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Ano XXXII - Nº 08Setembro 2009
COMUNIDADE DISTRIBUIÇÃO TECNOLOGIA
Bons ventos Empresa inaugura
parque eólico
no Ceará. Págs. 6 e 7
DISTRIBUIÇÃORede subterrânea de BH
ganha travas de segurança.
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COMUNIDADE Mais 100 mil famílias são
atendidas pelo Projeto Conviver.
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TECNOLOGIA Semana de Tecnologia e Inovação
recebe 1,3 mil visitantes.
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MissãodaCemig:Atuarnosetorde
energiacomrentabilidade,qualidadee
responsabilidadesocial
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Filiadoà
CE MIGNO TÍ CIAS
EMPRESA
A Cemig apresentou lucro líquido de
R$ 524 milhões, uma redução de 17%
sobre o segundo trimestre de 2008. Es-
sa redução deve-se principalmente à re-
visão tarifária da Cemig Distribuição,
subsidiária integral da Cemig. Como re-
sultado da tarifa definida pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em
abril de 2008, os consumidores tiveram
uma redução média nas tarifas de 12%,
o que contribuiu para a redução da lu-
cratividade.
No segundo trimestre deste ano, a
Empresa registrou receita líquida ajusta-
da de R$ 2,81 bilhões, o que representa
um aumento de 7% se comparado ao
mesmo período de 2008, com R$ 2,62
bilhões, impulsionada pelo volume de
vendas da Cemig Geração e Transmis-
são. O Lajida da Cemig apresentou um
aumento de 5,66% em comparação ao
mesmo período de 2008, passando de
R$ 979 milhões para R$ 1,03 bilhão.
Os resultados consolidados foram
alavancados pelo desempenho das ven-
das da Cemig na área de geração e
transmissão. No segundo trimestre de
2009, a receita com fornecimento bruto
de energia teve um aumento de 10,37%
em relação ao mesmo período do ano
passado, passando de R$ 3,32 bilhões
para R$ 3,67 bilhões.
“Nossa sólida posição de caixa de
R$ 2,2 bilhões possibilita a execução do
Plano Diretor, assegurando nossa políti-
ca de dividendos e gestão da dívida,
com a execução dos investimentos pre-
vistos, inclusive os associados às opor-
tunidades de aquisições”, afirma o dire-
tor de Finanças, Relações com Investi-
dores e Controle de Participações, Luiz
Fernando Rolla.
No segundo trimestre de 2009, a re-
ceita com a venda de energia a outras
concessionárias foi de R$ 456 milhões,
uma variação de 77,73% se comparada
ao mesmo período de 2008, com R$ 257
milhões. Na área de distribuição, de abril
a junho deste ano, se destacou o cresci-
mento das classes residencial (8%), co-
mercial (5%) e rural (3%), que compen-
sou a redução de 12% no consumo in-
dustrial, decorrente da desaceleração
econômica.
Aquisições
O segundo trimestre foi marcado,
ainda, pela política de aquisições da
Empresa. "Realizamos de forma bem su-
cedida duas operações, TBE e Terna,
que, além de agregar valor aos negó-
cios da Companhia, posicionam a Ce-
mig como a líder do setor elétrico brasi-
leiro”, afirmou o presidente Djalma Bas-
tos de Morais.
Registrado lucro de R$ 524 milhões no 2º trimestre de 2009
CemigNotíciasl Setembro l 20092
Desempenho das vendas
da Geração e Transmissão
alavancou resultados
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A rede elétrica subterrânea da região
central de Belo Horizonte tem sido atingi-
da pela ação de vândalos que ora furtam
a fiação de cobre para revenda ora usam
o local para guardar objetos. A fim de ba-
nir as violações nas câmaras e também
garantir a segurança da população, a Ce-
mig está instalando travas de segurança
nas tampas e grades de ventilação das
câmaras da rede de energia subterrânea
da capital. O investimento é de aproxima-
damente R$ 600 mil, e a trava é instalada
por dentro das tampas, assim somente
com uma chave codificada é possível
abri-la.
Anteriormente, foram feitas outras ten-
tativas para solucionar o problema das
violações, dentre elas soldar as tampas e
travá-las com parafusos especiais. Contu-
do, no início de 2009, o furto de circuitos
energizados de baixa tensão passou a
atingir diretamente os clientes, causando
perturbações e interrupções no forneci-
mento de energia, o que exigiu uma ação
mais enérgica da Empresa para resolução
desse tipo de problema.
Prejuízo e insegurança
Desde o começo das violações, em
2004, a Cemig já contabilizou 200 câma-
ras atingidas pelo vandalismo e calcula-se
um prejuízo da ordem de R$ 1 milhão, en-
tre materiais e mão-de-obra para recom-
posição.
Para o gerente de Serviços de Manu-
tenção e Expansão Metropolitanos da Dis-
tribuição (SD/ME), Wellington Zakhia Soa-
res, o trabalho de travar as tampas é de
fundamental importância. “Além de causar
prejuízos econômicos para a Cemig e pa-
ra o consumidor, pois compromete o for-
necimento de energia, no ato da violação
das câmaras os vândalos deixam o local
aberto, com fios expostos e desencapa-
dos, podendo causar choque elétrico em
quem circula próximo ao local e também
nos empregados da Cemig”.
Soares ressalta que o fato de a Em-
presa impedir o acesso à rede subterrânea
também possui um lado social, pois vai
colaborar para diminuir o comércio ilegal
de cabos furtados.
Segundo o engenheiro de manuten-
ção eletroeletrônica da distribuição Emer-
son de Sales da Cruz, da SD/ME, a viola-
ção atinge diretamente o trabalho da Ce-
mig. “Em várias oportunidades, as inter-
venções nas câmaras tiveram de ser sus-
pensas, comprometendo o plano de ma-
nutenção preventiva e corretiva realizado
pela Empresa”, afirma.
A previsão é que a instalação das tra-
vas seja finalizada em outubro deste ano.
Além da região central de Belo Horizonte,
pretende-se, futuramente, levar o trabalho
para o interior do Estado.
DISTRIBUIÇÃO
CemigNotíciasl Setembro l 2009 3
As travas garantem a
estabilidade no
fornecimento de energia e
a segurança da população
Investimento em segurança e proteção na rede subterrânea
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SUSTENTABILIDADE
A agência de rating de sustentabilida-
de Oekom Research, sediada na Alema-
nha, concedeu à Cemig o status de Prime
(B -). Com a classificação Prime, a Em-
presa se qualifica a receber investimentos
de instituições que levam em considera-
ção os critérios da agência alemã – atual-
mente representam 90 bilhões de euros.
A Oekom é uma das principais agências
de classificação de investimentos volta-
dos para a sustentabilidade empresarial e
tem mais de dez anos de experiência.
A Cemig é a única empresa do setor
de utilities do Brasil, que engloba as em-
presas prestadoras de serviço de energia
elétrica, distribuição de gás, saneamento
e outros serviços de utilidade pública,
classificada como Prime pela Oekom. A
avaliação conduzida pela entidade é
anual e considera a responsabilidade das
empresas com relação à sustentabilidade
social, cultural e ambiental, por meio das
informações públicas disponíveis em re-
latórios anuais e websites que refletem a
atuação da corporação.
Metodologia
A Oekom concede o status de Prime
às empresas consideradas líderes mun-
diais em seus setores industriais e que
atendem a padrões específicos de sus-
tentabilidade.
A partir de um conjunto de 500 indi-
cadores, são selecionados aproximada-
mente 100, de acordo com o setor em
que a empresa atua. O resultado dessa
avaliação é comparado com uma matriz
de sustentabilidade também específica
para cada ramo da indústria. A seguir, ob-
tém-se a classificação da empresa em
seu setor, considerando os indicadores
sociais e ambientais. A ponderação dos
dois resultados dá o rating (classificação)
das empresas.
No caso da Cemig, o rating obtido foi
“B” –, o que a classificou com o status de
Prime, ou seja, como uma das líderes no
setor de utilities mundial.
CemigNotícias l Setembro l 20094
Foram escolhidos os vencedores da
36ª edição do Prêmio Apimec, da Asso-
ciação dos Analistas e Profissionais de
Investimento do Mercado de Capitais.
Pela eficiência no relacionamento com
seus investidores e presteza no envio de
informações à Comissão de Valores Mo-
biliários (CVM), a Cemig conquistou o
prêmio na categoria Empresa de Capital
Aberto.
Além de ser eleita como a companhia
aberta que mais se destacou no ano de
2008, a Cemig venceu ainda na categoria
Profissional de Relações com o Investi-
dor, com Luiz Fernando Rolla, diretor de
Finanças, Relações com Investidores e
Controle de Participações (DFN), na Em-
presa desde 1974.
A Cemig já havia conquistado o prê-
mio na categoria Empresa de Capital
Aberto em 2005. Nos anos de 1998 e
2004, Luiz Fernando Rolla também foi
eleito melhor profissional de RI pela Api-
mec.
Os analistas das seis regionais da
entidade, distribuídos pelo Distrito Fede-
ral, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo e regiões Sul e Nordeste, elegeram
ainda Paulo Ângelo Carvalho de Sousa,
na categoria Profissional de Investimen-
to, e o jornal Valor Econômico, como Veí-
culo de Comunicação.
A cerimônia de entrega da 36ª edição
do Prêmio Apimec será realizada em For-
taleza (CE), no dia 16 de outubro.
Prêmio
Instituído em 1973, o Prêmio Apimec
tem como objetivo destacar profissio-
nais, empresas e órgãos que contribuam
significativamente para o aprimoramento
técnico e o desenvolvimento do mercado
de capitais. Até 2002, o prêmio era deno-
minado Prêmio Abamec, instituição que
deu origem à Apimec.
O Apimec é o prêmio mais antigo
concedido a pessoas físicas ou jurídicas
que valorizam e promovem o aperfeiçoa-
mento técnico e o desenvolvimento do
mercado de capitais brasileiro.
Sobre a Apimec Nacional
Fundada em 1988, a Associação dos
Analistas e Profissionais de Investimento
do Mercado de Capitais tem a finalidade
de estimular e apoiar qualquer tipo de
ação que fomente os mercados financei-
ro e de capitais brasileiros. Desenvolve
ainda estudos e pesquisas visando o de-
senvolvimento do mercado de capitais e
a capacitação dos profissionais.
Cemig é eleita empresa destaque pela Apimec Nacional
Empresa é classificada como líder em sustentabilidade
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Com o início do período chuvoso,
aumentam as ocorrências no sistema
elétrico provocadas, principalmente, por
descargas atmosféricas (raios), objetos
estranhos e a interferência de árvores.
Para minimizar o número de interrupções
e restabelecer o fornecimento de energia
no menor tempo possível, a Cemig ela-
borou o Plano de Atendimento para o Pe-
ríodo Chuvoso na Região Metropolitana
de Belo Horizonte (RMBH).
O plano foi apresentado no dia 10 de
setembro pelo diretor de Distribuição e
Comercialização (DDC), Fernando Henri-
que Schuffner Neto, e pelas equipes da
central de atendimento Fale com a Ce-
mig – 116 e do Centro de Operação da
Distribuição (COD).
Também foram apresentadas as
ações preventivas realizadas ao longo do
ano com o objetivo de garantir o forneci-
mento de energia e reduzir os transtor-
nos à população e às empresas, durante
o período de chuvas. Segundo o diretor
Fernando Schuffner, já foram investidos
R$ 64 milhões na melhoria e manutenção
da rede de distribuição da RMBH e no
atendimento aos consumidores.
Nos últimos 12 meses, foram aplica-
dos R$ 46 milhões na ampliação da ca-
pacidade do sistema, enquanto ações
de manutenção e reforma da capacida-
de já instalada demandaram R$ 13 mi-
lhões. Entre as principais ações, estão a
construção das subestações Betim 5 e
Igarapé 2, a poda de 120 mil árvores e
manutenção de 5 mil estruturas.
Além disso, R$ 5 milhões foram gas-
tos na implantação de novos servidores
para os sistemas de atendimento, e a
central Fale com a Cemig foi ampliada em
quatro vezes para este período chuvoso.
Meteorologia
Outra ação importante para se ante-
cipar às ocorrências é a mobilização de
equipes extras de plantão para recom-
posição do sistema elétrico, com segu-
rança e no prazo mais rápido possível.
Dependendo da previsão meteorológica
e dos efeitos causados por uma tempes-
tade, até 550 empregados e mais de 150
veículos, além de 85 especialistas (en-
genheiros e técnicos) de apoio, podem
ser acionados na RMBH.
Para isso, a Cemig conta com um
serviço de meteorologia que prevê onde
e quando uma tempestade poderá ocor-
rer. A partir do alerta meteorológico, é re-
dimensionado o número de atendentes
do Fale com a Cemig e de equipes pron-
tas para realizar os serviços de restabe-
lecimento de energia, de forma a atender
a demanda extraordinária que surge com
as chuvas. As equipes de plantão são
previamente acionadas e posicionadas
estrategicamente nas unidades da RMBH
para atuar com maior agilidade.
Números
Na RMBH, a Cemig possui uma rede
de distribuição com mais de 20 mil qui-
lômetros de extensão, 472 mil postes, 63
mil transformadores e 52 subestações
controladas remotamente.
Além disso, a Empresa conta com a
maior central de atendimento a clientes
entre as distribuidoras de energia elétri-
ca do Brasil. O Fale com a Cemig – 116
funciona 24 horas por dia, com capaci-
dade para atender mais de 271 mil liga-
ções/dia, inclusive por meio do atendi-
mento eletrônico.
CemigNotíciasl Setembro l 2009 5
DISTRIBUIÇÃO
Cemig apresenta Plano de Atendimento para o Período Chuvoso
na RMBH
Nos últimos
12 meses foram
investidos
R$ 64 milhões
na melhoria e
manutenção da
rede de
distribuição da
RMBH e no
atendimento aos
consumidores
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Cemig inaugurou no mês de
agosto o Parque Eólico de
Praias de Parajuru, no municí-
pio de Beberibe (CE). O empreendimen-
to de 28,8 MW é o primeiro de uma sé-
rie de três usinas eólicas que serão ins-
taladas pela Cemig no Ceará, com in-
vestimentos de R$ 213 milhões. A Em-
presa detém 49% da participação acio-
nária das usinas. O empreendimento foi
realizado em parceria com a Impsa, gru-
po com sede na Argentina e presente
em 40 países.
O Parque Eólico de Praias de Paraju-
ru tem extensão de 325 hectares, com
19 aerogeradores de 1,5 MW. O parque
faz parte do complexo que abrange ou-
tras duas centrais eólicas, Praia do Mor-
gado e Volta do Rio, também no Ceará.
O conjunto de parques eólicos totaliza
99,6 MW de potência instalada.
A energia gerada pelas usinas do
complexo eólico vai evitar o lançamento
anual na atmosfera de aproximadamen-
te 146 mil toneladas de CO2 (gás carbô-
nico) e 920 toneladas de SO2 (dióxido
de enxofre), caso essa energia fosse ge-
rada por termelétricas. Para Alexandre
Heringer, engenheiro da Cemig espe-
cialista em energia eólica, a energia ob-
tida pelos ventos é uma fonte comple-
mentar limpa que colabora com o meio
ambiente. “A ordem mundial nos impõe
uma postura sustentável. A energia eóli-
ca é uma fonte complementar que muito
condiz com a sustentabilidade”, afirma
Alexandre.
Segundo João Paulo Dionísio, geren-
te de Avaliação de Aquisição de Ativos
(AF/AA), a participação da Empresa
nesse novo empreendimento do seg-
mento de energias renováveis é muito
significativo. “É interesse da Empresa
crescer nesse setor de energia renová-
A
O Brasil tem grande potencial
para a produção de ventos,
o que possibilita a geração de
energia por meio dessa fonte
Bons ventos: inauguradoparque eólico no Ceará
EMPRESA
CemigNotíciasl Setembro l 20096
O Parque Eólico de
Praias de Parajuru tem
capacidade instalada
de 28,8 MW
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vel, de acordo com sua missão e visão. A
aquisição desse parque eólico agrega valor
para a Cemig, uma vez que desencadeia no-
vas parcerias de negócios”, explica.
Para Pedro Perrelli, diretor executivo da
Associação Brasileira de Energia Eólica
(ABEEólica), com a inauguração do parque
eólico, a Empresa se coloca à frente no mer-
cado. “A Cemig é uma estatal mineira que
pensa no futuro. Apesar de sua principal fon-
te de energia provir de hidrelétricas, inaugu-
rar o parque eólico do Ceará demonstra uma
postura consciente econômica e ambiental-
mente”, declara. O diretor lembra também o
pioneirismo da Empresa nesse setor com a
usina eólio-elétrica de Camelinho. “Foi o pri-
meiro passo efetivo do setor eólico no Brasil.
Camelinho foi um grande exemplo da van-
guarda da Cemig ao pensar alternativas
energéticas limpas.”
Potencial eólico no mundo
No mundo, a potência total instalada de
energia eólica, no final de 2008, era de apro-
ximadamente 120 mil MW, de acordo com o
Instituto Alemão de Energia Eólica. Essa é a
fonte de energia que mais cresce no mundo,
com um crescimento médio anual de 30% en-
tre os anos de 1996 e 2006.
Os países que mais utilizam a energia dos
ventos, em termos de capacidade instalada,
são a Alemanha, com 28% do total mundial,
Estados Unidos e Espanha, com 16%, e Ín-
dia, com 8% (dados de 2000).
Potencial eólico no Brasil
O Brasil possui um grande potencial para
o aproveitamento de ventos, o que possibili-
ta a geração de energia por meio dessa fon-
te complementar. Em regiões como Ceará e
Rio Grande do Norte, a média potencial é de
43% de aproveitamento da capacidade nomi-
nal, tendo parques que chegam a 50%. O Rio
Grande do Sul e o interior da Bahia também
representam grandes potenciais.
O Brasil possui atualmente cerca de 417,5
MW de energia eólica instalada. Com os no-
vos empreendimentos da Cemig e Impsa no
Ceará, estão sendo adicionados 24% de po-
tencial eólico ao País.
A energia eólica representa hoje apenas
0,4% do total da capacidade de energia elé-
trica instalada no Brasil, segundo dados da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
obtidos em agosto deste ano. Entretanto, o
potencial eólico brasileiro, calculado conser-
vadoramente, é estimado em cerca de 143
mil MW, segundo dados da Eletrobrás. Para
Alexandre Heringer, isso demonstra o grande
potencial de avanço que o País tem nessa
fonte de energia.
Ventos em Minas
A Cemig, de olho no futuro e na sustenta-
bilidade, está finalizando o Mapeamento do
Potencial Eólico de Minas Gerais. Nesse es-
tudo, serão indicados os locais promissores
no Estado para a implantação de novos em-
preendimentos de geração de energia eólica.
Com as pesquisas realizadas até agora,
já se tem a noção de que a Serra do Espi-
nhaço, no norte do Estado até o sul da Ba-
hia, é uma região de potencial eólico extre-
mamente elevado. Segundo Alexandre, es-
ses estudos deverão ser concluídos em outu-
bro deste ano.
O investimento em usinas eólicas faz par-
te da estratégia da Empresa de crescer de
forma sustentável econômica, social e am-
bientalmente. Devido a essa consciência, a
Cemig tem uma posição de destaque no ce-
nário nacional, com participação de mais de
90% de fontes limpas em sua matriz.
Usina Morro do Camelinho
Morro do Camelinho foi a primeira usina
eólio-elétrica do País, inaugurada em 1994
pela Cemig. Localizada no município de Gou-
veia, a usina possui quatro geradores eólicos
com 250 kW de potência em cada, totalizan-
do 10 MW.
A capacidade de geração de eletricidade
prevista durante sua inauguração é de 1.400
MW/h por ano, o suficiente para suprir a de-
manda de energia elétrica de, aproximada-
mente, 750 residências.
Após cumprir sua função de ser um labo-
ratório para a pesquisa da geração eólio-elé-
trica em Minas Gerais e ter sido elaborado
um relatório sobre o empreendimento, atual-
mente a usina funciona parcialmente com
três máquinas.
7CemigNotíciasl Setembro l 2009
EMPRESA
Morro do Camelinho foi a primeira usina
eólio-elétrica do Brasil
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TRANSMISSÃO
Preocupada com a segurança da po-
pulação, foram investidos, nos últimos
cinco anos, R$ 2,5 milhões em obras de
adequação, recomposição e reforço no
sistema elétrico de alta tensão. O traba-
lho é executado pela Gerência de Plane-
jamento e Acompanhamento da Manu-
tenção de Linhas e Subestações de Dis-
tribuição (MD/LS), em conjunto com as
outras áreas da Empresa. As obras foram
realizadas em condomínios fechados e
em indústrias da Região Metropolitana de
Belo Horizonte (RMBH).
De acordo com Omar de Alvarenga
Filho, engenheiro e um dos coordenado-
res do projeto, as obras podem aconte-
cer em qualquer ponto do sistema elétri-
co de alta tensão que necessite de obras
de adequação ou reforço, geralmente
no início de implantação do empreendi-
mento.
As últimas obras foram concluídas,
em junho, nos condomínios Quintas do
Sol e Vila Castela 2, em Nova Lima. Nes-
sas duas obras foram investidos R$ 1,25
milhão com a substituição de estruturas
de madeira por metálicas, instalação de
dispositivo anti-escalada e placas de ad-
vertência nas estruturas metálicas, dupli-
cação de cadeias de isoladores nas es-
truturas e contenção de processo erosi-
vo, entre outras melhorias.
Segundo o engenheiro, as obras de
reforço mecânico, elétrico e civil desses
condomínios foram executadas com re-
cursos financeiros dos próprios empreen-
dedores, visando adequá-los à mudança
de perfil rural para urbano. “A importância
desse tipo de obra é garantir a integrida-
de física do sistema elétrico de alta ten-
são e a segurança dos futuros morado-
res”, afirma Omar de Alvarenga.
Expansão
Também receberam obras similares
os condomínios de Riviera e Fazenda da
Serra, entre outros. Foram atendidas,
ainda, por esse tipo de obra as seguintes
empresas: Sada Transportes e Armaze-
nagens, instalada no distrito industrial
Paulo Camilo, em Betim; Indústria S.A.
Comercial, às margens da BR-040, em
Ribeirão das Neves e HB Participações e
Empreendimentos Ltda., além de outros
empreendimentos.
Mais obras de adequação estão em
andamento: implementação da bacia de
detenção do Córrego Bonsucesso, no
Barreiro em Belo Horizonte (Consórcio
Galvão Carioca) e implantação da quarta
etapa do bairro Buritis, na capital (Buritis
Incorporações e Construções Ltda.) e da
Companhia Nacional de Cimento (CNC),
em Sete Lagoas.
Infovias registra lucrobruto de R$ 23 milhõesno 1º semestre
CO LU NA IN fO vIAS
CemigNotíciasl Setembro l 20098
A Empresa de Infovias vem mantendo seu de-
sempenho operacional dentro das expectativas de
seu acionista, apesar da crise que se instalou a
partir de setembro de 2008 em todo o mundo. No
primeiro semestre deste ano, a empresa apresen-
tou um lucro bruto de R$ 23 milhões e um cresci-
mento de 29,8% em relação ao mesmo semestre
do ano anterior, que registrara lucro bruto de R$ 16
milhões e um crescimento de 26,5%. A receita bru-
ta da Infovias no semestre passado foi de R$ 60,5
milhões, contra R$ 46,6 milhões alcançados no
mesmo período de 2008.
De acordo com Hércules Antunes, gerente de
Planejamento Econômico-Financeiro e de Partici-
pações, o crescimento dos serviços de transporte
de sinais de internet banda larga e TV a cabo
(45,7%), o crescimento dos serviços de transporte
de dados de longa distância (32,5%), o crescimen-
to dos serviços de transporte de dados local
(24,4%) e os serviços integrados, que apresenta-
ram um aumento de 8,1%, contribuíram de forma
significativa para o crescimento da Infovias no pri-
meiro semestre. “Vale destacar que o crescimento
nas receitas do transporte de sinais de TV a cabo
e internet é resultado da nova ratificação do con-
trato de prestação do serviço de transporte de si-
nais de TV a cabo e internet banda larga com a
OiTV, que alterou a forma de remuneração da Em-
presa de Infovias”, afirma o gerente.
A geração operacional de caixa no primeiro se-
mestre (EBITDA) totalizou R$ 32,1 milhões, supe-
rando em 32,3% os R$ 24,2 milhões registrados no
mesmo período do ano anterior e representando
margem de 65,2% relativamente à receita líquida,
contra uma margem de 61,9% do mesmo período
do ano anterior. De acordo com Antunes, o cresci-
mento da margem, em relação ao ano anterior, é re-
flexo do aumento proporcionalmente maior da re-
ceita, frente ao acréscimo das despesas e custos
operacionais.
RMBH recebe adequações nosistema de alta tensão
As obras podem ser realizadas
em qualquer ponto do sistema
elétrico de alta tensão
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Em agosto, diversas comunidades lo-
calizadas ao longo das obras de implanta-
ção do Gasoduto Vale do Aço, que vai de
Ouro Branco a Belo Oriente, receberam o
cinema itinerante da Gasmig. O Gasmig Ci-
ne Grátis esteve nos municípios de Alvinó-
polis, João Monlevade, Rio Piracicaba, Ja-
guaraçu e Coronel Fabriciano.
O Cine Grátis faz parte das ações de
relacionamento da Gasmig com as comu-
nidades do entorno da rede de distribuição
de gás natural. É um evento lúdico e cultu-
ral, com o objetivo de oferecer uma opção
de entretenimento à população das regiões
atendidas pela companhia. O filme é sem-
pre apresentado ao ar livre, com a imagem
projetada em uma tela inflável de dez me-
tros de largura e seis de altura.
Desenvolvido pela Gasmig desde
2003, o Cine Grátis tem, ainda, a finalidade
de levar à população das localidades be-
neficiadas noções sobre segurança e con-
servação ambiental. Antes do filme, é exibi-
do um vídeo educativo sobre a utilização
da energia e o gás natural, ressaltando a
importância da preservação e manutenção
da sinalização dos gasodutos, feita com
adesivos em postes, placas, taxas nos as-
faltos e balizadores.
O projeto inclui a produção de um cur-
ta-metragem do tipo documentário sobre a
comunidade onde o evento ocorre. Uma
semana antes do evento, a equipe técnica
visita a comunidade para produzir o mate-
rial, que é exibido antes da sessão de ci-
nema.
Gasmig Cine Grátis leva entretenimentoao Vale do Aço
CO LU NA GAS MIG
COMUNIDADE
9CemigNotíciasl Setembro l 2009
Conviver beneficia mais 100 milfamílias da Grande BH
O Projeto Conviver iniciou no mês pas-
sado o segundo ciclo de doações de equi-
pamentos econômicos a moradores de co-
munidades populares. Até o final do ano, se-
rão doados mais 10 mil geladeiras, 6 mil
chuveiros econômicos e 450 mil lâmpadas
fluorescentes compactas, além de 4 mil pa-
drões de entrada de energia para os clientes
que desejam se regularizar junto à Empresa.
Atualmente, são atendidas 100 mil famílias
de 98 comunidades da capital, Ribeirão das
Neves, Ibirité, Esmeraldas e Vespasiano.
No primeiro ciclo, foram doados 3,5 mil
geladeiras, 5 mil chuveiros econômicos e
150 mil lâmpadas, em 19 comunidades, be-
neficiando 50 mil famílias. A previsão é de
que, até 2011, um total de 300 mil famílias
sejam atendidas na Região Metropolitana
de Belo Horizonte (RMBH) e no interior do
Estado.
Segundo Higino Zacarias de Souza, as-
sistente da Diretoria da Cemig, as medidas
sociais e de eficiência energética do Convi-
ver promovem o desenvolvimento sustentá-
vel das comunidades e contribuem para um
melhor relacionamento entre a Empresa e os
consumidores.
Conviver
Criado em 2006, o Projeto Conviver tem
o objetivo de promover o acesso à devida
prestação dos serviços e oferecer soluções
eficientes para o consumo de energia elétri-
ca, adequando o valor da conta às possibili-
dades econômicas dos clientes das comuni-
dades populares. O projeto atua ainda na re-
gularização de ligações elétricas, na agiliza-
ção de novas ligações e na análise de situa-
ções de riscos que envolvam eletricidade.
Os consumidores recebem em casa a vi-
sita de um agente comunitário, que esclare-
ce sobre o uso eficiente e seguro de energia
elétrica, os benefícios da Tarifa Social e iden-
tifica aquelas residências que se encaixam
nos critérios de doação de equipamentos.
Economia
A substituição de equipamentos antigos
por novos, doados pela Cemig, aliada às
medidas de eficiência energética repassa-
das pelos agentes, permite economia no
consumo de energia elétrica. Dessa forma, é
possível reduzir a conta de luz, adequando o
valor da fatura ao poder aquisitivo dos con-
sumidores.
Até 2011, 300 mil famílias deverão ser atendidas na RMBH e no interior
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Com o intuito de auxiliar as ações do
Programa Especial de Manejo Integrado
de Árvores e Rede (Premiar), estão sendo
desenvolvidos projetos como o Geoárvo-
re e o Geoanálise. Esses aplicativos sur-
giram da necessidade de reunir as infor-
mações necessárias para controle das
ações que o Premiar desenvolve, por
meio da informatização.
Os sistemas desenvolvidos poderão
auxiliar as atividades de planejamento do
programa por meio de análises e consul-
tas espaciais, como, por exemplo, a iden-
tificação de árvores com possíveis neces-
sidades de podas em determinado mês e
até a elaboração de rotas dessas podas,
identificando os bairros com maior núme-
ro de interrupções de fornecimento de
energia.
O programa Geoanálise está em fase
de produção de um banco de dados que
une informações sobre rede elétrica co-
mo postes, redes de tensão, equipamen-
tos e transformadores, além de identificar
limites territoriais como limites de municí-
pios, ruas, quadras, bairros e regionais.
O próximo passo de desenvolvimento do
Geoanálise será realizar um inventário
das árvores para inseri-las no banco de
dados.
Já o Geoárvore surgiu da necessida-
de do Premiar de informatizar alguns con-
troles que o programa possui quanto a
suas ações. Como a atuação do Premiar
é extensa, o Geoárvore foi dividido em
módulos. Já está em fase de testes o pri-
meiro módulo que contém laudos de ár-
vores.
DISTRIBUIÇÃO
10 CemigNotíciasl Setembro l 2009
Nova rede trará segurança e recuperação de receita
Um dos grandes problemas que a
Cemig enfrenta atualmente é a perda de
energia. Mas com a ajuda de uma nova
tecnologia, a Empresa espera eliminar as
ligações irregulares e outras intervenções
não autorizadas na rede de energia. Está
em teste, desde maio deste ano, uma no-
va modalidade de equipamento de baixa
tensão com essa finalidade: a Rede de
Distribuição Concêntrica (RDC).
A rede-teste, montada no campo de
treinamento da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento Profissional (Efap), em
Sete Lagoas, é constituída por um condu-
tor que tem as três fases em alumínio iso-
ladas e agregadas no interior de um único
cabo envolvido por uma malha de cobre
em toda sua circunferência, que é, ao
mesmo tempo, o condutor neutro do cir-
cuito.
É uma rede de baixa tensão, com to-
dos os pontos de conexão protegidos
dentro de caixas metálicas, que poderão
ser de medição ou de derivação e que
possuem dispositivos eletrônicos que in-
formam eventuais aberturas de porta. No
caso de abertura não autorizada, o sen-
sor emite um sinal para uma central, que
enviará uma equipe ao local para verificar
o que aconteceu.
Segundo Paulo Roberto Pontello, téc-
nico de tecnologia e normalização da Ge-
rência de Desenvolvimento e Engenharia
de Ativos da Distribuição (TD/AT) e um
dos idealizadores da nova rede, os ga-
nhos serão muitos. “Dentre as vantagens
do sistema, destacam-se a recuperação
de energia não medida e a maior segu-
rança para terceiros, pois a nova rede de
baixa tensão é completamente fechada e
não possui pontos abertos que favoreçam
fraudes e acidentes por choque elétrico.
Além disso, possibilita um fornecimento
de energia com maior qualidade, através
de ligações regulares, o que vai certa-
mente trazer mais cidadania aos clientes.”
Pontello explica que a transmissão
dos dados será via GPRS (telefonia celu-
lar) para uma central de operações ainda
a ser definida. Quando alguma porta for
aberta, um aviso será transmitido para a
central indicando onde foi a abertura e
quais os consumidores do local, que são
automaticamente desligados. “Um deta-
lhe desse dispositivo é que, após aciona-
do, desligará todos os clientes que esti-
verem ligados no sistema a partir daque-
la caixa. Cada caixa de medição poderá
ligar 12 clientes monofásicos ou seis bifá-
sicos ou dois trifásicos e três bifásicos ou
uma combinação de clientes que resulte
na medição de 12 fases por caixa. A cen-
tral somente deverá religar a caixa após
vistoria por eletricistas no local”, afirma o
técnico.
Ainda de acordo com Pontello, a rede
será inicialmente instalada no bairro Vila
Maria, em Belo Horizonte, com aproxima-
damente 1,2 mil clientes.
Tecnologia e informatização nas ações do Premiar
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O sistema elétrico da Cemig vai ganhar
mais um reforço. A Efficientia está executan-
do a obra de conexão da Usina Termelétrica
(UTE) Vale do Tijuco, do grupo CMAA, loca-
lizada no município de Uberaba, Triângulo
Mineiro, com a rede da Cemig.
A obra consiste na construção de uma
linha de transmissão (LT) de 138 kV trifásica,
com 16 km de extensão, ligando a subesta-
ção (SE) da Usina Vale do Tijuco à SE Ube-
raba 9. Ela será construída a partir da LT
Uberlândia 6 – Uberaba 1 da Cemig e exe-
cutada em conformidade com as normas
brasileiras e os padrões específicos da
Companhia.
A Usina Vale do Tijuco é um empreendi-
mento sucro-alcooleiro que terá capacidade
de esmagamento de três milhões de tonela-
das de cana por ano.
De acordo com o engenheiro da Effi-
cientia e coordenador do projeto, Dieter
Kux, a obra encontra-se dentro do cronogra-
ma previsto e deverá estar concluída até o
final de abril de 2010. A capacidade de ge-
ração da UTE será de 25 MW, podendo che-
gar a 50 MW em 2012. Parte dessa energia
gerada será utilizada para consumo da pró-
pria Usina Vale do Tijuco. O excedente será
injetado no sistema elétrico da Cemig. Essa
geração de energia oriunda da biomassa é
suficiente para suprir com energia elétrica
200 mil residências.
Com esse novo projeto, a Cemig e a
Efficientia contribuem ainda mais para a via-
bilização do projeto estruturador do Estado
de Minas Gerais no que se refere à implan-
tação das empresas de açúcar e álcool no
Estado.
Reforço para o sistema elétrico
INTERIOR
CemigNotíciasl Setembro l 2009 11
O Sul de Minas ganhou no mês de
agosto mais uma subestação (SE) da Ce-
mig. Como parte do programa Cresce Mi-
nas, foi inaugurada a SE Machado 2, bene-
ficiando os municípios de Campestre, Car-
valhópolis, Cordislândia, Machado, Poço
Fundo e Turvolândia.
A obra, que demandou investimentos
da ordem de R$ 12 milhões, irá reforçar o
atendimento de energia elétrica da região e
contribuir para o seu desenvolvimento eco-
nômico e social.
Machado 2 é alimentada em 138 kV, a
partir da SE Botelhos, e possui capacidade
instalada (25 MVA) que corresponde a,
aproximadamente, três vezes a capacidade
de atendimento atual da região.
Construída com soluções tecnológicas
modernas, a nova subestação está prepa-
rada para expansões futuras, com possibili-
dade de duplicar sua capacidade.
Investimentos no Sul
As obras do Projeto Cresce Minas no
Sul do Estado estão bastante adiantadas.
No sistema de subtransmissão da região
foram previstos investimentos de R$ 52 mi-
lhões até junho de 2010. Até julho deste
ano, foram investidos R$ 38 milhões na
construção das SEs Machado 2 e São Gon-
çalo do Sapucaí, em melhorias e amplia-
ções nas SEs Três Corações 1, Cambuqui-
ra, Alfenas 1, Botelhos e Poços de Caldas 1
e 2 e na construção de 53 quilômetros de
novas linhas de distribuição.
No sistema de redes de distribuição do
Sul de Minas, a Cemig investiu R$ 10,9 mi-
lhões, construindo 208 quilômetros de re-
des até julho deste ano e prevendo-se mais
R$ 8,1 milhões até 2010 com mais 67 quilô-
metros de redes de distribuição.
Somando-se as obras de subtransmis-
são e distribuição, já foram implantados
261 quilômetros de novas redes e investi-
dos cerca de R$ 50 milhões do total de R$
71 milhões previstos.
No ano passado, foram beneficiados
com obras de média tensão 44 municípios
do Sul de Minas. Outras 10 cidades tam-
bém serão beneficiadas pelas obras previs-
tas para entrar em operação até 2010.
Cresce Minas
Com investimentos da ordem de R$ 750
milhões, a Cemig está implantando desde
2006 o Cresce Minas, um dos programas
estruturadores do governo estadual. Os
principais objetivos do projeto são o atendi-
mento ao crescimento do mercado de Mi-
nas e a recuperação e manutenção dos ní-
veis de qualidade de serviço dentro dos pa-
râmetros regulatórios.
Nova subestação beneficiaMachado e região
IN fOR ME Ef fI CIEN TIA
A SE Machado beneficia os municípios de
Campestre, Carvalhópolis, Cordislândia,
Machado, Poço Fundo e Turvolândia
Page 12
Para apresentar os produtos e proces-
sos inovadores desenvolvidos em suas ati-
vidades, a Cemig realizou a 3ª Semana de
Tecnologia e Inovação. O evento colocou
27 inovações em exposição para o público
e ficou aberto à visitação, no edifício-sede
da Empresa, entre os dias 11 e 15 de
agosto.
Neste ano, a Semana de Tecnologia e
Inovação teve como tema os quatro ele-
mentos naturais – terra, fogo, ar e água –,
sendo a Cemig o “quinto elemento”, aque-
le que transforma os outros quatro em no-
vas alternativas energéticas. “Procuramos
escolher as inovações que estão sendo
utilizadas na Empresa, priorizando aquelas
voltadas para o desenvolvimento de fontes
alternativas de energia. Essa questão está
em pauta no mundo inteiro e vem absor-
vendo esforços e recursos expressivos por
parte da Cemig”, explica Jaelton Avelar
Fernandino, gerente de Gestão Tecnológi-
ca (TE/TN) e coordenador do evento.
A principal novidade da edição foi o fo-
co voltado para os projetos de pesquisa e
desenvolvimento (P&D) relacionados com
as fontes alternativas de geração de ener-
gia. Do total de 27 inovações apresenta-
das, 16 são provenientes de projetos de
P&D. Esses projetos são desenvolvidos
pela Cemig em parceria com instituições,
centros de pesquisa, universidades e em-
presas.
De acordo com Jaelton, a 3ª Semana
de Tecnologia e Inovação foi uma ótima
oportunidade para a sociedade conhecer
as tecnologias e pesquisas de ponta que a
Cemig está realizando. “A sociedade pôde
certificar-se que essas inovações podem re-
presentar melhorias na qualidade dos servi-
ços e da energia fornecida, além de benefí-
cios diretos para o meio ambiente”, explica.
Público
De acordo com Maria Zuleila Campos,
analista da TE/TN, mais de 1,3 mil pessoas
estiveram nos estandes da exposição du-
rante a semana, com uma média de 350
visitas por dia. Segundo ela, 800 alunos de
escolas técnicas fizeram visitas monitora-
das ao evento, percorrendo todo o espaço
em um período de, aproximadamente,
duas horas por turma. “Muitos deles exce-
deram esse horário em mais de 50%”, con-
ta Maria Zuleila.
Além de alunos e professores de esco-
las técnicas, a exposição também recebeu
a visitação de público externo. Foram rece-
bidos representantes da Secretaria de
Ciência e Tecnologia de Minas Gerais e de
outras concessionárias do País.
Entre as visitas internas, Maria Zuleila
destaca a participação dos Conselhos de
Administração e de Consumidores. “Eles
prestigiaram a exposição, com muito inte-
resse”, diz.
TECNOLOGIA
CE MIGNO TÍ CIAS
Av. Bar ba ce na 1.200 l 19º an dar
(31) 3506.2052
Fax (31) 3506.2039/ 3506.2023
Cai xa Pos tal 992 l CEP 30161-970
Be lo Ho ri zon te l MG
Clas si fi ca ção Pú bli co
Investindo em tecnologia e inovação
800 alunos de escolas
técnicas visitaram
a exposição
Estudantes testam
conhecimentos sobre
energia na tela multitoque
Atrações
Uma das principais atrações da 3ª Semana
de Tecnologia e Inovação da Cemig foi o veícu-
lo elétrico. Apresentado para a sociedade no dia
25 de março, o automóvel movido exclusiva-
mente por energia elétrica foi desenvolvido em
parceria com a Fiat Automóveis e a Itaipu Bina-
cional. Quatro veículos desse tipo já estão sen-
do utilizados em caráter experimental na frota
da Empresa. Um dos automóveis ficou à dispo-
sição para test drive durante as manhãs do
evento.
Um game interativo também chamou a aten-
ção de quem passava pelas tendas da 3ª Se-
mana de Tecnologia e Inovação. O jogo utilizou
o recurso de tela multitoque, no qual os visitan-
tes tiveram a oportunidade de testar seus co-
nhecimentos sobre as diversas formas de gera-
ção de energia.
A iluminação mais econômica e eficiente dos
sistemas a LED (abreviatura em inglês para dio-
do emissor de luz) também ficou em evidência
nas tendas do evento. Os visitantes puderam co-
nhecer os principais benefícios desse sistema
de iluminação: as lâmpadas a LED possuem me-
lhor reprodução de cores, não emitem raios ul-
travioleta e infravermelho, propagam menos ca-
lor e, consequentemente, atraem menos insetos.