UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CÂMPUS DE JABOTICABAL FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE unesp Ecotoxicologia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacional 11a. Aula - Engenharia de segurança na aplicação de agrotóxicos: Ocorrência das intoxicações e Exposição ocupacional. Métodos de avaliação da exposição Dr. Joaquim Gonçalves Machado Neto Prof. Titular - Responsável pela Disciplina – Out/2018
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTACÂMPUS DE JABOTICABAL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE
unesp
Ecotoxicologia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacional
11a. Aula - Engenharia de segurança na aplicação de agrotóxicos: Ocorrência das
intoxicações e Exposição ocupacional. Métodos de avaliação da exposição
Dr. Joaquim Gonçalves Machado Neto
Prof. Titular - Responsável pela Disciplina – Out/2018
11ª AULA - SEGURANÇA NO TRABALHO COM OS AGROTÓXICOS
1. Introdução
2. Ocorrência das intoxicações com os agrotóxicos
3. Causas das intoxicações
4. Cálculos do risco de intoxicação e da seg. das condições de trabalho.
5. Classificação das condições de trabalho pela segurança
6. Métodos de avaliação da exposição ocupacional aos agrotóxicos
PRÁTICA: Demonstração de métodos de avaliação de exposições
ocupacionais aos agrotóxicos.
NR 31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA ,SILVICULTURA,
EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA?
Obrigatória para as empresas que têm CNAE NOS GRUPOS:
A = AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA E EXPLORAÇÃO FLORESTAL
A - 01 = Agricultura, Pecuária e Serviços relacionados com essas atividades.
A- 02 = Silvicultura, Exploração Florestal e Serviços relacionados com estas atividades
B = PESCA
B - 05 = Pesca, Aquicultura e Atividades dos Serviços relacionados com estas atividades
B = 0512-6 Aquicultura
POR QUE OS AGRICULTORES TÊM QUE ATENDER A NORMA REGULAMENTADORA N° 31 ?
- Fazer a gestão da segurança, saúde e meio ambiente do trabalho com os agrotóxicos.
- Atender às auditorias do Ministério do Trabalho.
- Defesa em ações trabalhistas na Justiça do Trabalho. Fiscal do Trabalho
O QUE FAZER?
COMO FAZER?
QUANDO FAZER?
SEGURANÇA DO TRABALHO
DEFINIÇÃO:
É um conjunto de MEDIDAS TÉCNICAS, ADMINISTRATIVAS, EDUCACIO-
NAIS, MÉDICAS E PSICOLÓGiCAS aplicadas para PREVENIR ACIDENTES nas
atividades laborais.
Essas medidas têm por finalidade EVITAR A CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES
INSEGURAS E CORRIGI-LAS, quando existentes nos locais ou meios de
trabalho, bem como PREPARAR AS PESSOAS PARA A PRÁTICA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES (ZÓCCHIO, 1980).
SEGURANÇA DO TRABALHO SÃO OS MEIOS PREVENTIVOS, E
PREVENÇÃO DOS ACIDENTES É O FIM A QUE SE DESEJA CHEGAR.
TOXICOLOGIA
dos Agro-
tóxicos
SEGURANÇA
NO
TRABALHO
AGRONOMIA
Fitossanidade e
Tecnologia de
aplicação Segurança no
Trabalho com
Agrotóxicos
INTERFACES DE CONHECIMENTOS DAS TRÊS GRANDES CIÊNCIAS
QUE SUPORTAM A SEGURANÇA NO TRABALHO COM
AGROTÓXICOS
CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO
HOMEM
ACIDENTE
CAUSAS
INDIRETAS
MEIO
FATORES
PESSOAIS
FATORES
MATERIAIS
CAUSAS
DIRETAS
ATOS DE
BAIXO PADRÃO
ATOS INSEGUROS
CONDIÇÕES
INSEGURAS
CAUSAS INDIRETAS
Desconhecimento do Risco
Treinamento inadequado
Falta de aptidão
Incapacidade física
Atitudes impróprias
FATORES PESSOAIS
FATORES MATERIAIS
Risco inerente ao trabalho
Ex: toxicidade dos agrotóxicos.
Máq./equip./ferramentas Inadequados
Equip. segurança inadequados
Ex.: EPIS da indústria para uso nas condições
de campo.
CAUSAS INDIRETAS
Maneira com se expõe ao risco.
Uso de máq. e equipamentos sem habilitação
Improvisação e mau uso de equipamentos
NÃO USO DE EPIs
ATOS DE BAIXO PADRÃO
ATOS INSEGUROS
CAUSAS DIRETAS
CAUSAS DIRETAS
Põe em risco a integridade física, a saúde e
a segurança das instalações.
Falta de proteção em máquinas e equipamentos.
Proteção inadequada ou deficiente
FALTA DE EPIs
CONDIÇÕES INSEGURAS
CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO
HOMEM
ACIDENTE
CAUSAS
INDIRETAS
MEIO
FATORES
PESSOAIS
FATORES
MATERIAIS
CAUSAS
DIRETAS
ATOS DE
BAIXO PADRÃO
ATOS INSEGUROS
CONDIÇÕES
INSEGURAS
IMPORTÂNCIA DAS VIAS DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
AOS AGROTÓXICOS
EXPOSIÇÃO TOTAL
• VIA DÉRMICA
• Exposição Dérmica : 99 %
• VIA RESPIRATÓRIA
• Exposição Respiratória: < 1 %
• VIA ORAL
- saliva contaminada,
- salpicos de líquidos,
- desentupir bicos com a boca,
-beber, fumar, comer.
INTOXICAÇÃO
Manifestação clínica e/ou laboratorial de efeitos adversos que se revelam
num estado patológico, ocasionado pela interação entre o agente tóxico e o
organismo vivo.
EXPOSIÇÃO
TOXICIDADE
RISCO DE
INTOXICAÇÃO
RISCO DE INTOXICAÇÃO COM AGROTÓXICOS
(f) - Toxicidade
- Exposição
- Probabilidade da Exposição
Causar Efeito Tóxicos
DURHAM & WOLFE (1962)
Dose Tóxica (DL50 dérm x 70 kg) Risco de 100 % de Intox.
[E.D. + (E.R. x 10)] (mg/h) Risco Atual (%DT/ h )
[E.D. + (E.R. x 10)] (mg/h)
Risco (%DT/h) = x 100(DL50 dérmica x 70 ) (mg/kg x kg)
TOXICIDADE EXPOSIÇÃO RISCO
ALTA (< DL50) ALTA ALTO
ALTA (< DL50) baixa baixo
Baixa (> DL50) ALTA ALTO
Baixa >< DL50) baixa baixo
FONTE: DALDIN & SANTIAGO (2003)
TOXICIDADE EXPOSIÇÃO RISCO
ALTA (< DL50) ALTA ALTO
ALTA (< DL50) Baixa baixo
Baixa (> DL50) ALTA ALTO
Baixa (> DL50) Baixa Baixo
FONTE: DALDIN & SANTIAGO (2003)
RISCO DE INTOXICAÇÃO COM AGROTÓXICOS
(f) - Toxicidade
- Exposição
- Probabilidade da Exposição
Causar Efeito Tóxicos
DURHAM & WOLFE (1962)
Dose Tóxica (DL50 dérm x 70 kg) Risco de 100 % de Intox.
[E.D. + (E.R. x 10)] (mg/h) Risco Atual (%DT/ h )
[E.D. + (E.R. x 10)] (mg/h)
Risco (%DT/h) = x 100(DL50 dérmica x 70 ) (mg/kg x kg)
Importância das vias de exposição
ocupacional aos agrotóxicos
Exposição das principais vias de absorção no corpo do tratorista aplicando agrotóxicos
em citros com o pulverizador turbo-atomizador. (Adaptado de Wolfe et al., 1972).
Agrotóxicos % na
calda
Exp. dérmica Exp. Respiratória
mg/h % / total mg/h % / total
endosulfan 0,06 24,7 99,9 0,02 0,1
etion 0,06 44,2 99,9 0,04 0,1
morestan 0,03 23,7 99,9 0,02 0,1
binapacril 0,03 29,6 99,8 0,07 0,2
dicofol 0,06 30,5 99,8 0,05 0,2
tetradifon 0,03 36,4 99,8 0,07 0,2
carbofenotion 0,03 41,3 99,7 0,11 0,3
diazinon 0,06 23,4 99,7 0,06 0,3
ATIVIDADES
EXPOSIÇÃO (mg/h)
RISCO
%DT/hDÉRMICA RESPIRATÓRIA
- ABASTECIMENTO
TANQUE DO AVIÃO73,0 0,15 44,2
- PILOTANDO O
AVIÃO24,0 0,17 15,4
- BANDEIRAMENTO 16,0 0,07 10,2
RISCO DE INTOXICAÇÃO OCUPACIONAL COM
AGROTÓXICOS
Exposições dérmica, respiratória e risco de intoxicação (% D.T./h) dos traba-
lhadores em diferentes atividades da aplicação aérea de TEPP (pó a 1% i.a.)