Canto Anónimo De terra e nervos, eis de que sou feito, porque homem sou, homem simplesmente. saibam as estrelas o que penso, seja ou não seja o abismo imenso. quero elevar a minha voz, que foi feita para gritar, quero erguer os meus punhos, que foram feitos para bater ou perdoar, quero dirigir os meus pés pra onde a razão o ordenar. homem sou, homem simplesmente, quero para mim a vida, vivê-la inteiramente. e vós, estrelas, sabei isto que sei: de terra e nervos, eis de que sou feito. e seja ou não o abismo imenso.