Brasília, 1 de abrilde 2015 ssão de Anatomia Clínica: ECLÂMPSI Apresentação: Dra.Quézia Salgado (R3 em Ginecologia/Obstetrícia) rdenação: Drs. Ana Célia Rocha, Melissa Iole Cás Vita (Patologista) Paulo R. Margotto Coordenação Geral: Marta David Rocha de Moura www.paulomargotto.com.br ospital Regional da Asa Sul/Hospital Materno Infantil de Brasília/ SES/DF
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Brasília, 1 de abrilde 2015 Sessão de Anatomia Clínica: ECLÂMPSIA Apresentação: Dra.Quézia Salgado (R3 em Ginecologia/Obstetrícia) Coordenação: Drs. Ana.
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Brasília, 1 de abrilde 2015
Sessão de Anatomia Clínica: ECLÂMPSIAApresentação: Dra.Quézia Salgado (R3 em Ginecologia/Obstetrícia)
Coordenação: Drs. Ana Célia Rocha, Melissa Iole Cás Vita (Patologista) e Paulo R. Margotto
Coordenação Geral: Marta David Rocha de Moura
www.paulomargotto.com.br
Hospital Regional da Asa Sul/Hospital Materno Infantil de Brasília/SES/DF
Identificação: G.M.D., 31 anos, procedente do Guará.
Admissão (29/09/14 às 16:55h):› QP: Gestante dá entrada no pronto
atendimento do HMIB com PA de 190x116 mmHg.
› HMA: Gestante, G3A2, IG 34s+6d (eco de 15s+4d), hipertensa gestacional em uso de metildopa 500 mg/dia dá entrada no hospital com PA elevada. Portadora de DM I desde os 6 anos de idade em uso de insulina Glargina (LantusR )56 UI pela manhã e insulina ultra-rápida 6 UI pela manhã, 5 UI à tarde e 5 UI à noite.
Relato de Caso
Identificação: G.M.D., 31 anos, procedente do Guará.
Admissão (29/09/14 às 16:55h):› Exame físico:PA: 190x116 mmHgAFU: 34 cmBCF: 140 bpmDU: ausenteToque: colo grosso, impérvio, apresentação alta, bolsa
íntegra.MMII: edema.› Conduta: Internar.
Relato de Caso
29/09 às 17:25h› 31 anos, G3A2, IG 36s+2d (DUM)/34s+6d
(eco 15s+4d), DM I + Hipertensão arterial desde o início da gestação.
› Cd: Curva pressórica. Monitorização do bem estar materno e fetal.
Relato de Caso
30/09 às 01:44h› Evolução: refere melhora da cefaléia.› Ao exame: BCF 135 bpm.› Cd: Mantida.
Relato de Caso
30/09 às 01:59h› Evolução: levanta-se queixando de forte
mal-estar. Solicito aferir sinais vitais. Ao levantar-se piorou novamente a cefaléia.
› Ao exame: PA 169x106 mmHg, glicemia capilar 60 mg/dl.
› HD: Hipoglicemia.› Cd: glicose 50% 4 ampolas EV agora.
Adiantar dose de dipirona.
Relato de Caso
30/09 às 02:09h› Evolução: paciente nega escotomas e
epigastralgia e relata visão turva, principalmente quando tem hipoglicemia (segundo ela, tem tido com frequência).
› HD: Visão turva por hipoglicemia ou sinal premunitório?
› Cd: observar se ocorre melhora após a glicose; se não, iniciar sulfato de magnésio.
Relato de Caso
30/09 às 03:15h› Evolução: paciente cita melhora
importante da cefaléia e mal estar após glicose hipertônica e dipirona. Nega sinais de desordem hipertensiva.
› Ao exame: BCF: 144 bpm.› Cd: curva pressórica, monitorização do
bem estar materno e fetal, curva glicêmica.
Relato de Caso
30/09 às 05:02h› Evolução: paciente dormindo. Ao ser
acordada negou sinais de desordem hipertensiva.
› Ao exame: PA 136x70 mmHg. BCF 138 bpm.
› Cd: curva pressórica, monitorização do bem estar materno e fetal, curva glicêmica.
Relato de Caso
30/09 às 07:42h› Evolução: paciente dormindo. Ao acordar
negou queixas.› Ao exame: PA 136x70 mmHg. BCF 140
bpm.› Cd: curva pressórica, monitorização do
bem estar materno e fetal, curva glicêmica, dieta zero.
Relato de Caso
30/09 às 09:09› Paciente inserida na regulação.
30/09 às 09:42h› Cesárea indicada por pré-eclâmpsia +
diabetes I.› “Extração com bastante dificuldade,onde
Dra. ... entrou em campo cirúrgico para fazer a extração, onde foi ampliado a histerotomia em T, com extração de RN feminino, Apgar 1 e 7 , peso: 2190 gr , às 08:31 h, banhado em líquido claro, entregue aos cuidados do Pediatra.”
Relato de Caso
30/09 às 13:16h› “Enquanto estávamos procedendo a síntese
da parede abdominal a paciente iniciou crise convulsiva com PA 180/110 e solicitamos o auxilio do restante da equipe do plantão . A paciente evoluiu com parada cardiorrespiratória e iniciamos manobras de reanimação que foram mantidas durante 01 hora e 50 minutos e sem resposta da paciente, sendo o óbito constatado às 10:37 horas do dia 30 de setembro.”
Hipertensão arterial gestacional Pré-eclâmpsia Pré-eclâmpsia sobreposta à
hipertensão crônica
O’LOUGHLIN, C. et al. Clinical practice guideline: the diagnosis and management of pre-eclampsia and eclampsia. Ireland, set. 2011.
Desordens hipertensivas
Diagnóstico› PA ≥ 140x90 mmHg› Duas aferições com intervalo de 4 horas› Níveis pré-gestacionais› Grave: PA ≥ 160x110 mmHg› Proteinúria: 300 mg/24h ou 1+
O’LOUGHLIN, C. et al. Clinical practice guideline: the diagnosis and management of pre-eclampsia and eclampsia. Ireland, set. 2011.
Pré-eclâmpsia leve- Manejo
15-25% das pacientes com HAG 50% das pacientes com HAG < 32 sem Exames:
O’LOUGHLIN, C. et al. Clinical practice guideline: the diagnosis and management of pre-eclampsia and eclampsia. Ireland, set. 2011.
Pré-eclâmpsia grave - Parto
Planejado Estabilidade hemodinâmica Prolongar a gestação
› Prematuridade
O’LOUGHLIN, C. et al. Clinical practice guideline: the diagnosis and management of pre-eclampsia and eclampsia. Ireland, set. 2011.
Pré-eclâmpsia grave - Parto
Corticóide› < 34 sem› Pico: 48h – 6 dias
Via de parto› < 34 sem: cesariana› > 34 sem: vaginal› Reavaliar: 12-24h
3° estágio: 5 UI ocitocina IV
O’LOUGHLIN, C. et al. Clinical practice guideline: the diagnosis and management of pre-eclampsia and eclampsia. Ireland, set. 2011.
Pré-eclâmpsia grave - Manejo
Gestação de Alto Risco: Manual Técnico. Ministério da Saúde. Editora MS: DF, 5 ed, 2010.
Eclâmpsia
Países em desenvolvimento 1,3 para 1000 partos 50%: gestação pré-termo/25%:
puerpério tardio Manifestação de sintomas: 80% 20-38%: PA < 140x90 mmHg Fator desencadeante: alteração brusca
da PAManual de Orientação Gestação de Alto Risco. FEBRASGO,
2011.
Eclâmpsia
Evitável Assistência obstétrica adequada A mortalidade materna varia conforme
a qualidade do acesso aos serviços de saúde
Prevenção (50%): sulfato de magnésio
Manual de Orientação Gestação de Alto Risco. FEBRASGO, 2011.
Eclâmpsia
Falha na prevenção da eclâmpsia› Erro médico (36%)› Falta de assistência pré-natal (19%)› Desencadeamento repentino (18%)› Falha do sulfato de magnésio (13%)› Ocorrência no puerpério (12%)› Ocorrência em idade gestacional precoce
(3%)
Manual de Orientação Gestação de Alto Risco. FEBRASGO, 2011.
Eclâmpsia
Manual de Orientação Gestação de Alto Risco. FEBRASGO, 2011.
Eclâmpsia - Manejo
Chame a equipe ABC Sulfato de magnésio
› Pré-eclâmpsia grave› PA > 160x105 mmHg› 24h
Diazepam 5-10 mg EV Interrupção da gestação OximetriaO’LOUGHLIN, C. et al. Clinical practice guideline: the diagnosis and
management of pre-eclampsia and eclampsia. Ireland, set. 2011.
Eclâmpsia - Manejo
Refratária› Sulfato de magnésio 2g EV bolus e infusão
1,5 g/h› Ventilação› Anticonvulsivantes› Magnesemia: 4,8-8,4 mg/dl› Excluir outras causas: exame de imagem
O’LOUGHLIN, C. et al. Clinical practice guideline: the diagnosis and management of pre-eclampsia and eclampsia. Ireland, set.