S
Seminrio: Interao e Subjetividade
no Ensino de Lnguas
i s e L
Faz diFerEna sEr auTor
da AuLa que MiNistro?
III
17, 18 e 19 de outubro de 2013 Universidade Federal do Par
Castanhal Par Brasil
C a d E R n O d E r E s u M O s
Inia Damasceno Abreu
Mrcia Cristina Greco Ohuschi
Thomas Massao Fairchild Zilda Laura Ramalho Paiva
(Orgs.)
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)
Seminrio Interao e Subjetividade no Ensino de Lnguas
(3.:2013:Castanhal, PA)
Cadernos de resumo [do] III Seminrio Interao e Subjetividade no
Ensino de Lnguas : faz diferena ser autor da aula que ministro? Inia Damasceno Abreu
(org.) ... [et al.]. -- Castanhal, PA : UFPA/Faculdade de Letras, 2013.
ISBN 978-85-64233-04-1
1. Linguagem e lnguas Estudo e ensino. I. Abreu, Inia Damasceno
Abreu, org.
CDD 22. ed. 407
Caderno de Resumos
III SISEL
Seminrio: Interao e Subjetividade
no Ensino de Lnguas
Faz diferena ser autor da aula que ministro?
17, 18 e 19 de outubro de 2013
Inia Damasceno Abreu
Mrcia Cristina Greco Ohuschi
Thomas Massao Fairchild
Zilda Laura Ramalho Paiva
(Org.)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR
Prof. Dr. Carlos Edilson de Almeida Maneschy Reitor Prof. Dr. Horcio Schneider Vice-reitor Profa. Dra. Marlene Rodrigues Medeiros Freitas Pr-Reitoria de Ensino e Graduao Prof. Dr. Emmanuel Zagury Tourinho Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps-Graduao Prof. Dr. Fernando Arthur de Freitas Neves Pr-Reitoria de Extenso Prof. MSc. Edson Ortiz de Matos Pr-Reitoria de Administrao Joo Cauby de Almeida Jr. Pr-Reitoria de Desenvolvimento e Gesto de Pessoal Prof. Dr. Erick Nelo Pedreira Pr-Reitoria de Planejamento Prof. Dr. Otaclio Amaral Filho Diretor Geral do Instituto de Letras e Comunicao Profa. Dra. Ftima Cristina da Costa Pessoa Diretora Adjunta do Instituto de Letras e Comunicao Profa. Dra. Germana Maria Arajo Sales Coordenadora do Programa de Ps-Graduao em Letras Prof. MSc. Adriano Sales dos Santos Silva Coordenador do Campus Universitrio de Castanhal/UFPA
Prof. Dr. Stefano Juliano Tavares de Andrade Vice-Coordenador do Campus Universitrio de Castanhal/UFPA Profa. MSc. Kelly Cristina Marques Gaignoux Diretora da Faculdade de Letras do Campus Universitrio de Castanhal/UFPA
Comisso Organizadora Presidente: Thomas Massao Fairchild Docentes UFPA: Inia Damasceno Abreu Mrcia Cristina Greco Ohuschi Zilda Laura Ramalho Paiva Docentes Educao Bsica: Shirley de Pontes Arajo Arthur Conceio Santos Bentes da Gama Alunos Ps-Graduao: Dione Mrcia Alves de Moraes Eunice Braga Pereira Francineide Paiva Moraes Laura Viviani dos Santos Bormann Vanessa Gonalves Costa Alunos Graduao: Alana Clemente Lima Ana Beatriz Fonseca Pereira Ana Paula Oliveira Silva Andressa de Jesus Arajo Ramos Caroline do Nascimento dos Santos rica Patrcia Barbosa Costa Felipe Hilan Guimares Santos Hariane Cristina de Souza Lemos Julio Ferreira Neto Roberta Corra Pantoja Ronildo Jnior dos Santos Pinheiro Luana de Jesus Silva Maria Bruna Rgo Silva Melize Borges Pereira Silmara de Oliveira Silva
Comit Cientfico merson de Pietri (USP) Ernesto Srgio Bertoldo (UFU) George Hamilton Pellegrini Ferreira (UFPA) Inia Damasceno Abreu (UFPA Iris Lima Barbosa (UFPA) Ivan Pereira de Souza (UFPA) Ivnia dos Santos Neves (UNAMA Jos Carlos Chaves da Cunha (UFPA) Kelly Cristina Marques Gaignoux (UFPA) Laura Maria Silva Arajo Alves (UFPA) Lexy Concepcin Medina Meja (UPNFM - Honduras) Mrcia Cristina Greco Ohuschi (UFPA) Maria do Perptuo Socorro Cardoso da Silva (UEPA) Marinalva Vieira Barbosa (UFTM) Myriam Crestian Chaves da Cunha (UFPA) Renilson Jos Menegassi (UEM) Sulemi Fabiano Campos (UFRN) Sonia Maria Correa Pereira Mugschl (UFMA) Thomas Massao Fairchild (UFPA) Zilda Laura Ramalho Paiva (UFPA)
Organizao, projeto grfico e diagramao Thomas Massao Fairchild
Reviso Thomas Massao Fairchild
Capa Thomas Massao Fairchild
Apoio Institucional CAPES Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior
Campus Universitrio de Castanhal UFPA
Realizao PPGL Programa de Ps-Graduao em Letras
FALE Faculdade de Letras do Campus Universitrio de Castanhal
Universidade Federal do Par Instituto de Letras e Comunicao Programa de Ps-Graduao em Letras Cidade Universitria Prof. Jos Silveira Netto Rua Augusto Corra, n 1, Guam, Belm/PA CEP 66074-900 (91) 3201-7499 [email protected]
Universidade Federal do Par Campus Universitrio de Castanhal
Faculdade de Letras Avenida dos Universitrios, s/n, Jaderlndia,
Castanhal/PA CEP 68746-360 (91)3311-4621
7
SUMRIO
1 FOLHETAR E IMAGINAR: O CORDEL NA SALA DE AULA TRAZ
CONSIGO A ARTE DE ENCANTAR
Alana Clemente LIMA (UFPA)
Cristiane Helena Silva de OLIVEIRA (UFPA)
2 O MUNDO DO BANDIDO: COMPREENDENDO AS FORMAS DE
SIGNIFICAO PARA ATUAR PEDAGOGICAMENTE
Alessandra Gonalves PINHEIRO (UFPA)
Suellen Thayane Carvalho da SILVA (UFPA)
Orientadora: Rosa Maria de Souza BRASIL (UFPA)
3 INTERTEXTUALIDADE DE TEXTOS LITERRIOS E TELEVISO: AS
TELENOVELAS NA SALA DE AULA
Alxia Rassa Castro da SILVA (UFPA)
Izadora Cristina Ramos RODRIGUES (UFPA)
Maria Jackeline da Silva CAVALCANTE (UFPA)
4 PROJETOS DE FUTURAS PROFESSORAS: UMA EXPERINCIA
INTEGRADORA NA ESCOLA DE APLICAO DA UFPA
Ana Alice Castro COSTA (Escola de Aplicao da UFPA)
Ana Letcia Maia de OLIVEIRA (UFPA)
Suene Amorim COSTA (UFPA)
5 O TEXTO LITERRIO NOS MATERIAIS DO MTODO KUMON COMO
PRETEXTO DE UMA ABORDAGEM DO PORTUGUS CLSSICO: A
PRISO DO CORRETOR
Ana Caroline da Silva RODRIGUES (UFPA)
6 ENSINO DE INGLS ATRAVS DA LITERATURA: LITERATURA
INFANTOJUVENIL NA SALA DE AULA
Ana Maria da SILVA (UFPA/Marab)
Gleiciane de Cssia Sousa RODRIGUES (UFPA/Marab)
7 ABORDAGEM DAS CONCEPES DE LINGUAGEM EM UM LIVRO
DIDTICO DO 8 ANO
Ana Paula Oliveira da SILVA (UFPA)
Julio Ferreira NETO (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
8 CONCEPO DE LINGUAGEM: A INFLUNCIA NA AUTORIA DE SALA
DE AULA
Andressa de Jesus Arajo RAMOS (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
9 ARTIGO DE OPINIO: O PODER DA ARGUMENTAO
8
Antonilda de Lima Albuquerque VIEIRA
Paula Freitas NASCIMENTO
10 TEATRO E LINGUAGEM: UMA EXPERINCIA NO ENSINO MDIO Arthur RIBEIRO (UEPA)
11 DE OBJETOS DE ENSINO CONSTITUIO DE IMAGENS DO
PROFESSOR DE PORTUGUS Bruna Dias da SILVA (PIBIC/UFPA/Marab)
Nilsa Brito RIBEIRO (UFPA/Marab)
12 ANLISE DAS CONCEPES DE LINGUAGEM E ATUAO DO
PROFESSOR- MEDIADOR
Bruna Rafaelle de Oliveira NEVES (UFPA)
Adriele dos Santos SANTANA (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
13 SEQUNCIA DIDTICA COMO FERRAMENTA AUTNOMA PARA O
ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA
Cibelly Paraiso PINHEIRO (IFPA)
Luciano Pereira NUNES (UFPA)
14 O PAPEL DO PROFESSOR: DO MATERIAL DIDTICO A SALA DE
AULA
Clvia Tatiana Duarte ARAGO (Instituto Carreira)
15 GNEROS TEXTUAIS E ENSINO: DOS PROCEDIMENTOS TERICOS
APLICABILIDADE EM AULAS DE LNGUA PORTUGUESA NA
EDUCAO BSICA
Dalvino Silva COSTA (PIBIC/INTERIOR)
16 LEITURA ATIVA E CRTICA POR MEIO DE ESTRATGIAS DE
CARNAVALIZAO E UTOPIA CRTICA: UMA PROPOSTA DE ENSINO
DE LEITURA
Daniel Prestes da SILVA (UNAMA)
17 O GNERO MSICA EM AULAS DE PORTUGUS
Danillo da Silva MENDES (UFPA)
18 GNEROS DISCURSIVOS: UMA PROPOSTA DE ENSINO COM BASE NO
ARTIGO DE OPINIO
Davi Pereira de SOUZA (UFPA)
Francisca Imaculada Santos OLIVEIRA (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
19 AS CARACTERSTICAS DA LITERATURA DE FICO CIENTFICA
PRESENTES NO JOGO ELETRNICO METAL WARRIORS
Denison Carlos Soares BARBOSA (UFPA)
Tailson Rodrigues de LIMA (UFPA)
Rafael Alexandrino MALAFAIA
9
20 O PAPEL DA PROSDIA NA FLUNCIA EM LEITURA
Denize Roberta Del-Teto RAMOS (UFPA)
21 LEITURA: TEORIAS E PRTICAS NO SEGUNDO ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Dione Mrcia Alves de MORAES (UFPA/CAPES)
Thomas Massao FAIRCHILD (UFPA/CAPES)
22 IDENTIFICANDO ALUNOS FLUENTES EM LEITURA PELO MTODO
CBM: UMA PROPOSTA POSSVEL NO ENSINO MDIO
Elisangela Ribeiro de OLIVEIRA (UFPA)
Shirlene Betrice Gordo AMARAL (UFPA)
23 AS CONCEPES DE LINGUAGEM E O ENSINO DE LNGUA
MATERNA: ANLISE CRTICO-REFLEXIVA DE UMA ATIVIDADE DE
ENSINO DE GRAMTICA
rica Patrcia Barbosa COSTA (UFPA)
Melize Borges PEREIRA (UFPA)
Rassa da Silva MIRANDA (UFPA)
24 O ENSINO DA LNGUA PORTUGUESA COMO L2 PARA SURDOS NA
PERSPECTIVA BILINGUE
Etiene Vaz de LIMA (UFPA)
Melissa Maynara dos Passos RGO (UFPA)
Orientadora: Andra Pereira SILVEIRA (UFPA)
25 AUTORIA DIDTICA NO ENSINO SUPERIOR: FOMENTANDO OS
LETRAMENTOS DIGITAL E ACADMICO NA GRADUAO EM LETRAS
Eunice Braga PEREIRA (UFPA)
26 UTILIZAO DA LOUSA DIGITAL NO ENSINO DE LIBRAS: DESAFIOS
E POSSIBILIDADES
Fbia Marcela Moreira SILVA (E.M.E.I.E.F. Profa. Emlia Gimennez)
Jane Meiry LAMEIRA (E.M.E.I.E.F. Profa. Emlia Gimennez)
27 A BIBLIOTECA ORAL DA CRIANA: MEMRIA, APRENDIZAGEM E
SUBJETIVIDADE
Felipe Hilan Guimares SANTOS (UFPA)
28 A FRAGMENTAO FORMAL NAS OBRAS DE BENECDITO
MONTEIRO COMO REPRESENTAO DE UM PERODO DITATORIAL
Fernanda Ramos CORRA
Rasa do Socorro da Silva GUEDES
29 AVALIAO FORMATIVA COMO FONTE DE (AUTO)REGULAO NA
FORMAO DE PROFESSORES DE FRANCS DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PAR
Fernanda SOUZA E SILVA (UFPA)
Orientadora: Myriam Crestian Chaves da CUNHA (UFPA)
10
30 A AUTORIA DA AULA DE LNGUA PORTUGUESA: UMA PRTICA
DISCURSIVA EM BUSCA DE IDENTIDADE
Francineide Paiva MORAES (UFPA/CAPES)
Thomas Massao FAIRCHILD (UFPA/CAPES)
31 CONCEPES DE LINGUAGEM E LIVRO DIDTICO: UM NOVO
OLHAR SOBRE VELHAS PRTICAS
Francisca Imaculada Santos OLIVEIRA (UFPA)
Davi Pereira de SOUZA (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
32 TERMINOLOGIA DA AGROINDSTRIA DO DEND
Francivaldo Mata QUARESMA (UFPA)
33 DOS GRIMM AO IFNOPAP: ENTRE O OUVIDO E O TRADUZIDO
Greubia da Silva SOUSA (UFPA)
34 LITERATURA: REFLEXES NO ENSINO MDIO
Haline Fernanda Silva MELO (UNAMA)
Neusa PRESSLER (UNAMA)
35 AS CONCEPES DE LINGUAGEM E O ENSINO DE LNGUA
PORTUGUESA: UMA ABORDAGEM NO LIVRO DIDTICO
Hariane Cristina de Souza LEMOS (UFPA)
Tatiane Carmem Silva RODRIGUES (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
36 UMA EXPERINCIA DE ENSINO/APRENDIZAGEM ACIONAL NO
PROCESSO DE ELABORAO DE TAREFAS DE PRODUO ESCRITA
PARA TURMAS HETEROGNEAS DE PORTUGUS LNGUA
ESTRANGEIRA (PLE) Hellen Margareth POMPEU de Sales (UFPA)
Orientador: Jos Carlos Chaves da CUNHA (UFPA)
37 FORMAO INICIAL DO PROFESSOR DE LNGUA PORTUGUESA:
AUTORIA EM MATERIAIS DIDTICOS CRIADOS POR GRADUANDOS DE
LETRAS Herodoto Ezequiel Fonseca da SILVA (UFPA)
38 LITERATURA E CINEMA: ENSINO A PARTIR DA INTERRELAO
DAS DIFERENTES LINGUAGENS ARTSTICAS
Ingrid Luana Lopes CORDEIRO (UFPA)
Jssica Cristina Lima de JESUS (UFPA)
Zerben Nathaly Wariss de Aguiar BARATA (UFPA)
39 EROTISMO E POESIA EM MAX MARTINS
Ingrid da Silva MARINHO (UFPA)
Orientador: Lus Heleno Montoril DEL CASTILO (UFPA)
11
40 LUZ, CMARA Y CONVERSACIN: O CINEMA COMO FERRAMENTA
DIDTICA PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM DE LE Iris de Ftima Lima BARBOSA (UFPA)
41 ANLISE DE DISCURSOS (JORNALSTICOS) E ENSINO DE LNGUA
MATERNA: TRAVESSIAS POSSVEIS (?)
Israel Fonseca ARAJO (UFPA)
42 INGLS PARA FINS ESPECFICOS: UM RELATO DE EXPERINCIA
SOBRE AULAS PARA MSICOS
Ivo Antonio de Matos CRUZ (UFPA)
Lidiane Alyne dos Santos NASCIMENTO (UFPA)
43 CONCEPES DE LINGUAGEM E ANLISE DA ATIVIDADE DE
LEITURA NO LIVRO DIDTICO
Iza Macdo de ALMEIDA (UFPA)
Viviane de Souza Portela BATISTA (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
44 RESSIGNIFICAO DE SABERES DOCENTES DE ALUNOS-
PROFESSORES DO CURSO PARFOR LETRAS LNGUA PORTUGUESA Izabelly Reis LOUREIRO (UFPA)
Jailma do Socorro Ucha BULHES (UFPA)
45 O LIVRO DIDTICO E A QUESTO DA AUTORIA: UMA ABORDAGEM
DAS CONCEPES DE LINGUAGEM Jeconias Monteiro de ARAJO (UFPA)
Andressa de Jesus Arajo RAMOS (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
46 O IMPACTO DAS CONCEPES DE LINGUAGEM NA AUTORIA DO
PROFESSOR EM SALA DE AULA: UMA ABORDAGEM EM UM LIVRO
DIDTICO
Joelson Beltro ALVES (UFPA)
Kelly do Socorro Porto da ROSA (UFPA)
Vanessa Rafaela Santos da CONCEIO (UFPA)
47 O GNERO TEXTUAL RECEITA CULINRIA NA SALA DE AULA Ktia Regina Lima GUEDES (UFPA/ CAMPUS MARAB)
Willa Nayara CARVALHO Lopes (UFPA/ CAMPUS MARAB)
48 AS CONCEPES DE LINGUAGEM NAS ATIVIDADES DOS LIVROS
DIDTICOS
Kettyelen Santos BERNARDO (UFPA)
Rafael de Lima SALES (UFPA)
Soraia dos Santos FERREIRA (UFPA)
49 AUTORIAS DE ESTRATGIAS INTERATIVAS: CONTRIBUIES NO
PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM DE ALUNOS DISLXICOS E
COM DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA
12
Kmilla Batista Vallinoto de SOUZA (UNAMA/UEES Professor Astrio de
Campos/UEPA)
Wanilda Lima JORGE (E.M.E.I.F. Geraldo Manso Palmeira)
Orientadora: Maria do Perptuo Socorro Cardoso da SILVA (UEPA)
50 AULAS DE METODOLOGIA DO ENSINO DE LNGUA PORTUGUESA
EM CURSOS DE LICENCIATURA EM LETRAS
Laura Viviani dos Santos BORMANN (UFPA/CAPES)
Thomas Massao FAIRCHILD (UFPA/CAPES)
51 TRABALHANDO A VARIAO LINGUSTICA ATRAVS DO GNERO
ENTREVISTA INFORMATIVA ORAL
Leida Cristina Saraiva TEIXEIRA (UFPA/Abaetetuba)
52 AS PRTICAS DE LEITURA NA SALA DE AULA: COMO
DESENVOLVER A COMPETNCIA LEITORA?
Lorena Bischoff TRESCASTRO (SEMEC-Belm)
Vania Maria Batista FERREIRA (SEMEC-Belm)
Cilene Maria Valente da SILVA (SEMEC-Belm)
53 CONCEPES DE LINGUAGEM: UMA ABORDAGEM A PARTIR DA
PRTICA EM SALA DE AULA
Luana de Jesus SILVA (UFPA)
Maria Bruna Rego SILVA (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
54 A TRADUO DE CONCEITOS DE TEXTUALIDADE EM PRTICAS DE
ENSINO DE LNGUA MATERNA Mara de Lima NASCIMENTO (UFPA/Marab)
Nilsa Brito RIBEIRO (UFPA/Marab)
55 O PROFESSOR NATIVO DE LE OU O PROFESSOR DE LE NATIVO Mara Fabiane Silva FERREIRA (UFPA)
Sandy Carvalho de ALCANTARA (UFPA)
56 A CONSTRUO DE ATIVIDADES DE ANLISE LINGUSTICA NA
FORMAO CONTINUADA DE PROFESSORES DE LNGUA
PORTUGUESA
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
Zilda Laura Ramalho PAIVA (UFPA)
57 OS CABANOS COMO ZUMBIS SOCIAIS NO CONTO O REBELDE DE
INGLS DE SOUZA
Marco Felipe de Oliveira PEIXOTO (UFPA)
58 ESTRATGIAS MOTIVACIONAIS NO ENSINO DE LNGUAS
ESTRANGEIRAS: MISSO DO PROFESSOR?
Marcus Alexandre Carvalho de SOUZA (UFPA)
13
59 LIVRO DIDTICO E O DISCURSO MACHISTA: EU, AUTOR DA MINHA
AULA? Maurcio Ramos LINDEMEYER (SEDUC-PA/UNAMA)
60 PROCESSOS FORMATIVOS EM SEQUNCIAS DIDTICAS DE
PRODUO TEXTUAL: QUANDO A AUTORIA DOCENTE FAVORECE A
AUTORIA DISCENTE
Myriam Crestian CUNHA (UFPA)
61 EU, TU, NS PLANEJAMOS E APRENDEMOS: A CONTRIBUIO DA
FORMAO CONTINUADA PARA O RESSIGNIFICAR DA PRTICA
DOCENTE
Nilma do Socorro Nogueira MACHADO (SEMEC)
Srgio Renato Lima PINTO (SEMEC)
Walter da Silva BRAGA (SEMEC)
62 A NOO DE AUTORIA: FORMAS DE MOBILIZAO DO
CONHECIMENTO
Nora Monteiro Pinto de ALMEIDA (UFPA)
63 A PRODUO DE TEXTO A PARTIR DO PROCEDIMENTO
SEQUNCIA DIDTICA: DESENVOLVENDO AS CAPACIDADES DE
LINGUAGEM
Paulo da Silva LIMA (UFPA)
Hellen Christina de Souza LIMA (SEMED)
Gabriele Alves da SILVA (SEMED)
64 UMA LEITURA DAS CARTAS 105 LAGARTO E 106 LAGARTIXA
ELABORADAS COM DADOS DO ATLAS GEOSSOCIOLINGUSTICO DO
PAR
Regis Jos da Cunha GUEDES (UFPA)
Orientador: Abdelhak RAZKY
65 FBULAS: LITERATURA ENCANTADA EM SALA DE AULA Rzia Dris Rodrigues de SOUZA (UFPA)
Helga Kadhyja Costa DIAS (UFPA)
66 DO PERGAMINHO AO SUPORTE DIGITAL: O TEXTO E SUAS
MULTIMODALIDADES
Robson Borges RUA (UFPA)
67 A MEDIAO DO PROFESSOR-AUTOR NA CONSTRUO DA
COMPETNCIA DISCURSIVA DOS ALUNOS
Ruth Helena Barros da SILVA (Escola de Aplicao da UFPA)
68 AS CONCEPES DE LINGUAGEM SOB A PERSPECTIVA DO
PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL MAIOR: UMA ABORDAGEM
DO ENSINO-APRENDIZAGEM DE LNGUA PORTUGUESA
Silmara de Oliveira SILVA (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
14
69 FORMAO CONTINUADA DE PROFESSORES EM TECNOLOGIAS:
CONFORTO, MUDANA OU RUPTURA DE PRTICAS METODOLGICAS
EM SALA DE AULA
Teodomiro Pinto SANCHES NETO (UNAMA)
70 SEQUNCIA DIDTICA: UMA EXPERINCIA DE AUTORIA DOS
PROFESSORES DE LNGUA PORTUGUESA DE CIII E CIV DA REDE
MUNICIPAL DE EDUCAO DE BELM
Valria Maria Marques FERNANDES (SEMEC)
Ktia Regina Macedo TAVARES (SEMEC)
Paulo DEMTRIO (SEMEC)
71 FRAGMENTAO NO ENSINO DE LNGUA PORTUGUESA:
DISCIPLINAS, MTODOS E PROCEDIMENTOS
Vanessa Gonalves COSTA (UFPA)
Thomas Massao FAIRCHILD (UFPA/CAPES)
72 O CONTEXTO DA SALA DE AULA: A RELAO ENTRE A FORMAO
INICIAL E A FORMAO CONTINUADA
Vernica Madalena da Cruz LIMA (UFPA)
Zilda Laura Ramalho PAIVA (UFPA)
73 COMO VIVO E VIBRO DE NSIA BRASILEIRA: REGIONALISMO E NACIONALISMO NA CORRESPONDNCIA DE MRIO DE ANDRADE E
CMARA CASCUDO
Walessa Luzia Machado dos REIS (UFPA)
Juliana Lopes LAMEIRA (UFPA)
Sylvia Maria TRUSEN (UFPA)
15
FOLHETAR E IMAGINAR: O CORDEL NA SALA DE AULA TRAZ
CONSIGO A ARTE DE ENCANTAR
Alana Clemente LIMA (UFPA)
Cristiane Helena Silva de OLIVEIRA (UFPA)
A literatura de cordel h tempos considerada inferior s demais literaturas e,
consequentemente, no faz parte das aulas de portugus do Ensino Fundamental e
Mdio. Este trabalho pretende discutir a importncia do cordel na sala de aula a partir da
elaborao de sequncias didticas e da resposta para a seguinte pergunta: de que forma
o cordel pode ser trabalhado nas aulas de portugus, considerando seu carter ldico?
Unir a literatura de cordel com a ludicidade torna-se uma proposta inovadora, na medida
em que o professor levado a elaborar uma aula que fuja do tradicional ensino de
gramtica e dos livros didticos e considere a importncia de o aluno sentir prazer com
o que aprende. O ldico dos folhetos de cordel traz o poder do encantamento do aluno e
do professor. Partindo disso, faremos uma discusso acerca do que previsto pelos PCN
e do que de fato trabalhado em sala de aula, tomando por base um livro didtico de
Ensino Fundamental. Em seguida, relacionaremos o que se apresenta neste livro com as
sequncias didticas elaboradas a partir dos estudos de Marinho e Pinheiro, Rodari,
Kishimoto e Siqueira. Estas sequncias didticas contemplaro o trabalho com a
literatura de cordel relacionada a diversos contedos das aulas de portugus. Por fim,
discutiremos a necessidade da autonomia do professor no que tange elaborao de
uma aula interativa, criativa e encantadora, que busque abranger os contedos
necessrios e torn-los mais atraentes ao aluno.
Palavras-chave: Cordel. Ludicidade. Sequncias didticas. Autonomia.
O MUNDO DO BANDIDO: COMPREENDENDO AS FORMAS DE
SIGNIFICAO PARA ATUAR PEDAGOGICAMENTE
Alessandra Gonalves PINHEIRO (UFPA)
Suellen Thayane Carvalho da SILVA (UFPA)
Orientadora: Rosa Maria de Souza BRASIL (UFPA)
H muitos problemas relativos ao entendimento entre professor e aluno, especialmente
com a liquidez da ps-modernidade. Em muitos lugares, o professor, em vez de tentar compreender como se do as representaes de grupos excludos, como o dos
jovens infratores componentes daquilo que aqui chamaremos mundo bandido , ignora-o, ou mesmo o discrimina, provocando mais conflitos. A comunidade semitica
desses sujeitos (grupo bandido) apresenta uma identidade marcada pelo uso de uma
linguagem especfica, alm de uma concepo de mundo e de vida bem diferenciada
dos sujeitos outros, sociais, que no infringem as leis jurdicas institudas.
Fundamental se v a ao pedaggica de tentar entender a forma de significar o mundo
desse grupo especfico, a partir da leitura e produo escrita, visando o entendimento e
a comunicao entre ele e a escola, viabilizando a educao no nvel dessas
conscincias. Partindo da noo de identidade/diversidade de Stuart Hall e Zygmunt
Bauman e do pressuposto da perspectiva enunciativa de Mikhail Bakhtin, de que o
entendimento do sujeito uma resposta compreensiva ativa, demonstraremos atravs
16
da leitura do filme Escritores da Liberdade (que exemplifica e retrata fatos reais/fictcios em que o professor entra no universo do aluno infrator e adapta-se comunidade semitica dele, sobretudo, a partir da leitura e produo escrita) e de
entrevista com participantes desse grupo marginalizado, a necessidade do professor em
identificar, entender e se adaptar aos discursos das diferentes comunidades semiticas
alternando paradigmas de identidade e de diversidade para que possa ter alguma ingerncia sobre eles, de cunho pedaggico, inclusive. Com isso, torna-se vivel a
comunicao verbal, despertando sonhos e construindo novas perspectivas de vida.
Palavras-chave: Identidade. Mundo bandido. Discurso. Ideologia.
INTERTEXTUALIDADE DE TEXTOS LITERRIOS E TELEVISO:
AS TELENOVELAS NA SALA DE AULA
Alxia Rassa Castro da SILVA (UFPA)
Izadora Cristina Ramos RODRIGUES (UFPA)
Maria Jackeline da Silva CAVALCANTE (UFPA)
A partir da observao da constante presena de processos intertextuais entre novelas e
textos literrios, surgiu a questo de como o professor autor pode se utilizar desses
processos como ferramenta de interao entre aluno e textos literrios. Essa estratgia
visa conduzir o aluno a reconhecer a importncia dos textos literrios pela sua presena
no cotidiano das mdias modernas, desmistificando a imagem da telenovela como
gnero de segunda categoria, mostrando que, se bem utilizada, essa ferramenta pode ser pedagogicamente interessante. Pretende-se ressaltar que essas duas realizaes
artsticas valem-se de linguagens distintas a literatura, por exemplo, explora os signos lingusticos como expresso; j a telenovela utiliza outros elementos tais como
luz, plano de cmera, entre outros. A proposta no abandonar um texto em favor de
outro, mas sim aprender a valorizar e a ler semioticamente essas duas modalidades de
linguagem. Para tanto, lanaremos mo da base terica do dialogismo, incluindo
alteridade, interdiscursividade e intertextualidade luz de Bakhtin, fundamentalmente.
Como exemplo, temos a novela da Rede Record Essas Mulheres, na qual as trs heronas so adaptadas de trs obras de Jos de Alencar: Diva, Lucola e Senhora.
Tomamos referncia o estudo de Marcos Napolitano (USP), que instrui como inserir a
televiso como metodologia de ensino. O aluno passa a conhecer e reconhecer os
processos intertextuais presentes em diversos contedos televisivos, tornando-os muito
mais interativos e dinmicos, e assim suscitando um maior interesse e aproximao
satisfatria de ambos os lados.
Palavras-chave: Intertextualidade. Telenovelas. Texto literrio.
PROJETOS DE FUTURAS PROFESSORAS: UMA EXPERINCIA
INTEGRADORA NA ESCOLA DE APLICAO DA UFPA
Ana Alice Castro COSTA (Escola de Aplicao da UFPA)
Ana Letcia Maia de OLIVEIRA (UFPA)
17
Suene Amorim COSTA (UFPA)
Apresentaremos o conjunto de propostas que possibilitou a ao integrada entre
professora-regente e professorandas durante a realizao de estgio na Escola de
Aplicao da UFPA, por meio da execuo do projeto Discurso narrativo e interculturalidade: alternativas pedaggicas para o ensino de lnguas, desenvolvido por um grupo de professoras que atua no Ensino Fundamental da Escola de EA-UFPA.
Trata-se de proposta que, reconhecendo a diversidade cultural, a qual admite diferentes
enfoques, ganha especificidade na relao intercultural, que a da realidade brasileira,
quando a atividade educativa passa do mlti para o intercultural; quando o educador
constri um projeto educativo intencional para promover a relao entre pessoas de
culturas diferentes, de acordo Reinaldo Matias Fleuri (2002). Como necessidade
educativa, a Educao Intercultural pode ser entendida como uma pedagogia do encontro, o que, para o trabalho com os contedos lingusticos, privilegiado no discurso narrativo, cuja estrutura prepara, no nvel da conscincia, os leitores pr-
adolescentes para o encontro entre sujeitos sociais concretos, meta da Educao
Intercultural que a Lei 10.639/2003 implicita. Ao depararem-se com essa proposta, as
professorandas-estagirias a redimensionaram, ampliando conceitos, a exemplo do de
intertextualidade, engajando-se no trabalho em decurso e inovando na elaborao de projetos complementares.
Palavras-chave: Narrativa. Educao intercultural. Estgio. Projeto intencional.
O TEXTO LITERRIO NOS MATERIAIS DO MTODO KUMON COMO
PRETEXTO DE UMA ABORDAGEM DO PORTUGUS CLSSICO: A
PRISO DO CORRETOR
Ana Caroline da Silva RODRIGUES (UFPA)
O ensino da lngua portuguesa por meio do uso de textos literrios um dos mtodos
mais utilizados nos materiais didticos, sejam estes livros, gramticas ou materiais
apostilados. Talvez por isso sejam mais presentes trechos de obras literrias nas
gramticas normativas do que em textos de crtica literria. Um dos vrios mtodos de
ensino da lngua portuguesa, o mtodo de estudo Kumon est presente em quase em
todo o Brasil h mais de 20 anos e se prope a auxiliar o ensino dado pela escola
regular. Para isso, desenvolve exerccios com base no prottipo japons, tendo como
auxlio na interpretao o uso de imagens e palavras-chave. Nesse processo, aquele
que seria o professor age como facilitador no processo interpretativo, estando preso na
hora das correes a um gabarito de respostas sugeridas, nas quais devem ser
enquadradas as respostas dos alunos, ainda que aproximadamente. Buscaremos, neste
trabalho, analisar quais seriam as diferenas interpretativas e avaliativas no que tange
interveno do facilitador tanto na ajuda ao aluno, quanto nas correes dos trabalhos.
A anlise estar centrada no ltimo estgio do mtodo, o qual equivale aos contedos
do terceiro ano do ensino mdio, servindo como parmetro de plena competncia
escrita e interpretativa. Desta forma, tentaremos entender a questo da autonomia dos
alunos e facilitadores e o reflexo disso no processo cognitivo.
Palavras-chave: Kumon. Interpretao. Autonomia.
18
ENSINO DE INGLS ATRAVS DA LITERATURA: LITERATURA
INFANTOJUVENIL NA SALA DE AULA
Ana Maria da SILVA (UFPA/Marab)
Gleiciane de Cssia Sousa RODRIGUES (UFPA/Marab)
Este artigo traz propostas de ensino de Lngua Estrangeira (LE) a partir da literatura
infanto-juvenil. Para este fim usaremos a literatura infanto-juvenil de Oscar Wilde,
com o conto O Fantasma de Canterville, para propor atividades voltadas para sries do
Ensino Fundamental II e/ou para o Ensino Mdio. O objetivo usar metodologias de
ensino de lnguas atravs da literatura no processo de desmistificao do uso da
literatura em sala de aula como ferramenta de ensino. Nosso enfoque o ensino
significativo da lngua. Baseamo-nos em estudos de Ferreira e Serres, Sanfelici e Sonia
Zyngier para levantar discurses a respeito deste recurso inovador para as aulas de LE.
E para embasar nosso questionamento sobre a importncia de utilizar textos literrios
no desenvolvimento intelectual de crianas em sala de aula citamos Bettelheim, com o
argumento de que a literatura prepara o individuo imaturo e infantil para as futuras
preocupaes da vida.
Palavras-chave: Literatura infanto-juvenil. Ensino. Sala de aula.
ABORDAGEM DAS CONCEPES DE LINGUAGEM EM UM LIVRO
DIDTICO DO 8 ANO
Ana Paula Oliveira da SILVA (UFPA)
Julio FERREIRA NETO (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
Sabe-se que o livro didtico ainda um norteador das aulas de Lngua Portuguesa em
muitas escolas, porm, nem sempre ele aborda os contedos de forma adequada,
contemplando aspectos enunciativos que levem os alunos reflexo sobre a lngua.
Nesse sentido, este trabalho, vinculado ao Projeto de Pesquisa Lngua Portuguesa: formao docente e ensino-aprendizagem (UFPA), tem como objetivo refletir a respeito da concepo de linguagem predominante no LD, com o intuito de contribuir
para o processo de ensino e aprendizagem de lngua materna, partindo do
questionamento sobre como o professor pode ser autor de sua aula na utilizao do
material didtico. A pesquisa pautada na viso scio-histrica da linguagem,
embasando-se nos pressupostos tericos de Bakhtin/Volochinov (1992) e de tericos e
pesquisadores brasileiros que seguem essa vertente, como Geraldi (1984), Perfeito
(2005 e 2007), Zanini (1999), Fuza et al. (2011), dentre outros. Para tanto, analisamos
uma seo sobre o ensino de gramtica do livro didtico intitulado Toda Linguagem: lngua portuguesa, de Maria Dlia Fernandez Sargentim, do 8 ano. Por meio dos resultados, constatamos que o livro analisado ainda sustenta o tradicionalismo
arraigado nas prticas de ensino e aprendizagem de lngua portuguesa (voltado para as
concepes de linguagem como expresso do pensamento e como instrumento de
19
comunicao), a partir de exerccios de classificar os pronomes, reescrever frases,
substituindo expresses destacadas, e de seguir o modelo. A partir dos resultados,
conclumos que o professor pode ser autor de sua prpria aula ao reformular as
atividades que envolvem o ensino de gramtica, contidas na seo, a fim de promover
um estudo mais reflexivo sobre a lngua.
Palavras-chave: Ensino de lngua materna. Concepes de linguagem. Livro didtico.
CONCEPO DE LINGUAGEM: A INFLUNCIA NA AUTORIA DE SALA
DE AULA
Andressa de Jesus Arajo RAMOS (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
A partir de nossa Pesquisa de Iniciao Cientfica (PIBIC), concluda em agosto/2012,
vinculada ao Projeto de Pesquisa Diagnstico do trabalho com os gneros discursivos na escola (Processo 022581/2010), apresentamos um recorte, buscando dialogar com a temtica do evento. Questionamo-nos: a concepo de linguagem que o professor
adota/assume tem influncia sobre a questo de autoria de sua aula? Com base nesse
questionamento, objetivamos diagnosticar a concepo de linguagem predominante em
aulas de Lngua Portuguesa, com o intuito de verificar se isso influencia ou no a
questo de autoria nas aulas. O trabalho tem como embasamento os pressupostos
tericos de Bakhtin/Volochinov (1992), Bakhtin (2003), Geraldi (1997), Perfeito
(2005), Travaglia (1996) dentre outros. A metodologia desta investigao consistiu em:
a) selecionar, na compilao realizada na pesquisa maior, dois relatos de aulas
observadas, uma correspondente ao 6 ano e outra no 9 ano, ambas coletadas em 2011;
b) analisar, a partir das atividades propostas pelos docentes, se eles foram autores de
suas prprias aulas; c) triangular os dados a fim de observar se a concepo de
linguagem adotada interfere na autoria da aula. Os resultados demonstraram que: a) os
professores adotam as concepes de linguagem tradicionais (como expresso do
pensamento e, principalmente, como instrumento de comunicao); b) a maioria das
atividades utilizadas em sala segue risca o LD, portanto, o professor no atua como
autor de sua prpria aula; c) a concepo assumida influencia na questo de autoria da
aula, uma vez que as duas concepes tradicionais enfocam a gramtica terico-
normativa e exerccios mecnicos, repetitivos, que o docente retira do prprio material
didtico. Assim, acreditamos que, ao assumir a concepo interacionista da linguagem,
o professor poder ter mais autonomia para criar situaes de ensino que levem o aluno
a refletir, a interagir, a agir com e pela linguagem.
Palavras-chave: Ensino e aprendizagem. Concepes de linguagem. Autoria em sala de
aula.
ARTIGO DE OPINIO: O PODER DA ARGUMENTAO
Antonilda de Lima Albuquerque VIEIRA
Paula Freitas NASCIMENTO
20
A inadequao dos livros didticos s peculiaridades de cada turma, em cada escola e
em cada regio, um assunto muito discutido por educadores de todo o Brasil, e para
qual ainda no se achou soluo plena. A elaborao de Sequncias Didticas
configura, neste cenrio, uma alternativa no sentido de aproximar o contedo
realidade do aluno na medida em que o professor cria o material didtico a ser
utilizado levando em considerao o perfil do alunado. A sequncia didtica aqui
apresentada pretende discutir a construo da argumentao em textos opinativos,
dando nfase aos operadores argumentativos. Foi elaborada pensando nos alunos de 9
ano da Escola Roberto Fernandes de Oliveira, localizada no municpio de
Paragominas/PA, para trabalhar o gnero textual Artigo de Opinio a partir do tema: O poder das atuais manifestaes brasileiras para mudar questes Sociopolticas. Tem como fundamentos tericos a perspectiva de Koch (2004) e Bakhtin (2003).
Palavras-chave: Sequncia didtica. Artigo de opinio. Manifestaes.
Argumentao.
TEATRO E LINGUAGEM: UMA EXPERINCIA NO ENSINO MDIO
Arthur RIBEIRO (UEPA)
Esta comunicao apresenta os resultados parciais de projeto da disciplina Estgio
Supervisionado II, do curso de graduao em Letras Portugus da Universidade do Estado do Par, que consiste em uma oficina de prtica de produo textual, oralidade
e leitura de prosa e poesia, ancorada em exerccios e dinmicas do mundo do teatro.
Essa integrao visa a promover a conscincia de que a expresso pela linguagem
verbal est diretamente relacionada corporeidade, s experincias sensoriais e a toda
a imensa gama de relaes humanas. A integrao entre corpo e mente na educao
surge como o caminho para destensionar tanto a prtica do ensinar como a do aprender, abrindo espao para que as subjetividades dos estudantes se manifestem de
forma mais transparente. Desse modo, longe de ser atrapalhada, a aprendizagem
favorecida, pois o estudante se sente mais inserido no processo de ensino e na prpria
escola. Nesse contexto, o ensino da linguagem teatral uma das formas de integrao
entre corpo e mente. A espontaneidade, a criatividade, a relao interpessoal so
favorecidas com os jogos teatrais, onde os alunos assumem a responsabilidade pelo
resultado. H uma abertura para o prazer, para a fruio, e a relao do aluno com a
palavra se ressignifica: ele percebe melhor sua expressividade e a multiplicidade de
sentidos a ela intrnseca. Isso traz mais benefcios para o aprendizado, pois, a partir do
engajamento ativo do aluno na rea de jogo, ser-lhe- possvel tecer novas e infinitas
possibilidades de significao da palavra na prtica discursiva e ele ser levado a
considerar relevantes a entonao, os movimentos corporais, os gestos significativos
(comunicao no-verbal) e a dialogia subjacentes a todos os enunciados humanos. O
estudante-jogador descobre-se, ento, prazerosamente, autor e leitor de sentidos.
Palavras-chave: Teatro. Leitura. Escrita. Oralidade. Poesia.
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DE OBJETOS DE ENSINO CONSTITUIO DE IMAGENS DO
PROFESSOR DE PORTUGUS
Bruna Dias da SILVA (PIBIC/UFPA/Marab)
Nilsa Brito RIBEIRO (UFPA/Marab)
O plano de trabalho De objetos de ensino constituio de imagens do professor de Portugus, vinculado ao Projeto de Pesquisa Discurso e Ensino: o curso de Letras e a formao docente, tem o objetivo de identificar que objetos de ensino so referenciados pelo aluno de Letras em atividades de estgio e que representaes de professor de lngua
materna se produzem na relao terico-prtica. Tal objetivo se orienta pela defesa de que
a eleio de contedos formativos e a abordagem a eles dispensada inscrevem o
professor e sua prtica em uma dada concepo de ensino de lngua materna. A
pesquisa foi realizada em duas turmas de Letras/Portugus do Campus de
Marab/UFPA, tendo como instrumentos de composio de dados: i) gravaes de
atividades de estgio; ii) entrevistas com alunos das turmas; iii) entrevistas com
professores que ministram as disciplinas Lingustica Textual e Leitura e Produo
Textual, uma vez que delimitamos os objetos circunscritos a estas duas disciplinas,
com o intuito de identificarmos e analisarmos os conhecimentos tericos que
fundamentam as atividades de estgio. O Projeto Pedaggico do curso tambm
compe o corpus de anlise, com especial ateno s duas disciplinas mencionadas. As
anlises se inscrevem numa perspectiva scio-histrica em que linguagem e sujeito se
constituem no jogo das interaes sociais.
Palavras-chave: Lngua Portuguesa. Objetos de ensino. Discurso.
ANLISE DAS CONCEPES DE LINGUAGEM E ATUAO DO
PROFESSOR- MEDIADOR
Bruna Rafaelle de Oliveira NEVES (UFPA)
Adriele dos Santos SANTANA (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
Sabemos que a forma como concebemos a linguagem influenciar diretamente nossa
prtica em sala de aula: na elaborao de atividades que integrem leitura, produo
textual e anlise lingustica e, principalmente, que tenham como propsito levar o aluno
reflexo, a fim de que ele se torne um leitor competente e possa escrever, com
eficcia, diversos tipos de texto. O papel do professor atuar como mediador na sala de
aula, proporcionando ao aluno condies para desenvolver sua capacidade crtico-
reflexiva. Ao considerar a responsabilidade assumida por esse profissional, levantamos
o seguinte questionamento: qual a concepo de linguagem mais adequada para ser
trabalhada em sala de aula? Para tentar responder essa questo, realizamos uma
pesquisa cujo objetivo mostrar de que maneira so elaborados os exerccios de livros
didticos. Para tanto, analisamos cinco questes de gramtica contidas no livro
Portugus para todos, de Ernani Terra e Floriana Cavallete, destinado 8 srie. Para
isso, utilizamos os pressupostos tericos de Bakhtin/Volochinov (2010) e outros
tericos que seguem a mesma vertente. A partir da observao do referido exerccio e
da anlise das cinco questes, constatamos que ele est pautado no ensino de gramtica
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de forma descontextualizada e prevalece, nas questes, a 1 concepo de linguagem. Se
o professor tiver como base apenas o livro didtico e transpuser para o aluno atividades
como essas, sem realizar alteraes, fazer contribuies, ou seja, assumir o papel de
mediador, ele no vai ser o autor da aula que ministra.
Palavras-chave: Ensino e aprendizagem. Concepes de linguagem. Livro didtico
SEQUNCIA DIDTICA COMO FERRAMENTA AUTNOMA PARA O
ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA
Cibelly Paraiso PINHEIRO (IFPA)
Luciano Pereira NUNES (UFPA)
Ao refletirmos acerca da pergunta norteadora deste evento, percebemos que nenhuma
ferramenta didtica impede o professor de ser autor de suas aulas. Assim, pode-se
considerar que o uso do Livro Didtico o instrumento mais antigo presente na histria da educao brasileira (BATISTA, 2011) , quando utilizado de maneira mecanicista, compromete a eficcia da aprendizagem de alunos que na maioria das
vezes no esto no mesmo nvel cognitivo. Tal reflexo nos motivou a pensar em um
instrumento capaz de gerar autonomia ao professor em ambas as categorias de ensino
aprendizagem de Lngua Portuguesa, teoria e prtica. Para realizao deste projeto,
utilizaremos o gnero discursivo propaganda a fim de incentivar o aluno no processo de aquisio da leitura e da escrita de acordo com um dos objetivos contidos nos PCN
de Lngua Portuguesa, que preveem a compreenso de textos orais e/ou escritos de
forma a identificar sua funcionalidade nas diferentes situaes de participao social.
Ser utilizada a Sequncia Didtica (SD) que, segundo Dolz, Noverraz e Schneuwly,
a ferramenta mais eficiente para oferecer a promoo dos alunos ao domnio dos gneros e das situaes de comunicao (DOLZ, NOVERRAZ e SCHNEUWLY, 2004, p. 97). Para realizao de tal atividade, sugere-se que o professor se aproprie dos
conhecimentos prvios do aluno acerca do gnero selecionado e a partir da planeje os
mdulos que iro compor a sequncia. Pretende-se, pois, investigar a importncia de
uma SD no ensino da leitura/escrita e como esta proporciona autonomia na aula
ministrada pelo professor. Acredita-se que o processo de construo de uma SD
permita ao professor o aprofundamento nos processos didtico-pedaggicos que
compem o ensino de Lngua Portuguesa, podendo, dessa forma, torn-lo mais
dinmico e atrativo. Esta Sequencia Didtica direcionada para os alunos do sexto ano
do Ensino Fundamental, visto que alguns livros didticos analisados referentes a esta
srie no conseguem suprir as necessidades do trabalho com o gnero. Vale ressaltar
que o uso de uma SD s ser eficiente quando o professor estiver devidamente seguro
do conceito deste elemento didtico para que consiga alcanar os objetivos aqui
explorados.
Palavras-Chave: Sequncia Didtica. Ensino. Autonomia. Gnero Discursivo.
O PAPEL DO PROFESSOR: DO MATERIAL DIDTICO A SALA DE AULA
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Clvia Tatiana Duarte ARAGO (Instituto Carreira)
O grande desafio do professor nos dias de hoje, na era da tecnologia e das
comunicaes, o de no apenas transmitir o conhecimento para seus alunos, mas
tambm procurar meios que facilitem a aprendizagem do contedo ministrado. Esta
pesquisa objetiva discutir a autoria do docente ao utilizar materiais didticos e a sua
importncia para a melhoria do ensino, apoiando-se nos estudos de Foucault (2001).
No contexto em que vivem os professores, usar um material didtico significa tambm
exigir mais da prtica docente, na qual, a partir de seus conhecimentos, o professor
seleciona, planeja e utiliza o material didtico que conhece muito bem.
Independentemente de ser um material visto como tradicional ou mais sofisticado e
moderno, o professor torna-se o autor e sente-se realizado como profissional quando
percebe que o material selecionado e utilizado por ele deu certo; ou seja, conseguiu
facilitar a aprendizagem do aluno e, principalmente, estimul-lo para a aquisio do
conhecimento. Para o docente, possuir certa autonomia no uso dos materiais didticos
importante, pois, quando as ideias e aes no surgem dos prprios professores, h
uma tendncia inibio, ocorrendo somente uma reproduo das ideias dos outros de
forma automtica. Nesse sentido, esta comunicao argumenta a favor da autoria do
docente ao apropriar-se de materiais didticos, pois ele se vale de seus conhecimentos
e de sua prtica em sala de aula.
Palavras-chave: Material Didtico. Docente. Prtica. Sala de aula.
GNEROS TEXTUAIS E ENSINO: DOS PROCEDIMENTOS TERICOS
APLICABILIDADE EM AULAS DE LNGUA PORTUGUESA NA
EDUCAO BSICA
Dalvino Silva COSTA (PIBIC/Interior)
O presente trabalho objetiva evidenciar a importncia da insero dos gneros textuais
no processo de ensino-aprendizagem da lngua portuguesa. O ensino de lngua
portuguesa pautado nas teorias dos gneros textuais tem estado cada vez mais evidente
nos mtodos didticos dos professores da educao bsica e mdia do pas. Nossa
pesquisa incide no ensino de gneros escritos (dissertao e resenha crtica) na etapa
final da educao bsica (Ensino Mdio), ajudando e orientando os alunos na
complexa tarefa de produzir tais gneros de forma adequada. Para Dolz et al. (2010), o
ensino com textos em sala deve ser pautado em materiais que sirvam de inspirao
para os alunos. O trabalho tambm discute a importncia da sequncia didtica (SD)
no ensino da produo textual e sua utilizao como instrumento regulador da
aprendizagem e ferramenta de prtico auxlio aos docentes durante o processo de
produo dos textos. Em nosso projeto, desenvolvemos uma adaptao desse modelo
de SD, planejando uma produo dos alunos no somente no contexto escolar, mas
tambm em ambiente extraescolar. Para isso embasamo-nos em autores ligados ao
Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) de Bronckart (2007). Este projeto buscou
tambm orientar e incentivar o aluno a produzir um texto de forma coerente por meio
das orientaes feitas pelo grupo de Genebra (DOLZ & SCHNEUWLY, 2010) e dos
Parmetros Curriculares Nacionais (PCN). Aps as correes, pudemos perceber as
dificuldades dos alunos em relao ao desenvolvimento do tema proposto e a questes
24
de ordem textual. As dificuldades apresentadas na primeira produo serviram de
parmetro para a construo dos mdulos, que tm a funo de solucionar os
problemas encontrados durante o processo de produo dos textos e possibilitar uma
reescrita mais proficiente em relao aos gneros propostos. Na produo final, a
maioria dos alunos conseguiu escrever seu texto de forma mais adequada em uma
situao real de linguagem.
Palavras-chave: Gneros textuais. Lngua Portuguesa. Ensino-aprendizagem.
LEITURA ATIVA E CRTICA POR MEIO DE ESTRATGIAS DE
CARNAVALIZAO E UTOPIA CRTICA: UMA PROPOSTA DE ENSINO
DE LEITURA
Daniel Prestes da SILVA (UNAMA)
Este trabalho, fruto da monografia de concluso de curso de Letras Lngua Portuguesa, teve como objetivo traar encaminhamentos que configurem uma proposta
de ensino de leitura coerente com a perspectiva dos gneros, de Mikhail Bakhtin,
centrada em aspectos de carnavalizao e utopia crtica, a fim de que a metodologia
tivesse como foco o qu?, o como? e o para quem? deveria ser ensinado. Leva-se em
considerao que muito j se tem dito da importncia de prticas de leitura como se pode ver, por exemplo, em Freire, que j tratava o tema de leitura por um vis alm da
decodificao, como uma prtica centrada na vivncia de mundo, com o mundo, no
mundo. Assim, a metodologia aqui apresentada pauta-se na retrao e expanso,
fazendo o dilogo do texto com o mundo onde ele se encontra inserido e voltando ao
texto. exemplificada por meio de um trabalho com textos publicitrios da campanha
UnHate, promovida pela Benetton. A proposta aqui apresentada leva a considerar que
o professor deve ser o autor das atividades a serem desenvolvidas em sala, mas no o
autor da aula, j que a mesma, enquanto evento, s acontece no instante aula e necessita da interao de outros sujeitos. Destarte, o professor, durante o evento
aula, torna-se um coautor da mesma, promovendo assim uma maior interao entre alunos, professor e contedo ministrado.
Palavras-chave: Gneros discursivos. Leitura ativa/crtica. Metodologia de ensino de
leitura.
O GNERO MSICA EM AULAS DE PORTUGUS
Danillo da Silva MENDES (UFPA)
Nesta comunicao, toma-se um trabalho com o gnero cano realizado no ltimo ano do Ensino Mdio em uma escola particular de Icoaraci (distrito de Belm), como
exemplo de como fazer para se trabalhar efetivamente enquanto professor-autor de sua aula, provocando os outros alunos a construrem como coautores. As canes sero tratadas, para tanto, na perspectiva enunciativa de Bakhtin. A alteridade e a
extraposio, conceitos tratados nessa perspectiva, bem explorados por Adail Sobral,
25
Irene Machado, Beth Brait, Fiorin e outros, constituiro o ponto central de todo o
processo de aula como acontecimento, classificada por Geraldi e posta em prtica nesta proposta. Alguns encaminhamentos utilizados nesse processo sero
evidenciados, tanto do ponto de vista da proposta/atitude do professor, quanto da
proposta/atitude dos alunos. Pode-se citar o momento da observao e seleo das
canes via negociao com os alunos, em que o professor fazia sua escolha de
material de aula a partir do gosto musical (individualizado) dos alunos, utilizando-se
das letras das canes para passar, de maneira leve e contextualizada, contedos da
gramtica portuguesa, alm de abordar leitura crtica. Os alunos passaram a gostar de
gramtica portuguesa a partir do momento em que, guiados pela proposta do professor,
foram identificando questes conceituais da norma nas prprias letras de canes de
suas preferncias (rap, MPB, pop, cordel). Os resultados obtidos no podiam ser
melhores: aumento da concentrao em sala e provas com conceitos bem mais
inseridos no dia-a-dia do aluno. Acredita-se que com os frutos dessas aes de
linguagem, que se constituem como aes sociais, aes polticas, pode-se falar em
aes educacionais criativas, originais, que se alteram conforme o contexto e os
sujeitos.
Palavras-chave: Alteridade. Ensino. Gnero cano. Extraposio.
GNEROS DISCURSIVOS: UMA PROPOSTA DE ENSINO COM BASE NO
ARTIGO DE OPINIO
Davi Pereira de SOUZA (UFPA)
Francisca Imaculada Santos OLIVEIRA (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
A proposta terico-metodolgica dos gneros discursivos, bem como a utilizao de
sequncias didticas, tem se revelado muito eficaz no ensino de lngua, sobretudo, no
que tange ao ensino do portugus. Assim, este trabalho, resultado da disciplina Oficina
de Didatizao de Gneros Textuais, parte do questionamento: de que maneira o
professor pode assumir uma postura de autoria em relao ao trabalho com a sequncia
didtica? Esta pesquisa tem como objetivo geral refletir sobre o processo de ensino e
aprendizagem do portugus, a partir da abordagem dos gneros discursivos, mediante o
uso da sequncia didtica. Como objetivos especficos, pretende-se: i) subsidiar o
professor de Lngua Materna no trabalho com o gnero artigo de opinio; e ii) refletir
sobre uma proposta de elaborao de uma sequncia didtica do gnero em questo.
Para tanto, analisou-se um texto-enunciado do gnero, seguindo o mtodo sociolgico
bakhtiniano e, por fim, elaborou-se uma sequncia didtica com base no texto
analisado. Quanto ao referencial terico aqui adotado, trata-se da concepo dialgica
de linguagem a partir de Bakhtin/Volochinov (2010), Schneuwly e Dolz (2004) e de
pesquisadores brasileiros, tais como Rojo (2005), Faraco (2009), Ohuschi (2011) e
outros. Ao final do trabalho, percebeu-se, de um lado, a grande relevncia da utilizao
do gnero artigo de opinio para o ensino de lngua, j que tal gnero pode permite o
aperfeioamento da competncia argumentativa dos alunos e, de outro, que a sequncia
didtica constitui uma ferramenta imprescindvel para auxiliar os professores neste
processo, visto que esse instrumento didtico possibilita realizar o ensino de lngua
portuguesa de forma integrada e flexvel em relao s necessidades de aprendizagem
26
dos alunos. Este trabalho demonstra que o professor de lngua pode ser autor da aula
que ministra quando, por exemplo, produz e/ou adapta o material didtico (sequncia
didtica) disponvel.
Palavras-chave: Gneros discursivos. Sequncia didtica. Artigo de opinio.
AS CARACTERSTICAS DA LITERATURA DE FICO CIENTFICA
PRESENTES NO JOGO ELETRNICO METAL WARRIORS
Denison Carlos Soares BARBOSA (UFPA)
Tailson Rodrigues de LIMA (UFPA)
Rafael Alexandrino MALAFAIA
No ano de 2102, o governo terrestre est sob o comando das foras da Aliana Negra. Liderada por Venkar, a Aliana mantm uma sangrenta guerra de cinco anos
contra a Terra. Esta, mantendo apenas uma equipe de valorosos guerreiros que
permanecem em defesa da liberdade... Equipados com unidades robticas avanadas,
estes heris so conhecidos como Metal Warriors. E assim comea Metal Warriors, um dos ttulos mais icnicos de jogos eletrnicos da plataforma SuperNintendo
produzidos na dcada de 1990 pela softwarehouse (empresa ou organizao que se
dedica a construir software programas de computador, geralmente com fins comerciais) estadunidense LucasArts e comercializado pela softwarehouse japonesa
Konami. Partindo destas consideraes, a presente comunicao objetiva situar o j
referido ttulo dentro do que a terica da literatura de origem britnica Patricia
Kerslake define como fico cientifica, nas trs caractersticas por ela delimitadas em
sua obra Science Fiction and Empire (KERSLAKE, 2007): o Outro (o no-humano, o
diferente do humano), a Extrapolao e a Especulao (respectivamente: a meno de
fatos e fatores da cincia atual e/ou uma utilizao de elementos cientficos e
tecnolgicos possveis no futuro de nossa realidade; e a meno de elementos
referentes cincia que so sabidamente fantasiosos ou com pouca possibilidade de
realizao) e o Imprio (poltica e economia e a ideologia por elas gerada em uma
determinada obra; releitura do conhecido Reino-sede e suas colnias). Discute-se como essas caractersticas podem ser identificadas dentro da narrativa do objeto de
estudo escolhido. Tal estudo objetiva apresentar como as realidades encontradas neste
gnero textual (jogos eletrnicos) esto to convergentes com as realidades de seus
autores e as mudanas de paradigmas cientficos quanto as narrativas em prosa, mesmo
se considerando a literatura de fico cientfica, aqui abordada e estudada, cujos
autores, em sua maioria, so crticos ora sutis, ora mordazes, dos sistemas vigentes e
acontecimentos de suas pocas.
Palavras-chave: Metal Warriors. Literatura. Fico cientfica.
O PAPEL DA PROSDIA NA FLUNCIA EM LEITURA
Denize Roberta Del-Teto RAMOS (UFPA)
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A leitura um instrumento necessrio para vivermos em uma sociedade letrada, uma
vez que o leitor torna-se um sujeito ativo e autnomo, o qual interage com o texto e
atribui um significado ao mesmo. Segundo Sol (1999, p. 23), leitura um processo mediante o qual se compreende a linguagem escrita. Assim, o ato de ler caracteriza-se como um processo de interao, no qual os leitores precisam coordenar as habilidades
bsicas de decodificao a suas expectativas e conhecimentos prvios. As habilidades
bsicas referem-se ao desempenho demonstrado pelo leitor em preciso na
decodificao, velocidade e expressividade oral, caracterizando, assim, sua fluncia na
leitura; para leitores habilidosos, essas tarefas so consideradas automticas. O
presente trabalho visa avaliar o desempenho de alunos quanto a uma dessas
habilidades, neste caso a expressividade oral, ou prosdia. Para isso foram obtidas
amostras de leitura de 58 alunos do 9 ano do Ensino Fundamental de sete escolas
pblicas de Belm. A pesquisa foi iniciada em junho de 2013 e foi realizada atravs de
amostras de leituras dos participantes. Para a avaliao, utilizou-se o mtodo
Curriculum-Based Measurement (DENO, 1985), que se caracteriza como um mtodo
simples de leitura em voz alta para medir, de maneira objetiva, o nvel de fluncia em
leitura e o progresso do aluno durante o ano letivo. Os resultados da pesquisa apontam
para um cenrio preocupante: a maioria dos alunos avaliados tende a no dar a
entonao e a nfases necessrias ao texto, a pausar em lugares inadequados, a no
respeitar a sintaxe original do texto e a ler com ritmo relativamente lento e trabalhoso.
Palavras-chave: Prosdia. Leitura. Ensino Fundamental.
LEITURA: TEORIAS E PRTICAS NO SEGUNDO ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Dione Mrcia Alves de MORAES (UFPA/CAPES)
Thomas Massao FAIRCHILD (UFPA/CAPES)
Este trabalho, vinculado ao projeto de pesquisa O desafio de ensinar a leitura e a escrita no contexto do Ensino Fundamental de 9 anos e da insero do laptop na escola
pblica brasileira, apresenta uma reflexo do projeto desenvolvido em uma turma do 2 ano do Ensino Fundamental na Escola de Aplicao da UFPA/Belm. Embasado em
Belintane (et al., 2010), Cagliari (2008) e Fairchild (2012), realiza uma pesquisa
qualitativo-interpretativa, de natureza aplicada, que apresenta a questo: como
promover o ensino da leitura, focado no desenvolvimento da fluncia e da
compreenso leitora, nas sries iniciais do Ensino Fundamental? Apresenta como
objetivo geral tornar a leitura de alunos j alfabetizados mais fluente e compreensiva
usando a imagem como mediadora entre a oralidade e a escrita. Como objetivos
especficos, tm-se: a) identificar os alunos alfabetizados, mas com uma leitura
silabada e pouco compreensiva; b) identificar os alunos que leem com fluncia e
compreenso; c) fazer com que os alunos que apresentam uma leitura silabada
progridam para uma leitura fluente, usando como mote as Histrias em Quadrinhos; d)
fazer com que os alunos que leem com fluncia desenvolvam a interpretao
metafrica; e) aumentar o repertrio de textos escritos disponveis aos alunos e
conhecidos por eles; e f) discutir a prpria elaborao de interveno. Almejamos que
o professor, como autor da aula que ministra, possa observar as diferenas de
competncia linguageira dos alunos, procurando diminuir a defasagem de
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aprendizagem existente entre eles e utilizar as HQs como um texto de interao entre a
imagem e o escrito, como possibilidade pedaggica para auxiliar o desenvolvimento da
compreenso e fluidez na leitura dos discentes.
Palavras-chave: Ensino Fundamental. Leitura. Compreenso e Fluncia. Histrias em
Quadrinhos.
IDENTIFICANDO ALUNOS FLUENTES EM LEITURA PELO MTODO
CBM: UMA PROPOSTA POSSVEL NO ENSINO MDIO
Elisangela Ribeiro de OLIVEIRA (UFPA)
Shirlene Betrice Gordo AMARAL (UFPA)
A leitura um tema muito discutido na educao e qualquer professor, com o mnimo
de (in)formao, reconhece a importncia da leitura para sucesso dos aprendentes em
uma sociedade letrada. Mas o que ler bem? De que forma o professor pode medir a
fluncia de leitura dos alunos? De acordo com o documento produzido pelo National
Reading Painel NRP (NICHD, 2000), a fluncia evidenciada por meio de trs componentes: velocidade (palavras lidas corretamente em minutos), preciso
(percentual de acertos em texto lido por minuto) e expressividade oral, imprescindveis
compreenso. A pesquisa aqui apresentada analisa os resultados de velocidade e
preciso de alunos do 2 ano do ensino mdio de 06 escolas de Belm, por meio do
mtodo CBM Curriculum-Based Measurement (DENO, 1985) criado nos EUA para monitorar o progresso em leitura dos alunos do Ensino Fundamental, utilizando a
gravao de um minuto de leitura de um texto colhido do currculo bsico do aluno. O
CBM mostrou-se uma tima ferramenta de auxlio ao professor, porque simples e
eficaz e ajuda na avaliao individual do aprendente, identificando o progresso ou
estagnao, conforme Hasbrouck e Tindal (2005). A pesquisa traz o benefcio do
mtodo para a nossa realidade, pois o Estado Par obteve resultados negativos nas
ltimas avaliaes do Ideb, conforme dados do INEP de 2011. Anlises preliminares
nos revelam que quase 80% dos alunos do ensino mdio das escolas pblicas de Belm
apresentam baixa fluncia no componente velocidade e preciso, o que pode ser
responsvel pela dificuldade de compreenso. Sendo assim, o CBM uma
possibilidade para que o professor possa monitorar seus alunos e, a partir desse
mapeamento, planeje melhor suas aulas para alcanar o objetivo pretendido em leitura,
o de promover a proficincia do aluno.
Palavras-chave: Leitura. Velocidade. Preciso. Curriculum-Based Measurement.
AS CONCEPES DE LINGUAGEM E O ENSINO DE LNGUA MATERNA:
ANLISE CRTICO-REFLEXIVA DE UMA ATIVIDADE DE ENSINO DE
GRAMTICA
rica Patrcia Barbosa COSTA (UFPA)
Melize Borges PEREIRA (UFPA)
Rassa da Silva MIRANDA (UFPA)
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relevante tecer discusses e reflexes acerca da dinmica do ensino e aprendizagem
de lngua materna e das concepes de linguagem a elas atreladas, que comumente
revelam a postura do sistema educacional de uma determinada poca e,
consequentemente, norteiam a postura do professor em sala de aula. Determinam
tambm, de forma mais direta, o que ensinar e, sobretudo, o como ensinar os
contedos de lngua portuguesa. Sendo assim, o trabalho em tela, fruto da disciplina
Ensino-aprendizagem do Portugus I, parte da seguinte questo de pesquisa: as
questes de gramtica contempladas no material didtico levam o aluno a refletir sobre
a lngua? Prope-se a investigar qual concepo de linguagem predominante em uma
atividade de ensino de gramtica do livro didtico Portugus: Linguagens 6 srie, dos autores Cereja e Magalhes. Inicialmente realizamos uma reviso de literatura, e
posteriormente selecionamos o livro e a atividade a ser analisada. Ancorados, para
tanto, na lingustica aplicada, embasamo-nos nos pressupostos tericos de
Bakhtin/Volochinov (1975), Geraldi (1997), Travaglia (1996), dentre outros. Podemos
evidenciar, por meio da anlise realizada, a predominncia da primeira concepo de
linguagem, a saber, linguagem como expresso do pensamento, o que aponta para um ensino pautado no tradicionalismo e no normativismo. Desse modo, a atividade
no contribui de maneira eficaz para a melhoria no processo de ensino e aprendizagem
de lngua materna, pois no propicia ao aluno/sujeito ativo um aprendizado
contextualizado, que o leve a refletir sobre a lngua. Cabe ao professor, como mediador
do processo, adaptar/reelaborar as questes do livro, tornando-se autor de sua aula.
Palavras-chave: Concepes de lngua(gem). Ensino-aprendizagem. Livro didtico.
O ENSINO DA LNGUA PORTUGUESA COMO L2 PARA SURDOS NA
PERSPECTIVA BILNGUE
Etiene Vaz de LIMA (UFPA)
Melissa Maynara dos Passos RGO (UFPA)
Orientadora: Andra Pereira SILVEIRA (UFPA)
O processo de ensino da Lngua Portuguesa para os alunos surdos discutido
atualmente no prisma do bilinguismo, visto que as lnguas de sinais (no Brasil, a
Lngua Brasileira de Sinais LIBRAS), so apontadas como base desse processo de aprendizado por serem as lnguas naturais da comunidade surda. Neste trabalho,
objetivamos investigar e discutir as abordagens acerca do processo de aprendizagem da
pessoa surda na aquisio da Lngua Portuguesa, em seus processos de leitura e escrita.
Esta pesquisa bibliogrfica est fundamentada nos escritos de Quadros (1997) e Silva
(2002). A primeira debate a questo da educao dos surdos de acordo com a proposta
bilngue, o processo histrico que permeou o ensino de uma segunda lngua para os
surdos e qual o perfil do professor para ensinar esses alunos; j a segunda aborda o
ensino para crianas surdas partindo da aquisio da linguagem e o ldico. O processo
de produo e anlise de dados caracterizou-se pelo levantamento bibliogrfico que
fundamenta teoricamente a concepo de ensino de lngua portuguesa para surdos,
foco desta investigao. Como resultados preliminares, foi possvel perceber a
importncia do ensino da Lngua Portuguesa para a comunidade surda, levando em
considerao que, na perspectiva da Educao Bilngue, prope-se a aquisio da
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lngua de sinais o mais cedo possvel, enquanto a lngua oral, utilizada pela
comunidade majoritria, deve ser aprendida pelo surdo em metodologia de ensino de
segunda lngua. No caso do Brasil, a Lngua Portuguesa deve ser assegurada em sua
modalidade escrita, de acordo com o Decreto n 5626/05, o que permitir ao indivduo
surdo uma comunicao acessvel dentro da cultura ouvinte, possibilitando o usufruto
de sua cidadania.
Palavras-chave: Lngua de Sinais. Lngua Portuguesa. Bilinguismo. Educao de
surdos.
AUTORIA DIDTICA NO ENSINO SUPERIOR: FOMENTANDO OS
LETRAMENTOS DIGITAL E ACADMICO NA GRADUAO EM LETRAS
Eunice Braga PEREIRA (UFPA)
Nessa comunicao apresento anlises preliminares de um projeto de ensino em
andamento na graduao em Letras Portugus da UFPA/Belm. No decorrer de minha prtica docente no referido curso de graduao, observei que, apesar de os
alunos serem da chamada gerao dos nativos digitais, o uso de dispositivos tecnolgicos, bem como das redes sociais, pouco tem sido revertido para as prticas
acadmicas desses sujeitos. Levantei a hiptese de que apenas seguir uma progresso
curricular no condio suficiente para que o graduando participe de modo efetivo
das prticas sociais e discursivas da esfera acadmica. Assim, percebi que o letramento
dos alunos (tanto o digital quanto o acadmico) poderiam e deveriam ser ampliados.
Com esse projeto, objetivo contribuir para a elevao do grau de letramento digital e
acadmico dos graduandos por meio do uso de grupos do Facebook ressignificados
como plataformas de ensino. Realizei atividades didticas atravs dessa rede social
com o intuito de ampliar as discusses da sala aula para o ambiente virtual. Para isso
me vali da modalidade Blended Learning, isto , um ensino misto que associa tarefas
realizadas presencialmente e outras online. Teoricamente, embaso-me nos estudos
sobre letramento conforme Street (2012) e Coscarelli (2012). Dialogando com a
proposta deste evento, procuro refletir sobre a natureza das tarefas didticas elaboradas
para alcanar o objetivo proposto, bem como sobre o diferencial de se elaborar tais
atividades para o contexto do Ensino Superior.
Palavras-chave: Letramentos. Graduao. Autoria Didtica.
UTILIZAO DA LOUSA DIGITAL NO ENSINO DE LIBRAS: DESAFIOS E
POSSIBILIDADES
Fbia Marcela Moreira SILVA (E.M.E.I.E.F. Profa. Emlia Gimennez)
Jane Meiry LAMEIRA (E.M.E.I.E.F. Profa. Emlia Gimennez)
Este trabalho teve como objetivo pesquisar sobre a utilizao da lousa digital no ensino
da Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que, de acordo com a legislao vigente (Lei
N 10.436), deve integrar o ensino regular. Esta ferramenta disponibiliza todos os
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recursos de um computador, alm dos recursos de seu software, porm, com um grande
diferencial: a interatividade dos sujeitos envolvidos no processo. A linguagem interativa
presente na Lousa Digital, quando utilizada com propsitos educacionais bem definidos,
pode potencializar prticas inovadoras na pedagogia surda. Destaca-se uma metodologia
que privilegia a construo do conhecimento pelo aluno que um sujeito ativo nesse
processo atravs da interatividade que dispe essa tecnologia, e o papel do professor
como essencial em todo o desenvolvimento do trabalho, fazendo a mediao adequada
entre a mquina e o estudante. A pesquisa foi realizada no laboratrio de informtica da
Escola Emlia Gimennez, que utiliza essa ferramenta como recurso didtico. Nessa pesquisa, podemos observar a relao entre professores ouvintes e surdos e alunos
ouvintes e surdos no processo de ensino de LIBRAS tanto para surdos quanto para
ouvintes. Aps a pesquisa, constatou-se que a linguagem interativa presente na lousa
digital um recurso que motiva o aluno e consequentemente resulta no aprendizado
mais eficaz. Aumentando o interesse, eleva-se o nvel de ensino e, consequentemente, a
qualidade da aprendizagem desse estudante que atrado pela dinmica dessa
tecnologia.
Palavras-chave: Prtica Pedaggica. Ensino de LIBRAS. Lousa Digital.
Interatividade.
A BIBLIOTECA ORAL DA CRIANA: MEMRIA, APRENDIZAGEM E
SUBJETIVIDADE
Felipe Hilan Guimares SANTOS (UFPA)
A investigao que pretende ser apresentada vinculada ao projeto O desafio de ensinar a leitura e a escrita no contexto do ensino fundamental de nove anos e a insero
do laptop na escola pblica brasileira, realizado na Escola de Aplicao da UFPA em turmas de 1 e 2 anos do Ensino Fundamental. Com base nos estudos de Claro (2005) e
Lima (2006), considera-se que a criana, antes mesmo de ingressar na escola, j possui
um repertrio de matrizes orais e operaes lingusticas que aqui se nomeia por
biblioteca oral, um conhecimento que adquirido a partir da sua conscincia como ser social e comunicativo. relao que existe entre a prosa (fala) cotidiana da criana e o
acesso a textos da cultura, sejam eles orais ou escritos, Belintane (2013) denomina de
subjetividade de entre-textos, um processo que atua diretamente na memria infantil e
proporciona uma disposio para a entrada da criana na escrita e na leitura. Tem-se
como objetivo deste trabalho compreender a atuao da biblioteca oral da criana como
sendo de suma importncia para sua insero na escrita, a partir do momento em que
trabalha com esses entrecruzamentos textuais. Ao entrar em contato com situaes de
oralidade como ouvir histrias, a criana armazena as informaes em sua biblioteca
oral no momento em que atribui sentido quilo que est vivenciando. nesse processo
de apreenso de informaes que seu conhecimento lingustico construdo e que,
conforme Claro (2005), a criana tece sua competncia cultural, absorvendo mais
informaes ao repertrio lingustico que carrega na memria. Para abarcar mais
informaes pesquisa aqui tratada, sero coletados dados de quadros sinticos e
dirios de campo feitos na observao das turmas englobadas pelo projeto ao qual est
vinculada esta investigao.
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Palavras-chave: Biblioteca oral. Memria infantil. Intertextualidade. Aprendizagem.
Subjetividade.
A FRAGMENTAO FORMAL NAS OBRAS DE BENECDITO MONTEIRO
COMO REPRESENTAO DE UM PERODO DITATORIAL
Fernanda Ramos CORRA
Rasa do Socorro da Silva GUEDES
Fragmentao uma caracterstica presente nos romances, em especfico no romance
moderno. Este nos possibilita compreender a histria a partir de representaes da
realidade, representaes estas que mostram a desordem social brasileira, por exemplo,
principalmente nas narrativas que representam a ditadura militar. Essas narrativas esto
inseridas na literatura de resistncia e, neste caso, Lizandro Calegari trata a
fragmentao como resultado da desordem devido ao autoritarismo vivido na poca.
Benedicto Monteiro, sendo um escritor e testemunha deste perodo na Amaznia, fez
uso da fragmentao como instrumento revelador do caos; assim, evidenciamos que o
golpe de 64 no se restringiu apenas nas cidades de apogeu da ditadura. Neste contexto
a fragmentao bem representada nas narrativas romanescas de Benedicto Monteiro:
Minossauro e A terceira margem. A fragmentao em Minossauro se d por ciclos, narrao de Miguel, cartas e informaes do rdio (no perodo em que foi
publicada a obra ocorrem vrios fatos simultaneamente e isto repassado para o
romance, pois a arte imitao da realidade, conforme discutido pela escola
frankfurtiana). Em A terceira margem, a fragmentao se d por narraes feitas por Miguel e pela voz dos vrios personagens que o autor cria para mostrar a Amaznia e
seus encantos, esta que poder existir para si mesma e uma Amaznia que continue a ser
destruda. a partir da analise destas obras que afirmamos que a fragmentao formal
essencial para representar o caos em que o homem moderno viveu no perodo do regime
autoritrio e vive aps a ditadura militar.
AVALIAO FORMATIVA COMO FONTE DE (AUTO) REGULAO NA
FORMAO DE PROFESSORES DE FRANCS DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PAR
Fernanda SOUZA E SILVA (UFPA)
Orientadora: Myriam Crestian Chaves da CUNHA (UFPA)
Este trabalho visa a contribuir para o estudo acerca dos processos formativos, entre os
quais se encontram os processos de regulao da aprendizagem, no campo do
Ensino/Aprendizagem de Lnguas Estrangeiras. O novo Projeto Pedaggico do curso
de Letras habilitao em lngua francesa investe de maneira intensiva na formao do futuro falante/professor de lngua estrangeira, notadamente no que diz respeito ao
desenvolvimento das competncias autorregulatrias dos aprendentes. Estudos
recentes referentes ao impacto das propostas desta nova matriz pedaggica apontam,
entre outros, para a existncia de numerosos focos que ainda restam a entender a
respeito de uma prtica pedaggica que visa ao desenvolvimento dessas competncias.
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Um dos aspectos a ser investigado concerne aos fatores que influenciam, positiva ou
negativamente, o desenvolvimento dessas prticas no contexto da sala de aula de
lngua. Sendo assim, busca-se com este projeto contribuir para ampliar, terica e
metodologicamente, os conhecimentos acerca da avaliao formativa como facilitadora
dos processos de (auto) regulao da aprendizagem no mbito do ensino/aprendizagem
de lnguas estrangeiras. Para tal, num primeiro momento foi realizada uma pesquisa
bibliogrfica abrangendo obras sobre avaliao formativa e sobre os processos de
autonomizao dos aprendentes. Em seguida, foi realizado o levantamento de dados a
partir de observaes de aula de Lngua Francesa, da aplicao de questionrios e da
realizao de entrevistas. Nesta comunicao apresentam-se o referencial terico
consultado bem como os procedimentos metodolgicos e os primeiros resultados desta
pesquisa em andamento.
Palavras-chave: Avaliao Formativa. Autorregulao. Ensino/aprendizagem de
lnguas.
A AUTORIA DA AULA DE LNGUA PORTUGUESA: UMA PRTICA
DISCURSIVA EM BUSCA DE IDENTIDADE
Francineide Paiva MORAES (UFPA/CAPES)
Thomas Massao FAIRCHILD (UFPA/CAPES)
Considerando que uma mudana significativa na educao implica, sobretudo,
mudana no lugar em que o professor se assenta, este trabalho tem como objetivo
investigar como se constitui a funo-autor nas aulas de Lngua Portuguesa (LP) em
Belm/PA. Para tanto, a pesquisa, de natureza documental e etnogrfica, foi
desenvolvida durante um semestre (2013) em uma escola da rede pblica de ensino,
onde observamos as aulas de Lngua Portuguesa de uma turma de 5 srie do Ensino
Fundamental. Adotamos como corpus quatro recortes retirados de materiais de ensino
usados pelo professor, atividades realizadas pelos alunos e anotaes registradas em
dirio de campo, os quais foram analisados na perspectiva da Anlise do Discurso de
linha francesa. A metodologia adotada foi a tipologia dos discursos proposta por
Orlandi (2009), articulada s categorias unidade, coerncia e tomada de posio. A
discusso est ancorada em Maingueneau (1997), com o conceito de prtica discursiva
como instncia que apreende uma formao discursiva como inseparvel das comunidades discursivas que a produzem e a difundem; Possenti (2009), com a noo de autoria como instncia que pressupe singularidade e tomada de posio; Orlandi
(1999), com o conceito de funo-autor como responsvel por produzir um dizer com
unidade, coerncia; Foucault (1969/1996), com a definio de autoria como
procedimento de coero do discurso; e Bakhtin (2006), com a concepo de
linguagem enquanto interao. Os resultados da anlise apontam para a constituio da
funo-autor na aula de LP como movimento que inscreve uma identidade autoral cujo
discurso dominante do tipo no autoritrio, de modo que as posies enunciativas
assumidas pelo sujeito-professor se articulam, representando unidade, coerncia e
tomada de posio.
Palavras-Chave: Funo-autor. Sujeito-professor. Aula.
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CONCEPES DE LINGUAGEM E LIVRO DIDTICO: UM NOVO OLHAR
SOBRE VELHAS PRTICAS
Francisca Imaculada Santos OLIVEIRA (UFPA)
Davi Pereira de SOUZA (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
A maneira como o professor concebe a linguagem reflete na sua abordagem
metodolgica em sala de aula, podendo determinar, por exemplo, o modo como se
trabalha o livro didtico. Este, por sua vez, pode adotar uma ou outra (ou ainda
simultaneamente) forma de conceber a linguagem. Desse modo, questiona-se: qual a
atitude que o professor deve assumir frente ao material didtico adotado em sala de
aula? Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a(s) concepo(es) de linguagem
adotada(s) num livro de 5 srie do Ensino Fundamental, com o intuito de contribuir
para o processo de ensino e aprendizagem da Lngua Portuguesa. Para tanto,
selecionou-se uma seo de gramtica do livro didtico mencionado, analisando-se
cada atividade. Quanto ao referencial terico aqui adotado, trata-se da concepo
dialgica de linguagem a partir de Bakhtin/Volochinov e de pesquisadores brasileiros
que seguem esta vertente, tais como Travaglia (1996), Geraldi (1997), Zanini (1999),
Perfeito (2005), entre outros. Aps a pesquisa, verificou-se que os exerccios trazidos
na seo analisada do livro esto embasados tanto na primeira quanto na segunda
concepo de linguagem, predominando questes de identificar os termos essenciais da
orao repetitivamente. Tais resultados podem proporcionar discusso interessante no
que diz respeito atitude do professor de lngua diante do material didtico disponvel,
refletindo sobre a questo de autoria do professor em relao a sua aula, pois, se o livro
no traz exerccios que levem o aluno a refletir sobre a lngua, a interagir com e pela
linguagem, cabe ao docente adaptar as atividades, elaborar novas questes para atingir
tal propsito.
Palavras-chave: Concepes de linguagem. Livro didtico. Ensino e aprendizagem do
portugus.
TERMINOLOGIA DA AGROINDSTRIA DO DEND
Francivaldo Mata QUARESMA (UFPA)
Nosso trabalho traz como tema em estudo o lxico especializado da agroindstria do
dend. Nossa inteno produzir um glossrio socioterminolgico proveniente dos
discursos tcnicos ou cientficos escritos, presentes em textos de gneros variados, que
tratam do processo de cultivo do dend e do beneficiamento dos produtos e
subprodutos extrados dessa palmeira. Acreditamos na hiptese de que nesses
discursos escritos h a utilizao de um relevante repertrio de termos a ser
documentado, descrito e analisado, uma vez que ainda no temos, em mbito
acadmico, no Par, um estudo terminolgico feito sobre essa atividade profissional.
Acreditamos tambm na existncia de um processo de variao terminolgica presente
nesses mesmos discursos, o qual provavelmente revela um pouco da riqueza
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lingustico-cultural de seus usurios. Como pressuposto terico de nossa pesquisa,
estamos tomando por referncia o ponto de vista da Socioterminologia de Gaudin, o
qual defende um estudo contextualizado das lnguas de especialidade, onde a variao
terminolgica tambm seja considerada como uma realidade a ser estudada. A
metodologia em aplicao est baseada em Faulstich. Como instrumentos de recolha,
anlise e organizao dos dados presentes no corpus de nossa pesquisa, esto sendo
utilizados os softwares WordSmith Tools, para recolha e anlise, e Lexique-Pro, para a
organizao de nossos dados em formato de glossrio. Essas ferramentas esto nos
auxiliando eficientemente na implementao do estudo do corpus coletado, de onde
esto sendo extrados os termos que esto compondo o glossrio socioterminolgico,
objetivo final de nossa pesquisa. Acreditamos que o trabalho pode contribuir
significativamente, do ponto de vista cientfico, para os estudos que se voltam para o
lxico da lngua portuguesa e no mbito do ensino/aprendizagem da lngua, para que o
professor, por meio do uso da pesquisa terminolgica como prtica educativa, assuma
uma postura muito mais autnoma em sua prtica docente.
Palavras-chave: Socioterminologia. Agroindstria. Dend.
DOS GRIMM AO IFNOPAP: ENTRE O OUVIDO E O TRADUZIDO
Greubia da Silva SOUSA (UFPA)
Este trabalho se prope a realizar um estudo de cunho comparativo (aproximativo)
entre o projeto de compilao pensado pelos irmos Jacob e Wilhelm Grimm, na
Alemanha no sculo XIX, com o projeto compilatrio do Imaginrio nas Formas
Narrativas Orais Populares da Amaznia Paraense (IFNOPAP), na Amaznia no
sculo XX. Tambm se prope a investigar e refletir sobre o processo de transposio
(traduo) do corpus narrativo (especificamente os contos da cobra grande e do boto)
coletado pelo projeto IFNOPAP e posto em circulao na forma da coleo de
narrativas populares Par conta... Para tanto, fao uso da coletnea de contos
populares dos irmos Grimm intitulada Contos maravilhosos para as crianas e para o
lar (Kinder und Hausmrchen), primeira verso publicada em 1812, e tambm, da
coletnea de contos maravilhosos Par conta... composta pelos livros Belm, Santarm
e Abaetetuba conta..., todos publicados pela Universidade Federal do Par (UFPA) em
1995.
Palavras-chave: Projeto de compilao. IFNOPAP. Traduo. Narrativas populares.
LITERATURA: REFLEXES NO ENSINO MDIO
Haline Fernanda Silva MELO (UNAMA)
Neusa PRESSLER (UNAMA)
Este trabalho um recorte do projeto de dissertao de Mestrado em Comunicao,
Linguagem e Cultura da Universidade da Amaznia UNAMA. Nesta pesquisa aborda-se o ensino de literatura em uma Escola Estadual de Ensino Mdio da cidade de
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Goiansia do Par, sudeste do Estado do Par. Neste percurso, so avivadas discusses
sobre objeto de ensino das aulas de literatura, que, em sua maioria, ocorre em
fragmentos, sempre ilustrando um autor ou perodo literrio, numa perspectiva
cronolgica e segundo a histria da literatura. Para esta pesquisa utilizou-se a pesquisa
bibliogrfica e documental para a identificao das discusses terico-prticas em
torno da literatura escolarizada. Objetiva-se demonstrar que, para formar leitores,
necessrio que os professores tambm se transformem em indivduos mais assduos no
ato de leitura. A emancipao dos leitores ocorrer na medida em que o processo de
leitura literria na escola seja permeado por uma concepo de leitura que colabore
dinamicamente com o processo de produo de sentidos e com a interao entre leitor
e obra literria. Para tanto, este trabalho articula-se nos estudos de Silva (2008),
Pinheiro (2006), Jouve (2012) e Martins (2013).
Palavras-chave: Literatura. Leitura literria. Ensino mdio.
AS CONCEPES DE LINGUAGEM E O ENSINO DE LNGUA
PORTUGUESA: UMA ABORDAGEM NO LIVRO DIDTICO
Hariane Cristina de Souza LEMOS (UFPA)
Tatiane Carmem Silva RODRIGUES (UFPA)
Mrcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
As concepes de linguagem so norteadoras do ensino de lngua no Brasil e o
professor, muitas vezes aprisionado ao livro didtico, acaba por seguir somente uma
concepo, normalmente aquela que contemplada no material didtico o que prejudica a aprendizagem dos alunos, fazendo com que eles no reflitam sobre o uso
da lngua. Nesse sentido, este trabalho, desenvolvido na disciplina Ensino-
aprendizagem do Portugus I (UFPA), tem como objetivo refletir acerca das
concepes de linguagem abordadas nas atividades de um livro didtico de Lngua
Portuguesa, a fim de contribuir para uma melhor utilizao desse material didtico pelo
professor. A pesquisa parte do seguinte questionamento: como o livro didtico deve
ser utilizado no ensino de Lngua Portuguesa? Para sua elaborao, escolheu-se o livro
Novo Dilogo, das autoras Eliana Beltro e Tereza Gordilho, direcionado 5 srie do
ensino fundamental, e analisou-se as atividades de gramtica da seo III (Coisas
Misteriosas). A investigao apoia-se nos pressupostos tericos de Bakhtin/
Volochinov (2010), Geraldi (1997), Perfeito (2005), Zanini (1999), dentre outros. Os
resultados demonstram que o livro ainda contempla um grande uso de exerccios
mecnicos, oriundos da segunda concepo de linguagem (vista como instrumento de
comunicao). Assim, sugere-se que o docente no se aprisione nesse suporte didtico,
mas que reflita sobre as atividades nele propostas e que intervenha, acrescentando ou
adequando as atividades, o que o torna autor de sua aula e enriquece o ensino e
aprendizagem dos alunos.
Palavras-chave: Ensino e aprendizagem. Concepes de linguagem. Livro didtico.
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UMA EXPERINCIA DE ENSINO/APRENDIZAGEM ACIONAL NO
PROCESSO DE ELABORAO DE TAREFAS DE PRODUO ESCRITA
PARA TURMAS HETEROGNEAS DE PORTUGUS LNGUA
ESTRANGEIRA (PLE)
Hellen Margareth POMPEU de Sales (UFPA)
Orientador: Jos Carlos Chaves da CUNHA (UFPA)
Se produzir textos escritos sempre inquietou alunos e professores de lngua materna, o
que dizer quando o ensino/aprendizagem dessa competncia tem como pblico
aprendentes de diferentes nacionalidades, usurios de lnguas-culturas muitas vezes
bastante diferentes da nossa, como o caso de nossos alunos do Programa de
Estudantes Convnio de Graduao (PEC-G)? Partindo de questes como esta, propusemos a uma turma heterognea do ponto de vista lingustico/cultural, de
Portugus como Lngua Estrangeira, tarefas com orientao metodolgica baseada na
Perspectiva Acional do Conselho da Europa e em uma concepo de lngua/linguagem
interacionista, visando levar os aprendentes a produzirem textos escritos em portugus
adequados s diferentes situaes de uso da lngua. A hiptese aqui levantada a de
que o ensino-aprendizagem da produo escrita pode ser otimizado quando os alunos
so inseridos em contextos significativos, com tarefas que tm propsito e que os
levam a agir em situao real e/ou simulada de uso da lngua. O corpus do trabalho foi
composto por produes textuais de gneros da modalidade escrita da lngua
portuguesa como artigo de opinio, e-mail, resumo, cartas, escritas pelos alunos do
PEC-G. O progresso alcanado entre a primeira produo e a produo final dos
alunos, assim como os resultados obtidos por eles nos exames do CELPE-Bras so
indcios significativos de que a experincia tem favorecido a superao das