IV CONGRESSO SERGIPANO DE HISTÓRIA & IV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA DA ANPUH/SE O CINQUENTENÁRIO DO GOLPE DE 64 Botões de Ouro, Colheres de prata: os metais preciosos como elemento da riqueza em São Cristóvão setecentista Anderson Pereira dos Santos 1 RESUMO No setecentos em São Cristóvão/SE, os objetos de metais preciosos acumulados pelos agentes econômicos possuíram múltiplos valores e significados. Esses objetos são registros dos hábitos e costumes de uma época, abarcando aspectos da política, da economia, da tecnologia e da cultura desta sociedade colonial. Ter ouro e prata em forma de objetos foi uma das medidas da riqueza material possuída. O trabalho tem como objetivo analisar o valor econômico dos objetos de ouro e prata arrolados nos espólios dos agentes econômicos sancristovense, bem como compreender a relação entre o ouro/a prata e a riqueza material, e identificar os objetos e seus significados. As principais fontes utilizadas foram os inventários post-mortem, as cartas e ordens régias relativas a Sergipe. Os principais referenciais teóricos foram Daniel Roche, Pierre Bourdieu e Russel-Wood. Utilizamos a metodologia da história econômica. Concluímos que os objetos de ouro e prata acumulados pelos agentes econômicos foram expressão de riqueza, gosto, e estilo de vida em São Cristóvão. PALAVRAS-CHAVE: Ouro. Prata. Riqueza. São Cristóvão. ABSTRACT At seven in St. Kitts / SE, objects of precious metals accumulated by economic agents possessed multiple values and meanings. These objects are records of the habits and customs of an era, covering issues of politics, economics, technology and culture of colonial society. Have gold and silver in the form of objects was one of the measures of material wealth possessed. The work aims to analyze the economic value of objects of gold and silver enrolled in sancristovense spoils of economic agents, as well as understand the relationship between the gold / silver and material wealth, and identify the objects and their meanings. The main sources used were the postmortem inventories, letters and royal orders concerning Sergipe. The main theoretical frameworks were Daniel Roche, Pierre Bourdieu and Russell-Wood. We use the 1 Licenciado em História, mestre em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe, e doutorando em História Social pela Universidade Federal da Bahia. Bolsista FAPESB com o projeto Os afortunados da Colônia: riqueza, acumulação e distinção em São Cristóvão/SE (1760-1820), orientado pela professora Drª. Maria José Rapassi Mascarenhas. E-mail: [email protected]
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IV CONGRESSO SERGIPANO DE HISTÓRIA & IV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA DA ANPUH/SE
O CINQUENTENÁRIO DO GOLPE DE 64
Botões de Ouro, Colheres de prata: os metais preciosos como elemento
da riqueza em São Cristóvão setecentista
Anderson Pereira dos Santos1
RESUMO
No setecentos em São Cristóvão/SE, os objetos de metais preciosos acumulados pelos
agentes econômicos possuíram múltiplos valores e significados. Esses objetos são
registros dos hábitos e costumes de uma época, abarcando aspectos da política, da
economia, da tecnologia e da cultura desta sociedade colonial. Ter ouro e prata em
forma de objetos foi uma das medidas da riqueza material possuída. O trabalho tem
como objetivo analisar o valor econômico dos objetos de ouro e prata arrolados nos
espólios dos agentes econômicos sancristovense, bem como compreender a relação
entre o ouro/a prata e a riqueza material, e identificar os objetos e seus significados. As
principais fontes utilizadas foram os inventários post-mortem, as cartas e ordens régias
relativas a Sergipe. Os principais referenciais teóricos foram Daniel Roche, Pierre
Bourdieu e Russel-Wood. Utilizamos a metodologia da história econômica. Concluímos
que os objetos de ouro e prata acumulados pelos agentes econômicos foram expressão
de riqueza, gosto, e estilo de vida em São Cristóvão.
PALAVRAS-CHAVE: Ouro. Prata. Riqueza. São Cristóvão.
ABSTRACT
At seven in St. Kitts / SE, objects of precious metals accumulated by economic agents
possessed multiple values and meanings. These objects are records of the habits and
customs of an era, covering issues of politics, economics, technology and culture of
colonial society. Have gold and silver in the form of objects was one of the measures of
material wealth possessed. The work aims to analyze the economic value of objects of
gold and silver enrolled in sancristovense spoils of economic agents, as well as
understand the relationship between the gold / silver and material wealth, and identify
the objects and their meanings. The main sources used were the postmortem
inventories, letters and royal orders concerning Sergipe. The main theoretical
frameworks were Daniel Roche, Pierre Bourdieu and Russell-Wood. We use the
1 Licenciado em História, mestre em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe, e doutorando em
História Social pela Universidade Federal da Bahia. Bolsista FAPESB com o projeto Os afortunados da
Colônia: riqueza, acumulação e distinção em São Cristóvão/SE (1760-1820), orientado pela professora
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methodology of economic history. We conclude that the objects of gold and silver
accumulated by economic agents were expression of wealth, taste, and lifestyle in St.
Kitts.
KEYWORDS: Gold. Silver. Wealth. St. Kitts.
Introdução
O estudo acerca da constituição dos patrimônios dos habitantes da cidade de São
Cristóvão é um campo da Historiografia Colonial Sergipana pouco pesquisado. Porque
só recentemente alguns pesquisadores utilizam os inventários post-mortem como um
tipo de fonte privilegiada que possibilita o estudo da riqueza2 e da cultura material. O
estudo dos objetos de ouro e prata descritos nos inventários post-mortem possibilitou
reconstituir alguns aspectos econômicos e sociais da sociedade sancristovense.
A pesquisa teve como objeto de estudo os objetos de metais preciosos descritos nos
inventários post-mortem dos agentes econômicos3 de São Cristóvão, de 1760 a 1800. O
trabalho tem como objetivo analisar o valor econômico destes objetos arrolados nos
espólios. Além de compreender a relação entre o ouro/a prata e a riqueza material, e
identificar tais peças e seus significados. Partimos da ideia se existiu um gosto
dominante, que caracterizou o setecentos em São Cristóvão. As principais fontes
utilizadas neste trabalho foram os inventários, as cartas e ordens régias para Sergipe do
2 O conceito de riqueza é relativo. Defino a riqueza particular como um conjunto acumulativo em
abundância de atributos, que englobam as possessões metálicas, imóveis, bens semoventes, móveis,
dívidas ativas e passivas, e manufaturas domésticas. 3 Utilizamos o conceito de agente econômico proposto por P. Bourdieu Cf. BOURDIEU, Pierre. O campo
econômico. In: Revista Política & Sociedade. v. 4, nº 6, Florianópolis: UFSC, 2005. Mais concretamente,
são os agentes: mercadores, senhores de escravos, senhores de engenho, curraleiros, lavradores,
comerciantes, traficantes de escravos e credores. Tal conceito permite mostrar que o acúmulo de ouro e
prata em forma de objetos é o produto de uma construção social.
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período. Foram analisados 23 inventários post-mortem de São Cristóvão4. Destes, 18
são inventariados homens e 5 mulheres. Extraímos dos inventários o valor do bem
avaliado no momento da partilha. Em seguida, a quantidade e o nome do objeto
descrito. Em seguida, foram produzidas tabelas que mostram a relação - objeto e valor,
e objeto e possuidor. Para esta pesquisa utilizamos apenas os bens móveis, no caso os
objetos de ouro e prata.
Os principais aportes teóricos da pesquisa foram Daniel Roche e Pierre Bourdieu.
Daniel Roche5 contribuiu para o estudo com a ideia de um “sistema indumentário”
específico do Antigo Regime. E também, ao inserir as mudanças nas vestimentas como
“uma escolha em matéria de aparência”. O processo de consumo de objetos de ouro e
prata na sociedade sancristovense era policiado pela Metrópole e pelos grupos
dominantes. Neste sentido, a circulação destes objetos foi fundamental para o
desenvolvimento dos valores, gestos e comportamentos fidalgos. Embora a constante
preocupação da Coroa Portuguesa em normatizar as regras de vestir, os objetos de
metais e as roupas passaram a ser consumidos cada vez mais durante o século XVIII.
Então, os agentes econômicos sancristovense tentavam se distinguir pela forma de
vestir, mas não conseguia impedir que outros grupos mantivessem um consumo das
roupas e objetos característicos deste segmento. O “sistema indumentário”6 existente em
4 Em 1º de janeiro de 1590, após levantar o forte Cotengiba, junto à foz do rio Sergipe, Cristóvão de
Barros fundou a primitiva povoação, sob a denominação de Cidade de São Cristóvão de Sergipe d'EI Rei,
centro inicial da colonização e organização da Capitania de Sergipe. Entre 1594 a 95, foi transferido para
uma elevação situada entre o Rio Poxim. Em 1607, é novamente transferida para a localidade onde
atualmente se encontra. Em 1617, São Cristóvão tornou-se distrito da freguesia de Nossa Senhora da
Vitória, na Bahia. Em 1675, passou a sede de Município. Em 1696, Portugal instituiu a Ouvidoria Geral
de Sergipe com sede na cidade de São Cristóvão. Em 1763, a Capitania de Sergipe Del Rey foi anexada à
Capitania Real da Bahia e a Comarca de Sergipe passou a fazer parte da jurisdição do Tribunal da
Relação da Bahia. Para este trabalho utilizei os inventários de São Cristóvão de 1760 a 1800. 5 ROCHE, Daniel. A Cultura das Aparências: uma história da indumentária. (séculos XVII - XVIII). São
Paulo: SENAC, 2007. p. 180. 6 O “sistema indumentário” representa a convergência entre a vestimenta e as representações sociais,
culturais, mentais, políticas ou econômicas de uma determinada sociedade.
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aparências de um gosto fidalgo. Pois, a aparência revelava a sistemática das relações
sociais. E com isso muitos grupos tentavam se distinguir pela forma de vestir.
Dos 211 objetos alistados, 42% eram de ouro e 58% de prata. Alguns objetos
tinham em sua composição diamantes, pedras preciosas12 e corais azuis e vermelhos.
Em relação às medidas de peso presente nos inventários contam-se: grãos e oitavas.13
Em geral, podemos dizer que a maior parte destas peças possuíam algumas
características. A primeira seria o peso, em geral peças leves não ultrapassando 450 g.
No caso sergipano, uma particularidade da vida regional (o modo de vida na pecuária)
levou a produção de objetos específicos tais como: fivelas de cavalo, esporas, selim,
sela, e cangalha. Muitos deles feitos de ouro e prata.
Em São Cristóvão, cidade de certa opulência existiu artífices que estenderam o
ouro e a prata em laminas, conhecidas por “pão de ouro” e “pão de prata”, para
oratórios, nichos, retabulos, molduras, credencias, móveis de igrejas e das casas ricas de
fidalgos e senhores de engenho.14 Muitos destes objetos podem ser encontrados ainda
hoje nas coleções dos Museus e acervos particulares de São Cristóvão. Na sede
moravam os seguintes artífices: em 1740 - Antonio Barreto da Conceição de 21 anos de
idade - oficial de ourives15, Teotônio Nunes Castro de 58 anos – oficial de ourives16,
12 Provavelmente topázios, ametistas, turmalinas, berilos, e águas marinhas. 13 A maior parte dos inventários não trazem as medidas de peso dos objetos. 14 SANTOS, Francisco Marques dos. A ourivesaria no Brasil antigo. In: Estudos Brasileiros. Ano II, Vol.
4, Nº 12, Maio – Junho de 1940. Rio de Janeiro. p.640. 15 Carta do Ouvidor Agostinho Felix Santos Capelo, ao Rei [D. João V], informando sobre a devassa da
residência que tirou do Capitão Mor Francisco da Costa. AHU_CU_022, Cx. 4, doc. 330, 1740. Sergipe. 16 Carta do Ouvidor Agostinho Felix Santos Capelo, ao Rei [D. João V], informando sobre a devassa da
residência que tirou do Capitão Mor Francisco da Costa. AHU_CU_022, Cx. 4, doc. 330, 1740. Sergipe.
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José Rodrigues Correia de 32 – ourives17, em 1751 - Antonio Correia de Almeida de 37
anos18, e em 1761 - José Luiz Guimarães de 46 anos - ourives19.
A superioridade da prata em relação ao ouro se explica não só, pelo seu papel de
destaque obtido pelas atividades a ela ligadas (pecuária), como a enorme proliferação de
objetos lavrados com este metal. Tal abundância levou a prata a se tornar um material
banal, de tal forma que, quando se pretendia encomendar um objeto considerado raro e
precioso, optava-se por outro tipo de matéria-prima que não a prata, por exemplo o
ébano, a tartaruga, o nácar, o marfim20, diamantes, corais, e pedras preciosas. No
entanto, a prata mantinha um valor intrínseco, que podemos definir como valor-peso,
sendo considerado um investimento seguro.21 A prataria consistia num dos elementos
que mais simbolizavam os valores fidalgos da sociedade colonial.22
Dentre todos os metais, o ouro tem sido o mais valorizado universalmente.23 O
ouro foi instrumento de distinção social em diversas sociedades, e na ocasião post-
17 Carta do Ouvidor Agostinho Felix Santos Capelo, ao Rei [D. João V], informando sobre a devassa da
residência que tirou do Capitão Mor Francisco da Costa. AHU_CU_022, Cx. 4, doc. 330, 1740. Sergipe. 18 Carta do Ouvidor de Sergipe del Rey, Domingos João Viegas, ao Rei[D. João V], comunicando que
tirou a residência de Manuel Francês do tempo que serviu de Capitão Mor da Capitania de Sergipe del
Rey. AHU_CU_022, Cx. 5, doc. 371, 1751. Sergipe. 19 ORDENS e CONTAS (traslados) ao desembargador da Relação da cidade da Bahia e juiz da Coroa,
Joaquim José de Andrada, para que procedesse a devassa sobre os procedimentos do capitão-mor da
cidade de Sergipe de El’rei, Joaquim António Pereira da Serra Monteiro Correia. Com os autos da
devassa e inquirição das testemunhas. AHU_CU_005-01, Cx. 32, doc. 5947. 1762, Julho, 8, Bahia. 20 MACHADO, Maria José Goulão. La puerta falsa de América - a influência artística portuguesa na
região do Rio da Prata no período colonial. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra: Coimbra,
2005. p. 292. 21 MACHADO, Maria José Goulão. La puerta falsa de América - a influência artística portuguesa na
região do Rio da Prata no período colonial. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra: Coimbra,
2005. p. 292. 22 MASCARENHAS, Maria José Rapassi. Fortunas Coloniais: elite e riqueza em Salvador, 1760-1808.
São. Paulo: USP, 1998. p. 172. (Tese de doutorado em História). 23 Cf. WEATHERFORD, J. A história do dinheiro. Trad. June Camargo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
24 PEREIRA, Ana Luiza Castro. “Lençóis de linho, pratos da Índia e brincos de filigrana”: vida cotidiana
numa vila mineira setecentista. Est. Hist., Rio de Janeiro, vol. 24, nº 48, p. 338, julho-dezembro de 2011. 25 PEREIRA, Ana Luiza Castro, loc. cit. 26 PAIVA, Eduardo França. Escravidão e Universo Cultural na Colônia: Minas Gerais, 1716-1789.Belo
Horizonte: UFMG, 2001. 224-226p. Apud JANUÁRIO, Erlaine Aparecida. Jóias de adorno, como
investimento e de devoção. São João Del Rei/UFSJ, 2003.p.5. 27 JANUÁRIO, Erlaine Aparecida. Jóias de adorno, como investimento e de devoção. São João Del
Rei/UFSJ, 2003.p.5. 28 Cf. CABRERA, Lígia. Apud MÓL, Claúdia Cristina. Mulheres Forras: cotidiano e cultura material em
Vila Rica (1750-1800). (Dissertação de Mestrado) Belo Horizonte: UFMG, 2002.114p.
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Em suma, havia objetos domésticos, profissionais, religiosos, adornos e diversos que
não possuíam um valor padronizado. O valor econômico destes objetos consistia em ser
um investimento e entesouramento seguro para os agentes econômicos.
Possuir objetos de metais preciosos foi uma forma de acumular riqueza. Durante
boa parte da época moderna a riqueza baseava-se na posse de metais preciosos. Assim,
os agentes econômicos de São Cristóvão acumulavam metais preciosos, procurando
com a exposição e utilização cotidiana destes objetos, afirmar o seu estatuto social e
econômico31, se inserindo na ordem social do Antigo Regime.
Entre os indivíduos deste grupo que possuíam ouro e prata, podemos citar:
Antonio de Souza Benavides que era possuidor de três colheres de prata no valor de
2$600 réis.32 Já Antonio Simões dos Reis, tenente coronel, possuía um relicário de ouro
no valor de 50$040 réis, dois pares de botões de ouro avaliado em 7$700 réis, três pares
de brinco de ouro no valor de 16$800 réis, uma aliança de ouro no valor de 7$200 réis,
duas colheres de prata no valor de 13$000 réis, doze garfos de prata avaliados em
12$000 réis, um par de fivelas de prata de sapatos no valor de 2$000 réis, um cabo de
faca avaliado em 1$200 réis, uma caixa de breve de prata no valor de $200 réis.33
Firmiano de Sá Souto Mayor, sargento-mor, dono do Sítio Garamatá e Sítio de
terras no Poço Grande, detinha ouro, prata e cinco colheres de prata no valor de 6$000
réis.34 Francisca de Barros Pantojá, proprietária de um quinhão de terras no Sítio Saco,
era possuidora de um cordão de ouro avaliado em 26$000 réis, um par de [botões] de
31 MACHADO, Maria José Goulão. La puerta falsa de América - a influência artística portuguesa na
região do Rio da Prata no período colonial. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra: Coimbra,
2005. p. 292. 32 Inventário post-mortem de Antonio de Souza Benavides - Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF. Inventários. Cx.01-14. 33 Inventário post-mortem de Antonio Simões dos Reis - Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF. Inventários. Cx. 02-15. 34 Inventário post-mortem de Firmiano de Sá Souto Mayor – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF. Inventários. Cx.01-14.
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ouro grande e dois pequenos de punho, um par de brincos, e duas voltas de contas de
pescoço com catorze dúzias, duas contas o qual outro lado se acham empenhado com o
de referido cordão tudo avaliado em 16$000 réis; um par de brincos grandes de ouro no
valor de 8$200 réis, quatro colares de prata avaliada em 20$200 réis, um par de fivelas
de prata no valor de $900 réis, um par de brinco de ouro no valor de 5$000 réis, uma
colher de prata no valor de $80 réis e o outra no valor de 1$040 réis.35
Francisco de Barros de Almeida dono de sítio de terras no Saco possuía duas
colheres de prata no valor de 80$000 réis.36 Francisco Rodrigues Ferreira dono de sítios
de terras denominados Pau Grande, Santo Antonio, Limoeiro, uma casa de telha na
cidade, e morada de casas no Socorro, tinha um anel de ouro no valor de 1$500 réis,
cinco colheres de prata no valor de 4$000 réis cada, duas [contas] avaliada em 20$000
réis.37 Já Genoveva Maria das Flores era dona de morada de casa de sobrado de taipa
com pilares de tijolos na beirada do rio São Gonçalo, terras na vila, e sítios de terras, um
brinco de ouro no valor de 1$800 réis.38
Outro era Gonçalo Gomes Lobato possuidor de dois colares de prata no valor de
1$400 réis cada, um par de fivelas de cavalo de prata no valor de 1$750 réis cada, outro
par de fivelas de prata no valor de $500 réis, outro par de fivelas de prata avaliado em
$500 réis, um par de [fivelas] no valor de $150 réis, um colar de prata no valor de $450
réis, um garfo com o punho de ouro no valor de $800 réis, espadim de prata no valor de
35 Inventário post-mortem de Francisca de Barros Pantojá – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF – Inventários Cx. 01-14. 36 Inventário post-mortem de Francisco de Barros de Almeida – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF. Inventários. Cx.02-15. 37 Inventário post-mortem de Francisco Rodrigues Ferreira – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF – Inventários Cx. 01-62-14. 38 Inventário post-mortem de Genoveva Maria das Flores – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF. Inventários. Cx.01-14.
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4$000 réis.39 Gonçalo Luis Teles de Menezes, tenente, era possuidor de um par de
fivelas de prata no valor de 4$250 réis, uma espora de prata no valor de 4$000 réis, uma
cruz de ouro no valor de 2$470 réis.40
Temos ainda, João Bernardo de Macedo dono de sítio de terras com casa de
palha, e possuidor de quarenta e sete colheres de prata no valor de 4$100 cada.41 João da
Rocha Rego dono do sítio Nossa Senhora do Monte Santo (Porto Grande) e casa de
morar, possuidor de botões de ouro, brincos de ouro, rosário de ouro, fivelas de prata,
colher de prata, e um garfo de prata no valor de $300 réis.42 Joaquim da Silva Roque
possuía um espadim de prata no valor de 5$014 réis, um par de fivelas de prata de
sapatos no valor de 4$900 réis, um par de fivelas de prata de 1$760 réis, uma fivela no
valor de 2$000 réis, uma fivela de prata avaliada em 9$600 réis, um par de esporas de
prata no valor de 4$750 réis.43
Jose Cardozo de Santa Anna e Cardula Maria de Sam Joze proprietários do
Engenho Gameleira e sítios e casas de morar, eram possuidores de um par de fivelas de
ouro no valor de 30$100 réis, um par de fivelas de liga de ouro no valor de 12$600 réis,
uma fivela de pescoço de ouro avaliada em 9$100 réis, um colar de ouro no valor de
19$100 réis, breve de ouro no valor de 16$98 réis cada, dois pares de botões de punho
de ouro no valor de 2$930 réis cada, um laço de ouro no valor de 2$280 réis, outro laço
de ouro avaliado em 3$160 réis, um [brilhante] de ouro no valor de 1$400 réis, três
39 Inventário post-mortem de Gonçalo Gomes Lobato – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do Judiciário
de Sergipe. SCR/C.1º OF – Testamento Cx. 01-67. 40 Inventário post-mortem de Gonçalo Gomes Lobato – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do Judiciário
de Sergipe. SCR/C.1ºOF. Inventários. Cx.02-15. 41 Inventário post-mortem de João Bernardo de Macedo – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF – Testamento Cx. 03-16. 42 Inventário post-mortem de João da Rocha Rego – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do Judiciário de
Sergipe. SCR/C.1º OF. Inventários. Cx.02-15. – Inventário quase que totalmente ilegível o que
impossibilitou a quantificação dos objetos de ouro e prata. 43 Inventário post-mortem de Joaquim da Silva Roque – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF. Inventários. Cx.02-15.
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um espadim no valor de 5$700 réis, um par de fivelas de ligas de prata no valor de $750
réis.45
Outro era Jose de Souza de Menezes dono de sítios de terras e possuidor de três
colheres de prata no valor de 1$800 réis.46 Josefa Maria de Serqueira dona de morada de
casas de sobrado com parede de pedra até o envergamento da rua, livraria de quinhentos
livros, dos quais 68 tomos pequenos de História Eclesiástica vendidos ao Reverendo
Padre Domingos Vieira de Mello, e sítio de terras com casas de telha e pés de coqueiros,
morada de casas na rua São Francisco na Cidade de São Cristóvão, possuidora de
espadim de prata no valor de 7$400 réis, um par de [fivelas] de prata no valor de 4$400
réis, um cabo de chicote de prata no valor de 1$300 réis, duas colheres de prata no valor
de 7$500 réis, um par de fivelas de prata no valor de 3$000 réis, um par de fivelas de
prata de liga no valor de $700 réis, uma fivela de prata no valor de $500 réis.47
Joze Figueiredo Prado, alferes, era dono de uma imagem de [santo] de ouro no
valor de 3$500 réis, uma imagem [sic] de ouro no valor de 5$600 réis, um par de
brincos de ouro no valor de 2$800 réis, um par de brincos no valor de 1$400 réis, três
talheres de prata no valor de 3$000 réis, uma fivela de prata no valor de 1$000 réis, um
par de fivelas de liga no valor de $600 réis, uma fivela de prata no valor de $400 réis.48
E ainda, Manoel Caetano do Lago, tenente e proprietário do Engenho Comandaroba e
sítios de terra em Itabaiana, era possuidor de uma fivela de [sapato] de ouro no valor de
15$600 réis, dois pares de botões de [sic] ouro avaliado em 3$790 réis, um anel de
pedras no valor de 2$800 réis, um [cafuar de calça de bandoleira] tudo de ouro no valor
45 Inventário post-mortem de Jose de Freitas Brandão – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do Judiciário
de Sergipe. SCR/C.1º OF. Inventários. Cx.01-14. 46 Inventário post-mortem de Jose de Souza de Menezes – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF – Testamento Cx. 02-14. 47 Inventário post-mortem de Josefa Maria de Serqueira – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1ºOF. Inventários. Cx.02-15. 48 Inventário post-mortem de Joze Figueiredo Prado – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do Judiciário
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garfos e duas colheres tudo de prata no valor de 9$460 réis, um [canque] de prata no
valor de 3$860 réis, um prato de água armações de prata no valor de 47$850 réis.50
Manoel Joze Nunes Coelho de Vasconcellos e Figueiredo, coronel, era dono de
um Engenho Lagoa da Penha na região de Itabaiana e de sorte de terras no Cotinguiba,
um cordão de ouro com seu caixilho de breve no valor de 47$860 réis, um par de armas
de bentinhos de ouro no valor de 6$280 réis, vinte botões pequenos de ouro confeitados
no valor de 9$180 réis, três pares de botões de punho de ouro no valor de 2$250 réis,
três pares de botões de ouro no valor de 80$040 réis, dois pares de botões de mulher no
valor de 5$300 réis, uma imagem da Conceição de ouro no valor de 4$520 réis, um laço
de ouro de cabelo no valor de 4$400 réis, um rocicler de ouro no valor de 3$460 réis,
um engravamentos de corais vermelhos no valor de 7$580 réis, outro engravamentos de
corais azuis no valor de 87$880 réis, um par de brincos de ouro no valor de 4$900 réis,
um anel de ouro no valor de $680 réis, um caixilho de pente de cabelo de ouro no valor
de 3$500 réis, um aparelho de florete de ouro 26$440 réis, um cordão de ouro no valor
de 50$020 réis, duas flores de ouro de cabeça no valor 8$400 réis, trinta e quatro botões
de ouro lavrados no valor de 52$560 réis, um cordão de ouro no valor de 6$600 réis, um
anel de ouro no valor de 8$860 réis, um cordão de ouro com o seu pé no valor de
21$260 réis, um [cordão] da índia do mesmo cordão avaliado em 1$000 réis, um par de
fivelas de ouro com diamantes avaliado em 47$220 réis, um par de fivelas de liga de
ouro com seus [xoviscos] de diamantes no valor de 11$640 réis, uma fivela de ouro de
pescoço com seus xoviscos de diamantes no valor de 7$620 réis, um selim de prata no
valor de 8$040 réis, uma tamboladeira de prata no valor de 3$790 réis, um florete
aparelhado de prata no valor de 7$920 réis, um par de esporas de prata no valor de
13$035 réis, outro par de esporas de prata 7$260 réis, um par de fivelas de prata no
50 Inventário post-mortem de Manoel Joze de Vasconcelos e Figueiredo – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF – Inventários Cx. 02-15.
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valor de 3$685 réis, um par de fivelas de ligas de prata no valor de $385 réis, uma
boceta de tabaco de prata no valor de 3$465 réis, outra boceta de prata no valor de
3$300 réis, um filamento de prata de botas no valor de 80$505 réis, cinco dúzias de
botões de prata no valor de 4$950 réis, um cordão de prata no valor de 8$815 réis, um
par de fivelas de ligas de prata no valor de $880 réis, outro par de fivelas de ligas de
prata no valor de $495 réis, outro par de fivelas de ligas de prata no valor de $440 réis,
doze cabos de faca de mesa de prata no valor de 29$040 réis, uma dúzia de colheres de
prata no valor de 23$815 réis, doze garfos de prata no valor de 17$435 réis, um par de
facas de algibeira sem ponta aparelhada de prata no valor de 2$240 réis, um xapete de
prata no valor de 3$340 réis, um paliteiro de prata no valor de 1$690 réis.51
Marianna de Sandes era dona de moradas de casas, e de um sítio de terras
denominado Senhora do Monte, no Porto Grande, e possuidora de [dezesseis vitrinas]
de ouro no valor de 22$400 réis, um anel de ouro no valor de 1$000 réis, uma colher de
prata no valor de 1$300 réis, duas colheres de prata no valor de 2$100 réis, um espadim
de prata no valor de 4$000 réis, um par de fivelas de prata no valor de 2$300 réis, uma
cabiona de prata no valor de 10$600 réis, um oratório com suas imagens de prata
avaliado em 25$000 réis.52 Paulo Ribeiro e Maria de Oliveira possuíam um par de
fivelas de prata no valor de 1$380 réis.53 Por fim, Quitéria Francisca era dona de uma
colher de prata no valor de 1$400 réis.54
51 Inventário post-mortem de Manoel Joze Nunes Coelho de Vasconcellos – Comarca de São Cristóvão.
Arquivo do Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF – Testamento Cx. 01-62-14. 52 Inventário post-mortem de Marianna de Sandes – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do Judiciário de
Sergipe. SCR/C.1º OF. Inventários. Cx.02-15. 53 Inventário post-mortem de Paulo Ribeiro e Maria de Oliveira – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do
Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF. Inventários. Cx.01-14. 54 Inventário post-mortem de Quitéria Francisca – Comarca de São Cristóvão. Arquivo do Judiciário de
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CARTA do Ouvidor Agostinho Felix Santos Capelo, ao Rei [D. João V], informando
sobre a devassa da residência que tirou do Capitão Mor Francisco da Costa.
AHU_CU_022, Cx. 4, doc. 330.
CARTA do Ouvidor de Sergipe del Rey, Domingos João Viegas, ao Rei[D. João V],
comunicando que tirou a residência de Manuel Francês do tempo que serviu de Capitão
Mor da Capitania de Sergipe del Rey. AHU_CU_022, Cx. 5, doc. 371.
INVENTÁRIOS POST-MORTEM DA COMARCA DE SÃO CRISTÓVÃO. Arquivo
do Judiciário de Sergipe. SCR/C.1º OF.
ORDENS e CONTAS (traslados) ao desembargador da Relação da cidade da Bahia e
juiz da Coroa, Joaquim José de Andrada, para que procedesse a devassa sobre os
procedimentos do capitão-mor da cidade de Sergipe de El’rei, Joaquim António Pereira
da Serra Monteiro Correia. Com os autos da devassa e inquirição das testemunhas.
AHU_CU_005-01, Cx. 32, doc. 5947.
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