8/10/2019 Breve Historia Linguistica Da Lingua Portugesa http://slidepdf.com/reader/full/breve-historia-linguistica-da-lingua-portugesa 1/23 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA LICENCIATURA EM LETRAS ANA CAROLINA CRUZ LOPES DEISE LUCI AUGUSTO DA SILVA LAILA LEMOS LOURENÇO LÍVIA FERREIRA BARRETO MANUELA MOREIRA NASCIMENTO PAMELA AMORIM BRANDÃO POLIANA BATISTA DOS REIS RAFAEL MARQUES FERREIRA BARBOSA MAGALHÃES (org.) ROBERTO CAMPOS MERCÊS (org.) BREVE HISTÓRIA LINGUÍSTICA DA LÍNGUA PORTUGUESASalvador 2011
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8/10/2019 Breve Historia Linguistica Da Lingua Portugesa
MANUELA MOREIRA NASCIMENTOPAMELA AMORIM BRANDÃOPOLIANA BATISTA DOS REIS
RAFAEL MARQUES FERREIRA BARBOSA MAGALHÃES (org.)ROBERTO CAMPOS MERCÊS (org.)
BREVE HISTÓRIA LINGUÍSTICA DA LÍNGUAPORTUGUESA
Trabalho apresentado como segunda avaliação parcialda disciplina LET A 23 - Introdução à LingüísticaRomânica, ministrada pela Profa. Jaqueline CarvalhoMartins de Oliveira, no semestre 2011.1.
Profa. Jaqueline Carvalho Martins de Oliveira
Salvador2011
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Descrição das transformações que ocorreram ao longo do tempo culminandona formação da Língua Portuguesa como conhecida hoje, desde a invasão daPenínsula Ibérica pelos romanos, com a implantação do Latim como língua
oficial, até ser decretada língua oficial no Brasil. Para tanto foram consideradosos fatos históricos que, de alguma forma, intervieram linguisticamente, como asinvasões germânicas, a formação do Romance, a invasão dos mouros, aformação do Galego-português, a separação entre a Galícia e Portugal, onascimento da Língua Portuguesa, a expansão marítima, as colonizaçõesportuguesas e a implantação do idioma nas colônias, a colonização do Brasil, aimplantação da língua como oficial no Brasil.
Palavras-chave: Filologia; Filologia Românica; História da Língua Portuguesa
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Beschreibung auf Veränderungen durch zeit, die gipfelte in der Gründung derportugiesischen als bekannten heute, seit Römische Invasion der IberischeHalbinsel, mit die Einführung des Latein als Amtssprache, bis Portugiesisch zur
Offiziellen Sprache in Brasilien ausgestellt wurden. Für beide, alle historischeFakten die, irgendwie, linguistiklich einflussen haben, als germanische Invasion,Romance Geburt, Maurische Invasion, Geburt der Galicischen-Portugiesischen,Galicischen-Portugiesischen Trennung-Bildung der Portugiesischen, Expansionin Übersee, Portugiesischen Besiedlungen und Einsatz des Portugiesischen indie Kolonien , Besiedlungen des Brasilien, Einsatz des Portugiesisch alsAmtssprache in Brasilien, gedanken wurden
Schlüsselwörter: Philologie; Romanische Philologie; Geschichte derPortugiesischen
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Para falar sobre a origem do português, é necessário que compartilhemos o
mesmo objeto de estudo da filologia: o texto. São datados do século XIII os
primeiros textos escritos em português. Porém, faz-se imprescindível iniciar
esse estudo a partir da formação dos povos que ocuparam essa região, afinal a
Ibéria não era desabitada.
Antes da chegada dos romanos, a península ibérica era habitada por uma
complexa mistura racial de povos autóctones, entre celtas, iberos, púnico-
fenícios, lígures, gregos e outros grupos ainda mal identificados, dentre os
quais se destacam os bascos, os celtas e os ambroilírios. Por volta do ano 218a.C. os romanos, por ambição, invadem a região, o que representa episódio da
Guerra Púnica na busca do controle do acesso ao Mediterrâneo, domínio até
então dos cartagineses. Após vencer os púnicos, a instalação do império
romano e, consequentemente, do latim como língua daquela região é quase
que absoluta.
Nenhum desses povos conseguiu preservar sua língua diante do
avanço romano, com exceção dos Bascos. O Latim Vulgar receberiadeles contribuições lexicais, tendo preservado sua morfologia e suasintaxe. E por isso que o Galego, o Português e o Castelhanomantêm ate hoje uma gramática neolatina. (CASTILHO, 20??. p. 16
Dividida inicialmente em duas partes: ao oriente da península a Hispania
Citerior; ao seu ocidente a Hispania Ulterior, província em que surgirá o galego-
português. Nesta região,
Formou-se uma cultura citadina, mais desenvolvida economicamente,e mais isolada de Roma: para viajar a capital do Império, só de navio.Em consequência, desenvolveu-se nessa região uma modalidadeconservadora do Latim Vulgar, particularmente na Bética, em que iriasurgir o Galego-Português. Esta língua românica, portanto, seria maisconservadora no vocabulário, na fonética e na sintaxe, transformandomenos o Latim Vulgar. (CASTILHO, 20??. P. 6)
Neste território, os gallaeci , especialmente, conservaram por mais tempo
elementos de sua própria cultura. O que pode justificar algumas diferenças
entre a evolução do galego-português e das demais línguas que se originaram
na Hispania Citerior. De acordo com BARBOSA (2005, p. 3)
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A Gallaecia, já romana, entra a fazer parte do mundo romano eadopta pouco a pouco o latim como língua culta emboraprovavelmente continuasse com a sua língua autóctone até bementrada a Idade Média [...]
É interessante observar que o próprio latim adotado e utilizado por esses povos
era o vulgar ou proto-romance, dialeto vernáculo do latim falado principalmente
nas províncias ocidentais do Império, havendo desde já um distanciamento do
original latim imperial.
O período Romance não e conhecido em detalhes. Tudo o que sesabe e que o Romance variava geograficamente, e já não podia maisser considerado como Latim, dadas as profundas alteraçõesoperadas na gramática da língua de Roma, nem era ainda algumasdas línguas românicas que hoje conhecemos. (CASTILHO, 20??. p.13)
Tal como hoje, no português, os cidadãos romanos tinham noção das
variedades do Latim que utilizavam. Essas variedades eram reconhecidas e
denominadas através das expressões latine loqui (o Latim culto) e romanice
loqui (Latim vulgar – a variedade que foi difundida pela Europa).
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Todavia, o domínio romano não foi pacífico e sofreu alguns ataques. Por volta
de 409 um grupo heterogêneo de invasores de origem germânica, povos que
foram violentamente expulsos de seus territórios pelos hunos. Em busca de
local para se estalar, os Vândalos, Suevos e Alanos iniciaram o período de
invasão. Os Alanos tomam a Lusitânia, mas são logo repelidos. Os Vândalos
tomam a Bética,mas logo passaram à África, apenas os suevos conseguiram
se estabelecer e resistir por muito tempo, originado o reino da Gallaecia .
[...] com a chegada dos povos germánicos à península anomeadamente os suevos à Galiza visse como o latim vai tornar
realmente numha língua franca entre galaicos-romanos(provavelmente bilingues em latim e galaico-lusitano) e suevos com alíngua trazida do centro da Germânia, que distante entre sibuscassem no latim o seu ponto de encontro. (BARBOSA,2005. p. 3)
Em seguida, Visigodos, considerados por diversos autores como o povo “mais
civilizados” dos germânicos, derrotam os Suevos, dominam e incorporam a
península a seu território. No que diz respeito à língua, com o rompimento da
unidade do Império, tem-se inicio de um estágio axífugo. Enquanto na escrita o
latim é mantido, garantindo uma unidade cultural, na fala o romance sofretransformações sucessivas e toma rumos distintos. Surge um sentimento de
nacionalidade, já que as invasões germânicas libertaram os pólos
diferenciadores daquela área do domínio romano. Os povos germanos foram
soberanos do século V (quando o Império Romano ocidental teve fim) ao VIII.
Porém a contribuição goda se restringe basicamente ao léxico da língua
portuguesa, mais especificamente no que se refere aos nomes próprios de
pessoas e lugares.
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Durante certo tempo, sob o comando da dinastia Omíada, de origem árabe, os
muçulmanos mantiveram unidade política e religiosa. Entretanto, por volta do
ano de 1031, a dinastia é extinta por rivalidades entre os grupos, resultando
num enfraquecimento que, mais tarde, resultaria na invasão dos Almohadas,
entre 1174 e 1184.
O processo de reconquista começou ao norte, já que
[...] os hispano-godos repelidos pelos árabes refugiaram-se no norteda península e organizaram os Estados Cristãos Medievais, sujeitos amuitas modificações, dadas as guerras que moviam entre si e contrao mouro.” (CASTILHO, 20??. p. 27)
logo após a perda dos territórios para os muçulmanos, embora se diga que
nessa época a luta ainda não tinha caráter de guerra. Aos poucos, os cristãosforam expulsando os mouros para o sul da Península. Esse processo resultou
na formação de Portugal (século VII), Aragão e Castela e durou até 1492,
quando Castela dominou o último estado árabe, o reino de Granada. Assim, os
reinos de Castela e Aragão juntaram-se, dado origem à Espanha.
Como as terras foram reconquistadas mais tarde, a influência muçulmana se
deu de forma mais forte nessas áreas. Grandes cidades muçulmanas como
Córdova, Granada, Lisboa, Mértola e Silves foram formadas. Há, ainda,
herança árabe na arquitetura de Portugal, bem como na gastronomia, nas
danças, nos contos populares e na toponímia. A influência exercida na língua
local não foi tão grande, já que, contudo o árabe tenha se tornado a língua de
administração das áreas conquistadas, a população continuou a usar o latim
vulgar. Sua influência será notável, mais especificamente, no que se refere ao
campo lexical. “No português o léxico de proveniência árabe tem sido estimado
entre quatrocentos e mil termos”, de acordo com Cunha e Cintra (2008. p. 17).Da mistura de falares da época, surgiu o moçárabe nas áreas sob o domínio
O processo de reconquista da Península Ibérica gerou movimentos dos povos
rumo ao sul. Esse território ora dominado pelos mouros foi retomado pelos
soberanos cristãos. O período de dominação moura (invasão mulçumana) e a
Reconquista são determinantes para a formação das três línguas peninsulares:
o galego-português, a oeste; o castelhano, no centro; e o catalão, a leste. É
durante esta Reconquista que nascerá, no século XII, o reino independente de
Portugal e foi também dessa maneira que o galego-português recobriu pouco a
pouco, todo o território português.
Adotada pelos moçárabes do país, por todos os elementos alógenosparticipantes do repovoamento, assim como pelos muçulmanos queaí haviam ficado, esta língua galego-portuguesa do Norte vai sofreruma evolução gradativa e transformar-se no português. (TEYSSIER,2007. p. 7)
A Reconquista fez com que houvesse importantes movimentos de populações.
Os territórios retomados aos “mouros” estavam freqüentemente despovoados.
Os soberanos cristãos “repovoavam” esses territórios e entre os novos
habitantes havia em geral uma forte proporção de povos vindos do Norte. Foi
assim que o galego-português recobriu, pouco a pouco, toda a parte central e
meridional do território português.
O galego-português surgiu entre os séculos IX e XII e seus primeiros registros
escritos datam do século XIII. Foi a língua utilizada em todo o território
português desde a sua consolidação, no começo do século XII, quando isolou-
se do reino de Leão, a leste, e da Galícia, ao norte, até meados do século XIV.
Foi o romanço mais ocidental da Península Ibérica que originou o galego-
português. Como os demais romanços da península, iniciou-se no norte e
expandiu-se para o sul. Nos séculos XII-XVI desenvolveu-se nessa língua uma
grande literatura lírica, em parte inspirada na literatura provençal. De acordo
com Teyssier, a formação de Portugal se dá “quando Afonso I (Afonso
Henrique), filho do conde Henrique de Borgonha, se tornou independente de
seu primo Afonso VII, rei de Castela e de Leão.” Ao se separar de Leão,
automaticamente, o reino português rompia também com a Galícia. Esse
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1540. É durante o século XVI que o português ganha forças, passando por
diversas transformações.
Levou tempo para que se tomasse consciência do Português como
uma nova língua. Tiveram importância nesse ofício duas instituições,que agiram como centros irradiadores de cultura na Idade Média: osmosteiros, onde se levavam a cabo traduções de obras latinas,francesas e espanholas (Mosteiros de Santa Cruz e Alcobaça) e aCorte, para a qual convergiam os interesses nacionais. Escreviam alifidalgos e trovadores, aprimorando a língua literária. (CASTILHO,20??. p. 34)
Com relação à unidade entre o galego e o português, a postura oficial na
Galiza afirma a total distinção entre ambas línguas, não havendo nenhuma
menção desta semelhança no Estatuto autonômico, o qual prevê apenas a
Real Academia Galega como competente para determinar a normativa da
"língua própria" da Galícia. Porém, no atual acordo ortográfico (2003) é feita
uma referência ao português como critério utilizado à hora de elaborar a norma.
Apesar da aparente apatia do governo local, existe na Galícia um movimento
reintegracionista que defende a tese de que a língua portuguesa e o galego
nunca se separaram realmente, sendo variantes ou dialetos da mesma língua,
tal como o português de Portugal e o português brasileiro. Denominam àvariante da Galiza como galego, galego-português, portugalego ou português
de Galiza.
Muitos linguistas e intelectuais defendem a unidade linguística do galego-
português até a atualidade. Segundo esse ponto de vista, o galego e o
português modernos seriam parte de um mesmo sistema lingüístico, com
diferentes normas escritas. Apesar do afastamento do português, o galego é
ainda mais próximo dele, lingüisticamente, do que do castelhano e do catalão,
contudo existem grandes diferenças, particularmente fonológicas e semânticas,
A colonização do Brasil aconteceu muito tempo depois do seu descobrimento
por Portugal, mas a Língua Portuguesa já, ali, começara a instalar-se. Em
decorrência desse processo, é lícito dizer que os quinhentos anos de
descobrimento do Brasil não correspondem, necessáriamente, ao mesmo
período de história da língua no país, visto que ela somente efetiva-se em 1532
com os primeiros exploradores vindos de Portugal.
A partir da afirmação no parágrafo anterior, que salienta-se o fato de a língua
portuguesa não ter, ainda, representatividade lingüística na colônia, faz mister
esclarecer o panorama lingüístico do período. Os colonizadores que aqui
chegaram, depararam-se com uma imensa variedade cultura e lingüística,
"1273 línguas indigenas eram faladas no Brasil antes da colonização
(RODRIGUES, 1993 apud SILVA, 2006)",.é nesse mosaico que o idioma
lusitano pretende sua infiltração nas terras do "Novo Mundo". No Brasil de 1500
havia duas línguas muito destacadas, o Tupí no litoral paulista e o Tupinambá
do Rio de Janeiro até a desembocadura do Amazonas" (RODRIGUES in:
SILVA, 2006. p. 145),
Apesar de não existir um ímpeto de colonização no primeiro século de
dominação portuguesa, havia o contato entre colonizador e colonizado. Muitos
lusitanos foram para a colônia, muitas vezes lá se estabelecendo; sua
presença podia ser mensurada ao logo da costa, mas indiscriminadamente. É
com esses primeiros portugueses que inicia-se o intercâmbio cultural que
possibilitarão o estabelecimento da Língua Portuguesa como idioma popular.
Concorrendo com o Português, no período colonial, coexistiram dois outrosidiomas, provenientes do contato entre a língua lusitana e as indígenas Tupí e
Tupinambá , por mais de três séculos. As Línguas Gerais Paulista e Amazônica
eram muito semelhantes devido à familiaridade lingüística entre os idiomas que
as originaram, eram os idiomas em que comunicava-se no Brasil, visto que não
havia educação formal e somente os colonos absatados poderiam financiar
uma educação fora do país, que contemplasse o aprendizado da Língua
Portuguesa.
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Os povos Tupí desenvolveram ao longo da província de São Vicente boas
relações com os colonos ali estabelecidos , muito em função de terem sido
precedidos por outros portugueses que estabeleceram laços familiares com os
índíos. Esses homens, recebidos pacificamente pelos índios, constituíram
família com as nativas, procriaram, e "(...)foi essa relação que prevaleceu na
capitania de São Vicente junto aos Tupí" (RODRIGUES, 2006. p. 145).
Os mamelucos, filhos de portugueses com índias, foram os principais falantes e
disseminadores das línguas gerais. Cercados pela família materna, sua língua
msterna era a nativa, mas tinham contato com a língua portuguesa através dos
pais e das relações com outros portugueses bilíngües ou não. Mesmo com
esse contato, o intenso intercâmbio lingüistico, e as investidas pró-dominaçãoda colônia, a língua geral foi preservada, tornando-se entre os séculos XVI e
XVII a língua dominante naquela Capitania onde nascera, incorporando o
adjetivo Paulista ao nome (Língua Geral Paulista - LGP).A LGP foi, mais tarde,
disseminada pelos bandeirantes, alcançando "(...) Minas Gerais, Goiás, Mato
Grosso e algumas províncias do Sul" (RODRIGUES, 2006. p. 145).
A Língua Geral Amazônica (LGA), surgiu na região Norte, proveniente da
colonização da amazônia (daí o nome). A ocupação da Amazônia começoucerca de um século depois do descobrimento do Brasil, em função das disputas
territoriais na região, o marco seria a expulsão dos franceses da "França
Equinocial", no Maranhão, figurando também, conflitos com irlandeses,
holandeses, italianos, ingleses, inclusive os próprios índios, pois muitas tribos
reagiram à ocupação. Devido a todos esses conflitos, foi grande o contingente
de potugueses que se estabeleceram naquela região, e por muitos anos.
A LGA nasceu de um processo similar ao do centro-oeste, tornou-se língua
dominante e foi levada pelos desbravadores (exploradores, soldados,
missionários, colonos) para o interior da Amazônia. Ainda hoje essa língua é
falada em algumas regiões da amazônia, mas por um contingente muito
reduzido de falantes.
As duas línguas gerais sobreviveram durante o período colonial, a despeito do
Português, a Paulista por mais de 250 anos e a Amazônica por mais de 300(enquanto língua dominante). Com as investidas de Pombal, a depopulação da
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O que falamos no Brasil? Língua portuguesa ou língua brasileira?Costumo dizer que, enquanto a nossa Constituição legislar no sentidode que a língua do Brasil é a língua portuguesa, será a línguaportuguesa e não a língua brasileira, a língua do Brasil
diz SILVA(2006) no "VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTUDOOS
GALEGOS", em mesa-redonda que se propunha a estudar os aspectos
históricos da língua Galego-portuguesa. A partir desse trecho pode-se delimitar
questões muito antigas às quais, somente agora, tem-se buscado responder:
fala-se a mesma língua no Brasil e em Portugal? Quais os limites entre uma eoutra? Na sequência desse texto, a autora apresenta os argumentos que
justificam sua resposta:
[a língua falada no Brasil] possui aspectos fonéticos próprios, como,por exemplo, a realização das vogais pretônicas e tambémaspostônicas; aspectos prosódicos ou supra-segmentais que, deimediato, distinguem um brasileiro de um português; aspectossintáticos, amplamente estudados porsociolingüistas e gerativistas,sobressaindo-se, nessa sintaxe, a colocação dos pronomesclíticos, e
o sistema pronominal em geral; aspectos discursivos, ainda poucoestudados,que caracterizam modos de dizer próprios aos brasileiros enão aos portugueses.
Diante da pesquisa realizada, que nos permitu aprofundar os conhecimentos
sobre a história Língua Portuguesa, apresentamos este trabalho como uma
breve introdução a esse conhecimento histórico, diluído em diversas obras e
ainda em processo de construção. Pois, enquanto estudantes, areditamos que
é nossa obrigação compartilhar os resultados que obtivemos, e apropriamo-nos
da teoria de SILVA, supramencionada, suportando que a língua falada no Brasilé a Língua Brasileira, enquanto o Portugês uma de suas matrizes.
Concluímos que a Língua Portuguesa, hoje falada em diversos países,
continua em plena transformação, sendo sobremaneira influenciada pelos
falares brasieliros e transcende os limites do seu país de origem, guardando,
entretanto, intrínsecamente as marcas de todo o processo de transformação
porque passou ao longo da história.
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