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“Não Sou Um Só…” Perturbações do Humor/Bipolaridade Implicações no Doente e na Família Instituto Politécnico de Beja Escola Superior de Saúde Unidade Curricular de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria 3º Ano – 2º Semestre XXIII CLE Elaborado por: Andreia Pereira Carlota Henriques Carolina Saraiva Cláudia Nobre Fábio Gomes Inês Belchior Docente: Ana Paula Zarcos Beja 2013
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Bipolaridade Final

Dec 11, 2015

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Page 1: Bipolaridade Final

“Não Sou Um Só…”Perturbações do Humor/Bipolaridade

Implicações no Doente e na Família

Instituto Politécnico de Beja

Escola Superior de Saúde

Unidade Curricular de Enfermagem de Saúde Mental e

Psiquiatria

3º Ano – 2º Semestre

XXIII CLE

Elaborado por:Andreia Pereira

Carlota HenriquesCarolina Saraiva

Cláudia NobreFábio GomesInês Belchior

Docente:Ana Paula Zarcos Beja 2013

Page 2: Bipolaridade Final

Sumário Objectivos

Enquadramento da Psicopatologia

Dados Epidemiológicos

Causalidade

Fases da Doença Bipolar

Tipos de Episódios de Alterações do Humor

Tipos de Bipolaridade

Tratamento

Impacto na Família

Papel do Enfermeiro

Avaliação da Sessão

Referências Bibliográficas

Page 3: Bipolaridade Final

Geral:

Adquirir conhecimentos sobre as perturbações

do humor/bipolares e o seu impacto na família.

Específicos:- Identificar a diferença entre Perturbações do Humor e

Doença Bipolar;

- Mencionar os tipos de Tratamento que existem;

- Enumerar os tipos de episódios de Alterações do Humor;

- Identificar duas Intervenções de Enfermagem nas diferentes

fases e na família.

Objectivos

Page 4: Bipolaridade Final

O que é o Humor?

“Também denominado afecto. O humor é uma

emoção global e sustentada que pode ter uma grande

influencia na percepção do mundo pela parte de uma

pessoa. Exemplos de humor incluem a depressão,

alegria, júbilo, raiva e ansiedade. O afecto é descrito

como a reacção emocional associada a uma

experiência.”

(Taber’s, 2005)

Enquadramento da Psicopatologia

Page 5: Bipolaridade Final

Perturbações

Depressivas

Perturbações Bipolares

O que é a Perturbação do Humor?

Está normalmente associada a estímulos

externos, onde se verificam nos

indivíduos alterações extremas no humor.

Page 6: Bipolaridade Final

“É caracterizada por oscilações do humor, desde a

depressão profunda à euforia extrema (mania), com

períodos intervenientes de normalidade. Delírios ou

alucinações podem ou não fazer parte do quadro clínico.” Townsend (2009)

Perturbação Bipolar

Page 7: Bipolaridade Final

Dados Epidemiológicos

Portugal é o país da Europa

com mais doentes mentais.

Mais de milhão e meio

de portugueses, entre os 18 e

65 anos, sofrem de

doença mental.

Estima-se que um em cada

cinco portugueses já terá sofrido de

uma doença psiquiátrica.

A Doença Bipolar

afecta cerca de 200 Mil Portuguese

s.

RTP - Notícias (11 de Abril de 2011)Revista Sábado (10 de Outubro de 2013)

Page 8: Bipolaridade Final

Causalidade

Genético

Biológico

Psicossociais

(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)

(Laura Meireles, 2005)

Page 9: Bipolaridade Final

Fases da Doença Bipolar

Fase Maníac

a

Fase Depressiva

Page 10: Bipolaridade Final

Episódio

Depress

iv

o Majo

r

Episódio

Maníaco

Episódio Hipomaníaco

Episódio Misto

Tipos de Episódios de Alterações de Humor

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 11: Bipolaridade Final

Episódio Depressivo Major

Episódio Depressivo

Major

Duração pelo menos 2 Semanas

Humor Depressivo/P

erda de Interesse

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 12: Bipolaridade Final

Episódio Depressivo Major (cont.)Alterações do apetite ou peso

Diminuição da energia

Pensamentos Suicidas

Choro fácil

Sentimentos de

desvalorização pessoal ou culpa

Alterações do sono

Alterações da

actividade psicomotora

Dificuldade de

Concentração

Irritabilidad

e

Isolamento Social

Diminuição Interesse

Sexual

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 13: Bipolaridade Final

Episódio Maníaco

Episódio Maníaco

Deve durar pelo menos uma semana

Humor anormal e

persistentemente elevado, expansivo ou

irritável

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 14: Bipolaridade Final

(American Psychiatric Association, 2002)

Episódio Maníaco (cont.)

Aumento na auto-

estima ou grandiosid

ade

Diminuição da

necessidade de dormir

Discurso

Apressado

Distracção Fácil

Fuga de

ideias

Agitação Psicomot

ora

É o mais

Perigoso!

Page 15: Bipolaridade Final

Entusiasmo incessante e indiscriminad

o

Humor elevado

Irritabilidade Fluxo de

pensamento aumentado

Discurso em tom elevado

Labilidade do humor

Negação em relação à sua

doença e tratamento

Episódio Maníaco (cont.)

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 16: Bipolaridade Final

Episódio Hipomaníaco

Episódio Hipomanía

co

Tem duração de pelo

menos 4 dias

Humor anormal e

persistentemente elevado, expansivo ou

irritável

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 17: Bipolaridade Final

Episódio Hipomaníaco (cont.)

Sintomatologia idêntica ao episódio

maníaco.

Não apresenta Delírios e Alucinações.

Não é suficientemente intenso para requerer

hospitalização.(American Psychiatric Association, 2002)

Page 18: Bipolaridade Final

Episódio Misto

Episódio Misto

Dura pelo

menos uma

semana

Alterações do humor rápidas

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 19: Bipolaridade Final

Episódio Misto (cont.)

Agitação

Insónia

Desregulação do Apetite

Características

Psicóticas

Ideação Suícida

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 20: Bipolaridade Final

Tipos de Bipolaridade

Perturbação

Bipolar I

Perturbação

Bipolar II

Perturbação

Ciclotímica

Perturbação

Bipolar SOE

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 21: Bipolaridade Final

Tipos de Bipolaridade (cont.)

Perturbação Bipolar

I Presença de um ou mais episódios maníacos ou mistos.

Perturbação recorrente.

Mais de 90% dos indivíduos que apresentam este episódio, irão desenvolver episódios futuros.

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 22: Bipolaridade Final

Tipos de Bipolaridade (cont.)

Perturbação Bipolar II

Um ou mais episódios depressivos major, acompanhados por um episódio hipomaníaco.

Mal-estar social/ocupacional.

Risco significativo de suicídio (10-15%).

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 23: Bipolaridade Final

Perturbação

Ciclotímica

Tipos de Bipolaridade (cont.)

Perturbação crónica do humor de pelo menos 2 anos de duração.

Numerosos episódios de hipomania e humor depressivo.

Os sintomas persistem pelo menos durante 2 meses.

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 24: Bipolaridade Final

Tipos de Bipolaridade (cont.)Perturbaçã

o SOE (Sem Outra Especificaç

ão) Incluem alternâncias muito rápidas (durante dias).

Entre sintomas maníacos e depressivos.

Inclui perturbações com características bipolares que não têm critérios para nenhuma perturbação especifica.

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 25: Bipolaridade Final

FarmacoterapiaTerapia

Electroconvulsiva

Psicoterapia

Tratamento

(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)

(Laura Meireles, 2005)

Page 26: Bipolaridade Final

Tratamento (cont.)

• Antidepressivos;• São utilizados com

precaução pois podem transpor o doente para o estado maníaco.

Episódio Depressivo

Major

• Anti-Psicóticos (Olanzapina, Quetiapina, Risperidona);

• Sedativo Benzodiazepinico forte.

Episódio Maníaco

Farmacoterapia

(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)

(Laura Meireles, 2005)

Page 27: Bipolaridade Final

Tratamento (cont.)Farmacoterapia

Após a Fase Aguda

Utilizam-se Estabilizadores do Humor (Efeito Antimaníaco e Antidepressivo)

Litio (eficaz na mania aguda); Valproato; Carbamazepina

(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)

(Laura Meireles, 2005)

Page 28: Bipolaridade Final

Tratamento (cont.)Terapia Electroconvulsiva

(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)

(Laura Meireles, 2005)

Pode causar

confusão e perda

de memória.

Modificam o

estado de humor

do sujeito

Causa alteraçõe

s bioquími

cas

Page 29: Bipolaridade Final

Tratamento (cont.)Psicoterapia

Aconselhamento e

assistência ao paciente, para este adquirir

competências de coping.

Trabalho com a família para poderem lidar melhor com o

sujeito deprimido.

Auxiliar da farmacoterapia. É benéfica a

nível do funcionament

o social e inter-pessoal.

(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)

(Laura Meireles, 2005)

Page 30: Bipolaridade Final

Impacto na FamíliaPerturbação

Bipolar é uma sobrecarga Importante

para a Família

Dificuldade em lidar com

comportamentos graves

Como é o caso das despesas extravagantes

e as consequências

desses comportament

os

Pré-Diagnóstico• Medo• Ansiedade• Raiva• Dúvida/Incerteza• Dor

Pós-Diagnóstico• Dificuldade em falar da

doença• Sentimento de culpa• Angústia• Vergonha• Tristeza• Instinto Superprotector• Hipervigilância/

Desconfiança(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e

Bipolares)(Gail Stuart, 2001) (Fernandes, 2007)

Page 31: Bipolaridade Final

Impacto na Família (cont.)As mudanças entre Fases Depressivas e Maníacas

envolvem mudanças no seio familiar…

Individuo Deprimido

• Família também pode ficar deprimida.

Individuo Eufórico

• Família pode ficar irritável.

• Podem reagir de forma mais dura.

• Evitam interacção para controlarem as emoções.

(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)

(Gail Stuart, 2001) (Fernandes, 2007)

Page 32: Bipolaridade Final

Papel do Enfermeiro

(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)(Gail Stuart, 2001)

Criar ambiente seguro e calmo;

Estabelecer relação de confiança;

Encorajar o utente a expressar os seus sentimentos;

Localizar os aspectos positivos do utente;

Incentivar o utente à autonomia e independência;

Ensinar acerca de assertividade e comunicação;

Encorajar o utente na tomada de decisões;

Chamar o utente pelo seu nome próprio;

Demonstrar disponibilidade e empatia para o

utente/família;

Realizar ensinos sobre alimentação;

Fase Depressiva

Page 33: Bipolaridade Final

Reduzir estímulos ambientais;

Manter uma atitude calma e transmitir segurança;

Responder de forma directa e verdadeira, mantendo

comunicação assertiva;

Ignorar tentativas de discussão por parte do utente;

Permanecer junto do utente quando este está

agitado;

Incentivar ao exercício físico;

Ensinar sobre a alimentação;

Papel do Enfermeiro (cont.)

(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)(Gail Stuart, 2001)

Fase Maníaca

Page 34: Bipolaridade Final

Fase Maníaca (cont.)

Papel do Enfermeiro (cont.)

Ajudar o utente a identificar aspectos positivos;

Incentivar a realização de técnicas de

relaxamento;

Estabelecer limites ao comportamento do

utente;

Promover o autocontrolo do utente;

Ajudar o utente a reflectir sobre as suas

emoções e comportamentos;

Realizar registos de enfermagem;

(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)(Gail Stuart, 2001)

Page 35: Bipolaridade Final

Instruir a família sobre a doença;

Realizar ensinos sobre sinais e sintomas da doença e possíveis

tratamentos;

Realizar ensinos acerca da importância da adesão terapêutica;

Educar a família sobre comportamentos a adoptar para lidar

com o utente;

Apoiar o doente em todo o processo de doença;

Encorajar a pessoa com depressão;

Incentivar a família a acreditar na reabilitação da pessoa;

Instruir a família em como actuar em situação de crise;

Incentivar a família à partilha de sentimentos (medos, receios,

preocupações) em relação à doença;

Papel do Enfermeiro (cont.)Na Família

(Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)(Gail Stuart, 2001)

Page 36: Bipolaridade Final

“A vida é como um filme de categoria B. Não

queremos sair a meio, mas também não queremos vê-lo novamente.”

Ted Turner (Empresário Norte-Americano, Fundador da CNN) 1938.

Page 37: Bipolaridade Final

Avaliação da Sessão

Doença bipolar é outro termo para variações de humor? ERRADO!

Quais os tipos de Tratamento que existem?

Enumera 2 Intervenções de Enfermagem na Fase Maníaca, na Fase Depressiva e na Família.

A doença bipolar constitui um problema médico muito sério, com uma ampla gama de sintomas graves. Existem outras doenças que também podem

causar variações de humor.

Existem 3 tipos: Farmacoterapia, Terapia Electroconvulsiva e Psicoterapia.

Existem três tipos de episódios de alterações de humor? ERRADO!Existem quatro tipos de episódios de alterações de humor – Maníaco Depressivo Major, Maníaco, Hipomaníaco e Misto.

Page 38: Bipolaridade Final

•  American Psychiatric Association. (2002). DSM-IV-TR (4ª edição ed.). Climepsi

• Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares. (s.d.). O que é a Doença Bipolar? Obtido em Outubro de 2013, de A.D.E.B. - Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares: http://www.adeb.pt/saude_mental/bipolar/o_que_e_bipolar.htm

• Gail Stuart, M. L. (2001). Enfermagem Psiquiatrica - Princípios e práticas (6ª edição ed.). Artmed.

• Fernandes,M.(2007).PerturbaçãoBipolar-impactonasrelaçõesfamiliares.Revistadaassociaçãodeapoioaosdoentesbipolares,32,11–13. Consultado a 12 de Outubro de 2013. Disponível em: http://www.adeb.pt/revistas/revistas_pdf/revista_bipolar_32.pdf

• Laura Meireles, M. C. (2005). Obtido em Outubro de 2013, de Psicologia.com.pt - O Portal dos Psicólogos: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0034.pdf

Bibliografia

Page 39: Bipolaridade Final

• Revista Sábado (10 de Outubro de 2013) – Portugal é o país com mais doentes mentais. Obtido em Outubro de 2013 de Revista Sábado: http://www.sabado.pt/Ultima-hora/Sociedade/Portugal-e-o-pais-com-mais-doentes-mentais.aspx

• RTP - Notícias. (11 de Abril de 2011). Doença bipolar afeta 200 mil portugueses. Obtido em Outubro de 2013, de RTP: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=432552&tm=2&layout=122&visual=61

• Townsend, M. C. (2009). Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiátrica (6ª ed.). Loures: Lusociência.

Bibliografia (cont.)