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EDITORIAL
Ainda não sabemos pra onde o Biricotico vai.Mas se não for à merda, já estamos no lucro. Nesta terceiraedição ertamos com a blasfêmia trazendo o período maisdesconhecido da história de Jesus: dos 12 aos 30 anos. São
revelações que até seu Pai duvida.
Falamos também de um assunto que todo mundo gosta,mas anda evitando: o politicamente incorreto. Hélio de laPeña, o aclamado Casseta, analisa o humor sob a ótica dequem faz, de quem consome e de quem se sente ofendido.
Enm, o jornal tá perfeito pra ler no Clube de Mães ou
naquela reunião da sua vó com as amigas do Apostoladoda Oração.
Lembre-se desta frase, que assassinou o autor e se imortalizou na internet: “Humor negro é igual braço: tem gente que não tem”.
Boa leitura.
A gerência.
EXPEDIENTE
Leonardo Lanna - Editor-chefe do Biricotico. Autor e roteirista
da TV Globo. Trabalhou como menino Jesus no presépio vivo de
1968 na Praça XV. Dino Cantelli - Editor do Biricotico. Autor e
roteirista da TV Globo. Está numa vibe “foda-se” muito alto astral.
Vale a pena conferir. Felipe Nogueira - Diretor do Biricotico. Sócio
da agência Open Mind. Apaixonado pela publicidade e, segundo
dizem, pelo Vasco da Gama. Jaime Kiss - Diretor de arte chefe do
Biricotico. Sócio do bureau criativo Nearly Normal, de Londres.
Tem ingressos para a turnê de Justin Bieber na Europa. Tratar aqui.
Marcelo Rodrigues - Designer do Biricotico. Diretor de arte da
agência Open Mind. Estava irreconhecível em Copacabana na
última Parada da Diversidade. Guilherme Varella - Produtor de
conteúdo do Biricotico. Atendimento na agência Open Mind. É
revendedor Avon nas horas vagas. Juarez Becoza - Colaborador
do Biricotico. Colunista de bares e botequins do jornal O Globo.
Acredita que sua alma gêmea tenha morrido no parto. Ique -
Cartunista do Biricotico. Autor e roteirista da TV Globo. Diz ter
recebido num sonho instruções para desenhar o mapa da localizaçãoexata do ponto G. Leonardo Neves - Repórter do Biricotico e foca.
Motherfoca. Zé Dassilva - Cartunista do Diário Catarinense. Autor
e roteirista da TV Globo. Eleito o “Pedreiro do mês” pela revista
Casa&Construção. André Debevc - Colunista convidado. É redator
publicitário freelancer. Vencedor do prêmio “Cara mais gente boa
do Orkut” de 2010. Guilherme Figueira - Colunista convidado.
Redator publicitário na F/Nazca. É mais feio que o Neymar pobre.
Adriano Mattos - Colunista convidado. Redator publicitário de
sucesso na Moma. Autor do livro “1001 ofensas para dizer antes
de morrer”. Filipe Bartholomeu - Colunista convidado. Diretor
de atendimento na Almap/BBDO. Já deu 5 sem tirar do Pornotube.
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Vanessa Carvalho dos Santos mora em São
Paulo, tem 21 anos e ficou paraplégica em um
assalto. Ela trabalha na empresa que produz oscaminhões e ônibus da Volkswagen, a MAN
Latin America. A empresa desenvolveu o
projeto “Novos Horizonte s”, que busca gerar
formação profissional de pessoas com deficiên-
cia. Através deste projeto, Vanessa teve a opor-
tunidade de conquistar o seu primeiro
emprego, além de se capacitar profissional-
mente, já que a empresa arca com todas as
despesas da sua formação.
Foi uma mão na roda. Se por um lado a acessi-
A força de vontade ainda é a melhor
qualificação na hora de conseguir um
emprego. O Humor Sob Medida botou o
currículo pra fora e mostra pra você que
a preguiça é a pior das deficiências.
Mais de 20 jovens já estão inseridos no
mercado de trabalho. A maioria deles trabalha
na Universidade Estácio de Sá, uma das
primeiras empresas a aderir ao projeto.
Lucas Ronconi, um dos jovens atendidos,
trabalha na TV Estácio desde 2008, comoauxiliar
de produção. “Trabalhar é m uito impor tante
para mim”, comenta Lucas, que também f az aula
de sapateado, tango e, parece, salto ornamental.
Ah! E ele também não esqueceu de mencionar
que é noivo de Denise Consendeg Ganini, que
também trabalha na Estácio, na secretaria dealunos.
“Na hora de lidar com os alunos eu fico com
um sorriso de orelha a orelha, para agradar.
Ainda explico tudinho sobre o agendamento de
horários”, diz Denise, com o sor riso que d eve ter
conquistado Lucas desde a primeira vez.
E você aí, com a bunda na cadeira esperando o
Papai Noel bater na porta. Francamente!
SOB
bilidade das grandes cidades deixa muito a
desejar, as empresas parecem começar a
valorizar o trabalho desses brasileiros. “Eu
trabalho há cinco meses no setor de Relações
Governamentais e Institucionais da MAN. Aqui
tenho acessibilidade total. Me sinto igual a
todos os outros funcionários. Até esqueço que
existe al guma diferença”, comenta Vanessa.
No Rio de Janeiro, quem faz um trabalho
parecido de inclusão é a Sociedade de
Síndrome de Down, que existe há dez anos.
Através do “Projeto Reunir”, incentivou acolocação de jovens portadores da Síndrome
no mercado de trabalho.
A ideia começou com experiências de pais e
profissionais que lidam com pessoas com
Down. “Montamos um curso que desenvolve a
capacidade intelectual e motora, mas com o
tempo mudamos as atividades para cursos
profissionalizantes, como culinária, fotografia e
eventos”, explica Marilza Wunder, presidente
da Associação.
O F E R E N C I M E N T O :
U M C
O N T E Ú D O :
Projeto Reunir
ACESSIBILIDADE
E EMPREGO:
UMA MÃO
NA RODA.
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Sócrates: Bom dia.
Platão: ...dia. Quem ousa ser você?
Sócrates: Eu sou o Sócrates…
Platão: Sócrates só existe um. E ele vaificar pu-to quando souber que tem outrocom o mesmo nome…
Sócrates: Tá, então me chama de Magrão.Sou aquele da democracia corinthiana…
Platão (irritado): Xiiii, não fala isso…
O chefe de-tes-ta essa babaquice de de-mocracia.
Sócrates: Calma... Olha, meu sonho é con-hecer o filósofo Sócrates, ídolo do meupai.
Platão: Hum… Precisa responder a algumasperguntinhas... Como veio parar aqui nocéu?
Sócrates: Ah, muita bebida… chopp, whis-ky, vinho…
Platão (interrompendo): O chefinho morreupor causa de uma bebida muito mais forte:cicuta.
Sócrates: Eu sei, pegaram ele pra Cristo,né?
Platão: Cristo? Não é do meu tempo... Soude antes.
Sócrates: Um barbudo, que morreu crucificado…
Platão (impaciente): Ok, ok… Mas me fale
de você…
Sócrates: Era jogador de futebol, jogueipelo Timão, pelo Mengão.... Meu forte erao calcanhar. Eu era o Calcanhar de Ouro.
Platão: Ui, calcanhar? Que babado, o Aq-uiles vai ficar be-ge de inveja. Me diga,você tem algum amigo no céu que possapassar referências suas?
Sócrates: Amigo? Hum… Bem, o Casagrandedeve estar chegando por aqui a qualquer
mo....
Platão (interrompendo): Aí, me conta maisfofocas lá de baixo? Please... A minhaGrécia deve estar prosperando hor-ro-res... Ô sociedade evoluída...
Sócrates (tentando prender o riso): Gré-cia? Prosperando? Bem, melhor mudar deassunto... Tem alguma coisinha pra bicaraqui no céu? Uma biritinha?
Platão: Queridinho, aqui só tem água. E
benta.
Platão (sussurrando): Mas tem um santo,chama-se São João da Barra, que tem umconhaque... Vende clandestinamente...
Sócrates (sussurra): Dá pra você me ar-rumar?
Platão: “Só sei que nada sei”. A-do-roessa do chefinho.
Sócrates: Boa! Gosto também daquela do
seu chefe... “Aquele a quem a palavranão educar, também o pau não educará.”
Platão (serelepe): Dessa eu já discordo.O pau é capaz de cada coisa... Mas digamais sobre você.
Sócrates: Ajudei a fundar o PT. Os outrosfundadores foram... Bem, esquece...Nenhum petista viria aqui pro céu...
Platão: Olha, conheço ninguém desse PT,mas posso perguntar pro...
Sócrates (impaciente): Olha, meu amigo,dá pra acelerar? Eu não quero passar oresto da morte esperando aqui...
Nisso, a porta que dá para a nuvem deSócrates, o filósofo, se abriu.
Platão: Silêncio! O chefinho tem algo ge-ni-al para nos dizer.
Sócrates (gritando): Platão! Meusupositório, cadê?
Sem hesitar, Platão passou pela portacorrendo.
Platão (gritando): Calma, chefinho, agente vai achar, a gente vai achar.
Sócrates, o jogador, desanimou. Resolveudeixar para outro dia. Consolou-se com acerteza de que quem tem a eternidade nãoprecisa ter pressa.
“Filósofo”. Desinformado sobre tudo que acontece aqui embaixo, São Pedro, porteiro do céu, usou o bom sensoe classificou assim aquele recém-chegado, um senhor de barbas, de nome “Sócrates”. Em seguida, cumprindo pro-tocolo, o enviou para a ala dos filósofos, bem longe da ala dos craques da bola.
No início, o doutor estranhou. Mas logo percebeu que ali estava a oportunidade de conhecer o filósofo Sócrates,ídolo de seu pai. Sócrates então foi em busca de Sócrates, mas não demorou a descobrir que o filósofo era quaseinacessível. Vivia recluso em uma nuvem própria. Para falar com ele, era preciso passar pela triagem de umcerto discípulo. Um sujeito desmunhecado, ranzinza, puxa-saco e fofoqueiro, estilo cabeleireiro-rico-e-cafo-na-de-celebridade-da-Caras. Era um tal de Platão.
Doutor Sócrates aproximou-se da mesa de trabalho de Platão e puxou assunto.
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São Paulo é a locomotiva do Brasil. Os números e a fumaça são prova
disso. Terra do Restart, da Luciana Gimenez, do jornalismo brasileiro
de celebridades (feito por um bando de paulistas querendo saber como
se vive no Rio) e dos maiores engarrafamentos da história desse país.
Em nome desses patrimônios nacionais, venho pedir que nós, cariocas
da terra do samba, bossa nova, Zico, Romário, Ricardo Gomes e Ro-
naldo, paremos de sacanear São Paulo - até porque isso hoje em dia é
bullying e isso pode dar a maior merda. Temos que parar com a mania
de zoar paulistas em geral. Os coitados são indivíduos que respiram
pela boca, tem voz anasalada (graças à renite e sinusite –
lhas da poluição), pegam pouco sol e tem jeitão de bobo. Mas juro
que tem ótimo coração. São exemplos em pagar drinques para moças,
mas péssimos e lentos em conquistá-las. Mesmo assim peço para que
paremos de falar deles! Temos de agradecer. Graças a eles e sua falta
de presença, é que Luana Piovani, Alinne Morais e Paola Oliveira
saíram de terras paulistas e vieram encontrar um lar e sotaque pra
chamar de seu no Rio. Temos de agradecer. Celebrar a cidade cinza,
o jeito de falar broxante e toda a falta de personalidade do paulista.
Sem isso, ser do Rio teria muito menos graça.
Derrubando a lenda do paulista ser trabalhadorPor André Debevc
W.O.
Infelizmente não conseguirei entregar a coluna deste mês.Estou preso no trânsito do Rio de Janeiro, sentido Barra / Zona Sul. Até nisso os
cariocas copiam São Paulo.
SÃO PAULO
RIO
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