PELO PROF. NUNO CERDEIRA Licenciado em Educação Física e Desporto pelo Instituto Superior da Maia; Formador da Academia Holmes Place Health Clubs; Dire- tor Técnico, Master Trainer, Coor- denador Peso Vital e Personal Trai- ner no HP Arrábida; Practioner de PNL; Coacher. SE COMPROU ESTA REVISTA, FAÇA COM QUE O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS A LEIA. ESTE ARTIGO É DE LEITURA OBRIGATÓRIA PARA TODOS, POIS É UM TEMA TRANSVERSAL A TODAS AS FAMÍLIAS. CANCRO. A PALAVRA DESPERTA RECEIO. O TEMOR ESCONDIDO DE PODERMOS VIVENCIAR ESTE DRAMA PERTO DE NÓS. NO ÂMBITO DO EXERCÍCIO FÍSICO, SERÁ ESTE UM COADJUVANTE TERAPÊUTICO? OU SERVIRÁ APENAS PARA CANSAR AINDA MAIS UM INDIVÍDUO JÁ EXAUSTO, DERIVADO AOS TRATAMENTOS A QUE ESTÁ SUJEITO? É SOBRE ISTO QUE NOS DEBRUÇAREMOS NESTAS PÁGINAS. Cancro e ex ercício físico São compatíveis? DE FORMA SIMPLES, podemos dizer que o cancro é o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos, poden- do espalhar-se a outras regiões do corpo (metástases). Existem dois tipos de tumores: 4TUMOR BENIGNO: massa localizada de células que se multiplicam vagarosamen- te e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida. 4TUMOR MALIGNO: células muito agressivas e incontroláveis, que se dividem rapidamente. São raros os casos de cancros que se devem exclusivamente a fatores hereditários, apesar de o fator genético exercer um impor- tante papel no seu aparecimento. Alguns tipos de cancro de mama, estômago e intes- tino parecem ter um forte componente fami- liar, embora não se possa afastar a hipótese de exposição dos membros da família a uma causa comum. Por isso, preste muita atenção ao que vai ler: acredita-se que 80 a 90% dos cancros são devido a fatores externos! Já pensou bem que tem nas suas mãos uma grande possibilidade de nunca sofrer deste mal? E não, não é preciso fazer vida de santo para que isso suceda. É só gostar um pouco mais de si (ver caixa). EXERCÍCIO FÍSICO DURANTE O TRATAMENTO? Muitos pacientes em fase de tratamen- to poderão dizer que estamos loucos ao propormos para fazer exercício físico. De facto, os tratamentos, em geral, provo- cam um nível de exaustão brutal. Além disso, durante os tratamentos, devido à grande fadiga, os indivíduos tendem a manter-se mais inativos, ori- ginando, por consequência, uma redução da capacidade cardiorrespiratória e da massa óssea, atrofia muscular, alterações na sensibilidade à insulina e na função digestiva e imunitária (ver caixa). Também por isso, muitos doentes oncoló- gicos interrogam-se sobre os benefícios do exercício físico como coadjuvante terapêuti- co. A opinião dos especialistas é perentória: se já se sabia que a prática desportiva tem uma relação positiva com a prevenção de alguns tipos de tumores, agora é possível afirmar, à luz de novos estudos, que o exer- cício físico tem efeitos muito benéficos na ajuda ao tratamento, inclusive durante as fases de quimioterapia ou radioterapia. Um programa de exercício físico durante e após a terapia do cancro pode amenizar [ SAÚDE FITNESS ] > SETEMBRO 2012 < 2 > SETEMBRO 2012 < 3