t? lis* • __(¦___. ,_____________ Director-EDMUNDO BITTENCOURT Anno IV—N. 1.085 ASSIGNATDRA8 Anno 30S00O Selsmezea 181000 Numero atrazado 100 réis RIO DE JANEIRO-QUINTA-FEIRA, 2 DE JUNHO DE 1904 Redacção—Rua Moreira ÍJesáí d. 117 O sr. João B. da SUva, que, em nome dosta folha tem percorrido diversas looa- lidades do Estado de S. Paulo, entro as quaes: Sorocaba, Mayrlnk, São Roque e outras da linha da Sorocabana, náo é ..'t.v.n agente. Naquelle Estado sSo nossos agentes ge- racs, os srs. Gonvalves 4 Guimarães e agonio viajante, o sr. José Dias Vieira do Castro. DA HYGIENE Todo3 os dias nos chegam reclamações lontra os esbirrSb da hygiene, partidas de todas as camadas sociaes. A medida que perdem o receio da resistência elles do- tribunal, que deve reunir se no Rio de 'anelro nomeando cônsul, sem vencimentos, im Rot- terdam, o sr. Jerard II. Elink Scliuwrman. Foram assignados, pelo presidente "da Re- publica, os seguintes decretos relativos ao ministério da marlnhn: • xonerando o capitno-tenente José Manoel Monte o, .ie ini- medlatodo vaior » Andrada >; o c;ip 'áo-tenen te freuerico .ia < ru/, Secco, do Inimedlato do vapor «Carlos Gomes eo eapitão-te'ente Ro- uolplio Lopes da Cruz.de commandante do cru- zador sffradenteà»; nomeando: Inm stlialo do vapor «Aiirlrmla», o sr. Frederico d.' l-niz Sec- co; do .Carlos Comes», o sr. José M..aoel Mon- telro o commandnntcdo .Tiradentes' o capitão- tenente Raymundo Josó Ferreira do Valle. bram de audácia nas tropelias, das quaesidm*^ LLi 7Çm sua residência estudando varies assumptos algumas mal disfarçam a desforra de antigos aggravos c contrariedades. Ainda hontem registrou esta folha o que se deu na casa da conhecida cha- cara da Lagoa, que a gente da hygie- ne, ba mais de seis mexes, caprichava em subníetter á dcsinfocçao, nao obstante n3o se? habitada, estar fechada ha vinte an- nos c nSo ter absolutamente visinhos. Porque um dos condôminos da chácara se recusou a entregar a chave que lhe exi- girara, pala primeira vez, em janeiro deste anno, e depois no principio do mez passado, porentender que se não justificava a neces- sidade da dcsinfecçSo,c agora,ainda mais, por nSo encontrar para semelhante exi- gcncla nenhum apoio no próprio Código de Torturas, foi a casa arrombada, des- truidos alguns moveis, estragados outros, logrando afinal os aguazis da hygicnc a satisfação dos seus vingativos caprichos. O artigo do Código dè Torturas, invo- cado para colorir de legalidade essa inau- dita violência, nao tinha applicaçSo ao caso de casa fechada, porquanto, além da pena de multa, comininava a Ae fecha- mento. E nenhum outro artigo do novo Código obriga, cm hypothcse alguma, a flesiufecçôcs c expurgos casas fechadas, ilesliabitadas c isoladas. Aldm dos prejuízos de ordem material que soffrett, aquelle proprietário do prédio está sendo processado perante o juiz da Saúde Publica,cm cuja justiça só aos sim- pies 6 pcruiittido acreditar, e processado segundo os preceitos da celebre lei Alfre- do Pinto destinada a dar cabo, pelo arro- clio, dos ratonclros, bicheiros e outros malfeitores de egual jaez; e mandada agora observar pelo sr. Seabra, nos pro- Ccssos crimes daquelle juízo especial, com o que patenteou a sinceridade das suas promessas de executar suavemente os rc- gulanientos impostos pelo director da Saüdc Publica. Cellzüiente nos cabe asslgualar que a victima de tamanha prepotência se sentiu foni n coragem precisa para, seguindo os caminhos legaes, perseguir os seus ver- dugos, aos quaes 6 de esperar inflijam, os tribunaes da Republica, a licito que bem merecem. Ao passo que isso se passava na Gavca, em relação a pessoa de elevada posição social, membro de uma das mais antigas c ilistiuctas familias do Rio de Janeiro, at- tentado, egualmente de indignar, commct- tiam ou legionnrlos do sr. Oswaldo Cruz, n'outro angulo da cidade, na ma Carne- rino, contra um pobre carteiro da reparti- coo-dos correios, de quem exigiram o des- pejo Immedlato da casa que habitava para proceder a dcsinfcrçfio. Vendo a sua casa invadida pelo pessoal da hvgleue e conhecido o motivo da in- coiumoda visita, estranhou o carteiro pre- tendessem desinfectar novamente uma ha- liitaçáo desinfectada havia dez dias e concluiu por pedir fosse adiada a execução da medida até que cllc pudesse remover da casa sua mulher, que catava doente. NSo foi attendido e por Um ainda o con- duzirnm a 3' delegacia auxiliar, oude o conservaram, durante horas e horas. Um c outro facto dao o panno de amos- tra do que estão sofTrcudo os habitantes desta cidade com a execução dos bárbaros regulamentos que o sr. Seabra, charla- taneacamente, prornetteu amenisar, aca- tandoos legítimos interesses, respeitando todos os direitos, con forme-disse s. ex., e repetiram seus thuriferarios na impreu- 6.1— se deveria esperar de um velho liberal como elle. Ha casos, 6 verdade, em que s. ex. tem BmenUadooa rigores do formidável Código, dispensando criminosamente a sua applica- (fio. Mus, emtacs casos, slo protagonis- tas senadores o deputados. Em relação a estes, sim, o sr. Seabra se mostra condes- ccudeiite, cordato, humano. Para elles e outros amigos nao foram feitas as tortu- ras. OU Vidal •—>v V*v—. Apresentaram-se ao presidente da Republica o capitão de fragata Eduardo Mldosii por ter de partir p.va o Amazonas adm dá assumir o commando do couraçado i loriano. eo capitão- tenente Estevão Adelino Martins [«r ler assu- inido o logar de commandante do cruzador « Republica . 0 senador Francisco Olycerló estc'5 em pa- melo, á tarde, confereuciundocomo presidente da Republica. Omlnisiroda Industria o vlação nlo desceu em companhia do consultor technlco do mlnls- tono, dr.chagas Üorla. Falaram com o ministro do Interior, em sua secretaria, ossrs.dr. Cardoso de astro, Azevo- do Sodrc, nretor Cícero Seabi-a, iwíegados de ¦*-*"¦-¦¦¦¦ SESSÃO DE 1904 Nao ha como essa gente da alta política, para sentir aggravada sua dignidade é para declarar sua dignidade desopprimida. Tudo questão de discursos, mais ou me- nos arranjadinhos e mais ou menos de le- gua e quarto. —O Barbosa atacou-te pavorosamente, hoje I —Nao faz mal: amanha respondo, ao pé da letra... —Homem I o Mattos disse-te coisas hor- riveis, no expediente I —Deixa-o commigoj amanhã o escacho muna explicação pessoal... E mais desaforo, menos compostura, desde que a gangorra parlamentar func- cione com a sua regularidade quotidiana e habitual—hoje o sr. Barbosa Urna por cima.amanhã por cima o sr. Mello Mattos, —no fim tudo fica por isso mesmo e ao cabo dá tudo certo. Hoje um diz que o outro é um desafo- rado e é um grosseiro. Amanhã.para com- pensar o ultrage.este outro dirá que aquel- le era um animal e de sete estômagos... E osAnnacs enriquecem-se de mais duaspa- ginas de boa rotliorica e de sã delicadeza, sobre preenchimento do cargo de director dos Correios, vago pela morte do dr. Euiz Betim, MERCÚRIO - Seguro» Hospício 16. o MELHOR DOS MUNDOS policia Tomas Machado e Campos Tourlnho, ,.- ¦-•— juiz dr. AtliauIpho.de 'alva e deputtdus Mello « o complicado machinismo parlamentar Mattos e Galeão Carvalhaes;continuará a deslisar suavemente,*pelas suas polias e pelas suas engrenagens, com uma regularidade e um isochronismo, de Respeitando o accordo celebrado com o go- verno. a. ompanhla dn Loterias.Nicionaes re- £?Lh?u„„10 Jbesouro Federal a quantia do b't:6l.Cf6ti(t, da quota quinzena). Não compareceu a sua secretara o ministro da fazenda. E* quasi certo que s. ex. presida hoje o con- selho da Caixa da Amortlsaçâo. 0 presidente do Tribunal da rentas ordenou 0 r?Al8t,rr£.í0S "ÇUtntes paganini os: a.rè '_,','£ (llversos, do fornecimentosá E. timos'°' em revorelro ° "'arco ul- Ua ':0ÚÍ332, de adiantamento ao >lce director ri.a ' ol°n'U Çorrecional de Do'*1 l;'0S. Braullo Martins d; Souza, para pagamento dos venci- momos relativos ao mez de abiII ultimo, do pessoal sem nomeação da referida colônia-, ,.ü° '7 í?0"'.a Rodrigues 4 Cotnp.. de objectos deexpedlente fornecidos á secretaria do minis- terio da justlçu, no mez de abril ultimo. ™ ™ "~_0AMBIO Curso ofnclal Praças90 drv Sobre Londres....,iiiw » Parisk-^- Hamburgoo-a » Itália......;._ Portugal_ Nova-York_ Ouro nacional em vales, pontuou ; Hnncarlo Sobeianos,. 12 1(33 S vista 11:.'.i|i;t 801 99(1 8(l.*i 369 4.11-3 2.3Ü7 12l|lli 101175 d-„ , ., ... ¦*«••!• ¦•¦ «'fandera Renda do dia 1 de junho: Km papel Em ouro "Em egual período de 1903., HOJE 185:191J7!I| 6B4l'.'tüiH 25I.-S"*<331 321:ll7la37 Na pagailorla do Thesouro Federal, pagam- se n«-seguintes folhas seCretnrliS da justien, l ,1'ííí0,íx.t,er or' pa.HtedruI rcder.il, bispos o 'vi- ff.inos cpllados, observatório aitronomieo. /• n?.?^."" ?p' "Vl,ll8"> 'Io iodos oi ministérios, nssistmiota mediuo lesai o immisranwsda Ilha ^Lllo,roí' re_>r»»»,doa da brigada policial a corpo de bombeiros. Tópicos e Noticias 0 TEITIPO Cèo Ora claro. Ora nublado, tal foi o aspecto do dia (U» iiontem, ttndo cabido um quasi nana d« cliur». niluda e frln. na noitr antecivu-nt*. A temperatura que Unha «nlo de l-.l .1* 6 I;.' da niaiitiil. subiu ua máxima, ai li e pouco do dia k 1.4 gráo* Ventos fracos avariados. 1,55'í *!e 9W'lco na repartição :entral do Po- Itcla o (tf, «¦ delegado auxiliar. A, NOITE LYRico.- Progranvuii varlâilo*. APOLLO,—A reforma do diabo. HEVIIEIO.-CÚ e Ld. CASINff. Funcçáo variada. O ministro da guerra ainda hontem tra- tou do assumptos rclativoi ao embarquo e triHrclia das tropas para as nossas frontoi- rus com o Peru. S. ex., depois do havor d^pachado alguns papeis do alta importância dirlglu-se p*ra o palácio do Cattete, ondo conferen oinu com o presidonte da Republica sobro as medidas executadas pata a prouipta mo- bilisa.au dos corpos o providenoias to- mulas para o traii3|iüi'[.: ,1o viveres, mn- nlçin o outros recursos indispensáveis aos curpos quo vão operar em tão longínquas paradas, Do volta de palácio coní.,bulou 3. ex. com os srs, Luiz, rcpresontanij da oasa Krupp e Antônio Lago, reprasent.ui-ls da Companhia Costeira do Navegacio. Com ossos industriaes "1J0 firmados con- tratos especiaos. Polo chefo do estado-maior foram envia- das as instrucções neces-- irliis ao cmnm.ni- do do 26' batalhão do infanteria, que par- tlri no dia 8 do corrente para Manáos, allm de so reunir ao 15- o 33' oatalhões de Infau- teria, acampados nas circumvislnhanças do Alto Juruá. Sabemos que nas entrevistas hontem rea- llzadas, foram tomadas m-didas de caracter urgonte para o completo effectivo dos cor- pou que estáo sendo .irparelbados. O sr. barão de Runh id von Restolf, repre- sentante do Krupp, engenheiro mecânico da U-ina do Essen lambem esteve no gabineta do marechal Argollo. Preciosas informações a que deverão ori- ental-o em qualqiiBr etn rgoncia. furam tran- smittidas, pelo lelcgT.ipho, «o general Me- d-iros, commandante do 1» distrlcto mi» II tar. /^UINLIs A C , s.i. -sores do AscholT 4 (.uiiile, Ouvidor n .. m0 de Janeiro; IM. reita n. 7, b. Paulo, rua da Hnbla, Hélio iiori- some mettcrctn inveja ao emprezario Dias Bra- ga, por nüo estar de posse daquelle segre- do, afim de assegurar o pleno suecesso da revista humorística que futuramente porá na scena do theatrinho que fulgura ao fundo do beceo do Espirito-Santo, e inti- tulada— Os dois parlapatões, ou Li com Tudo se resolve entre abraços, sorrisos e boas piadas, nos corredores, nas ante- salas, na rua do Ouvidor, nos theatros de bregeiradas : —Has de ver : parto-lhe a cara, na prl- melra esquina... do expediente I ²Não te amoflncs : enchO-o de bofeta- das, no primeiro canto... da ordem do dia I * E com estas «boas piadas» o incidente está decidido, recomposto, arrumado e rc- solvido, apenas trazendo no cachei final as inevitáveis rubricas, solicitamente in- terpostas nas notas tachigraphicas pelos deputados que figuraram no entre-acto co- mico : ²Riso prolongado; ²f'íiIa• idade geral. * E1 a isto que se paga por dia uni bandJo de dinheiro a uma i-ucia de representantes, com os setis pendtiricalhos caríssimos, na confecção e publicação dos desaforos... perdão: dos debates. E foi isso o que hon- tem, ainda uma vez foi servido ás galerias da Câmara, felizes c contentadas por uma sessão de arromba. Logo cm principio o sr. Thomaz Cavai- canti, com a sua retborica muito cheia de corpo e muito adiposa, protestou contra inexactidões contidas no discurso do sr. Mello Mattos e debitadas á sua conta em apartes seus. S. cx. queria tão somente que se abrisse severo inquérito para saber quem vae á typographia nacional alterar discursos e cinprenhar apartets. Sem demora o ir. Mello Mattos decla- rou que quem fora á typographia fazer esse servicinho fora cllc próprio; quanto ao rigoroso inquérito, pedia que se nao falasse nisso por agora.—O sr. Cardoso | de Castro, especialista em inquéritos ri- gorosos, estava e está méttido numa quinzena dè* rçppuso e convalescença da safa-rascada em que o raetteu o Varela; e durante esses quinze dias sua energia tem de se conservar calada, como as suas bayonetas dos solennes momentos. Applaudido, o sr. Mello Mattos. Depois subiu ao proscênio o sr. Barbosa Lima. Curioso, attrahente, interessante. Um folhetim maldoso, fino, cheio de prin- cipios de sciencias naturaes, uma compli- caçSo de physica, botânica, política e zoo- logia, tudo dissolvido numa perversidade cauatleante. Sahiram uomos exquisitos, feios, espe- culundrificos c difiiceis como o diabo, — c tudo para em boa linguagem s. cx. classi- ficar o sr. Mello Mattos na ordem dos ani- maes ruminantes da escala zoológica, de bicho de tres estômagos, de pessoa que precisa conversar com os travesseiros para ouvir-lhes um bom conselho acerca da sna dignidade ofTendida. Por fim, uSo satisfeito de quanto tor- turou seu adversário, o sr. Barbosa Lima aida descobriu que ao sr. Mello Mattos outra classificação cabia na escala zoo- lógica : S. ex. era um verdadeiro taniati- duà, a julgar de seus abraços traiçoeiros e esmagadores. Muito applaudido, o sr. Barbosa Lima. Brasileiros que nos inquietamos com á situaçSo grave da Pátria, desenganemo- nos : o horisonte 6 todo cor de rosa, vi- vemos no melhor dos mundos I Disse-o o leader da. Câmara junto ao go- verno ou.do governo junto da Câmara, que o acolheu entre incrédula, enleiada c encantada. Si o Peru invade o território nacional, st sacrifica familias brasileiras e apropria- se de suas propriedades, nSo nos inquiete- mos, aquillo foi obra de encommendapara fazer triumphar o nosso Exercito e Ar- mada de officiaes sem soldados e sem n vios I SANTOS DÜMONl' NA GUERRA Quando teve curso em toda a imprensa do velho o novo mundos a sensacional no- ticia de quo o nosso, Illustro a arrojado patrício Santos Dumont se offerecera a uma das partes belliger.mtas dia guerra russo ja- poneza para, com o seu àpparelho voador, tomar parte nas operações de guerra, houve na opinião publica como que um frêmito da espanto, mixto de indignação e curiosidade pelo resultado da tentativa. Agitou-so toda a reportagem dos grandes loruaes europeus o americanos, cada qual buscando ganhar a dianteira nas melhores informações sobre o arrojado intento. Os mais piudentes a sagazes, percebendo no caso a mais escandalosa blague. tomaram- no como simptes creaçáo da í.intasia pãrj* si-nsa e não deram credito á balela; houve, porém, mesmo deste lado do Atlântico, aqui no próprio Brasil, pátria do genial navega- d»r dos ares, quem tomasie a sério o esir.c vagante boato qua a Htyít ao encarregara do espalhar por todo o miundo.. EiTeciivamente alguma -íorsa parecia dar cano tom. da verdade á n^iojai-Santos Du»-... ....,_.... „ „„„, .„,.„, S^r^rn^tr^,Srreff df^sl^oí^o^ "í T te, todo entregue a novaaexpetianclas eV novo S^C^SS^_^S^,£ puder. A confiança nos poderes publicos é infallivcl: naquelle como em outros Es- tados, a crise dá-se de quatro em quatro annos e, como o páu, emquanto ella vae e vem folgam as costas. Si a secca, descurada, recrudesce e multiplica suas victimas em vários Es- tados, nSo nos inquietamos, á Providen- cia apraz pôr em prova a bronze aos l- tenentes Aristídes Masca- renhas, Bento Machado da Silva, com- missario 2' tenente João Monteiro da Cruz, 1* sargento Joaquim Capistrano da Costa e 2- sargento Adalb.rto Pereira, O CASO Jtisfarjt aneos Si o commercio da nossa segunda praça, da capital do nosso mais antigo Estado, fecha suas portas em repulsa de impostos mordentes; si uma colônia pacifica de es- trangeiros acommodados, reclama garau- tias para as suas pessoas e bens ; si os próprios socialistas pedem garantias de propriedade, que a desordem immtnente deucon de tornar suspeita a seus olhos, lhoramentos no seu balão. Uma pessoa residente nesta capital escre» vau, pois, ao grande auronauta indagando dn que havia.ea resposta do Santos Dnmont nao i>e fez esperur. •E' verdade, diz»>lle, om sua missiva, qua trabalho activamente na minha mais aper- foiçoada aeronave e anceio por tel-a Fm condições de supportar ta*) longas viagens o rijos ventos, mas isso apenas para poder o mais rapidamente possível tomar o rumo do Brasil, do Rio da Janoiro. o chegar a tampo de aproveitar a grande'liquidação da fazendas, modas e objectos de armarinho, quo esiá fazendo, por preços reduzidlssi- mos, a conhecida a acreditada casa A' Ia Maison Rouge, á rua do Theatro n. 37. O SOL Desde a ultima observaçSo do dia 24 appareceu uma unlca mancha, de uma stt- perficie de cerca de 60 milhões de kilome- tros quadrados, que já passou pelo uieri- diano central do astro. pDUARDO ARAÚJO & C, commlssarlos de ^mc^arv"cmo^la'yy^eros do paiz-aua 0 Brasil e a Guyana Ingleza Até 10 horas da noite de hontem nada se sabia em rodas officiaes acerca do laudo que o rei de Itália teria, pronunciado sobre a questão da Guyana Ingleza entre o nosso paiz e a Grã-Bretanha. A noticia que hontem publicámos era de fonte suspeita, aliás. O Giornale d'lia- lia.de Roma, é orgfto da opposiçSo cotiser- vadora, chefiada polo sr. Sonnino, encar- niçado adversário do actual ministério .presidido pelo sr. Oiolítti, MOINHo DE OURO Çommrímóroü hontem o 5-anniversario do sua existência esto acreditado estabele- cimento, que o n isso publico bom conheça, pois ô.lalrqiie sabem o «Mulhor Café» a os «Mais finos Chocolates» tão justameuto apre- ciados em lodo o Brasil. Rsteva adralr.-ivelinauto illinnlnado á luz eloctnoa qua apresentava magnífico etfoitn. Ao seu iiroprietario, a qiem feliciUmos podimos quo continua a nantel o sempro no mesmo pé, não «ó para bem do nosso povo como pari lume iIm nossa capital. casa várzea Aiàifutaria, Ouvidor nt.. Cartas Sinceras (A's quintas) COHVHflQ SANITÁRIO HONTEM 0 pre»!.lente di Republica atsignou os se- tumtís ecreios reftrantaa ao mmi-terio da fiierr*: lanccionando a reso ueio do onsr»»*- soNíciona . kUtortxando o goierno a con>ide- rar ivfoiniailo iw i-j-tode alferes do (Uercuo 0.' **rs*a o r<»frrma<io, snuano da Bo»a Kran,*o « trati*T>rtndO o*, capttaea de artllli*- n.i. .•>'»*>¦¦.! \, ,.-* ..,!,•_!. _o J i,»\a hii) p_r« p o. « lamentloo 1 eiüi»n_<»* (JuliaarSe*, Jmib bauiliio cara *quelle. ".1 depois estará entre . iiuarch. 4 secrítaria do inte- irarlo as *e*sí5es, já ientemente adaptada. •cadas cortinas novas íaa ; hoje o assoalho mha ficarlo completa- » recwraíôV». ro do interior foi a pa- >rn o presidente da Re- inifes.lac.Vs qoe »erJo jfoverno aos delegados argeatinos. nrDt,_Ti-ys e para^uajo, ti- eando **»enudv »jém do banqoete que será offerecido nj quarta feira pelo dr. Seabra, mais di . nm p«»o ministro di« reJaçsV» exterip-M. no Pila-io Itamaraty. na »«xta feira. 1 .'.ocorrente ; eoutr<>peio presidente tia Krpubüca, 00 dominga 12. E' r*o*»iTel qtí- o ministro do interior uirnorto títStt i ^om^he * ¦**« P»»1" «>• tirado, ea- ______¦¦¦ 1 SasAar»! Ejiu.--.10 Oito TtMaS par* tr»-a*''!roa' *** ».*ita que pretendes faxer Com o pr»s'dente da Rrpubíica dtsracta- tam 0$ mlnlsisva da buojhi e da marinha. 01 r*f>ito muol.lpal cvi.*»srtoclou tio palaco oo('.-.t:*i« com o prtaldent* da R»pubiUvi »> na aa.Ts.tari» do interior com o sr. . ¦. Seabra, tnusdati* ..»- , :- » qu« tnt»r»»»am a muai- tlpantlaü* V- ¦ k tante aon; 0 t rt*Utent# d» tWSUCf. *m palaclív em cor.fíranoi* fiepub'ií*. o nuo!»tro do Acompanhados pelo ministro argentino e secretario da lf(;.,,_o, os clinicos por tenos qne vêm tomai parte nos trabalhos do Convênio San-.; :rio foram hontem ao palácio do Cattete c i secretaria do inte- rior cumprimentar Q presidente da Repu- blica e o ministro úo interior c justiça. Tatubem procura ; o _r. j# j, sCabra o encarregado dos negócios do Urnguay. sr. Angcl Diifour. qi,c foi participar a chegada, hoje, dv -epresentante onen- tal dr. Fernandez >piro, vindo a bordo do l uteria, que dt _ amanhecer no nosso ixirto. st-o o encarregado doa y, o cousul geral; *r , delega.! - brasileiros do ministro da ¦¦,:-.- Depois, votaçSes. E em seguida e ainda o sr. Barbosa Lima,para continuar a ape- pinar (houve quem dissesse —debochando) o seu collega tamanduá c ruminante Mello Mattos, para provar que este moço fez mal e andou levianamente no desafiar a sua rhetorica e o seu humorismo saty- rico. Era forçoso e inevitável : o sr. Mello Mattos teve de vir ao palco, pira pergun- tar por vezes ao sr. Varela si elle era ou nao homem para dizer certas coisas era particular e também para declarar em pu- blico e raso, galerias inclusive, que, uma vez nlo posta em duvida sua coragem e ninguém o suspeitando de cultivar a co- vardia, dava-se por satisfeito com as ,.ex- plicações.. do sr. Uarbosa Eima e por terminado o incidente. E ficou o niiiiiu.iiite. E ficou o ta- rnandui. IrJo a bordo rec negócios do Urugv Adolpho Basanez, e o representan'." tiça. O dr. Spiro hc Estrangeiros. Amanhl á tarde nós o dr. Susvie'.:., A sala de honra rior, onde se c* está sendo conv Hontem foram c. na* janellas e f será encerado e . mente concluidi» A' tarde o mu: lacio entender-** pnbtica sobre as feitas por parte, Ainda depois dissso assomou ao tabla- do, e por duas vezes, o mesmissimo sr. Thomaz Cavalcante, da primeira hora da sessSo : para fatiar sobre o projecto de soecorfos ao norte, assolado pela secca, e para pedir que um determinado projecto fosse dado em ordem ito dia, desde que o . ar. Paula Guimarães anda ás tontas, sem jtu,;,oD*1» apontada como medida única para NSo ô sem a sensação do profundo nojo que se olham ns coisas políticas do paiz no momento presente. Tudo quanto diz cum o pudor pareço abolido rias praticas do hoje_ Ainda no caso que movimentou os ultimo» (lint, despertando a popul.,çâo desta cidade da letharglá em que vem, de muito mergu lhada, prova com suffi lenoia a abolição completa do cartos sentimentos. Tratava-se de um deputado violentamente aggrodido em suas immuoidades parlamen- .aros por um delegado do pnder executivo. Era <io esperar quo a Câmara inteira se le- vantasso para protestar contra a offansa, que sobro ella tninbein se estendia. Longa disso, porém, muitos e muitos membros do poder legislativo corriam preasurosos paia deixar aos pás do prasideote da Republica e aos do ministro da Justiça n seu apoio incondicional a dar mostra de solidariedade com o procariimenlo illegal que a elles pio- prios alcançava. O ua mais admira, porém, ó que, entre os primeirosjuá estavam os, outr'ora, afurvorado3 condesjnadoros dos do- minantes de hoje, os inimigos do ministro da justiça, para os quaes, nem o lar formou empaco em outra época. Mostra isso o servilismo, aliás conheci- dissimo, dos suppostos representantes da na- çSo. tílíes querem servir ao governo, querem estar com o governo, querem applaadir o governo: so do nova prova ai tivasse necessidade, bastaria citar ossn anomalia, do mais requintado ridiculo, de haver dois leaders na mesma Câmara: um geral, porta- dor dos rec idos do chefe da nação ; outro particular, poita-voz exclu>ivo do ministro da justiça. Fali o primeiro defendendo o governo •> o segundo vera secundai-o, limi- tando, porém, os >eus aigumento», a sua lo- gica o a sua lie: tr. ¦noutici, ••:mpre especiaes A pessoa do ministro ou & dos seus dele- gados. Que paiz podo caminhar com semelhantes h'||llen^í Que liberdade será capaz de rems- lira Uo asj.hyxiante atraosphera ? Levantem o^ defensores da revisão consii- prova a instantânea previdência dos nossos poderes publicos, a munificencia e liberalidade nunca des- mentida dos nossos governos, á fome se- guir-se-á a abundância para dar ao povo a útil liçJo do contraste das coisas hu- manas 1 Si o governo central toraarse do furor da demolição dos prédios nesta capital, de parceria com os incêndios, com os desfalques c com os suicídios, collocando a população em afflictivos embaraços, regosijemo nos, tal favor é para dar ao povo besltahsaJo a imagem do terromoto, que ello n-3o conhecia, 6 para ensiual-o a enriquecer se á custa da barba longa, é para aformosear com escombros, que subsistirão, a nossa espiral, aos olhos dos estrangeiros, libertando-a de uns par- diciros, que vío custando ao Thesouro sommas que elle nSo tinha. Si a igriorancla e a corrupção geraes ameaçam submergir os bons estudos e as boas acç3es, ao inverso do mundo physi- co em que a luz espanca as trevas, a no- va educaçJo vae corrigir esse dissenso, restabelecer a harmonia das leis dos dois mundos e apagar a distincçlo entre a sei- encia e a ignorância, entre as virtudes e os vícios pela razoura do nivelamento. Será o reinado da cgualdadc cm todo o seu es- plendor. Si a nossa divida publica avoluma-sc por modo assustador ; si o funding-toan ainda nos prende em sua malha de sus- pensão de amortização por 10 annos ; si o déficit já reappareceu como a sombra de Banquo nos cineinatographos orçamenta- rios da Republica, ntlo nos inquietemos, porque ofunding foi luxo de devedor ca- prichoso, a quem sempre sobraram meios para as despezas do prazer, embora fal- tasseni para as da honra ; porque si o déficit resurgín, o fundo de garantia ele- vou-se a rs. 5.000.000, que com egual som- ma do novo empréstimo, contrahido tao somente para apalpar as forças do nosso credito, ficará vencendo o juro de 2.j' etn -mios dos nossos banqueiros ao passo que pagaremos S.j* aos nossoa credores. Com- binações de altas finanças, que escapam ao vulgo, mas que nos hao de encher as atgibeiras. Si a economia política ensina que pou- pemos os valores creados, em qualquer es- pecie convertidos, prédios, valores moveis, porque a tendência dos valores para o con- sumo é já de si pronunciada para que seja dar-se ha no hotel dos O pr*»»dínta da Republica tulcnou o* d#- ertto» abria**» *o ...».*.- do »xi4«*tor o cr* «soo* .» iMpar» »ir»m*at. da* .'.«:¦?.-„ rr!..: . ., toTntiooal Arbitrai. **uN»i«*CJdo t*Jo art . do (ratado d* I •>(-.-« »*ir,bi* 11 tlmo. rcaUfOao • 1 riir a* fliavçsJss d« r »*\ r«ur ,c oo nswossj iqaelle Catado. saber como hade pôr cm dia a ordem dos trabalhos. Bellissimos discursos os do sr. Th >raaz, que estava hontem atacado de nma admi- ravel tis _Ssr/amii. • E com isso fechou a sessSo, iinportan- ti&sima por certo. Simplesmente um sujeito, mais ou me- noa lido em Linea, Jussicu, Cuvier e Httmboldt, foi de opinilo que o sr. Bar- bosa Lima fez uma verdadeira trapalhada na classificação scirntifica dos seus illus- tres pares, na escala zoolornca. S. ejt. falou em tamanduá e em rumi- nantes. em abraços falso» e em bichos ne- cessitados de tres estômagos, para pode- rem digerir coicas duras... esse de-<o nnecido cidadSo pelopinante dis^e qne as sete sciencias do sr. IWbosa Lima esta- vam erradas e qoe o caso nlo é outro si- nio do animal que nom só estnaago tudo digere, me*moo jndigerivel : o avestrui. E o qae é om bom palpite jura hoje, forn«*cido pela Câmara dos ars. Deputa- dos. -W. EDUARDO ARAWO A C rc^nmUsarto» d* o*re. »»_ucar -o-jtro* <eoero* «io faix. Hua v,,-. , r. í . Rio út Janeiro. Podemos assegurar qae é de todo o ponto infundada, na parte qae se refere ao dr. Dsnnct.no Ribeiro, a noticia do Dút- ne PcfttUr _e S. Paalo. traaacripta oa* •Mtstu iojonai da Ce-mursso de boatem, salvamento da pátria, bandeiras em tod. s os cantos: emquanto permanecer de pé nqueüa fortaleza du servilismo chamada Câmara dos Dfputados ella não se firi. Si é verdade que e.M-to «li quem a-ji contrario áqutlla asplnçãn r,, ..:, ,1, uotcaiiiente por Oi-edecer os princípios a que esti llliddo. e outros que a applaudam de coração, a maio. ria, a grande maioria é avessa á desejad*. reforma unicamente por calculo. Qhksi toda a Camaia è lormada de representantes de olignhias, as qu^es estlo afarrados pel.,s mai- vitae» interesses ; elle* tibe.iecero cega mente aos chefes reinant-s* pira os quae» as pr-sperai pn-vincias do império ri t.-.rr.araa reudosas (eilorijs. Sabem qoe quebrado 0 «Uo que os prendem ao ; i :.-,,-.~. os repre- seiiuntes aqui, seriam us pnmeiros alijaj. s dai caleiras que estlo envarjronhando Prevendo esse foiuro, seràVi por ventura, espaces de apptaa Ura reforma aocinsainer te l'n*nil.' Absolataaente oi»! Ptef«r«as, certamente, viver fartos so «e-rvilism.», sen» timento que domina a taaiàns, feroundo o p*ntanr»r cuja* em^naçies b»i *ot n _ 1 dia a dia, *;.'.» IcL-i-iec:-.:» >¦ ... vingança. Com ama G-rnara detu er-*.«tr. ne s« poderia esrverir nas) e*»« temo o de ba .liasf !t»d* Bjii* qae a nstcsna * 1 ver_*.->aba mister favorecel-a com a picareta da demo lição, fára a velha sciencia, viva a nova, que prega o rejuvenescimento das socic- dades após os terremotos, as guerras, as pestes e as fomes. Si por effeito de fomes,pestes e guerras romper-se o equilíbrio entre produetores e consumidores de maneira a nlo ser possi vel a accumulaçüo, será chegada á oppor- tunidade do milagre de fazer brotar da terra e do mar : O sr. Argollo um Exercito de soldados sem soldo para seus officiaes bem remu- derados. O sr. Noronha uma esquadra e marinhei- ros sem rancho. O sr. Muller engenheiros fartos de re- muneraçSo queremissaram sua* provirôes. O sr. Seabra batalhões de guardas de policias gratuitos e esquadrões de mata- mosquitos officiosos. O sr. Rio Ilranco um corpo organizado de turiferarios educados na escola do elo- gio mutuo e recrutados na imprensa mer- cenaria, já assaz impansinada com a cor- rup. io official. O ar. BulhBes forças volantes e rolantes de guardas fiscaes, de denunciantes, de fiscaes de impostos, etc, sem ordenados fixos e a prearem como puderem. A todo este trabalho de minutos presl- dirá o ar. Rodrigues Alves, que depois dormirá a sua aõmneca noineiodaprospe- ridade geral. Si o próprio Deus descançou no 7* dia da Creaçao, como n3o h . de descançar o sr. Rodrigues Alves depois da obra de suas creaturas ? Urasíleiros, desannuviemos as frontes, os symptomas que nos illudiam da deca- dencia *l.i Pátria sSo antes signaes pre- cursores de felicidades inauditas. Gloria a Allah nas alturas e paz a seu rebanho nestas baixadas. Rio, 31—5-904. Ao saltar no cães do Pharoitx disse im- mediatamente John : «Leva-me a ver as cocotles I» O homem que o fora buscar a bordo, sisudo.pacato burguez, franziu o sobr'olho pudicamente, indignado contra a anciã de vassa do capitalista que trazia volumes do cheques e cartas de ordens que encheriam uma das nossas carrocinhas postaes. «Este sujeito, ao que parece, nao vem com idáas muito sans, pensou. Os seus pa- tncios, mal pisam as pedras do cães, logo pedem um chopp e a Tijuca c este, com desfaçado cynismo.qiicr que eu lhe vá mos- traras«?c0/»V_... Por quem me tomará elle? Está enganado! Cdmmígo elle ha de ver cocotles por um óculo... _) o burguez, que resmungava palavras taes, caminhan- do ao lado de John, gordo e purpureo, es- canhoado até a raiz dos ruivos pellos, alar- gava esbaforidamente os passos para acompanhar as pernadas de léguas do ca- pitai britannico, quando os olhos azues do °Iho _^af0i deram com um cartaz de Bock- Ale. Foi mais forte a seducção que a pres- sa ambiciosa—o inglez embarafustou pelo bar, sentou-se a uma mesa e bramiu pe- dindo cerveja. O honiemsinho.estarrecido, pasmava daquelle monstro de vícios que exigia deboche e cliopps com tao desaba- lado desplante. Vieram os copos escorrendo espuma—o ingiez emborcou o primeiro, esgotou o se- gundo de um trago e, mais calmo diante do terceiro, repetiu a intimaçao : «Leva- me a ver as cocotles». O burguez corou, enguliu ím secco, tos- sm, passou, repassou o lenço pela calva lustrosa... Por fim disse : —Olhe, meu amigo, eu n3o sou disso. Tenho família, filhas solteiras, sou da guarda nacional e nao quero compromet- ter-me. Sinto muito mas... e desabafou : nio posso, desculpe-me. Vinha o mundo abaixo, lá em sua casa.se soubessem que eu andava por ahi a ver mulheres. O ingtez comprehcndeu o escrúpulo ho- nesto do homem e sorriu superiormente : «Ah I nao pense qu» eu também quero ver as cocotles com intuito lascivo; n3o, é por interesse commercial apenas. Trago capitães, venho disposto a entregal-os antes, porém, preciso saber si ha dinheiro por cá. Como n3o posso, com um simples olhar lançado á praça, julgar da fortuna que nella gyra, vou á tabeliã infallivel— que (¦ a cocotte. Meu amigo, as cocotles sao o thermotne- tro da fortuna publica. Em terra de di- nheiro slo tantas as bellas mulhsres que a gente anda sempre arrependido de nao haver preferido a primeira que vê á ulti- ma que deixou. A' medida, porém, que as bolsas v3o minguando as formosuras vao dcsapparccendo até que ficam somente as pobrezinhas, as que já n3o tem encantos para emigrar. Eu tenho visto e tenho observado muito e garanto-lhe que este meu processo é in- fallivcl. A. cocotte fareja o ouro—ella nao faz questão de clima, de conforto, de bcl- ieza : faz questão de moeda. No fundo agreste do Klondykc, quando se descobriram as minas, caravanas des- lumbrantes de formosíssimas mulheres, acompanhavam, tintando, as levas de aventureiros. Havia ouro. Vi creaturas admiráveis, verdadeiras deusas, nos áridos desertos da África, se- guindo agoniadameute, em lombo de ca- mellos, as estradas adustas que levam á negra Ethiopia. Iam ao ouro. Succedeu- me, uma vez, parar, por enfermo, num reles povoado do Turkestan onde 56 havia bárbaros cor de cobre e viboras do peço- nha mortal. A' noite descobri na sala lo- brega da espelunca tres raparigas encan- tadoras fumando cigarrilhos. Huml disse commigo mesmo... Taes senhoras aqui... Na manha seguinte sahi a percorrer os arredores e encontrei um mágico que me soei.-- fa*ou dos de"scs, que eram dragScs, e de CÂMARA Presidência do sr. Paula Guimarães. Terminada a leitura da acta, o sr. TI10» maz Cavalcanti pediu a palavra para V. c V mar contra InoxacUdSes contidaa no d» curso que pronunciou na se.580 antarioi em resposta «o sr. Mollo Mattos e no nu! osso deputado tinha pronunciado. ,,í'otouo1.sr-,Tho«'»«''Cavalcanti que sahi fa?,nPl,!,llC:"1as, vimw a incidentes q", nao constavam dos discursos enviados bela redacção dos debatas e da cujo texto tini a cópia paia presumíveis cotejo-». Houvo na publicação desses díscursoa faltas qua rapina gravíssimasu»m*™*3 e„?c^?'"'b'I.3'1 Llm;,-N»V. como o meu dis. curso qne sahiu sem a mínima alteração. O sr. Mollo Mattos-|»eo,i a palavra ,¦¦',¦• "Iwraax Ç,ivalcanti-E,tava provou- do que so iriam dar altcraçôus no sentida: da minhas palavras...." ' 0 sr. Alfredo Varela - Esta dacbraçie o gravíssima...v O sr.Th.imai Cavalcante- Provo-o pelas KéSi?p^s'vi8US por v- •»•<«¦ 0 sr. Alfredo Varela -Vistas polo sr. pra sidente, não ú?H 0 orador pode qua so abra um Inquérito, allm do saber quem váa á Imprensa Nactos n.il alterar os discursos enviados da Câmara o espera que a mesa tomará às providenciai necessárias para qua o Incidente so não ra» I''l ''1111 /..} _ Osr. presldento promettau providanciar, Usr. Mello Mattos usou da palavra para declarar que quem ravio os seus apartas foi cila mesmo; o costuma sempre fazol-o. nor» quo nSo raras vezos sa va.im nos discursos apartes que náo so compioliendem. Responsável pelas opiniões quo emitto, o deputado tanto podo, o deva, corrigir os seus discursos, como 03 apartes quo der a qualquer orador.¦¦¦¦.»«• umas pedras que reluziam. As pedras eram esmeraldas e explicavam a presença das raparigas em tãotristonha e inliospita paragem... Comprchcnde agora?.,. Eu também son casado, também tenho filhos, também sou da guarda nacional, mas trago capitães e quero saber ai os devo empregar aqui. Vamos ver as cocotles... —Si é por isso, sé por isso, commercial- mente apenas, estou ás suas ordens, dis- se o burguez, affavel. l,cvantaram-sc c partiram. Eram oito horas da noite, noite negra, de chuva e vento, quando John voltou para bordo, estafado e aterrado, lamen- tando a nossa miséria. No cáes ainda abraçou o burguez, com lagrimas espu- mantes (talvez da muita cerveja), soluçan- do-lhe ao ouvido: E' a bancarrota, meu amigo. E' o crack I E arrojou-se num bote cujo arraes, á promessa de uma gorda paga, mergulhou, com vigor, os remos na água. atravéz da treva, o capital flu- ctuante.—N. Andrads Figueira CHAPÉOS hnmtl«s mos na chapelarla Castro A (•'illio. Hua do» Ourives 2 THEATRO RECREIO DRAMÁTICO CA' e LA'... #»•»¦¦. Corriam hentem, á ultima hora, boatos de novas invaso-s nas fronteiras do Peru, con fume telegiarama» recebidos p»los minis» tro da guerra. Oizl.-se tara'>em que se ti nium dado oovos encontros dis nossas for- ças -tpedicionarlas c,im os peruanos. As autoridades ,-npern res militares, -1 soobe. ram alguma coisa, guardam completo si- «Mo. ¦ ¦•••ai prpt rio iü'-» -u*o ilnho do •i-ivr«,«»-eritaa Porto BRASIL-PERU* Consta que a nota do ministro do PertS em resposta a do »r. Rio Branco, sobre a questio do armamento aj»prehendido a bordo do vapor inelez üeayalt em Manáo«, ainda 0J0 fora entregue hontem, até áa 3 horas da tarde, a qnem de direito. M«cn- ¦ -. Kíbj!*4 4r i.nnid) A C. Até is S boras da urde de hontem o presidente da Republica nJo havia rece- bido cotntr . ....'. -.*•—.-, «obre a de- Ci*Xo do re: da Itaba. acerca da questio de limite* do Bra>ii coei a Inglaterra. Foras concedidas metlalhu de mérito militar aoa --r. - • -- ¦ r .-» da Armada: jde oaro. -i -, i de —. r («erra Sr. pr*»»*oeud^j>eU*^r^Uçit__uir*l-X. D. | Hetuiqae Ferreira da* Saato* Reis* Se Pingos e Respingos Fregoli tem o seu emulo. »S o Aldo-.o Aldo, por ¦ua vez. tem um Imitador., o sr Casnano Hontem. no remoto, a. «x. niostrn>a se ,-on- tiiiiiHiussiino 101110 incidente 'jua prosocou o discurso Bnrboaa lama. no* corredure* porém Ia nos cualinbus Ua iiiliiindadc, « nji »_».-.- rava . - Vicioria ro'ipieui 1 O Barbosa i o tr.eu ua- mem. i.s... ¦-¦... o ¦ - i,i_ou-o... * * ARCADES AMBO Náo podia sair tesuindo os pas«ot, lx> amigo, protecior e i:oe*t.id.ino. Oirdoso fia de «encer mil embaraços B nu ¦:.-:. ba de Dc^r ufano Prendem no «II de«sa cadeira o* braço» Mais que a»cadeias*d* ura amor tyranno, O1.11 s da ostra eda ro<:ln e*treuo« bicoa, (jue nao se rompem aos rai rtoa _o oc*aao. r palha, é fmeo, tr-ipa!ti.io. violento, Fere ao decoro e a lei cuia momento. Numa funa frenética e macabra. Quem tão bonita* prendas t*azcomtl$o 8" natural que seja o icran.Ie amigo, — A 11 cr..:..» do*olho*da ->• ,,:,i:,i * * O tr. Ju!lo»J* M-Iio pronunciou hontem urn «Icxiaem* iin-ursona (ornara.Começou -¦ - 1.1 o»» « *i ai.-uu assim: tado A» gaieri»» infeiiiiiienta nlo appiaudirsm. O processo agora ptr* bogar é outro. Vae atpii um» amostra Noprve-roina . X lia o auoio iscorídlclonal »T*wiTw»iiea.. Z- ¦'»rfeitam*nt« 1 Toque o* os*o* »«u X • tit>xt *er ue ia e*»»J abraço. No «#inini*o dia i t Voe*. »*u X. Insultou m* t.otsura. por unto é am ura rttgúmbst, sro d«scaratJ« -- .. graade. (Cabe o paano '•..-.•-.¦' * * * A atopolaio OO TretkaU Saa --> '-.;.¦¦¦*¦•. ---.-.»»« Vswmo _wa i^tquete .Jo lj<jyd..# i.o '.(•. BaSliTa, -.so aa*« 1 Cjrraao A O. e a ©5,pos?cáo O sr. iiariios.1 Lima ^movimento de aU í<»ifao)-Sr. presidente, a Oamara assistiu hontem a uma scena do cavallwirlsmo sul generls. Ausento desta casa um doputado, um seu coiiuga quo, nesta ponto, náo o tomou para mostra da ecremonias, Julgou aaádo o en» sejo para vir cxhibir 11111 curioso trabalho do ruminação cerebral, plienomeno do aljium.i sorto análogo ao quo so passa na oscula zo- ologica em relação nos animáosi cujo me- ¦ycismo tem por sódo quatro estômagos. A dlgostao ú muito mais vagarosa, náo se faj com a rapidoz conhecida nos outros gráos dossa escala, t>, dalil, a lontidAo, nossei processos, dos qn.i.s acabamos do ver uís axomplo do cblmiflcaçao pnrlnment-ir. Aingcsiilo so deu—cocumpoíiifo—soguldl de mauifestaçúes da alegrh» espuetaculnsa , o paciente havia acompanhado os aprestòl do f stim o rcjnbiloii-so oom ns iguaria* que Iho foram apresentadas. Terminado d lopasto, abraçou, om nm movimento slgni- flcaitvo de parabéns, o mastro do cerimonias quo o servira. Vorifli-.iiii-sa depois quo, no caso, náo sa tratava somenio du uni.1 questão du rumina» çao, mas qua havia mal* uni oiiís.kIio qua a vela popular tem muita vszglòzàdo quan* do narra historias eõrtanojàs da murmecO' phaga l"bala : era o abraço do tamnnduà, (rtijo).Nâo ora uma manlfealáçftii dn applatt» sus sinceros ou em do applauso inoo|isclon- le por uni estado do inliibição qua eu não fui qnain n'o crcotl. A Câmara viu assim um ORpROtnÇulo do cavulhuitisnu) sui ye-crís. O d.piitado au» aonto «ra virulontameiiin u.giedidi) por quello musiiio quo na véspera, poiquo eu* tao o nggradia, o falloilára. Odepiitodonusente ci«ára umas quanta*. suggestOos naalma do agyress .r, aconlan» do-a do uma deplorável hyusriiacun, estiuiu* lando noçOcs que vivmm obtusas, adoime- cidas, para quo só então se npurcekasso « aggro»sor da situação om qu. andava collo» cado nas suas relações particulares com um indivíduo que tia muito lempo sabia quo ura um assassino. Pobro consciência catholloa quo om váa sb afervoravn nas praticas desta sublima religião I Andava cm pôccatlo mu tal do qua .ignia já não lia ollluiua nem penitencias quo a possam llüeitar. Vivia em comum- filiuo cmn nm homicida I S.J .1 poderia salvar .1 cònsidaMOao ana. lógn .Inuoli.i quo a levou ao» «braços da vuspera «não subia o que osluv.i fruendo»,., Lollengrln nâo vem montado no cysni alvlssiino qua Itle in.spirassu palavras rapa- ns da acordar, nesto reciiii.), sentimentos ganorósoa o idij.itis fecundos nu inomonto político qin! atravessamos. Vmlia encárapl- iado na bo^si do uni rumlnuntp, u dar lím exemplo novo de ttaliallio dn ruminação parlamentar, para e/vldenoinr qué asiiviirá a parafusarem tnitio do (pia dissura mm coi- lega, e a ver si nio deveria se dasdizor do ibr.iço, das felicitações «ymbolicas, tio ap« plauso expresso ao discurso proferido nu sua presença, bem peito mu do muro. Descobriu por um calculo penoso nllusões ferinas no ninii discurso da véspera, Achou qua eu lhe tinha respondido atrevidamente, e, bom chrisiáo, ouviu todos «stes atrevi- meiitos, ns digeriu piamente, os classificou om casa, tendo em vista uma escala para ¦stes casos quo não pudera mumoi izar e, no lia logulnto.descuhriu aquelle novo aspneto du sun personalidade—110 amigo i|iu. na ves- porá abraçava, nggri.l.» no dia se»»iiinto, au- tento, Kufercse etn uma linguagem.,, mi- mosa tos desaforos lílcj (|U« eu proferi da- qiiella trlhiini, e _ae v. exi, sr. lirasidorlto náo sei porquo razáo.tao zeloso como sabe ser do decolo parlamentar, guarda fiel (Io Regimento—perrailtiu que fsssem proferi- dns sem protestos, e quo api'r"eesseiri om mn discurso publicada Ul qual foi stanogra» pbado, sem o meu exame, desacompanhado du uma só daquollas õliservatòes qua a mesa costuma adiiiur a ludn quanto d eipruisAo <"-•' <Hi»irosa proferida p.r uni depu- tado nosta casa. K. 1 ao lln.ii do meu discurso c viu o tre- chu cum i|i,u eu o tei mino dl fluindo 01 dois extremos ile qualquer altitude política, par» lecusar a cullocn me em qualquer ikdlos, a opposiçâ» systamatica o a Vorgunbelra do apoio Ificondlcioiiãl, K o seu npnt,., nim a mudo condicional, i.5 1 lesentlu melifldrado nessa hora. e, sendo essa a ultima cunsldo- ravà", a ultima jihrase do meu Uísiurso, desatou»se no espirito de s. sa. um tncoer« eivei def-ejo do abraçar-me •• («iicitir-mo pelo bonito com quu eu Unha concluído, apenas dizendo qne nio deixasse d« ir.clilir no meu discurso mn aparte cum que s. ex. o iniciromper.1. Na questão do apura ineon» diciuoalt nio; mas, na qneti&oda comer, varão do sr. deputado Alfredo Varela na ch-ífatura da policia, vulgo detançáo ou prisáo... Adverti-lht qua o aparta sabirla tal qual tivesse sido sleimgraphado. quo ns notas estavam em poder do encarregado d« publl» cal-a» e qua eu havia dado (.rdem uar.i que sscISM como foram au-mliada». Nao lnter- vim na publicação du discurso, nüu fm ao Dtario Òfftcial. «<perei paru ler no dia ia» gainto. e ali enconfrci o aparte _0 Ulustre dei utado sem k mínima all».raí;A.,; som») a te esse aparto unlco com qu» o meu igicreisoi Julgou dever interromper o meu discurso, nio entendendo r<,m uma só das aflusóes fenna», dns desaforos, do.» atrevimentos qilit o travesseiro lhe tez descobrir dnr-inl» nma noite, provavelrnçnte de maito pfiadello, Veriücado já sgnra em e-tailu d»vigília, libertado ifaqaellã incoateienci* em quo cs- tivt-ra na vesp»:ta, verificado que fi-ivia no final .tu m-u àmcattú uma phrase »iitiíiva a e«*o asp*clo das *Uiiud'» p»rlamenUire» —o apoio incondicion;sl,rmft.,o «te no role de chambre, « tornou se da •liucioaçio da qus o tncondlcionjl ers «f{«. K agora o V«rei3 !.,, Theoru r.ova do apoio ire/.nd!etonal em r l»çao á >I'm'' ao* KsUd.t, e pelas soas. pteoecup-içôes trinitarm, f,!t u-lh» <li- ter — ao município ; po>qa« t. tx. tem nma pre.liíecçio ülUêOtãmirtt pelo cb-smado 'lumero *.agr.»do - o nomero tr»» . TudsJ Ih* é tsirnario: prisio, vet de prisão... «te. r.' «qseíí* theorli eurioxa qa<» a Câmara conbvee * Um feito as deikiss ,i<n Jmíttas cunííicipi ra tutu. p tpma irtcondkíoBal I Abi v-a a »Hs» tio. Ea * tes:» >p»Dhií$» im*a»di-ium**nts*. si e»uve*»e pr»?».«iil«; »n ausenit, fita podis ab,6*aum*i't« Mítaí.r t\mt *»»« t:ve**« sido 0 :t'.a»ul'. 'nisi'"" * o uriso) •aro* Utldíi r»'r S «X. p*r* ar f*rtr a • .-1 t »i'.T.-.i» 1.» <l»ií .'.a ; p"" Ko Grand*} d« Hei, -m f*ca d* »••.• (..-• i' * dai -«o» ra». ;-* + ' , ¦ « '».;.'-¦- «¦- • H o '.-«!,:» Ao boi :...«¦« wv* * -.'¦¦¦• Itantagts »at pra.