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Fundador: Pe. Antnio F. CardosoDesign: Filipa Craveiro | Alberto
CraveiroImpresso: Escola Tipogrfica das Misses - Cucujes - tel. 256
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Assinatura anual: 5,00
Por A. G. A.
Quando, no passado ms de Maro, o Senhor Bispo do Porto, D.
Antnio Fran-cisco, procedeu ao encerramento ofi-cial do processo
relativo ao presumvel milagre atribudo a D. Antnio Barroso,
deslocmo-nos ao Vaticano, para a entre-ga da respectiva documentao
na Con-gregao das Causas dos Santos. Cont-mos sempre com a
companhia amiga de Monsenhor Cnego ngelo Alves e com
D. Antnio Jos de Sousa Barroso presidiu Comisso de
Fundadores.
Era, ento, Bispo de Meliapor
Palcio Senni/Alberini, 1 sede do Colgio Por-tugus em Roma
(1900-1974)
o acolhimento fraterno do Reitor e do Vice-Reitor do Colgio
Portugus onde ficmos hospedados. Logo desde a en-trada,
chamaram-nos a ateno algumas referncias a D. Antnio Barroso, Servo
de Deus cuja Causa de Beatificao nos conduzira quela Casa.
Foi o Papa Leo XIII que em 20 de Outubro de 1900 criou o
Pontifcio Colgio Portugus em Roma. No centenrio da fundao, o
historiador Ar-naldo Pinto Cardoso evocou a data com
uma breve e interessante pu-blicao, onde informa que o
estabelecimento de ensino superior se destinava a aco-lher alunos
provenientes das dioceses da Metrpole e do Ultramar.
As Ordens Religiosas dis-punham de residncias pr-prias em Roma,
embora tam-bm tenham passado pelo Colgio algumas dezenas de
estudantes dependentes de Congregaes e de Institutos diversos. At
ao ano 2000 era o seguinte o quadro dos alu-nos, por diocese, que
haviam frequentado o Colgio Por-tugus: Algarve - 13; Angra do
Herosmo - 55; Aveiro - 10; Beja - 12; Braga - 67; Bragan-a - 20;
Coimbra - 35; vora - 15; Funchal - 27; Guarda - 28; Lamego - 19;
Leiria/Ftima - 37; Lisboa - 48; Portalegre/Castelo Branco - 18;
Por-
to - 47; Santarm - 0; Setbal - 3; Viana do Castelo - 4; Vila
Real - 23; Viseu - 18; Macau - 15; Sociedade Missionria
Por-tuguesa, actual Sociedade Missionria da Boa Nova - 10.
Destes alunos, trs haviam recebido a prpura cardinalcia e 67
haviam sido nomeados Bispos.
Ao longo de 115 anos, a insigne ins-tiuio romana, mantida pela
Confern-cia Episcopal Portuguesa, tem facilitado a realizao de
estudos de especializao e ps-graduao a alunos de vrias dioce-ses
portuguesas e no s.
Boletim de D. Antnio Barroso
III Srie . Ano V . N. 14 . Abril / Setembro de 2015
D. ANTNIO BARROSO, "FuNDADOR"DO PONTIFCIO COlgIO PORTuguS EM
ROMA
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Os Fundadores do Colgio. Quadro da sala de visitas
Quem foram os fundadores deste nobre Colgio Pontifcio que to
rele-vantes servios tem prestado Igreja? A ideia comeou a tomar
corpo na Pri-mavera de 1898, numa altura em que D. Antnio Barroso
passou por Roma, a caminho de Meliapor. A reunio de-cisiva para a
criao do Colgio, reali-zou-se no apartamento dos Viscondes de S.
Joo da Pesqueira, no Hotel de Roma, Via do Corso, no dia 28 de
Abril de de 1898 e intervieram nela, alm dos Viscondes, o
mencionado Bispo D. Antnio Barroso, o Reitor de Santo Antnio, Pe.
Jos de Oliveira Machado, o Cavaleiro Antnio Braz, o Reitor de S.
Nicolau dos Prefeitos, Pe. Ricardo Ta-barelli e o Pe. Pio
Gurisatti, Superior da Congregao dos Estigmatianos.
A passagem por Roma de D. An-tnio Barroso quando ia a caminho da
diocese de Meliapor, na ndia, foi providencial, escreve Mons.
Arnaldo. Aproveitando a sua estadia na Cidade, criou-se uma Comisso
de circunstn-cia, autonomeada, sem qualquer dele-gao cannica, mas
que contava com o prestgio do Bispo Missionrio que a ela
presidia.
A autoridade e a credibilidade desta Comisso advinha da fama de
que go-zava D. Antnio, como patriota, como missionrio intemerato e
como bispo fidelssimo. A sua presena ocasional (providencial) em
Roma veio dar for-a ideia de associar a fundao de um Colgio
Portugus celebrao centenria do "descobrimento" do caminho martimo
para a ndia. ndia para onde D. Antnio ento se diri-gia em servio
missionrio. A dedi-cao Igreja e o orgulho patritico que animava
este punhado de portu-
gueses residentes na "Roma Eterna", impulsionava-os a levarem
por diante a ideia da fundao de um Colgio Portugus, mas
faltava-lhes um inter-locutor junto do Papa, algum que fosse capaz
de credibilizar to grande projecto, que carecia naturalmente de
autorizao papal e de apoios finan-ceiros avultados, a comear por
umas instalaes amplas e condignas. Esse foi o papel desempenhado a
rigor por D. Antnio Barroso. Na audincia que o Papa Leo XIII lhe
concedeu, para tratar de problemas que havia a re-solver na diocese
de Meliapor, o Papa aceitou abordar o assunto do Colgio. E foi com
base nesse encontro que se realizou a tal reunio da fundao. A
participao de D. Antnio foi decisiva. O primeiro gesto oficial da
Santa S a favor do Colgio foi uma carta do Cardeal Rampolla,
Secretrio de Esta-do, Comisso Promotora, em 22 de
Janeiro de 1899, a confirmar o bom acolhimento que a ideia
tivera por ocasio da audincia do Santo Padre a D. Antnio Barroso,
em 12 de Maio de 1898. A deciso carismtica de Leo XIII foi
acompanhada da doao de um palcio, indispensvel para o
fun-cionamento da sonhada instituio. Pouco depois, com a carta
apostlica Rei Catholicae Apud Lusitanos, de 20 de Outubro de 1900,
o mesmo Papa eri-gia o Colgio Portugus em Roma. Na mente do Sumo
Pontfice, este acto vinha coroar a Concordata de 1886, regulando o
exerccio do Padroado Portugus no Oriente. Havia neces-sidade de
retomar com novo vigor e empenho a formao do clero. Esta era, desde
h muitos anos, uma das preocupaes prementes de D. Ant-nio Barroso,
que recebera formao no Colgio das Misses Ultramarinas de Cernache
do Bonjardim.
Boletim de D. Antnio Barroso
FuNDAO E CONSOlIDAO DO COlgIO
PORTuguS EM ROMA
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Quando, em 13 de Maio de 1967, Paulo VI se deslocou a Ftima,
para celebrar as Aparies, falava-se em Roma na necessidade de se
construir um novo edifcio para o Colgio Portugus. Corroborando esta
ideia, no final da missa daquele dia 13 de Maio de 1967, o Santo
Padre benzeu a primeira pedra para o novo Colgio, que viria a ser
como um padro comemorativo daquela histrica viagem. Assim se tornou
pblica a construo do actual Colgio, ficando o nome de Paulo VI
ligado iniciativa. D. Antnio Barroso deve ter sorrido com a aluso
ao padro comemorativo...
Em cima, esquerda, Paulo VI benzendo a primeira pedra da nova
residncia. Quadro de Joo de Sousa Arajo (1967/1968), que se
en-contra na Sala de visitas. direita, a nova sede do Colgio
Portugus, na Via Nicol V.
Na foto do lado, o Papa Joo Paulo II de visita ao Colgio, no dia
12 de Janeiro de 1985, acompanhado pelo ento Cardeal Patriarca D.
Antnio Ribeiro.
O Colgio, pertena da Conferncia Episcopal Portuguesa, uma
comunidade de presbteros que se encontram ao servi-o das suas
igrejas de origem, completando e aprofundando em diferentes
instituies romanas a sua formao teolgica anterior.
Dois sacerdotes jovens, distintos e pres-timosos dirigem esta
nobre instituio ecle-sistica em Roma: Monsenhor Jos Fernan-do
Caldas Esteves, da Diocese de Viana da Castelo ( direita, Reitor) e
Padre Lus Mi-randa, da Diocese de Coimbra ( esquerda,
Vice-Reitor).
Boletim de D. Antnio Barroso
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Por Antnio Jlio Limpo Trigueiros, SJ
Iniciaremos a publicao de algumas cartas e escritos inditos
ligados vida de D. Antnio Barroso que nos tm chegado s mos, e que
se acham na posse de particulares. Esperamos com estes pequenos
contributos ir aprofundando cada vez mais a fascinante biografia de
D. Antnio Barroso.
As primeiras so duas cartas de que nos facultou cpia o saudoso
barcelense, Dr. Antnio Vasco Machado Maciel Barreto de Alves Faria
(1931/2011), que foi Juiz Desembargador e presidente do Tribunal da
Relao do Porto, presidente da Cmara Municipal de Barcelos e
Governador Civil de Viana do Castelo e era um fervoroso devoto de
D. Antnio Barroso. Seu filho o Arquitecto Joo Miguel Duarte Barreto
de Faria, a quem muito agrade-cemos, gentilmente autorizou a
publicao e facultou fotografia das duas cartas manuscritas.
Julgamos que estas cartas teriam sido pertena de seu pai, o
farmacutico barcelense, Anthero Jos Barreto de Faria (1889/1979),
um grande interessado na histria de Barcelos e um dos fundadores da
Associao de Amigos do Castelo de Faria e da Franqueira. Embora
destas cartas, a primeira tenha sido j publicada1 num estudo sobre
Manuel Abndio da Silva e a segunda apenas citada, em estudos sobre
D. Antnio Barroso, parecem-nos que merecem especial ateno, por se
tratarem de dois documentos histricos, que assinalam a estreita
ligao de D. Antnio Barroso com os ltimos soberanos portugueses.
A primeira uma carta escrita pela Rainha D. Amlia, do Palcio da
Pena, a D. Antnio Barroso e que tem uma data deveras significativa.
Foi escrita a 1 de Outubro de 1910, precisamente quatro dias antes
da implantao da Republica. Trata-se provavelmente de uma das ltimas
cartas que a Rainha viva escreveu antes de partir para o exlio.
Pode-se talvez conjectu-rar que D. Antnio a possa ter recebido nas
vsperas da revoluo, se no mesmo no dia 5 de Outubro. Transcrevemos
de seguida:
Palcio da Pena, 1 de Outubro de 1910 //Meu caro Bispo do Porto /
/Approveito a occasio de lhe agradecer os objectos da sua S e que
acabei de desenhar para lhe dizer quanto me sensibilizou o artigo
de fundo do Correio do Norte do dia 28 de Septembro. O artigo do
Abundio da Silva que conheo, e cujo talento tenho muita vez
occa-sio de appreciar mas sei que meu caro Bispo do Porto protege o
jornal que to sensatamente, com tanta justia e desassombro tem
levantado a voz, e por isto queria que
soubesse que fiquei muito penhorada com o Correio do Norte. E
muito gostaria de particularmente o Abundio da Silva podesse saber
dos meus agradecimentos. // Tenho os objectos encaixotados e peo ao
Reverendissimo Bispo me diga se os quer mandar buscar ou se quer o
que to fcil que eu os mande. //Peo-lhe me creia sempre a com o
maior respeito. //Sua muito affeioada //Amelia.
Nesta carta merece destaque antes de mais o tom afectuoso e
familiar com que a ltima rainha de Portugal se dirige a D. Antnio.
Fica clara a proximidade e in-formalidade com que a soberana
agradece os objectos da S que lhe foram emprestados para os
desenhar. Sabemos que a soberana por diversas vezes pediu a bis-pos
portugueses objectos preciosos para os desenhar. Tal o caso do
Bispo de Coimbra, D. Manuel de Bastos Pina, que como se pode
inferir da correspondncia tro-cada com a soberana, respondendo aos
pedidos insistentes da monarca, providenciou durante anos o
fornecimento de um sem nmero de objectos de arte para servirem de
modelo a desenhos que Dona Amlia realizava instalada, ora na Pena,
ora nas Necessidades. Ao londo dessa cor-respondencia procurava
avidamente informar-se sobre as peas que desenha qual a poca o
estilo, a provenincia e foram-lhe emprestados objectos medievais do
tesouro da Rainha Santa, e logo que terminados os desenhos, os
objectos eram cuidadosamente devolvidos procedncia atravs de
portadores da mxima confiana.
Uma obra relativa a um precioso e antiquissimo busto relicrio de
S. Pantaleo, padroeiro da cidade do Porto, que juntamente com os
restos moratais que se acha na S, pertencia ao tesouro da S do
Porto e hoje se acha no Museu Nacional Soares dos Reis, lana luz
sobre os objectos emprestados por D. Antnio Barroso2. Trata-se da
volumosa obra Esta a cabea de So Pantaleo publicada aquando da
exposio temporria que assinalou em 2011 a reabertura do Museu
Nacional Soares dos Reis, que permite no s identificar de que peas
fala a soberana na ultima missiva para D. Antnio Barroso, mas vem
mostrar como esta mesma missiva de 1 de Outubro de 1910 fundamenta
bem a hiptese ali apresentada. Antes de mais ficamos a saber que as
reliquias de S. Pantaleo que se acham numa urna no altar mr da S do
Porto foi alvo da ateno de D. Antnio Barroso que em 1909 tomando
conhecimento que as reliquias tinham sido recolocadas no relicrio
original e colocadas numa caixa de madeira ter decidido
certificar-se que no houvera qualquer alterao ou extravio, mandando
em seguida soldar a caixa e ractificar o facto, provavelmente pela
aposio do lacre laranja com as suas armas que a caixa apresenta
sobre a parte superior. Depois num ensaio da autoria de Ana Paula
Machado, procura a sua autora traar o historial do referido
relicrio, e refere-se que quando em 1911 se concretizam os
arrolamentos levados a cabo no contexto da chamada separao da
Igreja do Estado, a cabea relicrio j no arrolada entre os bens da
S3 como acontecia ainda no inventrio da Mitra de 1862. E continua
dizendo que entre 1907 e 1936 a cabea relicrio sai da S do Porto,
no se sabe para onde, como ou porqu. Durante cerca de 29 anos no se
conhece nenhuma meno que possa constituir registo da sua localizao
ou das razes que levaram sada da S e da Cidade. Excepo feita porm,
para um desenho detalhado assinado pela Rainha D. Amlia e datado de
1910, publica-
do mais tarde em Inglaterra, que nos indica que por essa data o
relicrio estaria j muitpo provavelmente na Caixa Forte do Palcio
das Necessidades. E precisamente este desenho que poder ser a pista
para a explicao do sbito e silencioso desaparecimento do nosso
relicrio da S e do hiato de tempo e informao que lhe sucede, pois
integra um conjunto vasto de desenhos de peas, maioritariamente de
ouriversaria realizados pela Rainha4. E continua mais adiante
afirmando que a data de 1910 inscrita no dese-nho permite
especular, e apenas isso, que tenha o relicrio sido levado, por
exemplo, aquando de alguma das visitas de D. Manuel ao Porto em
1909 (uma em Junho e logo outra em Dezembro) a fim de ser desenhado
por sua me e que no tumulto do ano seguinte tenha ficado esquecido
nos cofres do Palcio das Necessidades, dissociado de qualquer
informao sobre a sua provenincia, o que teria contribudo para
inviabilizar definitivamente a sua devoluo S do Porto.
Parece-nos que a leitura desta carta de que nos ocupamos permite
afirmar categricamente que o bus-to relicrio estaria na posse da
Rainha e que a soberana nos derradeiros cinco dias da monarquia
achando-se no Palcio da Pena ainda tentou devolv-lo ao bispo D.
Antnio Barroso, talvez por suspeitar j que a revoluo republicana
estaria eminente. Vinda precipitadamente para o Palcio das
Necessidades no dia 2 de Outubro, ter trazido consigo a preciosa
cabea relicrio, que no tumulto da revoluo ali ter ficado no cofre
forte. S em 1916 quando se instala o Ministrio dos Negcios
Estrangeiros no Palcio das Necessidades, o Dr. Jos de Figueiredo,
consegue transferir para o Museu Nacional de Arte Antiga, que
dirigia, peas de mobilirio e outros objectos artisticos. S em 1936
quando se procede avaliao do recheio do Palcio da Ajuda e da casa
forte anexa ao Palcio das Necessidades, que comeam as negociaes
para que a cabea relicrio seja depositada no Museu Nacional de Arte
Antiga, o que apenas acon-tecer por auto de deposito de 11 de Julho
de 1938. Em 1914por interveno do Dr. Vasco Valente, e aps mais de
trinta anos, a pea regressa cidade do Porto, sendo depositada a
ttulo precrio no Museu Nacional Soares dos Reis (onde hoje se
encontra) invocando-se que a mesma tem para a Cidade um interesse
muito especial visto ser S. Pantaleo o seu patrono5.
Numa comunicao que o ento Bispo do Porto, D. Manuel Clemente,
fez no dia 3 de Setembro de 2011, data em que foi acolhido como
scio honorrio do Instituto Jos de Figueiredo e publicada na revista
MVSEV de 2012, intitulada Os olhos grande de So Pantaleo afirma o
ilustre historiador quanto ca-bea relicrio, pouco antes da repblica
foi para Lisboa, para ser desenhada por Dona Amlia, como de facto
aconteceu. Sobrevinda a revoluo, ficou no palcio das Necessidades,
donde passou para o Museu de Arte Antiga e depois para o Soares dos
Reis...6.
Mas a outra razo da carta da Rainha para D. Antnio era a de
fazer chegar a sua admirao ao fervoroso catlico militante, Manuel
Isaas Abndio da Silva, que em sucessivos artigos do jornal O
Correio do Norte, que dirigia, escrevia em defesa da monarquia e
dos valores do catolicismo. O particular editorial da pena de
Abndio da Silva, publicado a 28 de Setembro de 1910, intitulava-se
A Rainha e certamente por se
Boletim de D. Antnio Barroso
INDITOS SOBRE D. ANTNIO BARROSO - IDuas cartas histricas para D.
Antnio Barroso
dos ltimos reis de Portugal
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ver alvo de uma importante defesa do seu papel, que D. Amlia
deseja fazer chegar atravs do bispo do Porto, a manifestao do seu
regogizo ao autor. O Correio do Norte era um dirio catlico
matutino, dirigido por Manuel Abndio da Silva, cujo primeiro nmero
sau a 3 de Julho de 1910. Manuel Abndio da Silva era um antigo
monrquico legitimista e aderente em 1903 ao Partido Nacionalista,
que propagandeou, nos meados de 1910, a reforma democrtica da
Monarquia liberal. Os artigos publicados no Correio do Norte tinham
reproduo frequente nos peridicos lisboetas, pelo que se explica
facilmente o facto de terem chegado ao conhecimento da soberana,
nos derradeiros e turbulentos dias que
passou em Portugal. Mas suspeitamos que a relao de D. Antnio
Barroso com Manuel Isaas Abndio da Silva tivesse ainda outra
origem.
Manuel Isaas Abndio da Silva (1874/1914), nasceu em Viana do
Castelo. Cedo ficou rfo de pai e de me. Frequentou a escola e o
liceu da sua terra natal. Em seguida, matriculou-se na Universidade
de Coimbra onde se formou em Teologia e Direito. A par dos estudos,
ainda jovem, empenhou-se na imprensa e na escrita. Estudou tambm
Geografia e Histria. Deu estampa trabalhos de poesia e estudos na
rea do Direito e da Histria. Foi professor, primeiro em Coimbra e
depois em Lisboa. Foi tambm advogado, jornalista e poltico. Militou
num partido, mas depois distanciou-se dele e tornou-se um defensor
da liberdade de conscincia dos catlicos nas eleies. Fundou e
colaborou em vrias publicaes de teor catlico. Em 1905, impulsionou
a realizao do congresso de jorna-listas catlicos. Empenhou-se na
difuso da primeira encclica social catlica, a Rerum Novarum,
publicada pelo Papa Leo XIII em 1890. A partir da encclica,
trabalhou na resoluo da questo social mediante um programa
reformador da sociedade. Na ltima fase da sua vida, estabeleceu-se
na cidade do Porto, onde se ocupou no desenvolvimento do movimento
catlico, procurando afirmar a presena da inspirao crist na
vida social. Em 1909, foi condecorado pelo Papa Pio IX com a
cruz de ouro Pro Ecclesia et Pontifice. As suas obras principais
onde explicita as suas ideias sociais e polticas inspiradas na sua
conscincia crist e na doutrina social da Igreja foram: A Igreja e a
poltica (1911) e Cartas a um Abade: sobre alguns aspectos da questo
poltico-religiosa em Portugal (1913). Depois de uma vida
intensamente apostlica no mbito social, morreu em Viana do Castelo,
em 1914, aos 40 anos, vtima de tuberculose. Trabalhou por um
catolicismo social, desejando uma Igreja livre num Estado livre
(Montalembert). Segundo Antnio Matos Ferreira, que fez um estudo
sobre a vida e obra de Abndio da Silva, este defendeu uma constante
afirmao do primado da sua condio de catlico, acima da sua posio de
cidado, pugnado pela liberdade de imbuir de esprito cristo a
sociedade do seu tempo. Defendeu a liberdade, o parlamentarismo e a
democracia. No livro A Igreja e a Poltica, de 1911, escreve: No
pedimos Repblica o privilgio, mas o direito comum, a liberdade de
cons-cincia, de culto, de imprensa, de proselitismo e de associao.
No queremos para ns, catlicos, um nico direito que no reclamemos
tambm para os outros; mas no queremos nos outros uma nica liberdade
que ns no fruamos tambm. E com a liberdade, estamos certo de que
ser mais fcil converter uma Repblica que nasceu mpia, do que
cristianizar uma monarquia constitucional que viveu hipcrita. Na
sua obra Cartas a um Abade, exorta: Catlicos, seremos ns a grande
reserva de que o pas dispe para o colossal trabalho da sua
regenerao; essa a obra que nos est destinada se dela nos tornarmos
merecedores. [] No um regresso ao antigo estado [monrquico], antiga
ordem de coisas, que far reflorir a Igreja e restaurar o pas: a
nossa poca condiciona uma situao nova, na qual a grande obreira ser
a liberdade civil e religiosa. A inspirao da sua aco buscou-a na f
crist e bebeu--a na espiritualidade inaciana e franciscana. De
igual modo, a devoo mariana marcou de modo significativo a sua
vida. Uma peregrinao ao santurio de Lurdes, em 1903, tornou-o,
segundo as suas prprias palavras, mais crente. Nas Cartas a um
Abade defende a grande potencialidade da devoo mariana: esta ainda
faz vibrar a alma nacional de um modo estranho e quem souber
dirigir e encaminhar essa devoo, que uma das caractersticas da
nossa raa, pode recristianizar o pas inteiro.7
Abndio da Silva tinha banca de advogado em Viana do Castelo e
durante algum tempo em Barcelos, onde vinha em certos dias da
semana. Em 1910 tinha escri-trio de advogado na Rua de S. Miguel,
no Porto, vindo a ser nomeado director da Escola Industrial Infante
D. Henrique, na mesma cidade, a 14 de Setembro de 1910. O jornal O
Correio do Norte que dirigiu, iniciou a sua publicao como dissemos
a 3 de Julho de 1910 (n. I) e terminou a 10 de Fevereiro de 1911
(n. 189). No primeiro nmero aparece uma carta dirigida a D. Antnio
Barroso, onde Abndio da Silva expe as razes da publicao deste
jornal. Neste objectivos afirmava tratar-se de uma publicao sem
preocupaes ou compromissos partidrios de qualquer natureza ou
espcie para fazer uma grande obra de unio de todos os esforos,
dentro do campo da Igreja, suficientemente grande para abranger
todos os combatentes, e todos sero poucos, se como mister,
escolherem o terreno da aco social e popular, onde h tanto e tanto
que fazer na recolha de Jesus Cristo para a f e para a moral de
Jesus Cristo, nosso Senhor e Redentor8.
A 25 de Junho desse ano, D. Antnio Barroso exarou um despacho
onde louvou o surgimento da publicao O Correio do Norte, por ser
constante desejo animar o desenvolvimento da aco social catlica
[...] que encontra na imprensa o seu principal elemento de propa-
(Cont. na pg. seguinte)
O rei D. Manuel II e sua me a rainha viva, D. Amlia, na varanda
do Palcio dos Carrancas, o Palcio Real do Porto, hoje Museu Soares
dos Reis, na visita rgia ao Norte do Pas em Novem-bro de 1908, e
que foi um verdadeiro triunfo! Por toda a parte, D. Manuel II foi
recebido em apote-ose por multides que o aclamavam! - Tambm em
Barcelos seria recebido com muito entusiasmo.
ganda [...] que se prope instruir e educar o povo segundo os
ensinamentos da Santa Igreja e louvando a vontade de subordinao aos
ensinos da Santa S Apostlica e aos da autoridade eclesistica
diocesana, conclua reiterando a confiana na f e sos principios de
que o Director do novo jornal sempre tem dado garantindo que ns
mesmo tencionamos ler o Correio do Norte pelo que no nomea-mos
assistente eclesistico por o reputarmos dispensvel9.
As suas relaes com D. Antnio Barroso talvez se expliquem ainda
de outro modo. O Dr. Manuel Isaas Abndio da Silva tinha uma ligao
estreita freguesia das Carvalhas, pois a 19 de Setembro de 1896
casou com D. Lcia de Souza Pereira, filha de Domingos Gomes Pereira
Rosa, tipgrafo, natural de Barcelos e sobrinha do P. Joo Rosa,
Reitor das Carvalhas. O Padre Joo Pereira Gomes Rosa, (1838/1901),
natural de Barcelos, fra coadjutor de seu tio, o famoso Abade do
Louro, Domingos Joaquim Pereira10, e desde 1864, foi vigrio de S.
Martinho das Carvalhas, onde faleceu a 17 de Janeiro de 1901, aps
ter paroquiado a freguesia por 37 anos. Foi autor de uma extensa
obra histrica ainda indita.
O herdeiro dos papeis do velho reitor das Carvalhas, foi outro
ilustre barcelense, o historiador local, Teotnio da Fonseca, que
deixou testemunho das visitas que o Dr. Abndio da Silva fazia s
Carvalhas acompanhado de sua esposa D. Lcia. Assim ano de 1900, um
ms antes da morte do Reitor seu tio, ali passou o Natal, em
companhia de sua mulher D. Lcia de Sousa Pereira e de seu sogro,
Domingos Pereira Gomes Rosa, com este seu tio por afinidade. Em
plena noite de consoada na residncia da Carvalhas, o tio Padre Joo
Gomes Rosa, achava-se com o irmo, a sobrinha e seu marido, e foi
chamado para confessar
uma paroquiana em perigo de vida e logo largou tudo para o
fazer. Inspirado neste episdio que o impres-sionou, pela abnegao
apostlica do velho reitor das Carvalhas, no Natal de 1901, o Dr.
Abndio, evocou numa poesia, em oito quadras, dedicada memria de seu
tio, e que aqui reproduzimos, essa memorvel noite de consoada. Ao
meu Rev.do Tio, o Pe Joo Rosa // [1] Dia Sagrado que o do Natal ! /
Na residncia do sr abade / Reina a alegria, fraternidade / Que
neste mundo nada mais val! // [2] Eis vem de longe, l de to longe /
para abraar o bom reitor / (Que no presbitrio, quasi qual monge/
Vive sozinho), o sr doutor // [3] Jovem sobrinha,
Desenho do busto relicrio da cabea de S. Pantaleo desenhado em
1910, pela Rainha D. Amlia e cuja pea lhe fora emprestada por D.
Antnio Barroso a que alude a carta que a soberana lhe dirige a 1 de
Outubro de 1910
Boletim de D. Antnio Barroso
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Original da Carta da RainhaD. Amlia para D. Antnio Barroso
datada de 1/10/1910, do Palcio da Pena
Original da Carta de el
rei D. Manuel II para D.
Antnio Barroso datada de
5/3/1914, de Fulwell Park,
Twickenham
mais um irmo! / Doce folguedo que aviva a alma/ Que d ao esprito
mono e calma / que alegra a todos o corao// [4] Senhor abade!
Senhor abade! / Festa de todos, dos pobrezinhos / E dos que vivem
entre os arminhos;/ Festa de todos... e da Saudade! // [5] Vamos
seguindo da vida a via / Cantando sempre, louvores a Deus, / Aquele
brado de um novo dia: Gloria in excelsis! Glria aos Cus! //[5] Mas
l no vale... pobre tugrio / Duma velhina recolhe os ais! / Senhor
abade, nesse murmrio / Da vossa vida vos pede mais.// [6] Que umas
palavras de doce uno! / Pede que agora do Deus nascido, / Abade
corras, estremecido, / Para lhe dar santo perdo ! // [7] Senhor
abade, senhor reitor, / Vai caminhando vereda alm.../ deixou
parentes, anjo do Bem / S uma pobre viu em redor. // [8] Nessa
noite deixou os seus / E caminhando pelos matagais / Foi dessa
pobre colher os ais / Em boas festas abrir-lhe os cus!//11
Esta proximidade geogrfica e a relao de ami-zade que D. Antnio
Barroso teria com o reitor das Carvalhas, muito prximo da terra
natal, Remelhe, ajuda a perceber a proximidade do bispo do Porto
com este catlico militante, protegendo a publicao do seu jornal,
que foi o ltimo peridico de militncia catlica do final da
monarquia, e que a Rainha D. Amlia tanto elogia na ltima carta que
escreve a D. Antnio Barroso, de que aqui nos ocupamos.
A segunda carta que foi endereada a D. Antnio do prprio punho de
D. Manuel II, ltimo rei portugus e data de 1914, j do periodo do
seu exlio britnico. De Fulwell Park, em Twickenham, em Inglaterra,
D. Manuel II sabendo que D. Antnio regressara sua diocese do Porto,
da qual se vira afastado desde 1911, e vira confis-cado o pao
episcopal pelas leis da separao da Igreja do Estado, oferece-lhe o
seu palcio das Carrancas, actual museu Soares dos Reis. O tom da
carta afec-tuoso e muito cordial. Revela uma nota de ironia, pois d
a entender que correra o boato de que o soberano no exilio iria
oferecer o seu palcio ao Bispo do Porto. Ora sabedor desse boato o
prprio D. Manuel que se antecipa e oferece o palcio se "em vista
das leis vigentes
que pesam sobre as minhas propriedades, ignoro se dellas posso
dispr". Aqui fica o documento na ntegra.
Para o Reverendissimo D. Antnio, Bispo do Porto //Fulwell Park,
Twickenham, Middlesex // 5-III-1914 //Meu querido Bispo do Porto
//Chegou-me aos ouvidos rumores de uma noticia que antecipava os
meus desejos: a de eu lhe ter offerecido o Palcio das Carrancas
para sua residncia. Nada me pode ser mais agradvel e do corao
desejo que isso se possa realizar. J escrevi ao meu administrador
geral Fernando de Serpa Pimentel para estudar o caso com o meu
Mordomo Mr Conde de Sabugosa, pois em vista das leis vigentes que
pesam sobre as minhas propriedades, ignoro se dllas posso dispr.
Felicito-o a si e ainda mais a diocese do Porto pelo seu regresso
onde finalmente vae retomar o logar que sempre honrou com tanta
coragem e dignidade. //Creia-me sempre meu querido Bispo um seu
muito amigo que, com o maior respeito beija o seu sagrado annel //
Manuel R.
Esta carta que nunca foi publicada na ntegra, embora o seu
contedo aparea citado por Bertino
Daciano Guimares, quando refere que por algum moti-vo pretendeu
oferecer-lhe D. Manuel II, um dia, o seu Palcio dos Carrancas, no
Porto, para que nele se instalasse, o que o venerando bispo,
fundamentalmente modesto no acei-tou12. E em nota acrescenta consta
este oferecimento de uma carta escrita pelo monarca em 5/3/1914.
Servindo-se desta referncia D. Carlos Azevedo, na sua biografia
conjunta com Amadeu Gomes de Arajo, intitulada Ru da Repblica,
refere igualmente este oferecimento do rei D. Manuel II ao bispo do
Porto13.
A carta data uns escassos 15 dias aps ter sido decretada uma
aministia pelo governo que autorizava o regresso do bispo sua
diocese. O projecto de se instalar no antigo palacio real do Porto,
nunca se veio a realizar. Uma comisso de senhoras tinha encontrado
na Quinta de Sacais, na rua do Herosmo, uma casa que pertencia aos
banqueiros Antnio Nunes Borges14 e seu irmo Francisco Antnio
Borges, que aps algumas alteraes serviu de pao episcopal a D.
Antnio, at sua morte, ali ocorrida a 31 de Agosto de 1918.
(Continuao da pg. 5)
1 Antnio Matos Ferreira, Um Catlico Militante diante da crise
nacional: Manuel Abndio da Silva (1874/1914), Centro de Estudos de
Histria Religiosa da UCP, 2007, p. 198 e 504.
2 Agradecemos ao nosso muito prezado amigo Prof. Doutor Pedro de
Villas Boas Tavares esta preciosa informao que ajudou a uma melhor
compreenso da carta de D. Amlia para D. Antnio Barroso.
3 Esta a cabea de So Pantaleo, Museu Nacional Soares dos Reis,
Porto, 2011 p. 218.4 Ibid, p. 219.5 Ibid, p. 223.6 D. Manuel
Clemente, Os olhos grandes de So Pantaleo, in revista MVSEV, n 19,
2011/2012, p. 1797 Cf. Antnio Matos Ferreira, Um Catlico Militante
diante da crise nacional: Manuel Abndio da Silva (1874/1914),
Centro
de Estudos de Histria Religiosa da UCP, 2007.Este texto
biogrfico, de Abundio da Silva que aqu reproduzimos foi publicado
no blog http://padrejorgeguarda.
cancaonova.pt/?p=4078 Ibid., p. 284.9 Ibid.10 Historiador e
poeta, autor da Memria Histrica Da Villa De Barcellos, Barcellinhos
E Villa Nova De Famalico, publicada
em Viana, em 1867.11 Teotnio da Fonseca, Divagando, Barcelos,
1981, pp. 132-13412 Bertino Daciano Guimares, D. Antnio Barroso,
homem de aco, portugus de lei, pessoa de bem, 1956, p. 19.13 Amadeu
Gomes de Arajo e Carlos A. Moreira Azevedo, Ru da Repblica O
missionario Antnio Barroso, bispo
do Porto, Ed. Aletheia, Lisboa, 2009, p. 268, nota 172.14 Em
1920, a filha de Antnio Nunes Borges, D. Lcia Brenha Borges, casar
com um barcelense, Delfim Lopes
Fernandes Vinagre, cunhado do Visconde da Fervena, grande amigo
de D. Antnio.
Boletim de D. Antnio Barroso
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P7
Boletim de D. Antnio Barroso
O MElHOR SEPulCRO DOS MORTOS O CORAO AgRADECIDO DOS
VIVOSFaleceram recentemente trs empenhados colaboradores da Causa
de D. Antnio Barroso. Da esquerda para a direita: Senhor Joo Maciel
de Brito limpoTrigueiros, casado com D. Otlia Barroso
Castelo-Grande LimpoTrigueiros, sobrinha-neta do Bispo Antnio
Barroso; Padre Manuel dos Santos Neves, Missionrio da Boa Nova, que
colaborou nos dois ltimos nmeros deste Boletim, escrevendo sobre A
realizao de um sonho de D. Antnio Barroso em terras brasileiras;
Senhor Emlio Faria da Costa, casado com D. Maria de Lurdes Costa
Miranda, era o Presidente do N-cleo de Barcelos da Associao dos
Amigos de D. Antnio Barroso. O seu Caf Emlio, junto estao de
Barcelos era a sede local da Associao. Para os trs Amigos de D.
Antnio Barroso que nos deixaram, uma lembrana saudosa e uma prece.
Para os familiares enlutados, um abrao de solidariedade na imensa
dor que sentem.
Como informmos no ltimo n. do Boletim, o Senhor Bispo do Porto,
D. Antnio Francisco dos Santos, procedeu ao encerramento do
processo de um presumvel milagre atribudo a D. Antnio Barroso, e a
respectiva documentao foi j entregue em Roma na Congregao da Causa
dos Santos. Foram muitos os que trabalharam empenhadamente para que
o processo tivesse pernas para chegar distante Cidade Eterna. Mesmo
correndo o risco de alguma injustia, h instituies e pessoas que no
podemos ignorar, como o TRIBuNAl EClESISTICO DO PORTO, nomeadamente
o Senhor Dr. Justiniano Ferreira dos Santos e o Senhor Dicono
Permanente Agostinho Nogueira Pereira. Precioso foi tambm o apoio
que recebemos da VOZ PORTuCAlENSE, nomeadamente do seu Director,
Padre Manuel Correia Fernandes e do seu colaborador Joo Alves Dias.
Por D. Antnio Barroso, bem-hajam! Flores para todos os que, de um
modo ou de outro, cola-boraram, voluntria e generosamente, neste
longo processo!
FLORES PARA OS AMIGOS DE
D. ANTNIO BARROSO
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P8
Boletim de D. Antnio Barroso
Sendo muito reduzida a contribuio dos Amigos de D. Antnio
Barroso, dos assinantes e dos leitores, e porque tempo de frias, o
presente Boletim, a exemplo dos anos anteriores, cobre os
trimestres de Abril/Junho e Julho/Setembro. Contamos com a vossa
compreenso e desejamos a todos umas excelentes frias.
CONTAS EM DIA
A ltima relao de contas (at 31 de Maro de 2015) est disponvel no
Boletim n. 13, III Srie. Desde aquela data, at 30 de Junho de 2015,
foram efectuadas as seguintes despesas: Escola Tipogrfica das
Misses. Execuo e expedio do Boletim n. 13, III Srie: 672.54 ;
Consumveis, expediente, correio, comunicaes: 49.00 . TOTAl: 721.54
.
No mesmo perodo, foram recebidos os seguintes donativos para
apoio Causa da Canonizao de D. Antnio Barroso e para as despesas
deste Boletim: Eng. Frederico Alberto Monteiro da Silva: 15.00 ;
Padre Jos Vitorino Veloso 20,00 ; Senhor Antnio Moutinha Rodrigues
20,00 ; Dra. Maria A. Meireles 50,00 ; Amadeu Gomes de Arajo: 30,00
; Senhor Manuel Ribeiro Fernandes: 100,00 ; Senhor Alberto Severino
dos Santos Craveiro: 100,00 ; Senhor Carlos Alberto Alves: 20,00 ;
Annimo: 25,00 ; D. Maria Jos Neves Silva Torres: 10,00 . TOTAl:
390,00 .
Para transferncias bancrias que tenham a bondade de fazer para
apoio Causa da Canonizao de D. Antnio Barroso e para as despesas
deste Boletim, informamos que a conta em nome do Grupo de Amigos de
D. Antnio Barroso, na Caixa Geral de Depsitos, Oeiras, tem as
seguintes referncias:
NIB: 003505420001108153073. IBAN: PT50003505420001108153073.
BIC: CgDIPTPl
Devotos, AMIGos e ADMIrADores vIsItAM D. ANtNIoVISITAS
CAPElA-JAZIgO. Nos ltimos trs meses, de 1 de Abril a 30 de Junho de
2015, dos muitos visitantes de D. Antnio Barroso, 112 deixaram o
seu nome registado em livro, confessando-se devotos e agradecendo
ou pedindo graas. Na maioria so naturais de Remelhe (32), mas
outros vieram de Barcelos (20), Porto (1), Vila do Conde (2),
Barcelinhos (2), V. N. Famalico (2), S. Tirso (1), Pereira (3), Rio
Mau (3), Bastuo (4), Pousa (1), Barqueiros (1), Gamil (5), Alvares
(1), Silva (1), Tamel S. Verssimo (5), Galegos Sta. Maria (2),
Roriz (2), Arcozelo (4), Alvelos (3), Rio Covo Sta. Eugnia (4),
Pedra Furada (3), Carvalhal (3), Macieira (1), Lama (1), Balazar
(1), Milhazes (2), Areias de Vilar (1), Brasil (1).
Se algum entender que recebeu graas por intermdio do Servo de
Deus D. ANTNIO BARROSO,agradecemos que as comunique por carta para
AMADEU GOMES DE ARAJO, RUA LUS DE CAMES,
N. 632, ARNEIRO / 2775-518 CARCAVELOS, ou por e-mail para
[email protected]
Por Marco Casquilho, no prximo n. deste Boletim
A socIeDADe MIssIoNrIA DA boA NovA, No jApo