UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA FTQ023 – FENÔMENOS DE TRANSPORTE III DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃO QUÍMICA DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃO QUÍMICA Prof. Nazareno Braga Manaus, 2015. CAPÍTULO 4
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONASFACULDADE DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICAFTQ023 – FENÔMENOS DE TRANSPORTE III
DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃO QUÍMICA
DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃO QUÍMICA
Prof. Nazareno Braga
Manaus, 2015.
CAPÍTULO 4
ÍNDICE
4. DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃOQUÍMICA
4.1 Difusão através de um gás estagnado4.2 Difusão pseudo-estacionária através de um gás estagnado4.3 Contra-difusão equimolar4.4 Difusão com variação de área
2Prof. Nazareno Braga
4. DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃO QUÍMICA
Equação da continuidade mássica de um soluto A
Considerando o volume de controle (∆x∆y∆z) através do qual uma mistura, incluindo o componente A, está escoando.
Prof. Nazareno Braga 3
4. DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃO QUÍMICA
Equação da continuidade mássica de um soluto A
Balanço material:
Massa de A transferida através da superfície de controle (área) ∆y∆z
Em termos de fluxo:
Taxa líquida mássica do componente A:
Direção x �
Direção y �
Direção z �
Prof. Nazareno Braga 4
Taxa de massa queentra no volume de
controle
Taxa de massa quesai do volume de
controle
Taxa de produção/consumo de
massa no volume de controle
Taxa de acúmulo de massa no volume
de controle
_ + =
ρAvA,x∆y∆z
nA,x∆y∆z
nA,x x+∆x∆y∆z− nA,x x
∆y∆z
nA,y y+∆y∆x∆z− nA,y y
∆x∆z
nA,z z+∆z∆x∆y− nA,z z
∆x∆y
4. DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃO QUÍMICA
Equação da continuidade mássica de um soluto A
Taxa de acúmulo de A no volume de controle:
Produção de A dentro do volume de controle devido à uma reação química, para umataxa rA (massa de A/volume.tempo):
Substituindo cada termo na equação de balanço:
Dividindo pelo volume ∆x∆y∆z e cancelando os termos:
Prof. Nazareno Braga 5
∂ρA
∂t∆x∆y∆z
rA∆x∆y∆z
−[nA,x x+∆x∆y∆z− nA,x x
∆y∆z+ nA,y y+∆y∆x∆z− nA,y y
∆x∆z+
nA,z z+∆z∆x∆y− nA,z z
∆x∆y]+ rA∆x∆y∆z=∂ρA
∂t∆x∆y∆z
nA,x x+∆x− nA,x x
∆x+
nA,y y+∆y− nA,y y
∆y+
nA,z z+∆z− nA,z z
∆z− rA = −
∂ρA
∂t
4. DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃO QUÍMICA
Equação da continuidade mássica de um soluto A
Aplicando o limite para ∆x, ∆y e ∆z tender a zero:
Coordenadas retangulares:
Coordenadas cilíndricas:
Coordenadas esféricas:
Prof. Nazareno Braga 6
∂ρA
∂t+
∂nA,x
∂x+
∂nA,y
∂y+
∂nA,z
∂z= rA
∂ρA
∂t= −
∂nA,x
∂x+
∂nA,y
∂y+
∂nA,z
∂z
+ rA
∂ρA
∂t= −
r∇⋅
rnA + rA
∂ρA
∂t= −
∂nA,x
∂x+
∂nA,y
∂y+
∂nA,z
∂z
+ rA
∂ρA
∂t= −
1
r
∂ rnA,r( )∂r
+1
rsenθ
∂nA,θ
∂θ+
∂nA,z
∂z
+ rA
∂ρA
∂t= −
1
r 2
∂ r 2nA,r( )∂r
+1
rsenθ
∂ senθnA,θ( )∂θ
+1
rsenθ
∂nA,φ
∂φ
+ rA
4. DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃO QUÍMICA
Equação da continuidade molar de um soluto A
Dividindo a equação da continuidade mássica pela massa molecular do soluto MA.
Coordenadas retangulares:
Coordenadas cilíndricas:
Coordenadas esféricas:
Prof. Nazareno Braga 7
∂CA
∂t= −
r∇⋅
rNA + RA
∂CA
∂t= −
∂NA,x
∂x+
∂NA,y
∂y+
∂NA,z
∂z
+ RA
∂CA
∂t= −
1
r
∂ rNA,r( )∂r
+1
rsenθ
∂NA,θ
∂θ+
∂NA,z
∂z
+ RA
∂CA
∂t= −
1
r 2
∂ r 2NA,r( )∂r
+1
rsenθ
∂ senθNA,θ( )∂θ
+1
rsenθ
∂NA,φ
∂φ
+ RA
4. DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃO QUÍMICA
Equação da continuidade do soluto A em termos da lei da difusão
Fluxo molar de A:
Escrevendo na forma vetorial:
Substituindo na eq. da continuidade:
Prof. Nazareno Braga 8
∂CA
∂t= −
r∇⋅
rNA + RA
NA = JA
* +CAv*
M
rNA = −DAB
r∇CA +CA
rv*
M
∂CA
∂t= −
r∇⋅ −DAB
r∇CA +CA
rv*
M
+ RA
∂CA
∂t+r∇[CA
rv*
M ] =r∇⋅ DAB
r∇CA
+ RA
∂ρA
∂t+r∇[ρA
rvM ] =
r∇⋅ DAB
r∇ρA
+ rA
acúmulo convecção difusão reação
4.1. DIFUSÃO ATRAVÉS DE UM GÁS ESTAGNADO
Prof. Nazareno Braga 9
• Mistura binária: A – B• Gás estagnado: NBz=0• P e T constantes
Equação do fluxo total de A:
Equação do fluxo total de A através de um gás estagnado:
Balanço de massa (molar) no estado estacionáriodo elemento A que atravessa o volume S∆z:
Dividindo por S∆z e fazendo ∆z � 0
NAz = −CDAB
dxA
dz+
CA
CNAz + NBz( )
NAz = −CDAB
dxA
dz+ xA NAz( )
NAz = −CDAB
1− xA( )dxA
dz
SNAz z− SNAz z+∆z
= 0
−dNAz
dz= 0
4.1. DIFUSÃO ATRAVÉS DE UM GÁS ESTAGNADO
Prof. Nazareno Braga 10
Substituindo a eq. do fluxo de A:
Simplificando, C e DAB=cte
Integrando:
Integrando novamente:
Aplicando as condicões de contorno:
C.C.1: z=z1, xA=xA1C.C.2: z=z2, xA=xA2
−d
dz−
CDAB
1− xA( )dxA
dz
= 0
−dNAz
dz= 0
d
dz
1
1− xA( )dxA
dz
= 0
1
1− xA( )dxA
dz
= C1
− ln 1− xA( ) = C1z+C
2
1− xA
1− xA1
=
1− xA2
1− xA1
z−z1
z2−z1
4.1. DIFUSÃO ATRAVÉS DE UM GÁS ESTAGNADO
Prof. Nazareno Braga 11
Taxa de transferência de massa na interface L-G ou taxa de evaporação
NAz z=z1
= −CDAB
1− xA1( )dxA
dz z=z1
= 0
4.1. DIFUSÃO ATRAVÉS DE UM GÁS ESTAGNADO
Prof. Nazareno Braga 12
Exercício: Escreva a equação da continuidade molar de A já na forma simplificada e as condições decontorno para a seguinte situação.
Um certo gás se difunde numa película estagnada de ar seco de 0,5 cm de profundidadeem um capilar que contém um certo ácido. Ao atingi-lo o gás é absorvidoinstantaneamente. A concentração do gás na boca do recipiente é 0,25% em mols.
Hipóteses:
4.1. DIFUSÃO ATRAVÉS DE UM GÁS ESTAGNADO
Prof. Nazareno Braga 13
Difusão de uma gotícula esférica
• Balanço de massa em estado estacionário:
T= cte, C e DAB=cte
Taxa molar de A através da superfície esférica
d
drr 2NAr( ) = 0
r1
r2
d
drr 2 CDAB
1− xA
dxA
dr
= 0
1− xA
1− xA1
=
1− xA2
1− xA1
1/r1( )− 1/r( )1/r1( )− 1/r2( )
WA = 4πr 2
1NAr
r=r1=
4πCDAB
1/ r1−1/ r
2( )ln
1− xA2
1− xA1
Gota de líquido A
Filme gasoso
4.2. DIFUSÃO PSEUDO-ESTACIONÁRIA ATRAVÉS DE UM GÁS ESTAGNADO
Prof. Nazareno Braga 14
Caso: difusão de vapor d’água em um tubo estreito
• Nível de líquido cai lentamente
• Assumindo estado pseudo-estacionário
Encontrar equação para tF para que o nível cai do ponto z0 em t=0 para zF a t=tF.
z = f (t) �
Nível variando:
Igualando as eqs.:
NA =DABP
RT z2
− z1( )
lnP− pA2
P− pA1
NA =DABP
RTzln
P− pA2
P− pA1
NA =ρA
MA
dz
dt
ρAdz
MAdt=
DABP
RTzln
P− pA2
P− pA1
⇒
ρA
MA
zdzz0
zF
∫ =DABP
RTln
P− pA2
P− pA1
dt
0
tF
∫ ⇒ tF =ρA z2
F − z2
0( ) RT
2MADABPlnP− pA2
P− pA1
4.3 CONTRA-DIFUSÃO EQUIMOLAR
Na contra-difusão equimolar temos:
• Regime permanente• Sem reação química• Ca = f (z)
Condições de contorno:Z=z1 � Ca=Ca1Z=z2 � Ca=Ca2
Prof. Nazareno Braga 15
NAz = −NBz
A B
NA = −CDAB
dxA
dz+
CA
CNA + NB( )
NA = −DAB
dCA
dz
−dNAz
dz= 0 −
d
dz−DAB
dCA
dz
= 0
d2CA
dz2= 0 CA −CA1
CA2− CA1
=z− z
1
z2
− z1
4.4 DIFUSÃO COM VARIAÇÃO DE ÁREA
Casos em que a A transversal pela qual a difusão ocorre varia.
Definimos:
NA em kmol/s.No estado estacionário é constante, mas não , pois a A irá variar.