Boletim Informativo Clube Niteroiense de Montanhismo Ano XI - Número 29 Niterói, Junho de 2015 • MEPA - Origem e Finalidade • • Artigo: Montanhismo e Seleção Natural • • Manutenção da trilha do Bananal e Costão • • Consquista no Parque da Cidade • • E muito mais! • Relato: Nariz do Frade, uma chaminé de respeito!
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Transcript
Boletim InformativoClube Niteroiense de Montanhismo
Ano XI - Número 29Niterói, Junho de 2015
• MEPA - Origem e Finalidade • • Artigo: Montanhismo e Seleção Natural •
• Manutenção da trilha do Bananal e Costão •• Consquista no Parque da Cidade •
• E muito mais! •
Relato: Nariz do Frade, uma chaminé de respeito!
2 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 29
Já iniciamos a temporada...
Para muitos, é época de acender a lareira e
dormir quentinho, para nós montanhistas, é hora de
arrumarmos nossas cargueiras e nos embrenharmos
nas mais difíceis condições: frio, vento e até chuva...
Mas tudo isso tem uma explicação e só quem está lá vai
conseguir entender. E não adianta escolhermos as mais
belas palavras, pois com certeza serão poucas para
descrever a sensação de ver o sol nascer da Pedra da
Mina, por exemplo. E até de não ver por conta do mau
tempo, e mesmo assim, dizer que foi a melhor sensação
de nossas vidas...
Pois é assim...
E para comemorar, participamos das ATM’s de
Petrópolis, do PARNASO e a da Urca. Só não fomos a
outras, pois a agenda não permitiu...
Muita coisa vem acontecendo. Nossas reuniões
sociais estão cada vez mais cheias, nossas atividades
estão bombando! Estivemos em 30 no PARNASO!!!! Já
estamos finalizando mais uma turma de nosso CBE,
são conquistas, manutenção e até abertura de trilhas.
O clube está passando por um momento especial. E não
poderia ser diferente... Com essa galera, tudo fica fácil.
E aí, já programaram alguma travessia? Alguma
escalada? Algum acampamento? Estão esperando o
que???
MENSAGEM DO PRESIDENTE
A temporada começou! Por Leandro do Carmo
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 29 3
SUGESTÃO DE LEITURA
Tenha uma boa leitura! Por Eny Hertz
Trilhas - A Incrível Jornada de Uma Mulher Pelo
Deserto Australiano
Robyn Davison nos relata a jornada
de 2800 km com uma narrativa que
nos prende em todas as páginas,
com aventuras do primeiro ao
último capítulo. Ela ganha uma
clareza e entendimento da terra ao
aprender a depender dela.
Por Leandro Collares
LINHA-D’ÁGUA - Amyr Klink
Quando comecei a ler Linha d’água,
tive a nítida sensação de “participar
da narrativa”, como se os cenários e
atores se formassem imediatamente
no pensamento. Leitura intensa,
daquelas que você não consegue
parar e quando para, não vê a hora
de recomeçar.
Por Francisco Caetano
Viciado no Perigo - Uma Auto Biografia sobre a
defesa da vida.
Mallory, Messner, Hillary, Norgay,
Bonatti , Herzog, Lachenal, Rébuffat,
Terray, a lista não é pequena mas
citar qualquer um desses nomes não
passa desapercebido por qualquer
montanhista, do novato ao mais
experimentado; mas esse rol de
alpinistas ilibados também conta
com ilustres desconhecidos ou pouco conhecidos, que
nem por isso deixam de ter grandes feitos em seus
currículos e grandes aventuras um sua jornada, esse é o
caso de Jim Wickwire. Primeiro americano a subir o K2,
teve uma vida permeada de aventuras e feitos notáveis
como um fantástico bivaque a incríveis ascensões
em solo, mas também com algumas tragédias. Para
conhecer melhor esse cara, seus feitos e fatos a dica
que damos é a autobiografia intitulada “Viciado no
Perigo” da Editora Manole, uma leitura emocionante,
as vezes tensa, mas verdadeira, do jeito que todos
montanhistas gostam.
FOTOS DE ATIVIDADES
CONQUISTA NO PARQUE DA CIDADE
ATM PARNASO
ATM PETROPOLIS
INAUGURAÇÃO DO NÚCLEO DE MONTANHA
4 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 29
terminava no VI grau, como a dos países alpinos
europeus, e por aqui apenas um lance no Paredão
Lagartão, no Pão de Açúcar, era unanimemente
considerado como pertencente a este grau. Os mais
conservadores, inspirados por seus semelhantes
europeus, bradavam ser impossível ir além, repetindo
um embate que levou o célebre alpinista tirolês Reinhold
Messner a dar o título de Septimo Grado (O Sétimo
Grau) para o livro em que defendeu a ruptura com a
antiga ordem, e a expansão sem limites dos limites
acanhados impostos ao desenvolvimento técnico na
escalada pelos antigos tradicionalistas e sua engessada
tabela de classificação.
No início, eu fazia como me ensinavam, claro,
mas logo comecei a me sentir incomodado. Aquilo
não me parecia certo. Ajudado por uma boa fluência
no inglês, passei a ler compulsivamente revistas de
escalada estrangeiras, e aí me dei conta de que a minha
inquietação não era uma patologia isolada, mas, sim,
uma forma de encarar a escalada que estava ganhando
força de forma avassaladora em todo o mundo, Cada
vez mais se valorizava, sempre que possível, a ascensão
de escaladas em rocha apenas pela rocha, reservando
os equipamentos de segurança exclusivamente para
deter as quedas dos escaladores, em especial as de
guia.
Naquele momento, em todos os países, inclusive
naqueles com uma visão mais tradicional do esporte,
jovens escaladores estavam se lançando em lances
livres cada vez mais difíceis, fosse em novas vias, fosse
repetindo vias abertas no velho estilo, agora porém sem
usar os seus pontos (fixos ou móveis) de segurança
como apoio artificial para avançar. Houve, na verdade,
uma autêntica corrida para se fazer a “primeira ascensão
em livre” (first free ascent) das antigas escaladas com
artifícios, que passaram a merecer, muitas vezes, graus
assombrosamente mais elevados do que os originais.
Na Inglaterra foi-se além: antigas escaladas artificiais,
quando feitas inteiramente em livre, ganharam não
apenas um novo grau, mas também um novo nome! É
como se uma escalada inteiramente nova tivesse surgido
no mesmo espaço físico onde antes, incidentalmente,
havia outra à moda antiga.
HISTÓRIA
MEPA - Origem e Finalidade Por André Ilha
No Brasil, como no restante do mundo, a escalada
originalmente tinha como objetivo único chegar ao topo
da montanha, ou então da parede quando esta não
estivesse claramente associada a um cume. Os meios
para se atingir este objetivo eram, de uma maneira
geral, considerados pouco importantes – o que contava
era o resultado.
O uso de artifícios como pitons e grampos para
auxílio direto na progressão do escalador era visto com
naturalidade, e nas grandes montanhas dos maiores
maciços do planeta, o emprego de uma logística
pesada, de inspiração militar, envolvendo carregadores,
acampamentos intermediários estocados com comida
e equipamento para pernoite e milhares de metros de
cordas fixas era a norma.
Havia exceções, contudo, especialmente nos países
anglo-saxões, como Inglaterra e Estados Unidos. Nestes,
assim como em certas partes da Alemanha, desde muito
cedo se cultivou o interesse pela escalada livre, ou seja,
aquela na qual o escalador progride valendo-se apenas
dos meios naturais que a rocha oferece como agarras e
fendas, e graus notavelmente elevados foram atingidos
muito cedo, desde o início do século XX.
O Brasil, no entanto, seguia uma tendência,
digamos, europeia continental, que se refletia até no
sistema de classificação de escaladas por nós adotado,
que é claramente calcado no sistema alpino tradicional.
Assim como na França e na Itália, o termo “escalada
artificial” era destinado apenas para longas sequências
de pitons ou grampos a serem vencidas com o auxílio de
estribos, cordas duplas etc.. O uso de pontos de apoio
artificiais isolados não conflitava com o conceito de
“escalada livre”, e era encarado com muita naturalidade.
Quando eu comecei a escalar, em 1974, a parte
realmente “livre” das escaladas brasileiras era a distância
percorrida entre o grampo em que se estivesse pisando
até o grampo que seria agarrado acima. “O grampo
é a melhor agarra!”, cansei de ouvir, e esforços para
evitá-los como tal eram vistos como uma excentricidade
pitoresca, quando não ostensivamente desencorajados.
Não surpreendentemente, a classificação brasileira
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Ciente disso, propus, no início dos anos 80, que
fizéssemos o mesmo por aqui: que tentássemos não
apenas abrir novas vias no estilo “livre de verdade”,
mas que, também, “liberássemos” as antigas vias com
artificiais contínuos ou pontos de apoio artificiais
isolados, como se fazia no resto do mundo.
Isto precisava ser registrado de alguma forma, não
apenas para fazer justiça a estes avanços, mas, também,
para servir como inspiração para realizações ainda mais
significativas. Calhou que nessa época eu estivesse
trabalhando, em parceria com minha ex-esposa, Lúcia
Duarte, na primeira publicação brasileira voltada para o
registro sistemático de vias de escalada: o “Catálogo de
Escaladas do Estado do Rio de Janeiro”, que veio a ser
editado em 1984 pela hoje extinta Cia. de Turismo do
Estado do Rio de Janeiro (Flumitur).
Então nos ocorreu que no nosso trabalho
poderíamos não apenas apontar quando uma escalada
conquistada com diversos pontos de apoio artificiais
tivesse sido guiada completamente em livre, como
nos modernos guias estrangeiros. Em vez disso, caso
uma via tivesse tido apenas alguns de seus pontos
de apoio “eliminados”, mas outros ainda resistissem,
esperando que escaladores melhor preparados técnica
e fisicamente conseguissem evitá-los, isso deveria estar
de alguma forma consignado. Assim, ficaria claro para
todos o que ainda restava por fazer e lançaria toda
aquela imensa energia disponível na nova geração em
busca deste objetivo.
Desta forma, em vez de nos valermos da opção
binária de escalada livre x escalada não livre (não
importando se houvesse um ou dez pontos de apoio
a serem eliminados), criamos o conceito de “máxima
eliminação de pontos de apoio” (MEPA) para registrar
estes progressos, registrando entre parênteses quantos
pontos de apoio artificiais ainda não haviam sido
evitados numa via qualquer. Quando a via já tivesse
sido guiada inteiramente em livre, o número entre
parênteses seria zero. Ou seja, teríamos uma ferramenta
para acompanhar sistematicamente o progresso da
escalada carioca e brasileira, em que os graus, com o
tempo, ficariam cada mais altos e os números entre
parênteses cada vez mais baixos, até eventualmente
chegarem a zero.
Como na Europa, esta mudança conceitual não
se deu sem resistência, e a reação foi especialmente
feroz a partir de um grupo então encastelado no Centro
Excursionista Rio de Janeiro (CERJ), para quem nós
éramos todos meros “acrobatas”, escaladores elitistas
e exibicionistas que perversamente não aderíamos
à visão “certa” (a deles) do esporte. A tensão teve o
seu ápice no I Encontro Brasileiro de Montanhismo,
ocorrido em setembro de 1983 no auditório do Parque
Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis. Ali, entre
aplausos e vaias dos partidários de cada filosofia, eu
li um texto defendendo o admirável mundo novo da
escalada brasileira e os avanços que já estavam em
curso, texto este que depois veio a ser editado com
o título de “Manifesto da Escalada Natural”. Em sua
versão impressa, ele foi acompanhado por um texto
complementar intitulado “Pontos de Apoio”, em que eu
explicava didaticamente o que deveria ser entendido
como “escalada livre” na visão moderna do esporte.
Mas a expressão MEPA só foi cunhada mesmo no ano
seguinte, como dito acima.
Embora criado para registrar e, mais do que isso,
inspirar um momento específico da escalada brasileira,
o conceito de MEPA, a rigor, mantém-se válido até hoje,
pois é extremamente comum que vias ainda sejam
conquistadas com um ou mais apoios artificiais que
só mais tarde serão eliminados, seja pelos próprios
conquistadores, seja por outros escaladores.
FOTO DE ATIVIDADE - SERRA FINA
NA FOTO: PATRÍCIA, LEANDRO, VINÍCIUS, ARY, ANDRÉA, MICHA-EL, FELIPE E PAULO.
6 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 29
RELATO
Nariz do Frade, um chaminé de respeito Por Leandro do Carmo
Participantes: Leandro do Carmo, Alfredo
Castinheiras, Michael Patrick, Vinícius Araújo, Daniel
Talyuli, Roberto Andrade, Tauan Nunes e Marcos Lima.
Local: Parque Nacional da Serra dos Órgãos
A trilha: Pegar a trilha da Pedra do Sino. O início
fica metros antes de começar uns canos de ferro, que
levavam água ao antigo Abrigo 2. A entrada da trilha
é bem discreta e andando alguns metros, você verá
um pequeno descampado, depois seguirá descendo e
subindo. Cruzará dois pequenos riachos. Mais a frente,
entrará numa parte bem íngreme, chegando numa
crista, até começar a subir forte novamente. Após essa
subida, virá o Paredão Roi Roi, onde será preciso estar
encordado ou fixar uma corda para segurança. Mais
uma subida forte e estará na base do Nariz do Frade.
Dicas da escalada: A chaminé é longa e mau
protegida, principalmente nos 3 primeiros grampos. Eu
escalei mais para fora, na parte mais aberta, um pouco
fora da linha dos grampos, e me aproximava para
costurá-los. Optei por não costurar o segundo grampo,
pois ele fica numa parte bem estreita, fui direto do
primeiro para o terceiro. Há uma parada dupla, bem
confortável num platô. A partir desse platô, escalar em
livre numa sequência de 4 grampos até uma pequena
entrada (entrar na de baixo, a menor). Nesse dia
estava bem úmida. Faz uma chaminé horizontal, bem
apertada, onde segue agachado até o final, dali já dará
para ver a luz lá no alto. Não tem grampo nesse trecho,
mas tem excelentes buracos para por os pés. Saindo do
buraco, tem mais dois grampos no final e já estará no
cume do Nariz do Frade, uma base bem ampla. Faltará
subir a Verruga. Lá tem dois grampos para artificializar
a saída e será necessário fazer um lance em livre, um 3º,
até chegar a um grampo antigo e grande. Mais acima há
um grampo de cume. Para o rapel, existe um grampo,
logo após a pedra onde fica o livro de cume, que dá
para chegar ao platô num rapel que começa positivo e
termina aéreo. Existe uma parada dupla mais em baixo,
mas considerei arriscado montar o rapel ali, muito
exposto. Do platô, com duas cordas, desse direto, com
uma corda, deverá fazer mais um uma parada no meio
da parede.
Relato
Era o dia da Abertura da Temporada de
Montanhismo do PARNASO. Nós do Clube Niteroiense
de Montanhismo, havíamos programados de fazer
vários cumes nesse dia, entre eles: Papudo, Sino, São
Pedro, Neblina e a Verruga do Frade. Ao total, fomos 30.
Isso mesmo, 30! Resolvemos alugar duas vans, assim
poderíamos curtir mais o evento, mesmo depois de um
dia cansativo... Mas vamos ao que interessa, vamos ver
como foi subir essa tal Verruga...
A ideia inicial era escalar a Verruga do Frade
e depois continuar na Travessia da Neblina, afinal
de contas, estaríamos na base do Nariz do Frade e,
teoricamente, era só escalar a grande chaminé e depois
a Verruga... Mas entre a teoria e a prática... Há uma
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grande diferença, ou melhor, uma grande chaminé!
Chegamos na Barragem e iniciamos a trilha às
08:30h. Seguimos pelos incansáveis zigs zags da trilha
do Sino e fizemos nossa primeira parada, coisa bem
rápida, na Cachoeira do Véu da Noiva. Descansamos e
seguimos caminho. Acho que de tanto fazer essa trilha,
ela ficou até mais curta e logo estávamos no local do
antigo Abrigo 2. O começo da trilha é a esquerda, numa
discreta saída, alguns metros antes de começar os
canos de ferro que levavam água para o antigo abrigo.
Ali, tomei a dianteira e segui descendo. Não havia
feito a trilha, nem a escalada, mas sabia que era por
ali. O caminho até que era óbvio, um pouco fechado
em alguns trechos, muito fechado por causa dos
bambus caídos em outros, mas seguimos. Cruzamos
dois riachos e entre as curvas da trilha, pisei e afundei,
só não rolei barranco abaixo, porque consegui me
segurar. Continuamos e bem mais a frente, quando
pega uma parte mais plana, tem uma pegadinha que
muitos desavisados chegam a ir reto, até parar no meio
do nada. Foram colocados alguns galhos e existe um
totem. Nesse ponto deve-se começar a subir. Não é
tão óbvio, mas com um pouquinho de atenção dá para
perceber que é por ali.
Começamos a parte mais chata da subida, num
local muito instável e íngreme. Aos poucos, fomos
vencendo a subida e chegamos a uma bifurcação, onde
dobramos a direita e seguimos a parte mais bonita do
caminho. Caminhamos pela crista até que começamos
a subir forte novamente. Mais a frente, chegamos ao
Roi Roi. Uma sequência de alguns grampos que fui
subindo sem segurança e fixei uma corda para agilizar
a subida. Depois de fixada a corda, continuei a trilha
até um mirante onde era possível ver o Nariz do Frade
e toda a sua beleza.
Já há alguns minutos ali contemplando a beleza, o
Marcos Lima chegou e aproveitamos para fazer algumas
fotos. A cidade de Teresópolis, ao fundo, tentava de
qualquer maneira aparecer nas fotos, mas o ballet das
nuvens, ao mesmo tempo que cobria a nossa visão, dava
um espetáculo a parte... Segui até a base da chaminé,
afinal de contas, não via a hora de chegar lá em cima.
Até que caminhamos bem... Levamos cerca de 2 horas
para percorrer o caminho. Quando cheguei de frente a
chaminé, pensei: “Tô f...”. Sabia que era grande, já havia
visto fotos, mas ao vivo... Era beeeeeem diferente. Já
tinha uma cordada na via e o último estava começando
a subir. Achei que seria rápido, mas no rítimo que ele
estava indo, iria demorar um pouco. Todos chegaram e
aproveitamos para fazer um lanche. Enquanto lanchava,
fui dar uma olhada pelo local. De cara já deu para ver
que o primeiro grampo era bem, mas bem alto mesmo.
Já tinha a dica de que a melhor forma de subir não
era seguir o grampo e sim, escalar pela parte mais larga
da chaminé e se aproximar do grampo somente para
costurá-lo. O caminho da conquista foi outro, bem lá
no fundo. No relato dos conquistadores, que está no
arquivo do CEB, consta que quando chegaram a base
do “Nariz” perceberam que o melhor caminho seria
uma chaminé de aproximadamente 50m. Úmida e com
bastante limo, utilizaram a técnica vigente na época.
Construíram uma grande escada, improvisada com
varas de 5 a 6 metros de comprimento. Vencido este
obstáculo ainda tiveram que atingir o topo da verruga
do nariz do Frade. Mais 11 metros de escalada e
atingiram o topo. Esta conquista precisou de um grande
trabalho de equipe que se iniciou no dia 04 de junho de
1933, com a abertura da trilha até a base por Malvino
Américo de oliveira, Andral Povoa e Luiz Gonçalves. Na
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semana seguinte juntaram-se ao time Alcides Rosa de
Carvalho, Arlindo Motta e Antônio F. de Godoy. Para
a construção da escada e investida final reforçaram o
grupo os Montanhistas José Claussem e Miguel Ignácio
Jorge. Mais tarde foi instalada uma grande escalada,
feita com cabos de aço, que acabou se perdendo no
tempo e hoje não está mais no local.
Depois de 1 hora esperando, iniciei a escalada.
Comecei a subir bem pela parte de fora da chaminé.
Fui subindo, tentando manter um ritmo constante. Parei
para dar uma descansada e olhei para cima, o grampo
ainda continuava longe, olhei para baixo e também
já estava longe... Com o apoio da galera continuei
subindo. Mais alguns longos metros e costurei o
primeiro grampo e pude descansar um pouco, cerca de
1 minuto e já parti para o próximo. O segundo grampo
fica muito para dentro da chaminé. Talvez a parte mais
apertada... e olha que sou pequeno e magro... Resolvi
ir direto para o terceiro. A chaminé tem ora que fica
tranquila, mas em alguns lances fica apertada, mas
de uma maneira geral é boa. Só é bem longa e pouco
protegida.
Chegando ao terceiro grampo, passei a costura e
dei mais uma pausa. Os grampos seguintes estavam
um pouco mais próximos e a linha ia seguindo para
a direita. Continuei subindo e em alguns momentos
colocava o joelho na parede para ajudar a descansar...
Mais acima, costurei o quarto grampo, depois o quinto
e finalmente o sexto. Esse último, fica do lado oposto,
já no final da chaminé, na base do platô. Como ele
estava atras de mim, estiquei o braço para costurar e
passar a corda, só depois que fiz o movimento e girar e
passar para o platô.
No platô a cordada da frente ainda estava lá. O Guia
já havia ido e faltavam os dois participantes. Montei
a parada e fixei a corda, para que o pessoal viesse
subindo. Enfim pude descansar um pouco... O primeiro
a chegar foi o Alfredo, que trouxe mais uma corda,
na qual fixei também.. Em seguida, veio o Marcos
Lima. Enquanto o resto de pessoal subia, o Alfredo
e o Marcos preparavam o caminho para a próxima
enfiada. Uma sequência de 4 grampos, num misto de
pequenas agarras. Só que estava escorrendo muita
água e resolvemos colocar alguns estribos. Chegaram
também o Daniel e o Roberto. Enquanto aguardávamos
os outros, acompanhávamos o outro grupo de CNM na
Travessia da Neblina. Depois, chegou o Michael e, por
último, o Vinícius.
Enquanto o Vinícius vinha subindo, puxei uma
corda e já parti para o próximo desafio. O Alfredo, que
já havia feito, me disse para seguir pela menor entrada,
nesse caso, a de baixo. E para lá segui... Quando
cheguei na entrada, falei: “Alfredo, você tem certeza
que é por aqui?”. Tive que fazer alguns movimentos
contorcionistas para poder entrar. Estava bastante
úmido o interior dessa passagem. A parede de trás
era um pouco inclinada para frente, porém com bom
apoio de pés. Isso facilitou um pouco as coisas. Entrei
literalmente fazendo a dança do siri, bem agachado.
Pois é nessa posição mesmo, se é que você conseguiu
imaginar alguma coisa... Segui sem costurar (pois não
há grampos) numa horizontal, até que pude ver mais
acima, a luz no fim do túnel! Iniciei a subida, passando
por uma pedra no estilo 127 horas, que nem encostei
nela... Enfim, havia terminado. Puxei a sobra de corda,
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a fixei e avisei para os próximos subirem.
Por alguns minutos fiquei sozinho a contemplar
toda aquela beleza. Depois de todo o esforço, uma
sensação de conquista e alívio me tomaram conta.
Nunca havia sentido isso antes... Sentei aos pés da
Verruga e pude observar, do outro lado, o pessoal na
Travessia da Neblina. Aproveitei para assinar o livro de
cume e dar uma volta na ampla base do Nariz do Frade.
Em seguida, chegou o Alfredo. Quando ele chegou,
aproveitei para subir a Verruga. Antigamente existia
um cabo de aço, mas hoje, só restam os grampos,
na verdade 4. Além de dois grampos iniciais, o que é
necessário para fazer o artificial da saída, tem um lance
em livre obrigatório, acho que 3º grau até um grampo
grande e antigo. Depois desses três, tem um lá no
cume. Me encordei e segui para o lance. Coloquei duas
fitas no primeiro grampo e mais uma no segundo. O
que mais importava agora era chegar ao cume. Mais
algumas passadas e estava no cume da Verruga do
Frade. Agora sim missão cumprida, ou melhor, quase
cumprida, pois faltava a volta...
O Marcos foi o próximo a subir e em seguida o
Alfredo. Já passávamos das 14:30h e resolvi descer e
agilizar o pessoal que faltava subir. Quando o penúltimo
subiu, puxei uma corda e fui começar a preparar o rapel.
Desci até ao platô no final da chaminé, montei a parada
e esperei a galera descer. Aos poucos todos estavam lá,
sete no total. Emendamos duas cordas e começamos o
rapel até a base. Abri esse rapel, e rapidamente cheguei
a base. Ali fiz um lanche e esperei a galera chegar.
Ainda tínhamos muito trabalho, já era 17:00 h e com
certeza, faríamos a trilha a noite. Quando todos já
estavam na base e alguns já finalizando o lanche, fui
com uma corda para fixar no Paredão Roi Roi e agilizar
a descida. Aos poucos, a luz do sol foi acabando e como
estava muito nublado, anoiteceu por volta das 17:30
h. Antes do último a fazer o rapel, já estávamos com a
lanterna ligada.
Voltamos a andar e a trilha na parte mais baixa,
onde as nuvens se concentravam, estava molhada, havia
chovido um pouco e sentíamos que estava chuviscando,
mas como a floresta é bastante densa, impedia de
vermos alguma coisa. Levamos alguns tombos e acho
que ninguém escapou... Fui seguindo na frente e em
alguns pontos tive ir voltar para tentar achar o caminho
correto. Mas seguimos e foi um alívio chegar à trilha do
Sino, no local do antigo Abrigo 2. Descemos e fizemos
uma parada na Cachoeira Véu da Noiva. Encontramos
o grupo que vinha da Travessia da Neblina. Alguns
desceram, outros preferiram descansar mais um
pouco. Eu fui logo em seguida e caminhei sozinho até
a Barragem, onde cheguei, exatamente 12 horas depois
de começar. Peguei a trilha suspensa e fui descansar
na Casa do Montanhista, onde rolava o evento da ATM.
Agora a missão estava cumprida! Valeu a todos por
essa grande e inesquecível aventura!!!
10 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 29
ESPAÇO PESET
CNMeio ambiente: Manutenção da Trilha do Bananal Por Eny Hertz e Leandro do Carmo
Nos últimos anos
percebemos um aumento
significativo de visitantes
na trilha da Enseada do
Bananal, cujo acesso
se dá pela subsede do
PESET, no bairro de
Itacoatiara. Essa trilha
como o próprio nome
sugere é o principal acesso à Enseada do Bananal, mas
também leva a base da trilha do Costão e Alto Mourão,
no entanto, esta última encontra-se interditada devido
à ocorrência de processos erosivos. Muitos destes
visitantes não possuem hábitos coerentes com as de
mínimo impacto, visando à conservação ambiental e
vários atalhos surgiram principalmente neste último
verão de 2015. É importante que ações educativas,
fiscais e limitadoras sejam implementadas para que
a trilha volte a apresentar um nível de qualidade
ambiental satisfatório.
Para isso, o CNM, com apoio do PESET, organizou
no dia 31/05/2015, um mutirão para construção e
colocação de corrimão e delimitadores em diversos
trechos da trilha. A atividade foi marcada pela diretoria
de meio ambiente do CNM e divulgada pelo site, lista
no yahoo e pelo facebook do clube. Vinte e oito pessoas
ficaram de comparecer, vários não associados. Como
choveu a noite, muitos acreditaram que a atividade
tivesse sido cancelada. Onze pessoas compareceram:
Felipe Queiroz (PESET); Diego Sacramento (GP-PESET);
Marco Antunes (GP-PESET); Gabriel Tavares (convidado
do CNM); e associados do CNM: Alexandre Rockert;
Alex Figueiredo; Annelise Gramacho; Felipe Porcino;
Leandro do Carmo; Stephanie Maia e Eny Hertz.
O PESET disponibilizou peças de bambu grosso,
arame, sisal, cavadeiras de ponta, cavadeiras articuladas,
serra de podar, motoserra, alicate e torquez. Stephanie,
Leandro e Felipe foram para o início da trilha do Costão.
Leandro relatou que fecharam o atalho (lado esquerdo
da subida) em três pontos, colocando bambus no início,
no fim e na lateral, na metade do caminho. Limitaram
também uma área onde as pessoas ficavam esperando
para subir. Colocaram alguns galhos para tentar fechar
mais o local. O resto do grupo ficou fechando vários
atalhos abertos indevidamente ao longo da trilha. Ações
como esta precisam ser repetidas mais vezes para que
a trilha volte a apresentar um bom nível de ambiental.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 29 11
ARTIGO
Montanhismo e Seleção Natural Por Rosângela Gelly
Pense em quando você nasceu ... o quanto precisava
aprender do mundo, da vida e das pessoas para poder
chegar aqui onde está: vivo e com saúde. Talvez você
não se dê conta do quanto precisa saber dessas coisas
para conseguir chegar inteiro a cada final de dia.
Todos os seus ancestrais foram muito hábeis
em vencer os desafios do mundo a cada dia. Você é
o resultado disso. E quando você nasceu começou a
ganhar sua própria experiência.
Se tropeçar na calçada, você saberá o que fazer
para não cair de ”cara no chão”, pois passou por um
processo longo e duro para aprender isso, certo?
E agora vamos trazer isso para o mundo do
Montanhismo.
Todo o aprendizado adquirido, desde o nosso
nascimento, vai conosco para esse ambiente novo. As
defesas que usamos no nosso dia a dia parecem ser
suficientes para lidar com tudo o que pode acontecer.
Mas não são, já que a Montanha exige técnicas e
habilidades específicas.
Cada dia é um dia. Cada tropeço ensina, mas não
é definitivo. O aprendizado aumenta o conhecimento,
mas não impede tropeços futuros. Se um acidente foi
evitado, parabéns! A garantia é apenas do que passou,
não há garantia do futuro.
O homem tem uma diferença, e uma grande
vantagem sobre os outros animais: é capaz de passar
suas experiências para os outros de sua espécie. Isso o
torna capaz de, sem mesmo vivenciar alguma situação,
saber que ela existe, pensar em uma solução, simular
a sua ocorrência e se preparar para ela. Incrível não?!
Resumindo: como você pode estar preparado para
um evento que potencialmente ameace sua vida em
uma montanha? Pense ....
O que fazer no momento em que você escorrega
rumo a um precipício em uma caminhada? Se a corda
se solta do mosquetão? Ou se um “friend” se solta
de uma fenda? Naquele segundo em que você pensa:
“Uhm, ferrou!”. E lá está a Mãe Gravidade, democrática,
esperando você de braços abertos.
Mas lembra que dissemos que é possível
desenvolver respostas a eventualidades a partir da
experiência de outros?
Se você entra em um banheiro e vê uma placa escrita
“Piso Molhado”, o que você faz? Talvez pense que não
faz nada. Mas isso não é verdade. Todo uma mecanismo
de defesa é acionado para você se “defender” de uma
eventual queda.
Da mesma forma, é preciso que esteja nato, em
seu mecanismo de defesa, as técnicas e habilidades
necessárias para responder a uma situação de risco na
montanha embora em nenhum lugar vai ter uma placa
dizendo “Pedra Molhada”. Você precisa estar “ligado” o
tempo todo.
Esteja treinado e apto a responder adequadamente.
Ler apenas não basta. Treinar, treinar, treinar. Tudo
isso requer condicionamento. Da confecção de nós,
fazer corretamente seus procedimentos, e garantir o
de outros, até participar de um resgate. Quanto mais
se aprende, mais é possível entender que há muito a
aprender.
Estar na Montanha faz parte do processo de seleção
natural.
Rosângela Gelly – Montanhista desde 1984 e Guia
formada pelo CEG desde 1987
Revisão: Dalton Chiarelli e Lilian Gelly
12 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 29
AMBIENTE
Algumas características de plantas sobre as rochas Por Kátia Torres, adaptado por Stephanie Maia
As plantas encontradas nos paredões podem ser
rupícolas, quando crescem diretamente sobre a rocha,
ou saxícolas, quando se localizam em pequenos platôs
ou fendas com solo. Nessas situações, a água que
chega escoa rapidamente e os nutrientes são escassos.
Por isso, as plantas crescem bem devagar, e muitas
têm adaptações especiais para lidar com a escassez de
água, como é o caso dos cactos e bromélias formadoras
de tanques, que armazenam água, ou das orquídeas
e bromélias do gênero Tillandsia, que conseguem
captar rapidamente a umidade das nuvens, ou ainda
as velózias (canelas-de-ema) e capins-ressurreição, que
toleram a dessecação violenta das folhas com posterior
re-hidratação das mesmas folhas.
Não é fácil se fixar na rocha. Imaginem quantas
sementes se perdem por secura ou enxurrada para
que uma se fixe e, finalmente, cresça. Basta observar
uma via inacabada na face S do Pão de Açúcar, o
Paredão Universal, para constatá-lo: ela começou a
ser conquistada na década de 60, mas depois foi
abandonada e até hoje não apresenta sinal claro de
recuperação da vegetação luxuriante que cobre esta
face úmida da montanha.
É muito difícil para uma semente conseguir viajar
de uma montanha para outra e, além disso, chegar
a germinar. Talvez por isso haja tantas plantas que
são específicas de uma ou de poucas montanhas
adjacentes. Plantas em diferentes montanhas, quando
não trocam sementes ou pólens, vão se tornando cada
vez mais diferentes até que formam espécies distintas,
e assim surgem os muitos casos de endemismo restrito
(espécies só encontradas em uma única montanha).
Depois que algumas espécies mais tolerantes se
fixam, começa a haver a interceptação de partículas de
rocha, de húmus e detritos de plantas, e assim surge
um protossolo, em que vão crescer outras plantas,
como algumas gesneriáceas, bromélias e aráceas. Em
geral, há primeiro a entrada de liquens e musgos, que
Zajdenwerg, Andrea Resende, Lando Mendonça, Patricia
Lima, Vander Silva, Lohany Viana e Guilherme (Pulga).
No dia 22 de maio, partimos para a expedição.
Saímos de noite rumo à pousada. Na verdade ficamos
acampados. No dia 23, sábado, partimos para a nossa
primeira missão: Prateleiras. A nossa ideia inicial era
fazer uma via, mas não fizemos. Resolvemos então
dar uma explorada na área antes de partir para o
cume. Depois de algum tempinho curtindo as linhas de
escaladas, resolvemos continuar. O caminho até o Bloco
“Prateleiras” é trilha muito bem marcada. Depois que
chega no bloco, é trepa pedra dos bons. É fundamental
levar corda. Pode ser de 30 metros mesmo, pois vai
ajudar muito nos dois lances finais.
Depois de curtir as Prateleiras, resolvemos pegar a
trilha para a Pedra da Maça, Pedra da Tartaruga e Pedra
Assentada.
De volta ao acampamento, foi hora de curtir uma
janta e beber uns aperitivos. Haaa, no camping tinha
uma área destinada à fogueira. Então, a noite foi
clássica.
No domingo, a missão era fazer as Agulhas Negras.
Subimos bem, eu já tinha ido lá em 2012 e o caminho
ficou gravado na minha mente. Lembrei de cada canaleta
que tinha passado. Aí foi tranquilo. Em alguns trechos
utilizamos corda. Nosso grupo estava relativamente
grande. Isso deu mais segurança e agilidade.
Subimos e descemos tranquilos. Todos inteiros.
Quando chegamos no Abrigo Rebouças, fizemos um
festival de tapioca. Essa entrou para a história. Depois
de degustar a iguaria, entramos no carro e voltamos
para o camping para desmontar acampamento e pegar
a estrada de volta.
Essa expedição deixou saudades. Isso significa que
foi bom, pois só momentos bons deixam saudades.
Até a próxima.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 29 23
FOTOS DE ATIVIDADES
PEDRA DA MINA
REUNIÃO SOCIAL DE MAIO
ATM PARNASO
ATM URCA
REMOÇÃO DE PIXAÇÃO
PALESTRA DO HANS
GRUTA DO TELÉGRAFO
CABEÇA DE PEIXE
24 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 29
AvisosREUNIÕES SOCIAIS
As reuniões sociais do CNM são realizadas sempre na primeira quinta-feira de cada mês ím-par e na primeira quarta-feira de cada mês par, às 19:30h, em local a ser definido e divulgado.
Os encontros acontecem em clima de total descontração e informalidade, quando os só-cios e amigos do CNM aproveitam para colocar a conversa em dia, trocando experiências, rela-tando excursões e vivências ou, simplesmente, desfrutando a companhia de gente simpática e fraterna.
Periodicamente acontecem reuniões e se-minários técnicos com o intuito de possibilitar maiores detalhes e informações atualizadas aos sócios e interessados.
Informem-se sobre os temas das palestras técnicas e reuniões acessando o site: www.nite-roiense.org.br
Compareçam e sejam muito bem vindos!!!
EXPEDIENTE
CNM – CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMOInício das Atividades em 26 de Março de 2003Fundado em 20 de Novembro de 2004Website: www.niteroiense.org.bre-mail: [email protected]: 98608-1731(Leandro do Carmo)
Presidente: Leandro do CarmoVice: Vinícius Araújo Tesoureiro: Leonardo Carmo
Conselho FiscalEfetivos: Adriano de Souza Abelaria Paz; Andréa Rezendo Vivas; Alex Faria de Figueiredo; Suplente: Denise Gonçalves do Carmo
Representante do CNM no PESETTitular: Eny HertzSuplente: Leonardo Carmo
Informativo Nº 29: As matérias aqui publicadas não representam necessariamente a posição ofi-cial do Clube Niteroiense de Montanhismo. Res-saltamos que o boletim é um espaço aberto a todos aqueles que queiram contribuir. Envie sua matéria para [email protected]. Partici-pe!!!
Giovani Souza - 01/abr
Lando Mondonça - 06/abr
Marcelo Sant’Anna - 07/abr
Leandro do Carmo - 10/abr
Alan Marra - 11/abr
Patrícia - 13/abr
Bruna Novaes - 17/abr
Adriano Paz - 26/abr
Marcos Duarte -08/mai
Nei Rivello - 08/mai
Caio Freitas - 10/mai
Diogo Paixão - 12/mai
Maria de Fátima - 16/mai
LizandroSantos - 17/mai
Tauan Nunes - 21/mai
Alexander Silva - 22/mai
Leandro Collares - 23/mai
Leonardo Carmo - 26/mai
Mauro Mello - 28/mai
Rafael Pereira - 04/jun
Diego Azevedo - 06/jun
Alex Figueiredo - 15/jun
Alex Rockert - 22/jun
Michael Rogers - 23/jun
Andréa Vivas - 27/jun
Paulo Guerra - 29/jun
Edição e Diagramação:- Eny Hertz- Leandro do Carmo
Revisão Ortográfica:- Vinícius Araújo
Adriano Paz - C T
Alan Marra - C E T
Alex Figueiredo - T
Andrea Rezede - C T
Ary Carlos - E T
Diogo Grumser - T
Eny Hertz - E T
Leandro do Carmo - E T
Leandro Collares - E T
Leandro Pestana - C E T
Leonardo Carmo - T
Luiz Alexandre - E
Mauro de Mello - E T
Neuza Ebecken - T
Vinicius Ribeiro - C
CORPO DE GUIAS
IMPORTANTE!
A Presidência do CNM é soberana em qual-quer assunto relacionado com o CNM e seus as-sociados.
A Diretoria Técnica é soberana em qualquer assunto técnico relacionado aos associados e aos guias do CNM.