ácido nalidíxico e
estreptomicina e menor resistência (2,7% a 18,9%) à amoxicilina, ácido
clavulânico, canamicina, amicacina, trimetoprim, sulfametoxazol e cloranfenicol.
Todos os isolados apresentaram sensibilidade à ceftazidima, cefotaxima,
gentamicina e ciprofloxacina. Alguns isolados de Salmonella Schwarzengrund
apresentaram os genes: gacH, dfrA1b, aadA1b, catB2 e o promotor (PcH1TTN-10
registrado no GenBank acesso n° HQ874651) (SOUFI et al., 2012).
20
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Salmonelas são graves problemas de saúde pública humana e
animal, visto que estão associadas com surtos de toxinfecção alimentar
humana e infecção animal em todo o mundo. As aves são espécies animais
susceptíveis a infecção por vários serovares, o que pode ocasionar
mortalidade, perdas produtivas e prejuízos econômicos significativos.
As aves possuem vários mecanismos de defesa contra a infecção
bacteriana, porém, as bactérias também possuem mecanismo que lhe
possibilitam infectar e sobreviver no interior das células dos hospedeiros,
ocasionando infecção localizada no trato gastrointestinal ou infecção sistêmica.
Salmonella enterica serovar Schwarzengrund está adquirindo
importância no cenário mundial, visto que, nos últimos anos esta sendo a
bactéria mais associada com casos de toxinfecção alimentar e está sendo
isolada de alimentos de origem animal nos países asiáticos. Esta bactéria
também está associada a surtos de toxinfecção em humanos em outros países
como EUA e foi isolada de produtos animais em algumas regiões do Brasil
como no estado de Goiás.
O conhecimento sobre os genes de virulência, resistência a
antimicrobianos e transferência para à cadeia alimentar pode contribuir para o
controle desta bactéria nos sistemas de produção, meio ambiente e cadeia
alimentar.
21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H. Propriedades gerais das respostas imunológicas. In: Imunologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro. ELSEVIER. 5aed. 580p. 2005. 2. AGBAJE, M.; BEGUM, R. H.; OYEKUNLE, M. A.; OJO, O. E.; ADENUBI, O. T.. Evolution of Salmonella nomenclature: a critical note. Folia Microbiologica, Praha, v. 56, n. 6, p. 497-503, 2011. 3. AKIYAMA, T.; KHAN, A. A. Molecular characterization of strains of fluoroquinolone-resistant Salmonella enterica serovar Schwarzengrund carrying multidrug resistance isolated from imported foods. Journal of antimicrobial chemotherapy. v. 67, p. 101-110, 2011. 4. ANDREATTI FILHO, R. L.; LIMA, E. T.; MENCONI, A.; ROCHA, T. S.; GONÇALVES, G. A. M. Pesquisa de Salmonella spp. em suabes de arrasto provenientes de granjas avícolas. Veterinária e Zootecnia. v. 16, n. 1, p. 190-194, 2009. 5. ASAI, T.; MURAKAMI, K.; OZAWA, M.; KOIKE, R.; ISHIKAWA, H. Relationships between multidrug-resistant Salmonella enterica serovar Schwarzengrund and both broiler chickens and retail chicken meats in Japan. Jnp. J. Infect. Dis. v. 62, p. 198-200, 2009. 6. BACK, A. Salmonelose. In: Manual de Doenças das Aves. 2 ed. Cascavel. Editora Integração, 2010. p. 174-195. 7. BAJAJ, V.; HWANG, C.; LEE, C. A. hilA is a novel ompR/toxR family member that activates expression of Salmonella Typhimurium invasion genes. Mol. Microbiology. v. 18, p. 715-727, 1995. 8. BAJA, V.; LUCAS, R. L.; HWANG, C.; LEE, C. A. Co-ordinate regulation of Salmonella Typhimurium invasion genes by environmental and regulatory factors is mediated by control of hilA expression. Mol. Microbiology. v. 22, p. 703-714, 1996. 9. BANGTRAKULNONTH, A.; PORNREONGWONG, S.; PULSRIKARN, C.; SAWANPANYALERT, P.; HENDRIKSEN, R. S.; WONG, D. M. A. L. F.; AARESTRUP, F. M. Salmonella serovars from humans and other sources in Thailand, 1993–2002. Emerging Infectious Diseases. v. 10, n. 1, p. 131-136, 2004. 10. BÄUMLER, A. J.; TSOLIS, R. M.; HEFFRON, F. Contribution of fimbrial operons to attachment to invasion of epithelial cell lines by Salmonella Typhimurium. Infect. Immun. v. 64, p. 1862-1865, 1995a. 11. BÄUMLER, A. J.; TSOLIS, R. M.; HFFRON, F. The lpf fimbrial operon mediates adhesion of Salmonella Typhimurium to murine Peyer’s patches. Proc. Natl. Acad. Sci. v. 93, p. 279-283, 1996b.
22
12. BEHRAVESH, C. B.; FERRARO, A.; DEASY III, M.; DATO, V.; MOLL, M.; SANDT, C.; REA, N. K.; RICKERT, R.; MARRIOTT, C.; WARREN, K.; URDANETA, V.; SALEHI, E.; VILLAMIL, E.; AYERS, T.; HOEKSTRA, R. M.; AUSTIN, J. L.; OSTROFF, S.; WILLIAMS, I. T. Human Salmonella Infections Linked to Contaminated Dry Dog and Cat Food 2006-2008. Pediatrics. v. 128, n. 3, p. 477-483, 2010. 13. BERCHIERI JÚNIOR, A.; FREITAS NETO, O. C. Salmoneloses. In: BERCHIERI JÚNIOR, A.; SILVA, E. N.; DI FÁBIO, J.; SESTI, L.; ZUANAZE, M. A. F. Doenças das aves, 2ª edição, Ed. FACTA, Campinas, 2009. 14. BONI, H. F. K.; CARRIJO, A. S.; FASCINA, V. B. Ocorrência de Salmonella spp. em aviários e abatedouro de frangos de corte na região central de Mato Grosso do Sul. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal. v.12, n.1, p.84-95, 2011. 15. BROOKS, G. F.; CARROLL, K.C.; BUTEL, J. S.; MORSE, S. A.; Jawetz, Melnick e Adelberg: Microbiologia Médica. 24 ed. Rio de Janeiro: McGraw Hill, 820p, 2009. 16. CARVALHO, A. C. F. B.; CORTEZ, A. L. L. Salmonella spp. em carcaças, carne mecanicamente separada, lingüiças e cortes comerciais de frango. Ciência Rural. v. 36, n. 6, p. 1465-1468, 2005. 17. CDC – CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Emerging Infectious Diseases Journal – Scientific Nomeclature, 2013, Atlanta, EUA: CDC [online], versão 2.4. Disponível em: http://wwwnc.cdc.gov/eid/pages/scientific-nomenclature.htm. Acesso em 04 out 2013. 18. CHEN, M. H.; WANG, S. W.; HWANG, W. Z.; TSAI, S. J.; HSIH, Y. C.; CHIOU, C. S.; TSEN, H. Y. Contamination of Salmonella Schwarzengrund cells in chicken meat from traditional marketplaces in Taiwan and comparison of their antibiograms with those of the human isolates. Poultry Science. v. 89, p. 359-365, 2010. 19. CHEN, M. H.; HWANG, W. Z.; WANG, S. W.; SHIH, Y. C.; TSEN, H. Y. Pulsed field gel electrophoresis (PFGE) analysis for multidrug resistant Salmonella enterica serovar Schwarzengrund isolates collected in six years (2000e2005) from retail chicken meat in Taiwan. Food Microbiology. v. 28, p. 399-405, 2011. 20. CHEN, M. H.; CHIOU, C. S.; CHIANG, Y. C.; CHEN, P. H.; TSAI, S. W.; TSEN, H. Y. Comparison of the pulsed field gel electrophoresis patterns and virulence profiles of the multidrug resistant strains of Salmonella enterica serovar Schwarzengrund isolated from chicken meat and humans in Taiwan. Food Research International. v. 45, p. 978–983, 2012.
21. CHRISTENSEN, J. P.; OLSEN, J. E.; BISGAARD, M. Ribotypes of Salmonella enterica serovar Gallinarum biovars gallinarum and pullorum. Avian Pathology. v. 22, p. 725-738, 1993. 22. CLARK, M. A.; HIRST, B. H.; JEPSTON, M. A. Inoculum composition and Salmonella pathogenicity island 1 regulate M-cell invasion and epithelial destruction by Salmonella Typhimurium. Infection and Immunity. v. 66, n. 2, p. 724-731, 1998. 23. CLOUTHIER, S.C.; COLISSON, S.K.; LIPPERT, D.; AUSIO, J.; WHITE, A.P.; KAY, W.W. Characterization of three fimbrial genes, sefABC, of Salmonella Enteritidis. Journal of Bacteriology. v.175, n.9, p.2523-2533. 1993. 24. DARWIN, K.H.; MILLER, V.L. Molecular Basis of the Interation of Salmonella with the Intestinal Mucosa. Clinical and Microbiology Revision, 12: 405-428, 1999. 25. FERREIRA, E. O.; CAMPOS, L. C. Salmonella. In: TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia, 5ª edição. Ed. Atheneu, São Paulo, 2008. 26. GALAN, J. E. Interaction of Salmonella with host cells through the centisome 63 types III secretion system. Curr. Opin. Microbiol. v. 2, p. 46-50, 1999. 27. GALAN, J. E.; ZHOU, D. Striking a balance: modulation of the actin cytoskeleton by Salmonella. Proc. Natl. Acad. Sci. USA. v. 97, p. 8754-8761, 2000. 28. GIBSON, D.L.; WHITE, A.P.; RAJOTTEI, C.M.; KAY, W.W. agfC and agfE facilitate extracellular thin aggregative fimbriae synthesis in Salmonella Enteritidis. Microbiology. v.153, p.1131-1140. 2007. 29. GRIMONT, P. A. D.; WEILL, F. S. Antigenic formulate of the Salmonella serovars. In: World Health Organization Collaborationg Centre for Reference and Research on Salmonella. Institut Pasteur. 9 ed. 167 p. 2007. 30. GRIFFITH, R. W.; SCHWARTZ, K. J.; MAYERHOLTZ, D. K. Salmonella. IN: STRAW, B. E. ZIMMERMAN, J. J.; D’ALLAIRE, S.; TAYLOR, D. J. Disease of swine. 9° ed. Cap. 45, 739-751, 2006. 31. GUIBOURDENCHE, M.; ROGGENTIN, P.; MIKOLEIT, M.; FIELDS, P. I.; BOCKEMÜHL, J.; GRIMONT, P. A. D.; WEILL, F.X.; Supplement 2003 e 2007 (No. 47) to the White-Kauffmann-LeMinor scheme. Research in Microbiology, n.161, 26-29, 2010. 32. HENDERSON, W. Isolation of Salmonella Schwarzengrund from turkey poults. Science. v. 116, p. 669, 1952.
24
33. HENTSCHEL, U; HACKER, J. Pathogenicity islands: the tip of the iceberg. Microbes and Infection, n. 3, 545−548, 2001. 34. HOLT, J. G.; KRIEG, N. R.; SNATH, P. H. Bergey’s Manual of Determinative Bacteriology. 9° ed. Williams & Wilkims, 787p., 1994. 35. IQBAL, M.; PHILBIN, V. J.; WITHANAGE, G. S.; WIGLEY, P; BEAL, R. K.; GOODCHILD, M. J.. Identification and functional characterization of chicken toll-like receptor 5 reveals a fundamental role in the biology of infection with Salmonella enterica serovar Typhimurium. Infection and Immunity. v. 73, p. 2344-2350, 2004. 36. JAY, J.M.I.; Microbiologia de Alimentos, 6 ed., Porto Alegre: Artmed, 711p, 2005. 37. JIN, L. Z.; HO, Y.W.; ABDULLAH, N.; JALALUDIN, S. Growth performance, intestinal microbial populations, and serum cholesterol of broilers fed diets containing Lactobacillus cultures. Poultry Science. v.77, p.1259-1265, 1998. 38. KEERSMAECKER, S. C. J.; MARCHAL, K.; VERHOEVEN, T. L. A.; ENGELEN, K.; VANDERLEYDEN, J.; DETWEILER, C. S. Microarray analysis and motif detection reveal new targets of the Salmonella enterica serovar Typhimurium hilA itself. Journal of Bacteriology. v. 187, n. 13, p. 4381-4391, 2005. 39. KOVARZ, L.; COYNAULT, C.; ROBBE-SAULE, V.; NOREL, F. Rôle du facteur sigma σs (RpoS) dans la virulence de Salmonella typhimurium. Prox de la spilf junior. 1re Journée Junior de la SPILF, 1031- 1034, 1994. 40. LAUDERDALE, T. L.; AARESTRUP, F. M.; CHEN, P. C.; LAI, J. F.; WANG, H. Y.; SHIAU, Y. R.; HUANG, I. W.; HUNG, C. L. Multidrug resistance among different serotypes of clinical Salmonella isolates in Taiwan. Diagnostic Microbiology and Infectious Disease. v. 55, p. 149–155, 2006. 41. LIBBY, S. J.; HALSEY, T. A.; ALTIER, C. Salmonella. In: Pathogenesis of Bacterial Infectious in Animals. 3 ed. Blackwell Publishing. EUA, 2004.
42. LIMAWONGPRANEE, S.; HAYASHIDANI, H.; OKATANI, A. T.; ONO, K.; HIROTA, C.; KANEKO, K.; OGAWA, M. Prevalence and Persistence of Salmonella in Broiler Chicken Flocks. J. Vet. Med. Sci. v. 61, n. 3, p. 255–259, 1999 43. MARCUS, S. L.; BRUMELL, J. H.; PFEIFER, C.G.; FINLAY, B.B.; Salmonella Pathogenicity islands: big virulence in small packages. Microbes and Infection, n. 2, 145−156, 2000. 44. McMEECHAN, A.; LOVELL, M. A.; COGAN, T. A.; MARSTON, K. L.; HUMPHREY, T. J.; BARROW, P. A. Glycogen production by different Salmonella enterica serotypes: contribution of functional glgC to virulence,
25
intestinal colonization and environmental survival. Microbiology. v. 151, p. 3969-3977, 2005. 45. MONTASSIER, H.J. Fisiologia do sistema imune. In: Doença das Aves. Campinas, São Paulo. FACTA. 2aed. p.391-434. 2009. 46. MORGULES, M.S.F.A. Imunomoduladores. In: Farmacologia Aplicada a Avicultura. São Paulo. Roca. p.249-264, 2005. 47. NAUGHTON, P.J.; GRANT, G.; SOJKA, M. BARDOCZ, S.; THORNS, C.J.; PUSZTAI, A. Survival and various compartments of the rat gastrointestinal tract in vivo. Journal of Medical Microbiology. v.50, p.1049-1054, 2001. 48. NDE, C. W.; McEVOY, J. M.; SHERWOOD, J. S.; LOGUE, C. M. Cross contamination of turkey carcasses by Salmonella species during defeathering. Poultry Science. v. 86, p. 162–167, 2007. 49. OLSEN, S. J.; DEBESS, E. E.; McGIVERN, T. E.; MARANO, N.; EBY, T.; MAUVAIS, S.; BALAN, V. K.; ZIRNSTEIN, G.; CIESLAK, P. R.; ANGULO, F. J. A nosocomial outbreak of fluoroquinolone-resistant Salmonella infection. The England Journal of Medicine. v. 344, n. 21, p. 1572-1579, 2001. 50. OSMAN, K. M.; ALI, M. M.; RADWAN, M. I.; KIM, H. K.; HAN, J. Comparative proteomic analysis on Salmonella Gallinarum and Salmonella Enteritidis exploring proteins that may incorporate host adaptation in poultry. Journal of Proteomics. v. 72, p. 815-821, 2009. 51. PORWOLLIK, S.; McCLELLAND, M.; Lateral gene transfer in Salmonella. Microbes and Infection. n.5, 977-989, 2003.
52. QUINN, P. J.; MARKEY, B. K.; CARTER, M. E.; DONNELY, W. J.; LEONARD, F. C. Microbiologia Veterinária e Doenças Infecciosas. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2005, 512p. 53. SAIF, Y. M; FADLY, A.M.; GLISSON, J.R.; MCDOUGALD, L.R.; NOLAN, L.K.; SWAYNE, D.E. Diseases of Poultry. 12. ed. Oxford: Blackwell publishin, 2008. 1409 p. 54. SASAKI, Y.; IKEDA, A.; ISHIKAWA, K.; MURAKAMI, M.; KUSUKAWA, M.; ASAI, T.; YAMADA, Y. Prevalence and antimicrobial susceptibility of Salmonella in Japanese broiler flocks. Epidemiol. Infect. v. 140, p. 2074–2081, 2012. 55. SHAH, D. H.; LEE, M.; PARK J.; LEE, J.; KWON, J.; CHAE, J. Identification of Salmonella Gallinarum virulence genes in a chicken infection model using PCR based signature-tagged mutagenesis. Microbiology. v. 151, p.3957-3968, 2005. 56. SILVA, N.; JUNQUEIRA, V.C.A.; SILVEIRA, N.F.A.; TANIWAKI, M.H.; SANTOS, R.F.S.; GOMES, R.A.R. Salmonella. In: Manual de métodos de
26
análise microbiológica de alimentos. 3. ed. São Paulo: Varela, 2007. Cap. 19, p. 253-285. 57. SOLNICK, J. V. & YOUNG, G. M. Bacterial Pathogenicity Islands and Infectious Diseases. Horizontal Gene Transfer, cap.10, 2002. 58. SOUFI, L.; SÁENZ, Y.; TORO, M.; ABBASSI, M. S.; ROJO-BEZARES, B.; VINUE, L.; BOUCHAMI, O.; TOUATI, A.; HASSEN, A. B.; HAMMAMI, S.; TORRES, C. Phenotypic and Genotypic Characterization of Salmonella enterica Recovered from Poultry Meat in Tunisia and Identification of New Genetic Traits. Vector-borne and Zoonotic Diseases. v. 12, n. 1, p. 10-16, 2012. 59. TERZOLO, H.R. Estudio bacteriológico de las salmmonelosis de las aves (S. pullorum, S. gallinarum, S. Enteritidis y S. Typhimurium) em La América Latina. In: Simpósio Internacional sobre Salmonelose Aviária. Rio de Janeiro. 2011a. 60. TERZOLO, H.R. Modelo de gestión segura para uso de vacunas a bactéria viva. In: Simpósio Internacional sobre Salmonelose Aviária. Rio de Janeiro. 2011b. 61. THOMSON, N. R.; ClLAYTON, D. J.; WINDHORST, D.; VERNIKOS, G.; DAVIDSON, S.; CHURCHER, C. Comparative genome analysis of Salmonella Enteritidis PT4 and Salmonella Gallinarum 287/91 provides insights into evolutionary and host adaptation pathways. Genome Research. v. 18, p. 1624-1637, 2008. 62. VAN IMMERSEEL, F.; METHNER, U.; RYCHLIK, I.; NAGY, B.; VELGE, P.; MARTIN, G.; FOSTER, N.; DUCATELLE, R.; BARROW, P.A. Vaccination and early protection against non-host-specific Salmonella serotypes in poultry: exploitation of innate immunity and microbial activity. Epidemiology. Infectious, v.133, n.6, p.959-978, 2005. 63. VAN IMMERSEEL, F.; EECKHAUT, V.; BOYEN, F.; PASMANS, F.; HAESEBROUCK, F.; DUCATELLE, R. Mutations influencing expression of the Salmonella enterica serovar Enteritidis pathogenicity island I key regulator hilA. Antonie van Leeuwenhoek. v. 94, p. 455-461, 2008.
64. VIEIRA, M.A.M. Ilhas de patogenicidade. In: O Mundo da Saúde. São Paulo. v.33, n.4, p.406-414, 2009. 65. WOODWARD, M. J.; MCLAREN, I.; WRAY, C. Distribution of virulence plasmids within Salmonellae. J. Gen. Microbiol. v. 135, p. 503-511, 1989. 66. ZHANG, S. The Salmonella enterica serotype Typhimurium effectors proteins SipA, SopB, SopDand SopE2 act in concert to induce diarrhea in calves. Infection and Immunity. v. 70, n. 7, p. 3843-3855, 2002.