ANO III N° 17 Maio / Junho de 2012 Candeia Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis” KARDEC E JESUS OBSESSÃO DURANTE O SO- NO FÍSICO:- Os Espíritos Supe- riores aproveitam o descanso do corpo físico para nos oferecer ajuda. MARLENE NOBRE Página 4 OBSESSÃO E SUAS MÁSCA- RAS:- Para precaver-se, o ser humano precisa prestar atenção à natureza de seus próprios pensa- mentos e ideoplastias, MARLENE NOBRE Página 5 DAR-DE-DEDO:-Nem sempre o que é bom e correto para um, o é para outro. SÉRGIO LOURENÇO Página 6 A FORÇA DO TRABALHO DOS IDOSOS:-A grande verda- de é a de que estamos nos a- chando velhos muito cedo. JASON DE CAMARGO Página 7 UNIVERSALIDADE DA REEN- CARNAÇÃO:-No alvorecer do cristianismo, a reencarnação era normalmente aceita pelos seus mais eminentes teólogos e biblis- tas. JOSÉ R. CHAVES Página 8 INOCÊNCIA:- Veja Deus com olhos de uma criança e O encontre em toda parte. ALÉM DO HORIZONTE Página 9 CRIME E CASTIGO:- “Sofrimento é processo purifica- dor contra o qual será inútil a reação pela revolta ou através do desespero...SUELY CALDAS SHUBERT Página 10 SÓ OS INÚTEIS NÃO POSSU- EM ADVERSÁRIOS:- SUELY CALDAS SHUBERT PARA QUE SERVE UMA RELA- ÇÃO:- DRAUZIO VARELLA Página 11 E nganam-se aqueles que atribuem a Allan Kardec apenas o interesse científico e filosófico no Espiritismo. O Co- dificador, em todos os seus passos, dá níti- das demonstrações em contrário, alicerçando a no- vel doutrina no Evangelho de Jesus. Fala das vidas sucessivas E da renovação íntima. Exalta o raciocínio da fé E a submissão a Deus. Descortina o mundo espiritual E a vida futura. Desmistifica a morte E as penas eternas. Proclama o bom senso E o amor ao próximo. Disseca a mediunidade E a influência moral do médium. Cita as desavenças do passado E o perdão aos inimigos. Valoriza o progresso intelectual, Ressalva o primado da razão, E o poder da humildade. Explica as causas da dor E as bem-aventuranças dos aflitos... Allan Kardec imprime no Espiritismo a essên- cia de sua religiosidade que vem do passado longín- quo e se estende à reencarnação seguinte, quando o Mestre de Lyon veste a pele trigueira do medianei- ro humilde, comprometido, durante toda a existên- cia, com o evangelho do Cristo. Kardec e Jesus estão irmanados na obra redento- ra do Espírito. Jesus, anunciando a Boa Nova. Kar- dec, revelando o Consolador. ANDRÉ LUIZ Página psicografada pelo médium Dr. Antonio Baduy Filho, em reunião pública da Semana do Livro Espírita, na noite de 16-04-2004, em Ituiutaba -MG – Publicada no Anuário Espírita 2005 Editora Ide. KARDEC PROSSEGUE – ADELINO DA SILVEIRA O CONVIDADO MAIS IMPORTANTE:-Nenhuma ale- gria é maior que a de alguém que transforma um sonho em realida- de. RICHARD SIMONETTI Página 3 RECONCILIAÇÃO PELO ESPI- RITISMO:- O Espiritismo tem provado a sua benéfica influência, ao restabelecer a boa harmonia nas famílias ou entre os indivíduos. ALLAN KARDEC Página 2 NESTA EDIÇÃO
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ANO III N° 17 Maio / Junho de 2012
Candeia Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
KARDEC E JESUS
OBSESSÃO DURANTE O SO-
NO FÍSICO:- Os Espíritos Supe-
riores aproveitam o descanso do
corpo físico para nos oferecer
ajuda. MARLENE NOBRE
Página 4
OBSESSÃO E SUAS MÁSCA-
RAS:- Para precaver-se, o ser
humano precisa prestar atenção à
natureza de seus próprios pensa-
mentos e ideoplastias,
MARLENE NOBRE
Página 5
DAR-DE-DEDO:-Nem sempre o
que é bom e correto para um, o é
para outro. SÉRGIO LOURENÇO
Página 6
A FORÇA DO TRABALHO
DOS IDOSOS:-A grande verda-
de é a de que estamos nos a-
chando velhos muito cedo.
JASON DE CAMARGO
Página 7
UNIVERSALIDADE DA REEN-
CARNAÇÃO:-No alvorecer do
cristianismo, a reencarnação era
normalmente aceita pelos seus
mais eminentes teólogos e biblis-
tas. JOSÉ R. CHAVES Página 8
INOCÊNCIA:- Veja Deus com
olhos de uma criança e O
encontre em toda parte.
ALÉM DO HORIZONTE
Página 9
C R I M E E C A S T I G O : - “Sofrimento é processo purifica-
dor contra o qual será inútil a
reação pela revolta ou através do
desespero...SUELY CALDAS
SHUBERT Página 10
SÓ OS INÚTEIS NÃO POSSU-
EM ADVERSÁRIOS:- SUELY
CALDAS SHUBERT
PARA QUE SERVE UMA RELA-
ÇÃO:- DRAUZIO VARELLA
Página 11
E nganam-se aqueles que
atribuem a Allan Kardec apenas o interesse
científico e filosófico no Espiritismo. O Co-
dificador, em todos os seus passos, dá níti-
das demonstrações em contrário, alicerçando a no-
vel doutrina no Evangelho de Jesus. Fala das vidas sucessivas
E da renovação íntima.
Exalta o raciocínio da fé
E a submissão a Deus.
Descortina o mundo espiritual
E a vida futura.
Desmistifica a morte
E as penas eternas.
Proclama o bom senso
E o amor ao próximo.
Disseca a mediunidade
E a influência moral do médium.
Cita as desavenças do passado
E o perdão aos inimigos.
Valoriza o progresso intelectual,
Ressalva o primado da razão,
E o poder da humildade.
Explica as causas da dor
E as bem-aventuranças dos aflitos...
Allan Kardec imprime no Espiritismo a essên-
cia de sua religiosidade que vem do passado longín-
quo e se estende à reencarnação seguinte, quando o
Mestre de Lyon veste a pele trigueira do medianei-ro humilde, comprometido, durante toda a existên-
cia, com o evangelho do Cristo.
Kardec e Jesus estão irmanados na obra redento-
ra do Espírito. Jesus, anunciando a Boa Nova. Kar-
dec, revelando o Consolador. ANDRÉ LUIZ
Página psicografada pelo médium
Dr. Antonio Baduy Filho, em reunião pública da Semana
do Livro Espírita, na noite de 16-04-2004, em Ituiutaba
-MG – Publicada no Anuário Espírita 2005 Editora Ide.
KARDEC PROSSEGUE – ADELINO DA SILVEIRA
O CONVIDADO MAIS
IMPORTANTE:-Nenhuma ale-
gria é maior que a de alguém que
transforma um sonho em realida-
de. RICHARD SIMONETTI
Página 3
RECONCILIAÇÃO PELO ESPI-
RITISMO:- O Espiritismo tem
provado a sua benéfica influência,
ao restabelecer a boa harmonia
nas famílias ou entre os indivíduos.
ALLAN KARDEC
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NESTA EDIÇÃO
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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 17 Maio / Junho de 2012
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RECONCILIAÇÃO PELO ESPIRITISMO
M uitas vezes o Espiritismo tem provado a sua
benéfica influência, ao restabelecer a boa har-
monia nas famílias ou entre os indivíduos. Dis-
so temos numerosos exemplos, na maioria
casos íntimos que nos foram confiados, por assim dizer,
sob o selo da confissão, não nos cabendo, pois revelá-los. Já
não temos o mesmo escrúpulo para o fato seguinte, de ex-
traordinário interesse:
Um capitão de navio mercante do
Havre, que conhecemos pessoalmente, é, ao
mesmo tempo, excelente espírita e bom mé-
dium. Havia iniciado vários homens de sua
tripulação na Doutrina Espírita e só tinha
motivos para se felicitar pela ordem, discipli-
na e bom comportamento. Tinha a bordo
seu irmão de dezoito anos e um aprendiz de
piloto de dezenove, ambos bons médiuns,
animados de uma fé viva e que recebiam
com fervor e reconhecimento os sábios con-
selhos de seus Espíritos protetores. Uma
noite, porém, entraram em contenda; das
palavras foram às vias de fato, de sorte que
marcaram um encontro para a manhã seguin-
te, a fim de se baterem num canto qualquer
da embarcação. Tomada a decisão, separaram-se. À noite
sentiram vontade de escrever e, de seu lado, cada qual re-
cebeu dos guias invisíveis uma severa admoestação sobre a
futilidade de sua discussão e conselhos sobre a felicidade da
amizade, com um convite para se reconciliarem, sem pre-
conceitos. Movidos pelo mesmo sentimento, os dois jovens
deixaram simultaneamente seu lugar e vieram chorando
lançar-se nos braços um do outro. A partir daí, nenhuma
nuvem veio turvar a harmonia entre eles.
Foi o próprio capitão que fez o relato. Vimos
o seu caderno de comunicações espíritas, bem como
a caderneta dos dois jovens, de onde extraímos o
que acabamos de relatar.
O caso da reconciliação sugere-nos as seguin-
tes reflexões:
Um dos resultados do Espiritismo –bem com-
preendido – chamamos a atenção para a expressão:
bem compreendido – é desenvolver o sentimento de
caridade.
Mas, como se sabe, a própria caridade tem uma
acepção muito ampla, desde a simples esmola até o
amor aos inimigos, que é o supra-sumo da caridade.
Pode-se dizer que ela resume todos os nobres impul-
sos da alma para com o próximo. O verdadeiro espí-
rita, como o verdadeiro cristão, pode ter inimigos –
não os teve o Cristo? – mas não é inimigo de nin-
guém, pois está sempre disposto a perdoar e a pagar
o mal com o bem. Se dois espíritas verdadeiros ou-
trora tiveram tido motivos para recíproca animosida-
de, sua reconciliação será fácil, porque o ofendido
esquece a ofensa e o ofensor reconhece a falta. Des-
de então não mais querelas, porquanto serão indul-
gentes entre si e farão muitas con-
cessões. Nenhum deles procurará
impor ao outro um perdão humi-
lhante, que irrita e fere em vez de
acalmar.
Se em tais condições, dois indiví-
duos podem viver em boa harmoni-
a, o maior número também o pode.
E, então, serão tão felizes quanto é
possível sê-lo na Terra, porque a
maior parte de nossas tribulações
surge do contato com os maus.
Suponhamos uma nação inteira im-
buída de tais princípios: não será a
mais feliz do mundo? Aquilo que
apenas é possível para os indivíduos
– dirão uns – é utopia para as massas, a não ser que
ocorra um milagre. Pois bem! O Espiritismo já ope-
rou esse milagre, várias vezes, em escala menor, nas
famílias desunidas, onde restabeleceu a paz e a con-
córdia. O futuro provará que o pode fazer em gran-
de escala.
ALLAN KARDEC – REVISTA ESPÍRITA – 1862 – FEB
612 – O Espírito que animou o corpo de um homem poderia encarnar num animal?
-Isso seria retrogradar e o Espírito não retrograda.O rio não remonta à sua fonte
O Espíritos, à medida que avançam, compreendem o que os distancia da perfeição. Quando o Espírito
finda uma prova, fica com o conhecimento que não esquece mais. Pode permanecer estacionado, mas
não retrograda.(118)
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conforto, aconchego, paz, carinho...
Por isso é natural que nos olhos dos que se con-
sorciam brilhe uma chama inconfundível: a esperança de
que as alegrias desse dia sejam apenas as primícias de uma
felicidade completa que se estenda, imperecível, por toda
a existência.
-Quimeras! – dirá alguém...
- Utopia! – acrescentarão outros...
E os profetas do pessimismo proclamarão, certa-
mente, que após a embriaguez dos primeiros tempos, res-
tará na taça matrimonial apenas o amargo sabor da insa-
tisfação e da desarmonia.
É verdade! O vinho capitoso das primeiras alegrias
matrimoniais é escasso, tanto quanto são numerosos os
casais que perguntam, amargurados:
- O que está acontecendo conosco? Onde se es-
condeu a felicidade inicial? Que é feito da paz doméstica?
Por que tantos espinhos sucederam às flores?...
É que faltou alguém...Esqueceram de convidar o Cris-
to!
Somente Jesus é capaz de transubstanciar indefinida-
mente a água em vinho, a rotina em interesse, a incom-
preensão em entendimento, a intranqüilidade em paz, os
espinhos em flores, as lágrimas em sorrisos, as dores em
alegrias...
Em Seu ensinamento está o espírito renovador de
nossas mais caras emoções. É Ele o divino elixir que es-
treita os laços da afetividade, preservando a paz domésti-
ca, o tônico infalível para todas as fraquezas, o remédio
certo para todas as dores, o recurso supremo para todos
os males.
O Evangelho, muito mais que repositório de conso-
los e bênção, é uma síntese perfeita das leis divinas que
regem a evolução moral da Humanidade, recurso indis-
pensável para uma convivência pacífica e feliz em qualquer
agrupamento humano, principalmente no lar, onde se
rompe com facilidade o verniz social, revelando tendên-
cias e imperfeições não compatíveis com nossa condição
de filhos de Deus.
Indispensável em qualquer matrimônio, a presença
de Jesus não se subordina a mero cerimonial regido por
oficiante. Este, não obstante sua boa vontade jamais pode-
rá substituir o esforço intransferível dos nubentes, aco-
lhendo o Cristo na intimidade do próprio coração com a
disposição de observar Seus exemplos e seguir Suas li-
ções.
Então, sim, o convidado mais importante será a
presença marcante em suas vidas, sustentando imorre-
doura ventura.
EM BUSCA DO HOMEM NOVO
H ouve um casamento em Caná da Galiléia
ao qual compareceram Jesus e sua mãe. Por circuns-
tâncias imprevistas e para vexame dos donos da casa,
esgotou-se rapidamente o vinho.
Jesus, a quem não passavam despercebidos os
murmúrios de geral descontentamento e atendendo
observação de Maria, pediu aos criados que enches-
sem d’água seis grandes talhas de pedra. Feito isso,
recomendou que a levassem ao “mestre de mesa”,
organizador da festa matrimonial. Este após prová-la,
admirou-se e, chamando o noivo, disse-lhe:
“Todos servem primeiro o vinho melhor e,
quando os convidados beberam fartamente, ser-
vem o inferior. Tu, pelo contrário, guardaste o vi-
nho bom até este momento!”
O noivo, naturalmente terá ficado atônito, sem
compreender o que se passava, mas graças a extraor-
dinária transubstanciação operada por Jesus a festa
não fora comprometida.
O episódio relatado pelo evangelista João é
mais uma amostragem dos extraordinários poderes de
Jesus. Mais importante é o conteúdo simbólico, de
suma importância em relação ao instituto do casamen-
to.
Nenhuma alegria é maior que a de alguém que
transforma um sonho em realidade. Nenhum sonho é
mais belo nem mais caro às criaturas do que o matri-
mônio, instituição sagrada que ratifica perante Deus e
os homens os elos sublimes do Amor, a unir duas par-
tes que se completam: O Homem e a Mulher, o cére-
bro e o coração, a razão e o sentimento, a força e a
sensibilidade, num amálgama abençoado que opera um
dos mais notáveis prodígios da existência: transforma
as paredes frias de uma casa no lar, sinônimo de
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O CONVIDADO MAIS IMPORTANTE
RICHARD SIMONETTI
( João, 2: 1-10)
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OBSESSÃO DURANTE
O SONO FÍSICO
A pequena parcela de seres humanos que já se
apercebeu da contínua comunicação entre os
Espíritos e dos aspectos nefastos que ela po-
de assumir, ainda não está suficientemente
desperta para a necessidade de vigilância nos estados
passivos. Por isso, a meditação e o sono físico, comu-
mente, são portas abertas para a recepção de pensa-
mentos sugeridos por Inteligências desencarnadas, que
nem sempre querem a nossa felicidade espiritual, enre-
dando-nos na obsessão.
No livro Libertação, durante a missão que desen-
volvem nas regiões infernais para salvar Gregório, An-
dré Luiz e Eloi, sob a tutela de Gúbio, observaram o
intenso intercâmbio entre encarnados e desencarnados,
no período dedicado ao sono físico.
Gúbio esclareceu: A determinadas horas da
noite, três quartas partes da população de cada um
dos hemisférios da Crosta Terrestre se acham nas
zonas de contato conosco, e a maior percentagem
desses semi-libertos do corpo, pela influência natu-
ral do sono, permanecem detidos nos círculos de
baixa vibração, qual este em que nos movimenta-
mos provisoriamente. Por aqui muitas vezes se for-
jam dolorosos dramas que se desenrolam nos cam-
pos da carne.
Somos informados, então, que os grandes crimes
que ocorrem na Terra são planejados à noite, nessas
regiões infelizes, e que acontecimentos muito mais es-
tarrecedores poderiam ocorrer, se não fosse o trabalho
ativo dos Espíritos protetores que se desvelam em be-
nefício da humanidade.
Ao lermos essa passagem, lembramo-nos dos
filmes de violência gratuita, dos personagens monstruo-
sos, que apresentam enormes deformações de caráter;
as cenas de deboche, com evidente desvirtuamento do
emprego do sexo, e ficamos com a convicção de que
muitos diretores, artistas e produtores de cinema de-