Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal - 2012 Página 1 B B O O L L E E T T I I M M E E P P I I D D E E M M I I O O L L Ó Ó G G I I C C O O d d e e D D S S T T / / A A I I D D S S Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal – SES-DF Subsecretaria de Vigilância à Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica Gerência DST/Aids e Hepatites Virais. d d o o D D i i s s t t r r i i t t o o F F e e d d e e r r a a l l Ano 4, n.º 1, novembro de 2012 Apresentação Quase 30 trinta anos depois dos primeiros casos de HIV/AIDS serem diagnosticados no Distrito Federal, observa-se que esta epidemia ainda avança de forma persistente sobre a população geral e ainda mais contundente em grupos populacionais mais vulneráveis. São mais de 400 casos novos diagnosticados anualmente no DF nos últimos cinco anos, o que impõe constantes reflexões sobre as perspectivas de enfrentamento desse agravo. Paralelamente aos grandes avanços observados nos últimos anos no Brasil, a exemplo da disponibilização de medicamentos antirretrovirais e a diminuição da transmissão materno infantil, outras questões são identificadas e demandam atenção, tais como os efeitos adversos da terapia antirretroviral, as questões relativas ao estímulo à adesão ao tratamento, a ampliação do diagnóstico oportuno e a focalização de ações voltadas aos segmentos populacionais mais vulneráveis ao HIV/Aids (homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas, profissionais do sexo), uma vez que esta epidemia ainda se mostra concentrada nestes segmentos. Dentro desse contexto, a proposta desse documento é atualizar as informações sobre a situação epidemiológica da epidemia do HIV/AIDS no Distrito Federal (DF), com a análise dos casos notificados por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Também traz, em seu bloco temático, uma análise específica sobre o perfil dos casos de AIDS em homens com categoria de exposição homo/bissexuais e heterossexuais. Gerência de DST/Aids e Hepatites Virais Por que ampliar o diagnóstico para o HIV? A Aids, Sífilis e as Hepatites Virais B e C, são doenças que em muitas fases passam despercebidas na vida das pessoas, até o momento em que, os sinais e sintomas começam a aparecer e a doença se manifesta, em geral tardiamente com graves conseqüências para a saúde da pessoa. Durante esta fase de invisibilidade as pessoas estão involuntariamente transmitindo a doença a outras pessoas 1 . Pesquisas do Ministério da Saúde mostram que existem em torno de 200 mil pessoas no Brasil que vivem com HIV e não sabem. Outro dado importante é que a maior causa de mortalidade por AIDS é o 1 Esse texto foi preparado a partir do manual de orientações para mobilização do departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais-2012.
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Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal ... · Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal - 2012 Página 1 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO de ... São mais de
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Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal - 2012
uma relativa estabilização em 2:1. A partir de 2007
ocorreu um aumento incremento consistente nesta
razão chegando a 4,1 casos em homens para cada
caso de AIDS em mulheres em 2012 (Tabela 1.4 e
Gráfico 1.1).
Ao analisar a variável raça/cor, verifica-se
em 2011, no sexo masculino, 45,5% dos casos foram
em indivíduos da raça/cor preta ou parda, 43,2% da
branca e 0,6% em amarelos (Tabela 1.3).
Dentre os casos de aids em mulheres, 56,3%
dos casos foram em indivíduos da raça/cor preta ou
parda e 34,1% da branca (Tabela 1.3).
A análise da informação sobre escolaridade
constitui-se um importante indicador do nível
socioeconômico dos casos identificados com
HIV/AIDS no Brasil, normalmente utilizado como
proxi do nível de renda. Dentre os homens a maior
proporção dos casos tem ensino superior, seguido
do ensino médio. Dentre as mulheres, a maior
proporção dos casos possui ensino fundamental ou
ensino médio no Distrito Federal. Ressalta-se que a
análise dessas características ficou prejudicada
devido à grande proporção de registros com essas
variáveis em branco ou ignorado, especialmente
entre as mulheres.
Com relação aos coeficientes de incidência,
de modo geral eles são mais elevados nas faixas
etárias entre 30 e 39 anos para ambos os sexos.
Seguidas dos índices nas faixas de 40 a 49 e 20 e 29
anos de idade. Ao longo da série histórica percebe-
se uma instabilidade dos coeficientes de incidência
de aids entre os homens na faixa etária de 20 a 29
anos e de maiores de 50 anos (Tabela 1.5).
No DF, a categoria de exposição
homo/bissexual caracteriza de forma mais
importante a dinâmica da epidemia entre os
homens, com expressão relevante em todas as
faixas etárias, em especial entre os adolescentes.
Em 2011, no sexo masculino, 57,7% dos casos
tiveram como categoria de exposição a
homo/bissexual e 26,8% a heterossexual. Entre as
mulheres, a principal categoria de exposição é a
heterossexual (mais 80% dos casos) (Tabela 1.6 e
1.7).
O número de crianças que adquiriu o HIV
por transmissão vertical cai a partir de 1997,
quando se iniciou a disponibilidade da
quimioprofilaxia da transmissão do HIV durante a
gestação e parto, tendo registrado 7 casos em 2003
e 1 caso em 2012 (Tabela 1.10 e Gráfico 1.2).
O coeficiente anual de mortalidade por aids
apresentou quedas sucessivas entre 1996 e 2001.
Em 1996, antes da associação dos inibidores de
protease ao conjunto de medicamentos usados no
tratamento, o coeficiente foi de 11,6 óbitos por 100
mil habitantes. Em 2002, apresentou crescimento
(passou de 4,6 por 100 mil habitantes em 2001 para
6,4 por 100 mil habitantes em 2002). A partir de
2003 o coeficiente volta a cair, atingindo 4,5 óbitos
por 100 mil habitantes em 2011 (Tabela 1.11).
Torna-se importante destacar o incremento
da taxa de mortalidade na faixa etária de 20 a 29
anos de idade em ambos os sexos no período de
2006 a 2010 (Tabela 1.12).
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Tabela 1.1 - Casos de aids notificados (número e coeficiente por 100.000hab. e razão de sexos), por ano de diagnóstico segundo
sexo. Distrito Federal, 1985 a 2012*.
Ano Diagnóstico
Número de casos Razão M/F
Coef. de incidência por 100.000 hab.
Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total
1985 5 0 5 5.0 0.8 0.0 0.4
1986 11 0 11 11.0 1.6 0.0 0.8
1987 17 2 19 8.5 2.4 0.3 1.3
1988 32 4 36 8.0 4.5 0.5 2.4
1989 50 8 58 6.3 6.8 1.0 3.8
1990 68 16 84 4.3 9.1 2.0 5.4
1991 174 28 202 6.2 22.6 3.4 12.6
1992 194 38 232 5.1 24.6 4.5 14.1
1993 169 49 218 3.4 21.0 5.6 13.0
1994 192 50 242 3.8 23.4 5.6 14.2
1995 192 55 247 3.5 23.0 6.1 14.2
1996 225 85 310 2.6 25.7 9.0 17.0
1997 258 96 354 2.7 28.7 9.8 18.9
1998 230 97 327 2.4 24.9 9.7 17.0
1999 235 105 340 2.2 24.9 10.2 17.3
2000 271 134 405 2.0 27.6 12.5 19.7
2001 217 112 329 1.9 21.6 10.2 15.7
2002 268 141 409 1.9 26.1 12.6 19.1
2003 370 187 557 2.0 35.3 16.4 25.4
2004 299 147 446 2.0 28.0 12.6 20.0
2005 306 140 446 2.2 27.4 11.5 19.1
2006 262 146 408 1.8 23.0 11.7 17.1
2007 285 124 409 2.3 24.5 9.8 16.8
2008 279 110 389 2.5 22.8 8.2 15.2
2009 303 101 404 3.0 24.3 7.4 15.5
2010 276 103 379 2.7 22.5 7.7 14.7
2011 338 135 473 2.5 27.1 9.9 18.1
2012 271 66 337 4.1 ... ... ...
Total 5797 2279 8076 2.5 ... ... .... Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES.
*Dados provisórios e parciais digitados até 06/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
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Tabela 1.2 – Casos de aids notificados (Número e coeficiente de incidência por 100.000hab.) por ano de diagnóstico segundo localidade de residência. Distrito Federal, 2007 a 2012*.
Total 409 389 404 379 473 337 2391 16.8 15.2 15.5 14.7 18.1 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 06/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
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Gráfico 1.1 - Número de casos de aids e razão de sexo (M:F) segundo ano de diagnóstico. Distrito Federal, 1985 a 2012.
Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 06/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
Tabela 1.3 - Casos de aids (número e percentual) segundo raça/cor por ano de diagnóstico. Distrito Federal, 2000 a 2012.
20 a 29 anos 204 39 36 37 59 55 36 27 38 27 28 26 27 17 656
30 a 39 anos 266 62 47 67 64 54 49 51 41 47 30 34 48 21 881
40 a 49 anos 91 20 16 21 42 21 34 41 27 23 28 24 36 18 442
50 a 59 anos 36 4 4 4 14 5 11 11 9 9 9 10 13 7 146
60 e mais 7 1 2 0 1 5 2 6 7 1 4 3 7 0 46
Total 654 134 112 141 189 147 140 146 124 110 101 103 135 66 2302 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 06/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de
casos.
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Tabela 1.5 - Coeficiente de incidência de aids (por 100.000 hab.) por faixa etária, segundo sexo e ano de diagnóstico Distrito Federal, 2000 - 2011.
< de 5 anos 3.0 3.0 5.8 3.8 2.8 2.7 3.5 0.0 0.0 0.9 1.8 1.8
5 a 9 anos 3.2 3.1 3.0 1.0 0.0 1.9 0.9 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
10 a 14 anos 0.0 0.0 1.0 0.0 0.0 0.0 0.9 0.0 0.0 0.0 0.9 0.0
15 a 19 anos 1.7 0.8 1.6 3.2 3.1 2.2 2.9 1.8 2.5 0.8 2.5 1.7
20 a 29 anos 17.0 15.3 15.4 24.1 22.0 13.8 10.1 15.2 10.5 10.9 10.1 10.5
30 a 39 anos 34.5 25.6 35.6 33.3 27.6 24.0 24.4 17.8 19.4 12.1 13.7 19.4
40 a 49 anos 16.3 12.8 16.4 32.1 15.7 24.4 28.8 16.5 13.1 15.2 13.1 19.6
50 a 59 anos 5.7 5.6 5.5 18.7 6.6 13.8 13.5 8.8 8.2 7.8 8.7 11.3
60 e mais 1.6 3.2 0.0 1.5 7.5 2.9 8.5 7.5 1.0 3.7 2.8 6.5
Total 13.7 11.2 13.7 18.0 13.8 12.5 12.8 10.7 9.0 8.1 8.3 10.8 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 06/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
Tabela 1.6 - Casos de aids (número e percentual) por escolaridade segundo ano de diagnóstico e sexo. DF, 2007 a 2012.
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Gráfico 1.2 – Percentual de casos aids em indivíduos do sexo masculino segundo escolaridade por ano de diagnóstico. Distrito Federal, 2007 a 2012.
Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 06/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
Gráfico 1.3 – Percentual de casos aids em indivíduos do sexo feminino segundo escolaridade por ano de diagnóstico. Distrito Federal, 2007 a 2012.
Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 06/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
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Tabela 1.7 - Casos de aids(em maiores de 13 anos de idade) por categoria de exposição segundo sexo e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 1985-2012.
Categoria de Exposição 1985-1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total
Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos. 1 HSH: Homens que fazem Sexo com Homens.
Tabela 1.8- Proporção de casos de aids(em maiores de 13 anos de idade) por categoria de exposição segundo sexo e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 1985-2012.
Categoria de Exposição 1985-1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total
*Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
Tabela 1.10 - Proporção de casos de aids, em menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição por sexo e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 1986-2012.
Categoria de Exposição 1986-1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2009 2010 2011 2012 Total
60 e mais 2 3 1 0 1 4 0 11 4.2 1.1 0.0 0.9 3.7 0.0
Ign 1 0 0 0 0 0 0 1 ... ... ... ... ... ...
Total 41 30 27 34 33 47 21 233 3.3 2.4 2.0 2.5 2.4 3.4 Fonte: Sistema de mortalidade - DIVEP/SVS/SES. Dados parciais e sujeitos à revisão.
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2 – Situação Epidemiológica da infecção pelo o HIV em gestantes no DF Em meados da década de 1980, a infecção
pelo HIV entre as mulheres passou a crescer
rapidamente no Brasil. Como conseqüência,
aumentou o número de casos em crianças. A
redução da transmissão vertical (TV) do HIV tornou-
se um desafio nacional e mundial.
A vigilância epidemiológica desse agravo
pretende contribuir para o aprimoramento das
ações que buscam diminuir a transmissão materno-
infantil do HIV no Distrito Federal. É importante
destacar que a vigilância desse agravo ainda
apresenta importantes limitações no DF, dentre as
quais se destacam a subnotificação dos casos, a
baixa completitude das informações do instrumento
de notificação e investigação e a grande proporção
de casos sem encerramento oportuno.
No período de 2002 a 2011, o coeficiente
anual de detecção dos casos de gestantes
soropositivas no DF, manteve-se entre 1,1 e 1,5
casos por mil nascidos vivos, com o número de
registros variando entre 40 e 70 casos. Esses valores
são ainda muito baixos. Segundo estudo realizado
em 2010, pela Gerência de DST/AIDS e Hepatites
Virais em parturientes atendidas em maternidades
públicas, a taxa de prevalência de mulheres
portadoras do HIV no momento do parto no Distrito
Federal é 0,33%. Considerando essa taxa de
prevalência, são estimados cerca de 100 gestantes
HIV+/ano diagnosticados na rede pública de saúde
do DF. Entretanto, em 2011, houve a notificação de
apenas 54% dos casos esperados. Esse resultado
indica que ainda existe uma importante
subnotificação de casos de gestantes HIV+ no DF.
Segundo os dados informados ao sistema de
vigilância epidemiológica da SES-DF, as localidades do
Distrito Federal, no período de 2007 a 2011, com os
maiores coeficientes de detecção acumulada de
infecção pelo HIV em gestantes, foram em ordem
decrescente: Candango-lândia, Lago Norte, Lago Sul,
Estrutural, Taguatinga, Riacho Fundo I, Paranoá,
Riacho Fundo II, Recanto das Emas e Ceilândia.
Considerando-se apenas o ano de 2011, as
localidades com os maiores coeficientes de detecção
foram em ordem decrescente: Varjão, Estrutural,
Candangolândia, Paranoá, Lago Norte, Riacho Fundo,
São Sebastião, Santa Maria, Planaltina e Taguatinga
(Tabela 2.2).
Observa-se que 58% dos casos foram
detectados em mulheres de 20 a 29 anos, 75,8% se
declararam como pardas/pretas, 31,9% como
brancas e 40% tinham apenas o ensino fundamental
(Tabela 2.4).
Na tabela 2.3, pode-se observar o número de
casos de gestantes HIV positivas segundo o momento
do diagnóstico para o HIV e ano do parto. Em 2002,
25,8% dos casos detectados no DF foram
diagnosticados antes da realização do pré-natal,
53,2% durante o pré-natal, 6,5% durante o trabalho
de parto e 1,6% após o parto. A partir de 2005, quase
50% dos casos de gestantes HIV+ residentes no DF já
tinham o conhecimento da sorologia positiva para o
HIV antes de ingressarem na atenção pré-natal.
Também se verifica o aumento proporcional dos
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casos identificados no momento do parto entre 2005
e 2009. Essa proporção diminui nos anos
subseqüentes.
No período de 2007 a 2011, observa-se uma
diminuição na proporção das gestantes HIV+ com
acesso a profilaxia durante a gravidez no DF. Em
2007, 80,0% fizeram uso de TARV durante o pré-
natal, esse percentual caiu para 50,0% em 2011. Em
2012, observa-se uma melhoria desse indicador,
atingindo 74,5% dos casos. Essa variável apresentou
uma proporção importante de casos com informação
ignorada (27,6% em 2009), o que dificulta o
monitoramento dessa ação de prevenção da
transmissão vertical (Tabela 2.4).
Verificou-se a manutenção proporcional da
realização da profilaxia da transmissão vertical do HIV
no momento do parto no período analisado. Em
2007, 71,1% dos casos detectados receberam a
profilaxia durante o trabalho de parto e esse
percentual manteve-se em torno de 70% no período
de 2008 a 2011. Em 2012 essa proporção encontra-se
inferior a 50%, mas cerca de 40% dos casos ainda não
foram concluídos pela vigilância epidemiológica
(Tabela 2.5).
Outra ação fundamental para a prevenção da
TV do HIV é o início da administração de ARV para as
crianças expostas. Em 2007, 77,8% das crianças
expostas ao HIV por TV, residentes no DF, receberam
AZT oral nas primeiras 24 horas após o nascimento,
mas em 17,8% dos casos essa informação ficou
ignorada. Em 2011, 40,7% dos casos receberam
profilaxia nas primeiras 24 horas após o nascimento.
A análise também ficou prejudicada, pois 51,9% dos
casos não tinham essa informação preenchida na
ficha de investigação epidemiológica (Tabela 2.5).
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Tabela 2.1 – Gestantes infectadas pelo HIV segundo região administrativa de residência e ano do parto. Distrito Federal, 2001 a 2012.
Região de Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total
Águas Claras 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3 1 1 6
Asa Norte 1 2 2 0 1 1 0 1 1 1 1 0 11
Asa Sul 0 0 2 3 0 3 0 1 1 2 1 1 14
Brazlândia 1 3 5 2 3 2 1 1 2 0 0 1 21
Candangolândia 0 1 0 2 1 0 2 3 3 0 1 0 13
Ceilândia 6 8 10 6 8 6 8 10 12 12 9 14 109
Cruzeiro 0 2 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 4
Gama 1 1 3 1 5 1 1 1 4 4 2 1 25
Guará 2 8 3 5 7 5 2 3 3 1 2 5 46
Itapoã 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 2
Jardim Botânico 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Lago Norte 0 0 1 0 1 0 1 0 0 3 1 0 7
Lago Sul 0 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 4
N. Bandeirante 2 1 1 2 1 1 0 0 0 1 0 0 9
Paranoá 2 1 3 1 3 1 1 1 2 2 4 1 22
Park Way 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Planaltina 6 6 4 3 6 8 6 1 3 5 5 4 57
Rec.das Emas 0 4 5 6 3 2 3 5 0 4 3 7 42
Riacho Fundo I 1 1 0 6 0 1 0 2 1 2 1 0 15
Riacho Fundo II 0 0 0 0 0 0 1 0 0 2 1 0 4
Samambaia 4 1 11 5 4 6 2 4 4 7 4 3 55
Santa Maria 1 1 1 0 2 0 1 3 2 5 4 1 21
São Sebastião 0 0 2 1 0 2 2 1 2 0 3 0 13
SCIA (Estrutural) 0 0 0 0 0 0 2 0 1 1 2 0 6
SIA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Sobradinho 4 10 7 3 2 2 0 2 1 0 1 2 34
Sobradinho II 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 3
Sudoeste/Oct. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Taguatinga 9 9 9 7 8 6 6 9 13 7 6 3 92
Varjão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
Vicente Pires 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 2
Em Branco 0 2 1 2 2 4 3 1 0 0 0 1 16
Total 40 61 70 56 57 51 45 51 58 64 54 47 654 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 12/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
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Página 17
Tabela 2.2 – Razão de detecção de gestantes infectadas pelo HIV ( por 1.000/NV) segundo região administrativa de residência e ano do parto. Distrito Federal, 2001 a 2011.
Região de Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Total 0,9 1,3 1,5 1,2 1,2 1,1 1.0 1.2 1.3 1.4 1.2 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 12/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
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Tabela 2.3 – Gestantes infectadas pelo HIV segundo momento do diagnóstico do HIV e ano do parto. Distrito Federal, 2002 a 2012.
Total 62 100,0 72 100,0 57 100,0 58 100,0 54 100,0 45 100.0 51 100.0 58 100.0 64 100.0 54 100.0 47 100.0 622 100.0 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 12/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
Gráfico 2.1 – Gestantes infectadas pelo HIV (casos e razão de detecção por 1.000/NV) segundo ano do parto. Distrito Federal, 2001 a 2012.
Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. * Dados provisórios e parciais digitados até 12/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal - 2012
Página 19
Tabela 2.4 – Gestantes infectadas pelo HIV (número e percentual) segundo características dos casos (raça/cor, escolaridade, pré-natal, realização da profilaxia no pré-natal) e ano do parto. Distrito Federal, 2007 a 2012.
* Dados provisórios e parciais digitados até 12/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal - 2012
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Tabela 2.5 – Gestantes infectadas pelo HIV (número e percentual) segundo características dos casos (profilaxia com ARV durante o parto, tipo de parto, evolução da gravidez e início da profilaxia com ARV nas crianças) e ano do parto. Distrito Federal, 2007 a 2012.
Distrito Federal
2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total
n % n % n % n % n % n % n %
Fez uso de antirretrovirais para profilaxia durante o parto
* Dados provisórios e parciais digitados até 12/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal - 2012
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3 – Perfil dos casos de AIDS em homens com categoria de exposição
homo/bissexuais e heterossexuais no Distrito Federal.
A maior proporção dos casos de aids no
Distrito Federal, em ambos os sexos, está atribuída
à categoria de exposição sexual, sendo 84,5% no
sexo masculino e 87,2% no sexo feminino, em 2011.
Como já apresentado neste boletim, entre as
mulheres, a principal categoria de exposição é a
heterossexual (mais de 80% dos casos), outra
característica marcante da epidemiologia do
HIV/AIDS no DF pode ser visualizada por meio da
análise da razão de sexos entre os casos notificados.
Embora tenha diminuído consideravelmente do
início da epidemia até 2000, permanecido estável
no período de 2000 a 2006, a partir de 2007
observa-se um incremento nesta razão chegando a
4 casos em homens para cada caso de AIDS em
mulheres em 2012. Bem superior à média nacional
em 2011, que foi de 1,6 novos casos no sexo
masculino para cada caso no sexo feminino.
Dentro desse contexto, priorizou-se para
essa edição do Boletim de DST/AIDS do DF uma
análise mais detalhada sobre o perfil dos casos com
categoria de exposição homo/bissexual e
heterossexual no sexo masculino, pois são as
categorias de exposição ao vírus do HIV mais
importantes entre os homens no DF.
O objetivo é caracterizar a epidemia nesses
segmentos populacionais com vistas à melhoria das
definições das políticas públicas locais, fortalecendo
as estratégias de prevenção e controle desse
agravo.
Para essa análise foram selecionados os
casos de AIDS notificados no SINAN, do sexo
masculino, residentes no Distrito Federal, com
idade superior ou igual a 15 anos de idade, com
categoria de exposição homossexual, bissexual e
heterossexual no período de 1985 a 2012.
Também se optou por apresentar os casos
com categoria de exposição homossexual e
bissexual de forma agrupada, a partir da hipótese
de que os principais fatores de vulnerabilidades
desses grupos são mais semelhantes.
Foi analisada a evolução temporal dos casos
segundo faixa etária, seguida da descrição das
variáveis sócio-demográficas e finalizando com a
análise da distribuição dos registros segundo renda
per capita média mensal do local de residência. Esta
análise foi realizada com base nos dados do PDAD –
Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio 2011
(CODEPLAN – Companhia de Planejamento do
Distrito Federal). Assim os registros foram
agrupados segundo 4 faixas de renda per capita
mensal: 3 ou mais SM1 (Lago Sul, Lago Norte,
Sudoeste/Octogonal, Park Way, Asa Norte, Asa Sul,
Jardim Botânico, Águas Claras, Cruzeiro, Guará e
Vicente Pires), entre 2 e 2.9 SM(Sobradinho I e II,
Núcleo Bandeirante, Taguatinga e Gama), entre 1 e
1.9 SM (Candangolândia, Riacho Fundo I e II, SIA,
Santa Maria, Brazlândia, Ceilândia, Planaltina,
Samambaia e Recanto das Emas), menor ou igual a
1 de SM (São Sebastião, Paranoá, Varjão, Itapoã e
SCIA- Estrutural).
Para melhor análise temporal dos
indicadores sociodemográficos a série histórica foi
1 SM: Salários Míninos
Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal - 2012
Página 22
agrupada em 5 qüinqüênios - 1985 a 1990, 1991 a
1995, 1996 a 2000, 2001 a 2005, 2006 a 2010 e um
biênio - 2011 a 2012.
A análise da faixa etária demonstrou que
entre os homens com categoria de exposição
homo/bissexual a maior proporção pertence à faixa
etária de 30 a 39 anos de idade (em média 44%),
seguida da faixa etária de 20 a 29 anos (em média
27,8%) e de 40 a 49 anos (em média 20,2%). No
último qüinqüênio observa-se um incremento
proporcional na faixa etária de 15 a 19 anos de
idade desse segmento populacional, passando de
1,7% no período de 2006-2010 para 3,6% no
período subseqüente.
Dentre os heterossexuais, a maior proporção
também se encontra na faixa etária de 30 a 39 anos
(em média 39%), mas a faixa que aparece em
segundo lugar é a de 40 a 49 anos (em média 25%),
a seguir tem-se a de 20 a 29 anos de idade (em
média 22,5%). Ao longo da série histórica percebe-
se um incremento da proporção de casos na faixa
etária de 50 anos e mais, 10% no período de 1996 a
2000 para 18,6% no biênio 2011-2012.
O nível socioeconômico constitui-se um dos
mais importantes determinantes de saúde/doença
a ser monitorado pela vigilância epidemiológica,
pois está relacionado ao acesso aos serviços de
saúde e às medidas de prevenção. Trata-se de
indicadores de difícil monitoramento,
especialmente a partir de dados secundários.
Nessas situações utilizam-se a escolaridade e a
raça/cor como proxi do nível de renda.
Quanto à distribuição por raça/cor, dentre
os homens que fazem sexo como homens (HSH) no
qüinqüênio de 2006 a 2010, 48,8% se declararam
brancos, 37,2% pardos, 6,3% pretos e 1,1% amarelo
e indígena. Entre 2011 e 2012, 47,3% se declararam
brancos, 41,3% pardos, 4,4% pretos e 0,3%
indígena.
No grupo notificado como heterossexual, a
maior proporção dos casos no período de 2006 a
2010 foram pardos (48,6%) seguidos dos que se
declaram brancos (34,6%). Entre 2011 e 2012,
manteve-se a maior proporção dentre os pardos
(44,9%) e brancos (34,1%).
Em relação à escolaridade, quando se
compara os dois grupos, observa-se que dentre os
HSH é maior a proporção cursaram 12 anos ou mais
de estudo (em média 32,6%) seguidos dos que
estudaram 8 a 11 anos. Dentre os heterossexuais, o
maior número de casos possui de 4 a 7 anos de
estudo, seguido da proporção cursaram de 8 a 11
anos. Ainda entre os homens heterossexuais,
destaca-se que a proporção casos com 1 a 3 anos de
estudo é maior do que entre os HSH.
Na presente análise também se estudou a
situação socioeconômica a partir do agrupamento
dos registros segundo renda per capita mensal da
região de moradia. Assim, também foi possível
verificar diferenças no perfil sócio-econômico nos
dois grupos analisados.
A Tabela 3.5 e 3.6 apresentam o perfil dos
casos segundo renda per capita do local de
residência do usuário e ano do diagnóstico de aids.
Dos casos em HSH, 38,2% residiam na região com
maior renda per capita, 28,0% na região com renda
entre 1 e 1,9 salários mínimos, 25,7% entre 2 e 2,9
Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal - 2012
Página 23
salários mínimos e 6,4% em local de residência com
renda menor ou igual a 1 salário mínimo.
Das notificações categorizadas como
exposição heterossexual, observa-se ao longo da
série histórica que as maiores proporções de casos
residem na região com renda per capita mensal
entre 1 e 1,9 salários mínimos (46,2%), seguida do
extrato que mora em regiões de 2 e 2,9 salários
mínimos mensais. Destaca-se que nesse grupo a
proporção de moradores de locais de residência
com renda menor ou igual a 1 salário mínimo é
maior, em média 9,4%.
Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal - 2012
Página 24
Tabela 3.1 – Casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição homo/bissexuais segundo faixa etária e ano de
diagnóstico. Distrito Federal, 1985 a 2012.
Faixa Etária 1985 a 1990 1991 a 1995 1996 a 2000 2001 a 2005 2006 a 2010 2011 a 2012 Total
Número
15 a 19 anos 3 2 1 7 11 13 37
20 a 29 anos 36 79 89 126 207 120 657
30 a 39 anos 49 132 217 253 257 132 1040
40 a 49 anos 27 59 77 103 128 83 477
50 a 59 anos 7 15 19 30 41 15 127
60 e mais 2 0 5 6 6 3 22
Total 124 287 408 525 650 366 2360
Proporção
15 a 19 anos 2.4 0.7 0.2 1.3 1.7 3.6 1.6
20 a 29 anos 29.0 27.5 21.8 24.0 31.8 32.8 27.8
30 a 39 anos 39.5 46.0 53.2 48.2 39.5 36.1 44.1
40 a 49 anos 21.8 20.6 18.9 19.6 19.7 22.7 20.2
50 a 59 anos 5.6 5.2 4.7 5.7 6.3 4.1 5.4
60 e mais 1.6 0.0 1.2 1.1 0.9 0.8 0.9
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
Tabela 3.2 – Casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição heterossexual segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 1985 a 2012.
Faixa Etária 1989 a 1995 1996 a 2000 2001 a 2005 2006 a 2010 2011 a 2012 Total
Número
15 a 19 anos 1 2 3 4 3 13
20 a 29 anos 26 62 92 86 32 298
30 a 39 anos 33 96 168 156 62 515
40 a 49 anos 16 56 104 115 39 330
50 a 59 anos 8 17 41 36 21 123
60 e mais 1 7 18 10 10 46
Total 85 240 426 407 167 1325
Proporção
15 a 19 anos 1.2 0.8 0.7 1.0 1.8 1.0
20 a 29 anos 30.6 25.8 21.6 21.1 19.2 22.5
30 a 39 anos 38.8 40.0 39.4 38.3 37.1 38.9
40 a 49 anos 18.8 23.3 24.4 28.3 23.4 24.9
50 a 59 anos 9.4 7.1 9.6 8.8 12.6 9.3
60 e mais 1.2 2.9 4.2 2.5 6.0 3.5
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
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Tabela 3.3 – Casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição homo/bissexuais segundo raça/cor e ano de
diagnóstico. Distrito Federal, 2000 a 2012.
Raça/Cor
2000 a 2005 2006 a 2010 2011 a 2012 Total
n % n % n % n %
Branca 187 29.9 317 48.8 173 47.3 705 29.9
Preta 30 4.8 41 6.3 16 4.4 88 3.7
Amarela 8 1.3 5 0.8 0 0.0 13 0.6
Parda 147 23.5 242 37.2 151 41.3 554 23.5
Indígena 1 0.2 2 0.3 1 0.3 4 0.2
Ign/Branco 252 40.3 43 6.6 25 6.8 996 42.2
Total 625 100.0 650 100.0 366 100.0 2360 100.0 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
Tabela 3.4 – Casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição heterossexual segundo raça/cor e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 2000 a 2012.
Raça/Cor
2000 a 2005 2006 a 2010 2011 a 2012 Total
n % n % n % n %
Branca 121 24.2 141 34.6 57 34.1 319 29.7
Preta 37 7.4 35 8.6 18 10.8 90 8.4
Amarela 2 0.4 2 0.5 2 1.2 6 0.6
Parda 142 28.5 198 48.6 75 44.9 415 38.7
Indígena 0 0.0 6 1.5 0 0.0 6 0.6
Ign/Branco 197 39.5 25 6.1 15 9.0 237 22.1
Total 499 100.0 407 100.0 167 100.0 1073 100.0 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES. *Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
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Tabela 3.5 – Casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição homo/bissexuais segundo escolaridade e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 1985 a 2012.
Escolaridade 1985 a 1990 1991 a 1995 1996 a 2000 2001 a 2005 2006 a 2010 2011 a 2012 Total
Número
Nenhuma 2 6 3 3 6 1 21
De 1 a 3 0 1 41 36 20 4 102
De 4 a 7 19 77 74 90 84 37 381
De 8 a 11 31 79 139 175 177 118 719
De 12 e mais 33 88 117 136 245 150 769
Ign/Branco 39 36 34 85 118 56 368
Total 124 287 408 525 650 366 2360
Proporção
Nenhuma 1.6 2.1 0.7 0.6 0.9 0.3 0.9
De 1 a 3 0.0 0.3 10.0 6.9 3.1 1.1 4.3
De 4 a 7 15.3 26.8 18.1 17.1 12.9 10.1 16.1
De 8 a 11 25.0 27.5 34.1 33.3 27.2 32.2 30.5
De 12 e mais 26.6 30.7 28.7 25.9 37.7 41.0 32.6
Ign/Branco 31.5 12.5 8.3 16.2 18.2 15.3 15.6
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES.
* Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos
Gráfico 3.1 – Proporção de casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição homo/bissexuais segundo escolaridade e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 1985 a 2012.
Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES.
* Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
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Tabela 3.6 – Casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição heterossexual segundo escolaridade e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 1989 a 2012.
Escolaridade 1989 a 1995 1996 a 2000 2001 a 2005 2006 a 2010 2011 a 2012 Total
Número
Nenhuma 1 8 16 9 2 36
De 1 a 3 0 43 63 53 32 191
De 4 a 7 44 65 102 107 31 349
De 8 a 11 20 60 116 105 36 337
De 12 e mais 9 27 46 53 36 171
Ign/Branco 11 37 82 80 30 240
Total 85 240 425 407 167 1324
Proporção
Nenhuma 1.2 3.3 3.8 2.2 1.2 2.7
De 1 a 3 0.0 17.9 14.8 13.0 19.2 14.4
De 4 a 7 51.8 27.1 24.0 26.3 18.6 26.4
De 8 a 11 23.5 25.0 27.3 25.8 21.6 25.5
De 12 e mais 10.6 11.3 10.8 13.0 21.6 12.9
Ign/Branco 12.9 15.4 19.3 19.7 18.0 18.1
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES.
* Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
Gráfico 3.2 – Proporção de casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição heterossexual segundo escolaridade e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 1989 a 2012.
Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES.
* Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos.
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Página 28
Tabela 3.7 – Casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição homo/bissexuais segundo renda per capita do local de residência e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 2007 a 2012.
Local de residência 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total
Número
3 ou mais SM** 59 49 53 58 70 56 345
Entre 2 e 2.9 SM 40 23 32 33 54 50 232
Entre 1 e 1.9 SM 25 38 49 33 55 53 253
Menor ou igual a 1 de SM 10 7 12 11 9 9 58
Em Branco 1 2 1 2 6 4 16
Total 135 119 147 137 194 172 904
Proporção
3 ou mais SM 43.7 41.2 36.1 42.3 36.1 32.6 38.2
Entre 2 e 2.9 SM 29.6 19.3 21.8 24.1 27.8 29.1 25.7
Entre 1 e 1.9 SM 18.5 31.9 33.3 24.1 28.4 30.8 28.0
Menor ou igual a 1 de SM 7.4 5.9 8.2 8.0 4.6 5.2 6.4
Em Branco 0.7 1.7 0.7 1.5 3.1 2.3 1.8
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES.
* Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos. ** SM – Salários Mínimos
Gráfico 3.3 – Proporção de casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição homo/bissexuais segundo renda percapita do local de residência e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 2007 a 2012.
Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES.
* Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos. ** SM – Salários Mínimos
Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal - 2012
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Tabela 3.6 – Casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição heterossexual segundo renda per capita do local de residência e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 2007 a 2012.
Local de residência 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total
Número
3 ou mais SM 20 23 17 9 21 11 101
Entre 2 e 2.9 SM 19 22 21 22 16 17 117
Entre 1 e 1.9 SM 45 38 32 34 43 39 231
Menor ou igual a 1 de SM 10 7 8 5 9 8 47
Em Branco 1 0 0 0 1 2 4
Total 95 90 78 70 90 77 500
Proporção
3 ou mais SM 21.1 25.6 21.8 12.9 23.3 14.3 20.2
Entre 2 e 2.9 SM 20.0 24.4 26.9 31.4 17.8 22.1 23.4
Entre 1 e 1.9 SM 47.4 42.2 41.0 48.6 47.8 50.6 46.2
Menor ou igual a 1 de SM 10.5 7.8 10.3 7.1 10.0 10.4 9.4
Em Branco 1.1 0.0 0.0 0.0 1.1 2.6 0.8
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES.
* Dados provisórios e parciais digitados até 06/11/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos. ** SM – Salários Mínimos
Gráfico 3.4 – Proporção de casos de AIDS no sexo masculino com categoria de exposição heterossexual segundo renda percapita
do local de residência e ano de diagnóstico. Distrito Federal, 2007 a 2012.
Fonte: SINAN-GDST-AIDS/DIVEP/SVS/SES.
* Dados provisórios e parciais digitados até 06/10/2012 e obtidos das fichas de notificação/investigação de casos. ** SM – Salários Mínimos
Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal - 2012
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Boletim Epidemiológico de DST/AIDS no Distrito Federal: Informativo da Gerência de DST/AIDS e Hepatites Virais – DIVEP/SVS/SES/GDF. Governador: Agnelo Santos Queiroz Filho. Secretário de Estado de Saúde: Rafael de Aguiar Barbosa. Subsecretário de Vigilância à Saúde: Marília Coelho Cunha
Diretora de Vigilância Epidemiológica: Sônia Maria Geraldes. Gerência de DST/AIDS e Hepatites Virais: Luiz Fernando Marques. Núcleo Monitoramento, Avaliação e Elaboração de Projetos: Sérgio D’Ávila. Elaboração e Texto: Leidijany Paz, Sérgio D’Avila, Thiago Amorim, Luiz Fernando Marques; Gisele Bacelar Pontes;
Organização dos dados e tabelas: Leidijany Paz Endereço: SGAN 601 Lotes O e P. CEP: 70830-010 – Brasília – DF. Tel.: (61) 3322-1590. E-mail:[email protected]