0 FACULDADE OBJETIVO O CANAL DO PANAMÁ JOSIMAR DA SILVA LUCAS GOIÂNIA – GOIÁS JUNHO/2013
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FACULDADE OBJETIVO
O CANAL DO PANAMÁ
JOSIMAR DA SILVA LUCAS
GOIÂNIA – GOIÁSJUNHO/2013
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FACULDADE OBJETIVO
O CANAL DO PANAMÁ
Trabalho apresentado como parte integranteda disciplina de Atividades PráticasSupervisionadas (APS), no curso deBacharelado em Engenharia Elétrica.
GOIÂNIA – GOIÁSJUNHO/2013
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................. 3
1. O CANAL DO PANAMÁ............................................................. 41.1 IMPORTÂNCIA DA OBRA........................................................... 41.2 ETAPAS CONSTRUTIVAS.......................................................... 41.3 OPERAÇÃO ................................................................................ 7
2. OUTROS DETALHES................................................................. 92.1 PERÍODO PÓS-CONSTRUÇÃO ............................................... 9
2.2 INAUGURAÇÃO......................................................................... 92.3 NOVO CANAL........................................................................... 102.4 CESSÃO DO CANAL DO PANAMÁ.......................................... 10
3. CONCLUSÃO........................................................................... 12
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................ 13
5. ANEXOS................................................................................... 14
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INTRODUÇÃO
Localizado no istmo do Panamá, na América Central, é
construído entre 1908 e 1914 para ligar os oceanos Atlântico e Pacífico.Como o istmo é a parte mais estreita do continente americano, desde
1534, sob o reinado do imperador espanhol Carlos V, existe a ideia de
construir o canal. Em 1879, o francês Ferdinand de Lesseps, que abriu o
Canal de Suez, inicia os trabalhos no Panamá.
A travessia do Canal do Panamá é feita por três comportas. Onde
a água funciona como um elevador. Vindo do Atlântico, por exemplo, o
navio entre na comporta, com a água no mesmo nível do oceano. Os
portões são fechados e as válvulas de enchimento abertas. A água entra
através de poços do piso, elevando o navio 26 metros, até o nível do
Lago de Gatun. As válvulas são fechadas e os portões superiores
abertos. O navio sai da comporta para o lago. E segue para as outras
comportas, onde acontece o processo inverso de descida até o nível do
oceano Pacífico.
Quando o canal entrou em atividade em 15 de Agosto de 1914,
era uma maravilha tecnológica. Uma complexa série de eclusas permitia
até mesmo a passagem dos maiores navios. O canal foi um trunfo
estratégico e militar importantíssimo para os Estados Unidos, e
revolucionou os padrões de transporte marítimo.
O Presente trabalho tem como objetivo um melhor conhecimento
de como era a engenharia na época do início da construção do canal do
Panamá relacionada com a dos dias atuais, as etapas construtivas e a
importância de um dos maiores projetos de engenharia de todo o
mundo.
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1.CANAL DO PANAMÁ
1.1 IMPORTÂNCIA DA OBRA
O canal do Panamá encontra-se localizado no istmo do Panamá,que é um país com território situado ao sul da América Central, esse
canal tem como objetivo unir o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico,
tem uma extensão de 80 km. O canal tem uma grande importância no
fluxo marítimo internacional, que hoje corresponde a 4% do comércio
mundial, por ano passam pelo canal cerca de 13 mil navios. Para
transpor o desnível entre os oceanos, foram construídos 3 sistemas decomportas. As receitas geradas pelos tributos sobre a carga
transportada representam 25% das riquezas do país. As principais
trajetórias saem do litoral leste norte-americano com destino,
principalmente, à costa oeste da América do Sul, há também o fluxo de
origem europeia para a costa oeste dos EUA e do Canadá.
1.2 ETAPAS CONSTRUTIVAS
Em 1878, o francês Ferdinand de Lesseps, construtor do canal de
Suez, obteve uma concessão do governo da Colômbia, a quem a região
pertencia à época, autorizando a sua companhia a iniciar as obras de
abertura do canal.
O projeto de Lesseps constituía-se na abertura de um canal ao
nível do mar. Entretanto, na prática, os seus engenheiros nunca
conseguiram uma solução prática para o problema do curso do rio
Chagres, que atravessava em diversos pontos o traçado projetado para
o canal. Além disso, a abertura deste ao nível do mar, implicava na
completa drenagem daquele rio, um desafio para a engenharia da
época. As obras iniciaram-se em 1880, com base na experiência de
Suez. Entretanto, as diferenças de tipo de terreno, relevo e clima
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constituíram-se em desafios consideráveis. Chuvas torrenciais,
enchentes, desmoronamentos e altíssimas taxas de mortalidade de
trabalhadores devido a doenças tropicais, nomeadamente a malária e afebre amarela, causaram demoras imprevistas no projeto original. Em
1885, o plano inicial de um canal ao nível do mar foi alterado, passando
a incluir uma comporta. Entretanto, após quatro anos de investimentos e
trabalho, a companhia veio a falir.
O presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt estava
convencido de que os Estados Unidos podiam terminar o projeto, e
reconheceu que o controle estado-unidense da passagem do Atlântico
ao Pacífico seria de uma importância militar e econômica considerável.
O Panamá fazia então parte da Colômbia, de modo que Roosevelt
começou as negociações com os colombianos para obter a permissão
necessária. No início de 1903, o Tratado Hay-Herran foi assinado pelos
dois países, mas o Senado colombiano não o ratificou. No que foi então,
e ainda hoje é, um movimento polêmico, Roosevelt deu a entender aos
rebeldes panamenhos que, se eles se revoltassem contra a Colômbia, a
marinha estado-unidense apoiaria a causa de independência
panamenha.
O Panamá acabou por proclamar sua independência em 3 de
Novembro de 1903, e a canhoneira U.S.S. Nashville, em águas
panamenhas, impediu toda e qualquer interferência colombiana.
Quando as lutas começaram, Roosevelt ordenou à Marinha estado-
unidense estacionar navios de guerra perto da costa panamenha para
"exercícios de treinamento". Muitos argumentam que o medo de uma
guerra contra os Estados Unidos obrigou os colombianos a evitarem
uma oposição séria ao movimento de independência. Os panamenhos
vitoriosos devolveram o favor a Roosevelt permitindo aos EstadosUnidos o controle da Zona do canal do Panamá em 23 de Fevereiro de
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1904 por US$ 10 milhões e de uma renda anual de 250 mil dólares a
partir de 1913.
O primeiro engenheiro-chefe do projeto foi John Findlay Wallace.Prejudicado pelas doenças e pela escassa organização, sem condições
de trabalho, acabou por se demitir após um ano.
O segundo engenheiro-chefe, John Stevens, optou pela
construção de um canal com eclusas, propondo-se a controlar o curso
do rio Chagres por meio de um aterro de grandes dimensões, formando
uma barragem em Gatún. O lago artificial assim formado não apenas
forneceria a água e a energia elétrica necessários à operação das
eclusas, como também constituiria uma via líquida, que cobriria um terço
da distância no istmo. Stevens conseguiu construir a maior parte da
infraestrutura necessária para as obras, incluindo a construção de casas
para os trabalhadores, a reconstrução da ferrovia do Panamá destinada
ao transporte de carga pesada e o projeto de um método eficiente de
remoção de entulho decorrente do desmonte de rochas pela ferrovia.
Viria a demitir-se, por sua vez, em 1907.
Nesta etapa, o grande sucesso dos EUA foi a erradicação do
mosquito transmissor da febre amarela, que havia vitimado cerca de
vinte mil trabalhadores franceses. Com base nos trabalhos do médico
cubano Juan Carlos Finlay, Walter Reed havia descoberto em Cuba,
durante a Guerra Hispano-Americana, que a doença era transmitida por
mosquitos. Desse modo, as novas medidas sanitárias introduzidas pelo
Dr. William C. Gorgas eliminaram a febre amarela em 1905 e
melhoraram as condições de higiene e trabalho.
O terceiro e último engenheiro-chefe foi o coronel George
Washington Goethals. Sob a sua direcção, os trabalhos de engenharia
foram divididos entre a construção de represas, de eclusas e de lagos
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em ambos os lados, e o grande trabalho de escavação através da falha
continental em Culebra.
1.3 OPERAÇÃO
O canal possui quatro grupos de eclusas no lado do Pacífico e
outro no lado do Atlântico. Neste último, as portas maciças de aço das
eclusas triplas de Gatún têm 140 metros de altura e pesam 745
toneladas cada uma, mas são tão bem contrabalançadas que um motor
de 56 kW é suficiente para abri-las e reabri-las. O lago Gatún, que fica a
26 metros acima do nível do mar, é alimentado pelo rio Chagres, onde
foi construída uma barragem para a formação do lago. Do lago Gatún, o
canal passa pela falha de Gaillard e desce em direção ao Pacífico,
primeiramente através de um conjunto de eclusas em Pedro Miguel, no
lago Miraflores, a 16,5 metros acima do nível do mar, e depois, através
de um conjunto duplo de eclusas em Miraflores. Todas as eclusas do
canal são duplas, de modo que os barcos possam passar nas duas
direções. Os navios são dirigidos ao interior das eclusas por pequenos
aparelhos ferroviários. O lado do Pacífico é 24 centímetros mais alto do
que o lado do Atlântico, e tem marés muito mais altas.
Toda a operação do Canal do Panamá está sustentada pelas
reservas de água de sua bacia hidrográfica, a qual contribuem
numerosos rios. Para manter essas fontes fluviais, a via aquática está
situada dentro de uma zona selvagem protegida de 16 quilômetros de
largura, que corre ao longo dos 80 quilômetros de extensão da
extremidade dos canais. Há vários locais nesta região onde se pode
observar a abundante biodiversidade da floresta tropical chuvosa, entre
eles o Parque Nacional Soberania, a Estrada do Oleoducto, o Jardim
Botânico Summit, a ilha de Barro Colorado, a Estrada El Charco, a
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Estrada Caminho de Cruzes, a Estrada da Laguna e o Parque Nacional
Chagres.
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2. OUTROS DETALHES
2.1 PERÍODO PRÉ CONSTRUÇÃO
A importância deste canal, é de vital importância para o comérciomundial, justifica a presença de um forte continente militar norte-
americano numa base sediada no Panamá.
Desde então se inicia o comércio marítimo na região do canal,
intensificando os laços entre os Estados Unidos e o Panamá, que
conviveram pacificamente até a década de 50, com a administração
militar norte-americana na Zona do Canal.
O Canal do Panamá é o local mais visitado do país. O turista
dispõe de diversas formas para se acercar a este prodígio da
engenharia, mas provavelmente o Centro de Visitantes das eclusas de
Miraflores é o mais utilizado. No local há uma cômoda arquibancada da
qual se observa bem de perto toda a operação do Canal, desde quando
o barco se aproxima do oceano e entra nas eclusas para iniciar a
travessia. O lugar conta também com um museu que mostra a história
do Canal e seu funcionamento, uma sala de vídeo, uma maquete do
Canal, peças históricas da maquinaria utilizada na construção da via
aquática, além de um restaurante no terraço do edifício.
2.2 INAUGURAÇÃO
Após dez anos de trabalho e da escavação de um volume de
material quase quatro vezes maior do que o inicialmente projetado, o
canal foi finalmente concluído a 10 de Outubro de 1913, com a presença
do presidente estadunidense Woodrow Wilson, que naquela data
apertou o botão para a explosão do dique de Gamboa. Diversos
trabalhadores das Índias Ocidentais trabalharam no canal, e a sua
mortalidade oficial elevou-se a 5.609 mortos.
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Concluídas as obras complementares, quando o canal entrou
finalmente em atividade, a 15 de Agosto de 1914, constituía-se numa
maravilha tecnológica. A complexa série de eclusas permitia até mesmoa passagem dos maiores navios de sua época. O canal foi um triunfo
estratégico e militar importantíssimo para os Estados Unidos, e
revolucionou os padrões de transporte marítimo.
Os Estados Unidos usaram o canal durante a Segunda Guerra
Mundial para revitalizar sua frota militar devastada no Pacífico, após o
ataque a Pearl Harbour em 7 de novembro de 1941. Alguns dos maiores
navios que os Estados Unidos tiveram que enviar pelo canal foram
porta-aviões, em particular o USS Essex. Estes eram tão largos que,
apesar de as eclusas poderem contê-los, os postes de luz que ladeiam o
canal tiveram que ser removidos para que pudessem passar.
Atualmente, os maiores navios que podem atravessar o canal são
conhecidos como Panamax.
2.3 NOVO CANAL
Está em curso um projeto de ampliação do canal do Panamá,
com a construção de uma nova hidrovia, que permitirá a passagem de
navios muito maiores que os atuais, serão chamados: post-panamax.
Segundo o projeto o Novo Canal do Panamá será inaugurado durante
as festividades dos 100 anos do primeiro canal.
2.4 CESSÃO DO CANAL AO PANAMÁ
O canal e a Zona do Canal em torno foram administrados pelos
Estados Unidos até 1999, quando o controle foi passado ao Panamá,
como previsto pelos Tratados Torrijos-Carter, assinados em 7 de
setembro de 1977, nos quais o presidente dos estados-unidos JimmyCarter cede aos pedidos de controle dos panamenhos. Os tratados
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previam uma passagem gradual do controle aos panamenhos, que se
terminou pelo controle total do canal pelo Panamá em 31 de Dezembro
de 1999.O Panamá tem, desde então, melhorado o Canal, quebrando
recordes de tráfego, financeiros e de segurança ano após ano. O Canal
do Panamá foi declarado uma das Sete maravilhas do Mundo Moderno
pela Sociedade estado-unidense de engenheiros civis.
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3. CONCLUSÃO
Concluímos que o Canal do Panamá é a hidrovia mais importante
do mundo, ligando através de 82 km de extensão os oceanos Atlântico ePacífico.
Atualmente, o Canal do Panamá é a principal via de navegação
entre os dois oceanos por onde passam cerca de 12 mil navios por ano
de todos os tipos. O canal funciona através de um sistema de eclusas
para compensar a diferença de altitude entre o Atlântico e o Pacífico e
entre estes e o Lago Gatun que fica bem no meio do canal e é o ponto
de maior altitude.
Portanto, sua história envolveu diversos interesses econômicos,
políticos e territoriais, tendo como principais atores a Inglaterra, a França
e os Estados Unidos, além do próprio Panamá e da Colômbia, de quem
o primeiro conseguiu sua independência com forte ajuda norte-
americana, em troca da construção e administração do canal, só
devolvida ao Panamá em 1999.
O Panamá tem, desde então, melhorado o Canal, quebrando
recordes de tráfego, financeiros e de segurança ano após ano.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.pancanal.com/esp/history/murals/index.htmlhttp://www.visitpanama.com/index.php?option=com_k2&view=latest&lay
out=latest&Itemid=434&lang=pt
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5. ANEXOS