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FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo, Zilda Monteiro, Catarina Duarte, Cristiana Dias e Patrícia Teixeira PAGINAÇÃO Grupo Media Centro DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: [email protected] SEXTA-FEIRA, 23 DE JULHO 2021 | N.º 318 | ANO 1 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL VESPERTINO DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 16:00 / 17:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL 32 PÁGINAS De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias CINCO ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA NOS JOGOS OLÍMPICOS
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campeao digital 318

Jun 29, 2022

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FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo, Zilda Monteiro, Catarina Duarte, Cristiana Dias e Patrícia Teixeira PAGINAÇÃO Grupo Media Centro

DIRECTOR LINO VINHALwww.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: [email protected]

SEXTA-FEIRA, 23 DE JULHO 2021 | N.º 318 | ANO 1 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

VESPERTINO

DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 16:00 / 17:00 HORAS

EDIÇÃODIGITAL32 PÁGINAS

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a

na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA!

Pode também encontrar o link de ligação

no Facebook do Campeão em

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CINCO ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

NOS JOGOS OLÍMPICOS

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Cinco estudantes-atletas da Universidade de Coimbra (UC) vão participar nos Jogos Olímpicos e Jogos Paralímpicos de Tóquio

2020, que decorrem na capital japonesa a partir desta sexta-feira (23).

Esta é uma prova da afirmação da instituição como casa do desporto universitário nacional, fomentando assim o que a UC tem feito nos do-mínios do desporto.

Catarina Costa (judo / Faculdade de Medici-na), Gabriel Lopes (natação / Faculdade de Ci-ências do Desporto e Educação Física) e Irina Rodrigues (atletismo / Faculdade de Medicina) são os três estudantes-atletas que vão entrar em acção nos Jogos Olímpicos, que acontecem entre 23 de Julho e 8 de Agosto. Diogo Cancela (paranatação / Faculdade de Ciências e Tecnolo-gia) e Telmo Pinão (paraciclismo / Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física) são os que vão competir nos Jogos Paralímpicos, que se realizam entre 24 de Agosto e 5 de Setembro.

“É naturalmente com muita satisfação que nós vemos vários atletas da UC a participarem no mais elevado evento multidesportivo do pla-neta, onde estão os melhores dos melhores. Isto é fruto de um trabalho absolutamente extraor-dinário por parte do associativismo desporti-vo, mas, no que diz respeito à UC, satisfaz-nos a capacidade elevada que estes atletas de alta competição têm tido para articular a dimensão desportiva com a dimensão escolar, ambas de uma exigência extrema”, aponta o vice-Reitor da UC para a Qualidade, Desporto e Serviços de Acção Social, António Figueiredo.

Os cinco participantes de Tóquio 2020 são apenas parte dos 26 atletas no Programa de Apoio ao Alto Rendimento da Universidade de Coimbra (PAAR-UC), a face mais visível do tra-balho que tem sido feito na instituição para promover o desporto, a actividade física e o bem-estar. “A UC apoia de forma indelével es-tes estudantes-atletas da alta competição. O PAAR-UC prevê um conjunto de medidas, que vai desde o apoio ao nível escolar (na escolha de horários e de turmas e possibilidade de rea-lização de mais unidades curriculares em época especial) à facilitação do acesso às instalações de treino e de controlo e monitorização do trei-no da Faculdade de Ciências do Desporto”, nota António Figueiredo.

A marca da presença da Universidade de Coimbra em Tóquio 2020 vai além dos cinco apurados. David Varela, Messias Baptista (am-bos atletas de Canoagem) e João Neto (treina-

dor de Judo), que também vão estar na capital japonesa, iniciaram o ciclo olímpico ainda como estudantes da Universidade. E, no âmbito de protocolos firmados com algumas das princi-pais federações desportivas nacionais, muitos outros participantes contaram com a colabo-ração dos investigadores e das infraestruturas técnico-científicas da UC (como testes em câ-mara térmica) na fase de preparação para a competição.

Incluindo os integrados no PAAR-UC (dez de-les premiados no início deste ano com a Bolsa Estudante-Atleta Santander UC, no valor de mil euros, para quem tem aproveitamento em am-bos os domínios), a Universidade tem 110 alu-nos com estatuto de estudante-atleta.

Os desportistas (não-federados) que partici-pam nas várias acções da UC de promoção de um estilo de vida activo e saudável, numa lógi-ca inclusiva, são bastante mais. Além dos Jogos Universidade de Coimbra (JUC), evento multi-desportivo que, em tempos pré-pandemia, jun-tava cerca de três mil membros da comunidade universitária em torneios de dez modalidades diferentes, a instituição promove acções como o programa Experimenta, o UCicletas, o UC+Ativa e o Grupo de Caminhada e Corrida.

“Temos programas abertos a toda a comuni-dade da Universidade – estudantes, docentes, não-docentes, e até alumni e empresas de in-vestigação e inovação (no caso dos JUC) –, com o objectivo de promover um estilo de vida acti-vo e saudável, numa lógica de inclusão através do desporto, e procurando, ao mesmo tempo, desmistificar e democratizar o acesso a algumas modalidades”, descreve o vice-Reitor. Esse é o objectivo principal, mas – a manter-se o ritmo de crescimento – o número de estudantes-atle-tas da UC presentes na edição seguinte dos Jo-gos Olímpicos e Jogos Paralímpicos, Paris 2024, também deverá crescer. “Certamente teremos mais em 2024. A intenção é mesmo essa”, rema-ta António Figueiredo.

PORTUGAL REPRESENTADO POR 17 ATLETAS NA CERIMÓNIA DE ABERTURA

A Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos Tóquio2020 foi , esta sexta-feira (23), represen-tada por 17 atletas no desfile da Cerimónia de Abertura, numa delegação liderada pelos por-ta-estandartes Telma Monteiro e Nelson Évora.

A delegação portuguesa foi a 169.ª a desfilar e entrou às 21h14 locais (14h14 em Portugal) no Estádio Nacional de Tóquio, palco da “minima-

lista” Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpi-cos Tóquio2020, com “marcas” da pandemia de covid-19, não só pela ausência do público, mas pelo uso de máscara por todos os atletas.

Dos 92 atletas qualificados para Tóquio2020, Portugal fez-se representar por 17, com desta-que para a judoca Telma Monteiro, medalha de bronze no Rio2016, e o saltador Nelson Évora, campeão no triplo salto em Pequim2008, que, pela primeira vez, partilharam a função de por-ta-estandarte.

Nuns Jogos marcados pela promoção da igualdade de género, em que o esforço promo-veu a 48,8% o número de mulheres participan-tes, Portugal superou essa “quota” no desfile, com quase 60% – 10 em 17 –, na missão lusa mais feminina de sempre (36).

Na sua quinta presença olímpica, Telma Mon-teiro voltou a encabeçar o desfile da comitiva lusa, tal como em Londres2012 e no encerra-mento do Rio2016, enquanto Nelson Évora, nos seus quartos Jogos, reeditou a experiência de Pequim2008.

O maior contingente foi, como tradicional-mente, o do atletismo, com sete atletas, com os velocistas Carlos Nascimento, Cátia Azevedo, Lorene Bazolo e Ricardo dos Santos e os salta-dores Nelson Évora, Patrícia Mamona e Tiago Pereira.

Juntaram-se a Telma Monteiro outros cinco judocas, casos de Anri Egutidze, Bárbara Timo, Joana Ramos, Patrícia Sampaio e Rochele Nu-nes, enquanto a vela e o estreante surf contaram com dois representantes, cada, com os irmãos Pedro Costa e Diogo Costa e as surfistas Teresa Bonvalot e Yolanda Sequeira, respetivamente.

Como habitualmente, nenhum dos atletas lusos que vão estar em prova no sábado mar-cou presença no desfile, desfalcando esta re-presentação dos ciclistas João Almeida e Nelson Oliveira, dos tenistas Pedro Sousa e João Sousa, da judoca Catarina Costa, dos remadores Pedro Fraga e Afonso Costa, do lutador de taekwondo Rui Bragança, dos jogadores de ténis de mesa Shao Jieni e Tiago Apolónia, da selecção nacio-nal de ensino em equestre, do nadador José Paulo Lopes e da selecção de andebol.

Portugal vai estar representado por 91 atle-tas – porque o surfista Frederico Morais anun-ciou hoje a desistência, por estar infectado com o novo coronavírus –, em 17 modalidades, nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, hoje inaugurados oficialmente, após o adiamento em um ano, de-vido à pandemia de covid-19.

Universidade de Coimbra tem cinco estudantes-atletas

em Tóquio

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O presidente do Conselho Por-tuguês para o Cérebro realçou ontem, em Coimbra, que um

dos principais desafios na esclerose múltipla passa pelo diagnóstico pre-coce, notando que o problema não está nos meios auxiliares, mas na des-valorização de sintomas.

“O diagnóstico passa muito por fa-zer chegar dos clientes aos médicos e da sensibilidade do médico para fazer esse diagnóstico, porque depois os meios auxiliares permitem-nos rapi-damente colocar essa hipótese e fazer o diagnóstico [de esclerose múltipla]”, afirmou António Freire, que falava à agência Lusa à margem das celebra-ções do Dia Mundial do Cérebro, no Colégio da Trindade da Universidade Coimbra, organizadas pelo Conselho Português para o Cérebro (CPC).

No entanto, face a alguns sintomas da doença que podem ser desvalori-zados, essa sinalização torna-se mais difícil, constatou.

“Por exemplo, uma criança queixar--se de formigueiro - formigueiros te-mos todos nós. A própria pessoa quei-xar-se e o médico poder desvalorizar o sintoma porque é comum torna difícil a chegada precoce destes doentes ao médico”, frisou.

Normalmente, os sintomas que cha-mam a atenção estão relacionados com a falta de força, perturbações vi-suais ou desequilíbrio.

Porém, salientou, “há sintomas mais ligeiros ou banais que a pessoa desva-loriza e isso dificulta o processo”.

“Os médicos também têm de estar sensibilizados para isto para se poder

avançar com o diagnóstico”, acrescen-tou.

No primeiro painel da cerimónia, o neuropediatra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) Fili-pe Palavra destacou que a capacidade de diagnóstico mais cedo tem vindo a aumentar, mas será necessário ainda melhorar nessa vertente.

“Quando perguntamos a alguém entre os 20 e os 40 anos [com esclero-se múltipla], se no passado não se re-corda de ter tido um episódio em que faltou a visão ou teve formigueiro, fre-quentemente encontramos respostas afirmativas”, observou.

Segundo Filipe Palavra, é também “crucial” estudar a esclerose múltipla en-tre crianças e jovens para perceber se o

património genético explica tudo ou se haverá factores que aumentam o risco de uma pessoa ter a doença no futuro, como a obesidade na adolescência, o tabagismo ou défice de vitamina D.

O diagnóstico precoce pode ser ain-da mais importante quando se aponta para a possibilidade da população pe-diátrica poder “melhorar muito mais” com as terapêuticas para a esclerose múltipla do que os adultos, salientou, recordando, porém, que faltam ensaios clínicos que atestem essa hipótese.

As comemorações do Dia Mundial do Cérebro em Coimbra foram realiza-das em parceria com a Academia Sino--Lusófona, a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla e o Grupo de Estu-dos da Esclerose Múltipla.

Especialista realça a importância do diagnóstico precoce

na esclerose múltipla

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Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), do qual o Observatório Europeu do Sul (ESO) é um parceiro, os astrónomos detec-taram pela primeira vez, de forma clara, a presença de um disco em torno de um planeta fora do nosso Sistema Solar. Estas observações dão-nos novas pistas sobre como é que luas e planetas se formam em sistemas estelares jovens.

“O nosso trabalho mostra uma detecção clara de um disco onde satélites se podem estar a formar,” disse Myriam Benisty, investigadora na Universidade de Grenoble, França, e na Universidade do Chile, que liderou este novo trabalho publicado no dia 22 de Julho de 2021 na revista da especialidade The Astrophy-sical Journal Letters. “Estas observações foram obtidas pelo ALMA e possuem uma tal resolução que pudemos identificar claramente que o disco está asso-ciado ao planeta e conseguimos também, pela primeira vez, obter limites para o seu tamanho,” acrescenta.

O disco em questão, chamado disco circumplanetário, rodeia o exoplaneta PDS 70c, um dos dois planetas gigantes do tipo de Júpiter que orbitam uma estrela situada a quase 400 anos-luz de distância da Terra. Os astrónomos já ti-nham descoberto anteriormente indícios da existência de um disco de forma-ção de luas em torno deste exoplaneta, mas, uma vez que não conseguiam se-parar o disco do meio circundante, não tinha sido possível até agora confirmar a sua presença.

Adicionalmente, com o auxílio do ALMA, Benisty e a sua equipa descobriram que o diâmetro do disco tem um tamanho aproximado correspondente à dis-tância Terra-Sol e massa suficiente para formar até três satélites do tamanho da nossa Lua.

Estes resultados não são apenas cruciais para descobrir como é que as luas se formam. “Estas novas observações são também extremamente im-portantes para comprovar teorias de formação planetária que, até agora, não podíamos testar,” explica Jaehan Bae, investigador no Earth and Planets Laboratory of the Carnegie Institution for Science, EUA, e um dos autores deste estudo.

Os planetas formam-se em discos de poeira em torno de estrelas jovens, esculpindo cavidades à medida que “engolem” material do disco circumstelar para crescer. Durante este processo, um planeta pode adquirir o seu próprio dis-co circumplanetário, o qual contribui para o crescimento do planeta ao regular a quantidade de matéria que é atraída para si. Ao mesmo tempo, o gás e a po-eira do disco circumplanetário podem juntar-se em corpos progressivamente maiores por meio de colisões múltiplas, levando por fim ao nascimento de luas em órbita destes planetas.

No entanto, os astrónomos ainda não compreendem muito bem estes pro-cessos. “Em suma, não é ainda claro quando, onde e como é que os planetas e as suas luas se formam,” diz Stefano Facchini, bolseiro do ESO, que está também envolvido neste trabalho de investigação.

“Até agora foram descobertos mais de 4000 exoplanetas, mas todos eles fa-zem parte de sistemas já maduros. PDS 70b e PDS 70c, que formam um sistema

reminiscente do par Júpiter-Saturno, são os dois únicos exoplanetas detectados até agora que ainda estão no processo de formação,” explica Miriam Keppler, investigadora no Instituto Max Planck de Astronomia, Alemanha, e uma das co--autoras deste estudo.

“Este sistema oferece-nos, por isso, uma oportunidade única para observar e estudar os processos de formação de planetas e satélites,” acrescenta Facchini.

PDS 70b e PDS 70c, os dois planetas que compõem o sistema, foram des-cobertos inicialmente com o auxílio do Very Large Telescope (VLT) do ESO em 2018 e 2019, respectivamente, e a sua natureza única significa que foram já ob-servados posteriormente e diversas vezes por outros telescópios e instrumen-tos.

Estas observações de alta resolução do ALMA permitiram agora aos astró-nomos descobrir mais sobre este sistema. Para além de terem confirmado a presença de um disco circumplanetário em torno de PDS 70c e estimarem o seu tamanho e massa, os investigadores descobriram também que PDS 70b não apresenta evidências claras de um tal disco, o que indica que o seu local de nascimento deve ter ficado desprovido de poeira devido ao seu companheiro, PDS 70c.

Com o Extremely Large Telescope (ELT) do ESO, que está a ser construído no Cerro Armazones no deserto chileno do Atacama, conseguiremos com-preender ainda melhor este sistema planetário. “O ELT será crucial para este trabalho de investigação, uma vez que, com a sua resolução ainda maior, seremos capazes de mapear o sistema com grande detalhe,” diz o co-autor Richard Teague, investigador no Center for Astrophysics | Harvard & Smith-sonian, EUA. Em particular, usando o instrumento METIS (Mid-infrared ELT Imager and Spectrograph) que será montado no ELT, a equipa conseguirá ver os movimentos do gás que rodeia PDS 70c, obtendo deste modo uma visão tridimensional do sistema.

Observatório Europeu do Sul

Astrónomos detectam claramente e pela primeira vez disco a formar satélites

em torno de exoplaneta

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CÁTIA BARBOSA (PORTO)

Foi no início de 2020 que um grupo de cuidadores (pais de crianças e jovens com deficiência em idade escolar em Santa Maria da Feira) de-cidiu criar um espaço para partilhar experiências, com vista a encontrar respostas ajustadas às necessidades das suas famílias. Com o apoio da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, a ideia passou à prática e, actualmente, este grupo de cuidadores dá voz a uma série de encontros onde são debatidos os mais diversos temas. O último, designado “A Se-xualidade – Prevenir Riscos e Potenciar Factores de Protecção”, trouxe para cima da mesa várias questões relacionadas com a sexualidade de jovens com deficiência.

O V Encontro de Cuidadores de Crianças e Jovens com Deficiência em Idade Escolar realizou-se em Junho deste ano e o balanço não podia ser mais positivo. “Cada vez mais, a sociedade está preocupada e interessada nesta matéria”, afirma Cristina Tenreiro, Vereadora da Educação, Desporto e Juventude de Santa Maria da Feira. Esta terá, assim, sido uma escolha consensual entre todos os intervenientes, partilhada por cuidadores em edições anteriores deste encontro, que demonstraram interesse em dis-cutir “estratégias de abordagem desta temática junto das suas crianças e jovens, numa lógica de prevenção de eventuais riscos”. De acordo com a vereadora, “há muitos mitos, nervos e angústias” relacionados com o tema, em particular nas camadas mais jovens. “A sexualidade já é complexa nos jovens em geral, contudo, quando falamos de pessoas com uma limitação, a sexualidade ainda é um tabu”, sublinha.

A relevância dos temas abordados nos últimos quatro encontros e a sua realização no formato online têm, assim, possibilitado uma participa-ção cada vez mais abrangente, com inscrição de cuidadores de diferentes pontos do país, que encontram nestas sessões um espaço de partilha de testemunhos e experiências. Deste modo, este V Encontro contou com a participação da sexóloga Sónia Azevedo Fernandes. “Muitas vezes enca-ramos as pessoas com deficiência como sendo assexuadas e isso não cor-responde, de todo, à verdade”, esclarece. Segundo a sexóloga, “estes mitos são um grande foco de castração e de relutância em deixar que as pessoas com deficiência vivam, realmente, a sua sexualidade”.

Nesse sentido, Sónia Azevedo Fernandes partilha algumas estratégias que ajudem os cuidadores a abordar o tema da sexualidade junto das suas crianças e jovens, com vista a prevenir eventuais situações de risco. “O ob-jectivo primordial da educação na sexualidade é que as crianças e jovens aprendam a conhecer-se, a aceitar-se e a viver e expressar o seu erotis-mo da forma em que se sintam mais confortáveis e felizes”, explica. Deste modo, a sexóloga admite que “muitas vezes, focamos a educação na sexu-alidade para a prevenção de riscos e isso faz com que nos desviemos des-te objectivo primordial”. Isto porque, “ao focarmo-nos na prevenção dos riscos vamos ter uma educação muito direccionada para o medo e vamos deixar de educar para a felicidade e realização pessoal”. Posto isto, Sónia Azevedo Fernandes, alerta para a necessidade de abordar a sexualidade junto de crianças e jovens num ponto de vista mais positivo. “Se fizermos uma educação na sexualidade com uma vertente mais positiva, toda esta prevenção acabará por ser feita, porque as crianças e jovens vão assumi-la com mais respeito e responsabilidade”, frisa.

“A sexualidade é positiva e faz com que a nossa vida seja muito mais feliz”

Se, para muitos, a sexualidade ainda é vista como um tabu, o V Encontro de Cuidadores de Crianças e Jovens com Deficiência em Idade Escolar veio

quebrar esse estigma. Numa sessão, que durou cerca de uma hora e meia, o testemunho de Sónia Azevedo Fernandes foi, essencialmente, destina-do a que exista uma maior compreensão para a importância de abordar este tema. “Já começamos a fazer a educação na sexualidade desde que as crianças nascem. Fazemo-lo, em parte, através dos nossos exemplos. Isto é, se falarmos com as nossas crianças sobre relacionamentos, respeito, confiança e aceitação e elas virem que a nossa relação não é assim, elas não acreditam”, explica a sexóloga.

Na experiência de Sónia Azevedo Fernandes “cada ser humano é único” e, por isso, é importante pensarmos em nós enquanto seres sexuais. “A partir do momento em que vamos educar alguém, também é importante termos noção de como é que estamos a nível da nossa sexualidade”, ex-plica, acrescentando que, desta forma, “vamos conseguir transmitir mais eficazmente a noção do que é uma sexualidade positiva”. Além disso, a diversidade existente entre crianças e jovens com deficiência é algo que deve ser tido em conta, já que, existindo vários tipos de deficiência, exis-tem também vários tipos de necessidades. Nesse sentido, de acordo com a sexóloga, é fundamental que pais e escola “estejam em sintonia” para que a mensagem seja, efectivamente, transmitida de forma clara e sem que hajam falhas de comunicação.

O V Encontro de Cuidadores de Crianças e Jovens com Deficiência em Idade Escolar foi promovido pela autarquia de Santa Maria da Feira e deu voz a todos os cuidadores convidados a participar no evento. Além deste, ao longo do último ano, foram vários os temas abordados nos diferentes encontros periódicos, dos quais se destacam: o estatuto do cuidador infor-mal, as necessidades de cuidados emocionais e de saúde dos cuidadores, os direitos e deveres das crianças e jovens, a capacitação das famílias, os apoios disponíveis e as respostas da comunidade, e os desafios dos cuida-dores em tempo de pandemia. Na sessão mais recente, - “A Sexualidade – Prevenir Riscos e Potenciar Factores de Protecção -, a mensagem que fica é geral e adequada a todo e qualquer ser humano: “A sexualidade é positiva e faz com que a nossa vida seja muito mais feliz”.

Como abordar a sexualidade junto de crianças e jovens

com deficiência?

O V Encontro de Cuidadores de Crianças e Jovens com Deficiência em Idade Escolar abordou a temática da sexualidade

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7SEXTA-FEIRA, 23 DE JULHO 2021»» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

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A Comunidade Intermuni-

cipal (CIM) da Região de

Coimbra aprovou, por una-

nimidade, o lançamento do con-

curso público internacional para

a concessão do serviço público de

transporte rodoviário de passa-

geiros na região, anunciou aquela

entidade.

A rede colocada a concurso,

com uma extensão total de cer-

ca de 7,9 milhões de quilómetros

anuais, tem por base a rede actu-

al, mas com diversos ajustamen-

tos, para “melhorar a eficiência do

transporte público”, refere a Co-

munidade Intermunicipal numa

nota de imprensa.

“Com esta concessão quere-

mos garantir o transporte público

para toda a população da Região

de Coimbra, desde os territórios

mais urbanos, aos de baixa densi-

dade”, sublinha, citado na nota de

imprensa, o secretário executivo

da CIM, Jorge Brito.

“O novo concessionário terá de

garantir mais linhas, novos horá-

rios, maior qualidade e eficiência

ambiental nas frotas e assegurar

a compatibilização com o sistema

de bilhética intermodal”, salienta

o responsável.

A concessão em causa terá a du-

ração de cinco anos, prorrogáveis

até um período máximo de dois

anos, com um período de transi-

ção de seis meses, tanto no início

como no final do contrato.

“A este procedimento concursal

corresponde uma despesa públi-

ca máxima de cerca de 22 milhões

de euros, suportados pelos muni-

cípios da CIM da Região de Coim-

bra ao longo de toda a concessão,

sendo o valor económico da con-

cessão estimado em cerca 15 mi-

lhões de euros anuais, de acordo

com o estudo de avaliação econó-

mico-financeira efectuados”, lê-se

no mesmo comunicado.

A CIM estabeleceu alguns re-

quisitos no que respeita à frota,

condições essas que “protejam o

meio ambiente, nomeadamente

a idade máxima e média da frota

e a classe de emissões poluentes

dos veículos”.

O lançamento do concurso sur-

ge na sequência do parecer posi-

tivo da Autoridade da Mobilidade

e dos Transportes (AMT), emitido

em Maio, sobre as peças do con-

curso.

A execução de um “transporte

flexível em praticamente todos os

concelhos da região” surge para

“satisfazer as necessidades das

populações, sobretudo das que

estão mais isoladas”, realça a Co-

munidade Intermunicipal.

A CIM da Região de Coimbra é

constituída pelos 17 municípios

que integram o distrito de Coim-

bra - Arganil, Cantanhede, Coim-

bra, Condeixa-a-Nova, Figueira

da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miran-

da do Corvo, Montemor-o-Velho,

Oliveira do Hospital, Pampilhosa

da Serra, Penacova, Penela, Sou-

re, Tábua e Vila Nova de Poiares -

e pelos municípios da Mealhada

e de Mortágua, nos distritos de

Aveiro e de Viseu, respetivamen-

te.

CIM de Coimbra lança concurso internacional para transporte público na região

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Com vista a contribuir para a diminuição da criação de resíduos e promover com-portamentos mais sustentá-veis, passou, desde o dia 1 de julho, a ser proibido ofe-recer sacos em pontos de venda ao público. Esta me-dida pretende promover a reutilização de sacos e dimi-nuir a utilização única dos mesmos.

Desde o dia 1 de julho que é proibido oferecer qualquer tipo de saco, independente-mente do seu material, com ou sem pega, sejam bolsas ou cartuchos, com vista ao

enchimento no espaço des-tinado a venda. Excetua-se desta medida, a venda de produtos a granel que se destinam a enchimento no ponto de venda.

As medidas de gestão de resíduos apoiam-se em polí-ticas que procuram a gestão sustentável dos materiais. As políticas têm evoluído no sentido de promover os princípios da economia cir-cular e o incentivo á utiliza-ção de energia renovável, bem como, a promoção da eficiência energética.

A ocorrência cada vez mais

frequente de eventos cli-máticos extremos torna os ecossistemas e territórios vulneráveis aos impactos das alterações climáticas.

A regulamentação de pro-cedimentos e responsabili-dades das indústrias e seto-res económicos, sobretudo ao nível da reutilização de embalagens é, cada vez mais reivindicada pelos consumi-dores que se tornam, cada vez mais, conscientes da ur-gência na mudança de pa-radigma no que respeita à proteção dos ecossistemas naturais.

Disponibilização gratuita

de sacos passou a ser proibida

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A zona balnear de Penalva de Alva, no concelho de Oliveira do Hospital, vai

acolher, no próximo domin-go, pelas 16h30, o espectáculo “Fado Improvável” com o vio-linista Nuno Santos e os músi-cos que o acompanham.

O concerto vai ser realizado numa jangada tradicional, sen-

do esta mais uma iniciativa rea-lizada no âmbito da candidatu-ra “Viver os Rios”, Programação Cultural em Rede que junta os Municípios de Góis, Oliveira do Hospital e Penacova.

“Fado Improvável” é um es-pectáculo instrumental, com o objectivo de inovar e divulgar a música portuguesa”. Para a Câ-

mara de Oliveira do Hospital, “a água, nas suas diferentes for-mas, é o elemento inspirador, sendo o ponto de charneira ao longo de todo o espectáculo”.

O concerto abordará temas do cancioneiro do Fado de Lis-boa e de Coimbra e de alguns dos artistas e grupos musicais portugueses mais prestigiados a nível internacional – Amália Rodrigues, Carlos Paredes, Dul-ce Pontes, Madredeus, Moons-pell, Quarteto 1111 –, incluin-do ainda uma composição original – Fado Improvável.

No plano dos próximos es-pectáculos no concelho de Oli-veira do Hospital, a autarquia destaca um dos concertos XJa-zz – Encontros de Jazz Aldeias do Xisto, que terá lugar em Al-deia das Dez, a 31 de Julho, pe-las 21h00, protagonizado pela compositora, cantora e violon-celista Joana Guerra, acompa-nhada por Maria do Mar no violino e Carlos Godinho na percussão. O mote para este concerto é a apresentação do novo disco “Chão Vermelho”, sendo um dos pontos fortes desta décima edição do XJazz.

Oliveira do Hospital acolhe

espectáculo “Fado Improvável”

no domingo

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A Serra da Lousã vai aco-lher uma das primeiras 47 Áreas Integradas de

Gestão da Paisagem (AIGP) do país.

Recorde-se que a cerimó-nia de assinatura dos contra-tos programa para a consti-tuição destes instrumentos de gestão de espaços agro--florestais decorrer na pas-sada segunda-feira (19), na Pampilhosa da Serra, tendo sido presidida pelo primei-ro-ministro, António Costa.

O Município da Lousã foi

representado pelo presiden-te da Câmara Municipal, Luís Antunes, que assinou o con-trato relativo à primeira fase da AIGP Serra da Lousã que terá uma área aproximada de cerca de 900 hectares, onde se estima a existência de cerca de 140 prédios rús-ticos.

Segundo a autarquia da Lousã, “as Áreas Integra-das de Gestão da Paisagem (AIGP) visam promover a gestão e exploração comum dos espaços agro-florestais

em zonas de minifúndio e de elevado risco de incêndio e são dirigidas a contextos microterritoriais com escala adequada para uma gestão florestal activa, racional e resiliente (de melhor rendi-mento e melhores serviços de ecossistemas)”.

O Executivo destaca que estão já em curso trabalhos para a preparação de candi-daturas para a constituição de outras Áreas Integradas de Gestão da Paisagem no concelho.

Serra da Lousã está entre

as 47 Áreas Integradas

de Gestão da Paisagem

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O Município de Anadia reali-zou a segunda sessão de es-clarecimentos sobre a reabi-

litação e valorização ecológica do rio Levira, que decorreu na passada terça-feira (20), na Junta de Fregue-sia de Vilarinho do Bairro.

A iniciativa, na qual participaram cerca de 20 pessoas, contou com a presença da presidente da Câma-ra Municipal, Maria Teresa Cardo-so; do vereador do Ambiente, Lino Pintado; do vice-presidente da Câ-mara Municipal de Oliveira do Bair-ro, Jorge Pato; do presidente da Juna de Freguesia de Vilarinho do Bairro, Dinis Torres; dos técnicos da empresa que projectou a interven-ção; e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Segundo a Câmara de Anadia, com a iniciativa pretende-se “a re-construção do potencial biológico das áreas afectadas no rio Levira, de modo a que seja viável a sua reu-tilização para outros usos ou a sua integração na paisagem de que faz parte”. Assim, as acções de restauro têm três tipos de objectivos – eco-lógico, técnico e paisagístico.

Pretende-se, ainda, a protecção contra os fenómenos erosivos e es-tabilização do substrato edáfico e a regeneração da sua capacidade produtiva; a integração das áreas no ambiente paisagístico circundante; e a regeneração dos habitats.

Esta empreitada, promovida pe-los Municípios de Anadia e Oliveira do Bairro, representa um investi-mento de cerca de 300 mil euros,

financiado pelo Fundo Ambiental.O rio Levira abrange uma área

de 929,52 ha, numa extensão to-tal de aproximadamente 23,24 km, percorrendo o concelho de Ana-dia, numa extensão de 12,55 km, e o concelho de Oliveira do Bairro numa extensão de 10,70 km.

A presidente da Câmara Muni-cipal de Anadia, Maria Teresa Car-doso, referiu “a importância” des-ta reabilitação, face ao estado de abandono em que o rio Levira se encontra. A autarca sublinhou que, apesar da “responsabilidade da limpeza das margens”, de acordo com a lei, ser da “competência dos

proprietários confinantes”, o Muni-cípio decidiu avançar para esta in-tervenção, “à semelhança do que já aconteceu com outras acções nou-tros cursos de água do concelho, nomeadamente os rios da Serra e do Cértima”.

Os técnicos responsáveis do pro-jecto e da APA deram a conhecer aos proprietários confinantes pre-sentes e outros interessados a in-tervenção que está a ser realizada, bem como os objectivos da mes-ma. No final, tiveram ainda a opor-tunidade de esclarecer algumas das dúvidas suscitadas durante a apresentação.

Anadia promoveu sessão de esclarecimentos

sobre reabilitação do rio Levira

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O Executivo Municipal da Lousã aprovou diver-sos votos de reconhe-

cimento a atletas do concelho pelo seu desempenho des-portivo e títulos obtidos.

Na modalidade de ciclismo, foi reconhecido o atleta Fábio Fernandes, da equipa EFAPEL, que a 18 de Junho, em Vila Ve-lha de Rodão, se sagrou cam-peão nacional de contra-reló-gio na categoria sub-23.

Também nas duas rodas, na modalidade de downhill, fo-

ram reconhecidos os atletas Daniel Pombo, campeão na-cional na categoria master-30; Margarida Bandeira, campeã nacional na categoria Elite Feminino; Gonçalo Bandeira, campeão nacional na catego-ria Elite; e Raquel Ferreira, vice campeã nacional na categoria Elite Feminino. As provas nas quais estes atletas se destaca-ram realizaram-se a 11 de Ju-lho, em Porto de Mós.

Também os atletas da Asso-ciação Louzan Natação foram

reconhecidos pelo Executi-vo Municipal, pelos resulta-dos obtidos no Campeonato Zona de Juvenis, Juniores e Absolutos de Piscina Longa, organizados pela Federação Portuguesa de Natação e pela Associação de Natação Centro Norte de Portugal, nos dias 29 e 30 de Maio.

O grupo de nadadores re-conhecidos pelo Executivo é constituído por Gabriel Lopes, atleta que se encontra, actu-almente, em Tóquio para par-ticipar nos Jogos Olímpicos e que nesta prova se sagrou campeão zonal aos 200 e 400 metros estilos absoluto e na-dador masculino com melhor performance; Camila Rebelo, campeã zonal aos 50, 100 e 200 metros costas absoluto; e Dânia Simões, campeã zonal aos 200 e 400 metros estilos no escalão juvenis B.

O Município da Lousã refere que “estes votos são extensi-vos a todos os que, directa ou indirectamente, contribuíram para os excelentes resultados obtidos”.

Lousã

reconhece desempenho

de atletas do concelho

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A União de Freguesias de S. Martinho do Bis-po e Ribeira de Frades

assinala, na próxima terça--feira (27), o Dia da Freguesia de S. Martinho do Bispo com várias homenagens, numa cerimónia institucional.

Durante a sessão, que vai decorrer na Junta de Fregue-sia, pelas 18h00, será apre-sentada a monografia da Fre-guesia e será homenageado o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), a Bluephar-ma, a Conferência São Vicen-

te de Paulo, o Agrupamento de Escuteiros 893 Fala, e as secções de futebol e ginásti-ca acrobática da Associação Vigor da Mocidade.

Para além da cerimónia institucional, a programação conta, pelas 21h00, com o concerto do grupo “Cordis”, que vai actuar, pelas 21h00, na Igreja Paroquial.

Também o domingo (25) que antecede o Dia da Fre-guesia contará, pelas 14h30, no Largo do Chafariz, com a dinamização de jogos tradi-

cionais e outras actividades e de uma Mostra de Artesa-nato. Já a partir das 17h00, haverá animação musical com Ruizinho de Penacova, Tiago Silva e Dani Ferraz & André Pinto.

De referir que as come-morações vão decorrer de acordo com as normas da Direcção-Geral da Saúde (DGS), sendo obrigatório o uso de máscara, distancia-mento social, a desinfecção das mãos e a medição da temperatura.

São Martinho do Bispo

celebra Dia da Freguesia

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A Câmara Municipal de Coim-bra vai dar início, na próxima segunda-feira, requalifica-

ção de mais ruas da Alta da cidade, incindido a intervenção nas ruas Borges Carneiro, do Norte e de São João, e o largo José Rodrigues.

De acordo com a autarquia, a obra constitui um investimento superior a 750 mil euros e “o ob-jectivo é requalificar o espaço pú-blico, melhorando a mobilidade pedonal e rodoviária, a ilumina-ção pública, o mobiliário urbano, as infraestruturas do subsolo e a sinalética das vias”.

O Município decidiu avançar já com a consignação da obra, de forma a aproveitar o final do ano lectivo e, desta forma, reduzir os transtornos que a obra poderá causar a quem utiliza estas vias diariamente.

Esta empreitada encontra-se dividida em três fases: na primei-ra fase vai ser intervencionada a rua Borges Carneiro e o largo José Rodrigues; na segunda vai ser in-tervencionada a rua do Norte e a respectiva travessa; e na terceira a rua de São João.

Estas intervenções vão obrigar a alguns condicionamentos de trânsito na alta da cidade. Já nes-ta primeira fase vai proceder-se ao corte da via na rua Borges Car-neiro e no largo José Rodrigues e a circulação pedonal deverá ser efectuada pela rua e travessa do Norte.

A empreitada tem como princi-pais objectivos a repavimentação para aumentar o conforto e se-gurança da mobilidade pedonal, sem perder a memória histórica dos locais, tal como realizado nas vias já requalificadas nos últimos anos; a revisão de infraestruturas, como a passagem subterrânea da rede eléctrica e a iluminação led, a instalação de rede de gás natural; a remodelação de redes de abas-tecimento de água; a dotação de redes separativas de esgotos do-mésticos e pluviais e o reforço das redes de dados; a alteração das pendentes das ruas, drenando para a zona central e evitando as valetas junto aos edifícios; a revi-são do estacionamento e trânsito nas ruas Borges Carneiro e de São João e o acesso ao largo junto ao

Palácio dos Melos; levantamento e reposição dos pavimentos na rua de São João para correcção de abatimentos; e a revisão das esca-das entre o Palácio dos Melos e a Faculdade de Letras, substituindo os degraus fracturados e colocan-do novos corrimãos.

Recorde-se que esta empreita-da para requalificar as ruas Borges Carneiro, do Norte e de São João, e o Largo José Rodrigues está in-tegrada numa estratégia global onde a autarquia prevê investir mais de quatro milhões de euros nesta zona histórica. Concluídas estão já as obras de requalifica-ção das ruas da Ilha, Guilherme Moreira, José Falcão, Travessa da Trindade, Beco da Pedreira e Lar-go Hilário (740 mil euros), do Lar-go de S. Salvador (212 mil euros), das ruas dos Coutinhos, do Colé-gio Novo, da Fonte Nova e Joa-quim António de Aguiar (680 mil euros). Em curso está a empreita-da de valorização do Largo da Sé Velha, da rua e Largo do Quebra Costas e das Escadas e Beco da Carqueja, num investimento de cerca de 1,6 milhões de euros.

Câmara avança com requalificação de mais três ruas na Alta de Coimbra

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O Centro de Alto Rendi-mento (CAR) de Mon-temor-o-Velho vai

acolher, este fim-de-semana (24 e 25), o Campeonato Na-cional de Velocidade de Ini-ciados, Infantis e Cadetes.

Com 813 jovens canoístas confirmados em representa-ção de 47 clubes nacionais, a edição de 2021 assume-se, uma vez mais, como uma prova da vitalidade da cano-agem portuguesa.

Pelo segundo fim-de-se-mana consecutivo, o CAR vai acolher uma prova de veloci-

dade do calendário competi-tivo da Federação Portugue-sa de Canoagem. Ainda com várias limitações impostas pelas autoridades de saúde, devido à pandemia da co-vid-19, o Nacional de Veloci-dade destinado aos escalões de Iniciados, Infantis e Cade-tes vai contar, ao longo de dois dias, com a realização de 174 regatas em K1, C1, K2, C2, K4 e C4 distribuídas pelas distâncias de 200, 500 e 1 000 metros.

A edição de 2021 do Cam-peonato Nacional de Veloci-

dade conta com clubes de Norte a Sul do país e também do Arquipélago da Madeira, além de marcar o regresso das provas de embarcações duplas e quádruplas, depois de, em 2020, a Direcção--Geral da Saúde ter permiti-do apenas a competição em embarcações monolugares.

De referir que, este ano, a competição arranca no sába-do, às 09h00, com a primeira eliminatória de C1 Cadetes, e termina no domingo, pelas 14h05, com a final A de K1 Cadetes Femininos.

Montemor-o-Velho

recebe provas de canoagem

no fim-de-semana

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A Câmara Municipal de Anadia aprovou a atri-buição de uma com-

participação financeira de 650 euros por cada projecto apresentado pelas associa-ções na edição de 2021 da Feira da Vinha e do Vinho, to-talizando 9 750 euros.

Recorde-se que a edição deste ano se realizou entre 19 e 27 de Junho e, à seme-

lhança do ano passado, de-correu em formato online, com as actuações a serem transmitidas em canais digi-tais, nomeadamente nas re-des sociais da autarquia. O Município contou com a par-ticipação de 13 associações, tendo sido apresentados 15 projectos.

Para o Executivo, o apoio financeiro aprovado repre-

senta “uma forma de agrade-cimento às associações pela participação no evento e ser-ve também para colmatar al-guns dos custos que tiveram com as actuações”. Por outro lado, constitui também “uma forma de valorizar a cultura local, cujas associações têm estado paradas, sem activi-dade, devido à pandemia da covid-19”.

Anadia aprovou apoios às

associações que participaram

na Feira da Vinha e do Vinho

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O candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, João Rui Men-des, diz que a sua candidatura passa por tornar o

concelho mais “inclusivo”.O candidato refere que foram “analisadas todas as

faixas sociais”, de modo a “abordá-las numa perspecti-va inclusiva”. “Na minha opinião, esta crise do covid-19 acrescentou desigualdade e injustiça social, portanto, a primeira linha de resposta a esta crise tem de passar pela inclusão e pela justiça social”, sublinha.

João Rui Mendes, de 42 anos, médico dentista e mi-litante do BE desde 2020, deu conta da necessidade da existência de uma rede básica de transporte público, considerando que este é um grande fator de “exclusão”.

“Há necessidade de uma rede de transporte básica, mínima que seja, de transporte público que permita as pessoas acederem aos cuidados de saúde, aos merca-dos, às feiras, que permita deslocarem-se entre as fre-guesias”, exemplificou o candidato.

O cabeça de lista do BE apontou esta rede de trans-porte como uma forma de “combate ao isolamento” da população, sobretudo a mais idosa, que, “não tendo automóvel, nem quem a transporte, fica abandonada à sua sorte”, salientou.

De modo a combater a exclusão, o candidato defen-de que o Município identifique casos de pessoas com dependência, a população idosa e pessoas com doença mental, para que, depois, caso a caso, sejam verificadas as necessidades e desenvolvidos meios para ajudar a resolver os seus problemas. “Se não tiverem nenhum familiar que cuide si, as pessoas ficam numa situação de exclusão horrível”, alertou.

“A Câmara ao identificar e ao tornar-se cuidadora da pessoa é ela que vai garantir a articulação com os cui-dados de saúde, com a segurança social, de modo a ga-rantir que a pessoa tem acesso a todas as coisas que necessita para viver condignamente”,sustentou o can-didato.

João Rui Mendes, caso seja eleito, pretende resolver o problema do alojamento da comunidade cigana com uma estratégia de habitação.

O Município de Montemor-o-Velho, no Baixo Monde-go, é presidido pelo socialista Emílio Torrão desde 2013, que já anunciou a candidatura ao terceiro e último man-dato autárquico permitido por lei.

Para além de João Rui Mendes (BE) e do actual presi-dente da Câmara, são também candidatos à liderança da Câmara Maria João Sobreiro (PSD) e Daniel Nunes (CDU).

Na atual composição do Executivo municipal, o PS tem quatro eleitos e o PSD três.

Combate à exclusão

é prioridade do BE

em Montemor-o-Velho

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Uma carta publicada hoje na revista científica Science apela para que todos os fungos sejam in-cluídos nas metas globais para a conservação da

biodiversidade, revela a Universidade de Coimbra (UC).As metas globais para a conservação da biodiversida-

de vão ser aprovadas na Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP15), que irá decorrer em Kun-ming, na China, de 11 a 24 de Outubro.

Liderada pela investigadora Susana C. Gonçalves, do Centre for Functional Ecology da Faculdade de Ciên-cias e Tecnologia da UC, a carta é dirigida “sobretudo às partes da Convenção sobre a Diversidade Biológica (https://www.cbd.int/) reunidas na COP15”, indica a UC, numa nota enviada hoje à agência Lusa.

“Pretende-se que incluam explicitamente o Reino Fungi nos alvos designados através da inclusão do ter-mo funga, substituindo em todos os documentos a ex-pressão ‘fauna e flora’ por ‘fauna, flora e funga’”, sublinha Susana C. Gonçalves.

A carta hoje divulgada surge como reacção a uma missiva anterior, também publicada na Science, defen-dendo “a inclusão dos chamados ‘macrofungos’ (fungos cujas estruturas reprodutoras são visíveis a olho nu, por exemplo cogumelos e trufas) nas metas globais de bio-diversidade pós-2020”, explica, citada pela UC, Susana C. Gonçalves.

“Na nossa carta, enfatizamos a necessidade de incluir todos os fungos e providenciamos evidências de que os ‘microfungos’ merecem igual consideração”, sintetiza a investigadora.

“É chocante que apenas umas escassas 425 espécies, dos milhões de espécies de fungos que habitam o pla-neta, tenham sido avaliadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) para a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas”, pode ler-se na carta hoje publicada, que é assinada por mais três investiga-dores (da Bélgica, do Chile e dos EUA).

Os cientistas notam que, embora as pessoas associem os fungos aos cogumelos, na realidade, “a maioria dos fungos não produz estruturas reprodutivas visíveis a

olho nu. Por exemplo, os fungos micorrízicos arbuscula-res são extremamente importantes: colonizam as raízes de 80% de todas as plantas, uma simbiose que ajudou as plantas a conquistarem a terra. Os bolores, tais como aqueles dos quais a penicilina foi isolada, são também microfungos. As leveduras Saccharomyces, que nos dão o pão, a cerveja e o vinho, são fungos unicelulares”.

“Os fungos suportam toda a vida na Terra”, alertam.“A Science tem um enorme alcance. Por isso, espe-

ramos que a publicação da carta faça com que muitas mais pessoas e organizações juntem a sua voz à nossa”, conclui a investigadora da UC.

Cientistas defendem inclusão de fungos nas metas globais para a conservação da biodiversidade

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A reabilitação do troço da EM 544 que liga Arganil a Folques avançou para

a fase de pavimentação, de-pois de realizados os trabalhos de preparação da via, que in-cluíram a limpeza das bermas e a construção de valetas em cimento.

A obra integra-se no pla-no de requalificação das vias municipais e visa “reverter o mau estado da plataforma da estrada e, desse modo, pro-porcionar deslocações mais cómodas e seguras aos seus

utilizadores”, disse o Municí-pio de Arganil.

A intervenção integra uma empreitada de 160 mil euros, que inclui também a pavimen-tação de duas ruas em Cerdei-ra (já concluída), na União das Freguesias de Cerdeira e Mou-ra da Serra.

“A melhoria das condições de circulação e segurança vão ser notórias e essenciais numa via que é determinan-te não só para a freguesia de Folques, mas para as fregue-sias do alto concelho, nome-

adamente Cepos e Teixeira, e mesmo para o acesso à Pampilhosa da Serra”, disse o presidente da Câmara Mu-nicipal de Arganil, Luís Pau-lo Costa.

O programa de requalifica-ção das estradas do concelho envolve, em termos globais, um investimento de sete mi-lhões de euros e foi elaborado na sequência de um diagnós-tico de circulação rodoviária no concelho, tendo sido reali-zado em colaboração com os presidentes de Junta

Pavimentação da estrada entre Arganil e Folques já começou

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A Cáritas de Coimbra este-ve presente na 2.º reunião de avaliação do projecto

Pharaon que decorreu nos dias 21 e 22 de Julho.

Esta reunião, em formato on-line, reuniu esforços de mais de 40 parceiros que apresentaram o que foi feito nos primeiros 18 meses do projecto a um painel de avaliadores da Comissão Eu-ropeia. Este é um projeto finan-ciado pelo programa de investi-gação Horizonte 2020 da União Europeia.

Durante os dois dias de avalia-ção, a Cáritas de Coimbra apre-sentou e defendeu os trabalhos desenvolvidos no âmbito da im-plementação do piloto de larga escala português (coordenado conjuntamente com a Santa Casa da Misericórdia da Ama-dora), das actividades de comu-nicação e disseminação (colide-radas com a AGE Platform) e das tarefas de ética que lidera.

O projecto Pharaon – Pilots for Healthy and Active Ageing pre-tende desenvolver plataformas integradas que permitam um atendimento personalizado e optimizado de saúde e assis-tência social, mantendo a dig-nidade das pessoas mais velhas e aumentando a sua indepen-dência, segurança, capacidades

e estimulando o seu interesse pelas áreas naturais urbanas próximas. Além disso, preten-de fomentar a sua participação activa na preservação do meio ambiente. Para tal, propõe in-tegrar serviços, dispositivos e ferramentas digitais em plata-formas abertas que possam ser prontamente implementadas.

O ecossistema Pharaon será construído com base em ferra-mentas existentes fornecidas por parceiros, e por platafor-mas e tecnologias avançadas customizadas e conectadas, através de uma abordagem integrada e centrada no utili-zador, dirigida à facilitação da prestação de cuidados de saú-de optimizados e personaliza-

dos, assegurando a dignidade, autonomia e segurança dos utilizadores finais. As platafor-mas integradas do Pharaon se-rão validadas em duas etapas: uma de pré-validação da tec-nologia e outra de implemen-tação de pilotos de larga escala (LSP), em seis locais diferentes da Europa: Múrcia e Andaluzia (Espanha), Portugal, Holanda, Eslovénia e Itália.

O consórcio Pharaon é com-posto por 41 entidades euro-peias e o projecto recebeu um investimento total de 21,5 mi-lhões de euros financiado pelo Programa de Pesquisa e Inova-ção Horizonte 2020 da União Europeia ao abrigo do Contrato de Subvenção n.º 857188.

Cáritas de Coimbra participou

na 2.ª reunião de avaliação

do Projecto Pharaon

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O júri da 12.ª edição do  Prémio CES  para Jovens Cientistas So-

ciais de Língua Portuguesa atribuiu o galardão a Gabrie-la Figueiredo Rocha.

Constituído por  Bruno Monteiro  (Instituto de So-ciologia, Universidade do Porto), Cesaltina Abreu (Uni-versidade Católica de Ango-la), Cristiana Bastos (Instituto de Ciências Sociais da Univer-sidade de Lisboa),  Hermes Augusto Costa (CES/Faculda-de de Economia da Universi-dade de Coimbra), Leonardo Avritzer  (Universidade Fe-deral de Minas Gerais), pre-sidido pelo director do Cen-tro de Estudos Sociais (CES/UC),  António Sousa Ribeiro, o júri rendeu-se ao trabalho elaborado por Gabriela Ro-cha, intitulado “Para desco-lonizar a diferença: as trajec-tórias de indígenas urbanos

brasileiros na defesa de suas identidades e na construção de um Estado intercultural”. O júri destacou a originalida-de do tema, a grande soli-dez teórica e metodológica, a qualidade e diversidade da abordagem empírica no âmbito de um trabalho de campo complexo, a capa-cidade reflexiva e autorre-flexiva demonstrada e, em

geral, o nível de excelência atingido.

O júri decidiu atribuir ain-da uma menção honrosa a  Sara Margarida da Silva Matos  pelo trabalho  “Vigiar e/ou proteger?” Desafios da proteção de dados genéti-cos no combate à criminali-dade no âmbito do sistema Prüm. O Prémio CES tem um valor de 5 000 euros.

Gabriela Figueiredo Rocha

vence 12.ª edição

do Prémio CES

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A segunda quinzena de estágios iniciou-se, na passada segunda-fei-

ra (19), com mais 19 jovens afectos a diversos serviços da Autarquia, Bombeiros Municipais da Lousã, Junta de Freguesia da Lousã e Vila-rinho e Bombeiros Voluntá-rios de Serpins.

Destinado a jovens dos 14 aos 18 anos, este programa

pretende possibilitar aos inscritos a oportunidade de ocuparem o seu tempo livre em ambiente de trabalho real, onde são valorizados aspectos com a assiduidade, empenho, dedicação e res-ponsabilidade, permitindo a aquisição de competências que venham a ser uteis para a sua vida adulta.

Ao longo de quatro quin-

zenas, entre Julho e Agos-to, 78 jovens vão trabalhar 20h por semana, receben-do uma bolsa e um voucher para a Piscina Municipal Carlos Reis por cada dia de trabalho.

Estes Estágios são desen-volvidos no âmbito do Con-sórcio do Espaço J8G do Pro-grama Escolhas, promovido pela ACTIVAR.

Lousã: Estágios “Experimenta +”

iniciaram segunda quinzena

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O Município de Pampi-lhosa da Serra inaugu-rou, esta sexta-feira

(23), o campo polidespor-tivo e o espaço envolvente à antiga Escola Primária de Dornelas do Zêzere.

“Hoje é um dia especial para Dornelas do Zêzere”, disse o presidente da Câma-ra Municipal, José Brito. Este campo polidesportivo “que se encontrava muito de-gradado, no centro de Dor-nelas do Zêzere, tem agora condições excelentes para a prática do desporto”, sen-do que a conclusão desta

obra é de facto uma “alegria grande, tanto para a Junta de Freguesia como para a Câmara Municipal e para to-das as pessoas de Dornelas”, acrescentou o autarca.

“Apesar desta pandemia que nos tem acompanha-do, e do esforço que vamos fazendo para minimizar os seus efeitos, vamos tam-bém conseguindo fazer obra em todo o concelho, e esta (obra) é a demonstração dis-so mesmo”, considera o edil.

O autarca aproveitou a ocasião para agradecer à Junta de Freguesia de Dor-

nelas do Zêzere “por todo o acompanhamento que fez”, deixando também um reconhecimento por parte da Câmara Municipal pela “lembrança constante da necessidade de requalificar este espaço”.

Já o presidente da Junta de Freguesia de Dornelas do Zêzere, Joaquim Isidoro, reconheceu que se trata de um “dia especial para Dor-nelas”, aproveitando a oca-sião para agradecer à Câma-ra Municipal a possibilidade de ver concretizada esta obra há muito desejada.

Pampilhosa da Serra inaugurou campo polidesportivo em Dornelas do Zêzere

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VINAGRETASPEIXES QUE ANDAM

IMPACIÊNCIA

Na rua da cidade chinesa Zhengzhou, foram vistos quatro peixes a dar à “per-

na”. Sim... andavam na rua como se nada fosse. Mas há uma razão para tal ter acontecido e os coi-tadinhos dos peixinhos estarem nesta situação... é que aquele lugar foi, há pouco tempo, forte-mente atingido por chuvas tor-renciais e cheias. Isto é que são peixes fora d’água!

Os tempos são mais acelerados e toda a gente parece estar mui-tas vezes stressada. Atente nes-

ta situação que se passou em que um homem se envolveu numa situação de pancadaria com outro passageiro só porque não gostou do atraso com que as malas estavam a ser retiradas nas bagageiras da cabine. Ele há com cada um! Mas quando se faz uma viagem não é para relaxar um pouco? Pelos vis-tos, não.

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ALGUÉM DISSE QUE...“No dia de arranque oficial dos Jogos Olímpicos envio uma mensagem de orgulho e confiança a toda a equipa portuguesa”.

António Costa, primeiro-ministro

“Espero que possam ter uma experiência olímpica tão boa quanto as duas que eu tive”.Rosa Mota, antiga atleta

“Se a RTP, enquanto concessionária do serviço público de rádio e televisão, está sujeita a responsabili-dades acrescidas, deve também ser dotada dos meios necessários para as cumprir”.

Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República

“As pessoas vão ter férias e descanso e vamos tentar gerir isso da melhor forma possível sem prejudi-car o processo”.

Henrique Gouveia e Melo, coordenador da task force, que confirmou que profissionais da vacinação vão ter férias

“Vamos dando espaços a notícias mais negativas do que aquelas que o país vai mostrando de positi-vidade”.

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação

“Depois do calvário de mais de um ano e meio que afastou a Volta a Portugal de cumprir um dos seus maiores requisitos, que é, no Verão, constituir-se como o principal evento e o mais popular, que leva o colorido a casa das pessoas, esperamos, finalmente, neste Agosto dar um pouco desse cheirinho de normalidade às pessoas”.

Joaquim Gomes, director da Volta a Portugal

“Através da autonomização do estatuto de vítima para crianças e menores esperamos reforçar a sua protecção e aplicação da lei”.Inês de Sousa Real, líder do PAN, sobre o Parlamento ter aprovado alterações ao diploma que regula

a prevenção da violência doméstica e a protecção das vítimas

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[PUBLICADO EM 03/02/2005]

P E R F I L

| Rira Basílio

Historiador natoNome LUÍS REIS TORGALIdade 63 ANOS

HISTORIADORCINEMA, TEATRO, MÚSICA E LEITURA

Signo CAPRICÓRNIO

TODAS AS SEXTAS-FEIRAS NO SEU CAMPEÃO DIGITAL 2005 31

História da Primeira República e do Estado Novo, do Fascismo e dos Movimentos Au-toritários, História do Colonialismo e das

Identidades Nacionais. Especialista de craveira, Reis Torgal, nascido em Coimbra, em 1942, tem passado a pente fino o século XX português, tra-zendo a lume múltiplas dimensões da sua singu-laridade.

Nem a estética escapou ao esforço de análise do investigador. Cinéfilo por influência materna, posou o olhar nas relações entre a ideologia do Estado Novo e a «sétima arte». e coordenou o lançamento de uma das raras obras que falam d’ «O Cinema sob o olhar de Salazar».

Professor catedrático da Faculdade de Letras de Coimbra desde 1985, os seus primeiros contri-butos para a historiografia nacional reportam-se, porém, a outras épocas. Doutorou-se com uma tese sobre a «Ideologia política e teoria do Esta-do na Restauração», estudou, depois, o Liberalis-mo, mas, tal como afirma Isabel Vargues, colega das Letras e parceira em trabalhos como o que deu origem ao título «A Revolução de 1820 e a Instrução Pública», acabou por “rasgar horizon-tes na História Contemporânea”.

Motivaram-no “razões institucionais”, costuma dizer o historiador. A dada altura, tinha então a seu cargo a direcção do Instituto de História e Te-oria das Ideias, conclui que a Faculdade sofria de um “défice de ensino de História do Século XX” que deveria ser combatido e assume ele próprio esse papel.

“E em boa hora o fez”, evidencia Isabel Var-gues. “Tudo o que tem feito pelo grupo de Histó-ria ao longo dos últimos 20 anos não tem preço. A ele se deve, por exemplo, o êxito da «Revista de História das Ideias» [publicação que dirigiu de 83 a 2002] e, mais tarde, a criação de uma outra, a «Estudos do Século XX».

Esta última, nascida em 2001, é apenas um dos frutos de uma obra erigida sob o seu pulso que a comunidade científica não se cansa de elo-giar. Fundou, em 1998, o Centro de Estudos Inter-disciplinares do Século XX (CEIS 20) da Universi-dade de Coimbra, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), justamente porque

desejava que o país conhecesse a sua História re-cente com a ajuda de vários saberes e disciplinas.

Apercebeu-se da inexistência de uma institui-ção do género enquanto coordenador da avalia-ção dos centros de investigação da FCT. Daí até o Centro ocupar um edifício na Rua Filipe Simões, em Coimbra, foram favas contadas. Rui Alarcão, então reitor da Universidade, apoia a ideia, insta-lando os diversos grupos de trabalho entretanto formados. Pouco depois, o seu sucessor no cargo, Fernando Rebelo, cede-lhes a residência actual.

Razão para a historiadora Maria Manuela Ta-vares Ribeiro defender que o docente “não fez apenas escola como professor de várias gerações de estudantes e orientador de inúmeras teses de mestrado e de doutoramento”. Quer na Faculda-de quer no Centro, frisa a coordenadora de um dos grupos de trabalho formados, “empenhou--se profundamente na criação e dinamização de equipas de investigadores”.

De resto, a paixão de Reis Torgal pelo conhe-cimento fê-lo fugir sempre de cargos de gestão da Universidade. À excepção da presidência da Assembleia de Representantes e do cargo de se-nador – que ocupa desde 1989, sendo, por isso, o mais antigo membro –, do seu currículo não constam funções dessa natureza.

Candidatou-se a reitor, é certo, perdendo as eleições para Fernando Rebelo, mas apenas por-que achou que deveria “rentabilizar o conheci-mento adquirido” dentro e fora do país, no âmbi-to de uma “constante reflexão sobre o que deve ser uma universidade”.

“Sempre esteve atento aos problemas e sem-pre interveio na vida universitária, tal a sua ân-sia de construir positivamente a instituição nos seus múltiplos aspectos”, atesta Manuela Tavares Ribeiro. De resto, “sempre interveio, activa e pro-fundamente, a nível da cidade de Coimbra e do próprio país”.

Tem-no feito “de forma tão combativa que, mesmo estando isolado nas suas posições, não deixa de as defender até ao limite das suas for-ças”, comenta, por sua vez, o especialista em Estudos Teatrais Oliveira Barata. “Podemos não concordar com as mesmas ideias”, adverte, “mas

isso nunca pôs em causa o nosso respeito mútuo e amizade”.

HOMEM DE IDEAIS

Reconhecido, entre os seus pares, pela afabili-dade, granjeou menos inimigos do que admira-dores da sua entrega às causas. Vocação herdada do pai, médico, em Souselas, oriundo de uma família católica, conservadora e monárquica do Fundão, “que sempre se debateu pelos princípios nos quais acreditava”.

Também ele chegou a pertencer ao sector católico. Frequentou o CADC, hoje Justiça e Paz – experiência que muito preza –, tem um primo bispo – D. Januário Torgal Ferreira –, mas cedo se sentiu afastado da Igreja.

Distanciou-se igualmente da política. Neste caso, por devoção à Universidade, onde foi dos poucos que, após o 25 de Abril, se opôs aos “in-justos saneamentos de professores”. Pertenceu ao Partido Socialista até finais dos anos 80, lutan-do por princípios como a justiça social, sempre como militante de base. “Nenhum de nós fazia política para ascender a cargos”, atesta o delega-do regional de Coimbra do INATEL, parceiro des-sa actividade partidária.

“Andávamos de peito aberto, não caíamos em jogos de poder e, independentemente de cada um poder representar uma maneira diferente de estar no PS, o seu posicionamento foi sempre de uma grande frontalidade”, recorda, ainda, João Fernandes.

Da sua força ninguém duvida. Enfrentou as agruras do destino com firmeza. A sua mãe mor-re com cinquenta e poucos anos, um dos seus irmãos falece antes de chegar aos 30 e, pouco depois, desaparece o seu pai. Mais tarde é a sua mulher quem sucumbe a uma doença grave. Tor-gal volta a casar e vê nascer o seu segundo filho.

Soube aligeirar a dureza da vida apreciando o que de melhor esta tem para dar: as viagens de descoberta de outras paragens, o cinema, a lite-ratura, a música, até a sua Académica e, claro, a feitura da História, para si, uma paixão e não uma simples actividade.

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