Ministério da Ciência, Tecnologia. Inovações e Comunicações Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Coordenação de Capacitação Divisão Apoio Técnico PIBIC 2.326 PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTIFICA DO INPA RELATÓRIO FINAL BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Ocotea longifolia Kunth. (LAURACEAE) BOLSISTA: KELLEN TRAJANO DE LIMA. ORIENTADORES: ALBERTO VICENTINI MÁRIO HENRIQUE TERRA ARAÚJO Relatório Fin^^ apresentado ao Instituto Nacional de Pesquisas Amazônia, como requisito para a conclusão participante do Programa de Iniciação Cieri^^fica do INPA. Manaus - Amazonas 2017 Apoio Financeiro: Realização: FAPEAM COCP I. MÍTERIODA ciEncia, tecnologia, 'Novações e comunicações
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Ministério da Ciência, Tecnologia. Inovações e ComunicaçõesInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Coordenação de CapacitaçãoDivisão Apoio Técnico
PIBIC
2.326
PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTIFICA DO INPARELATÓRIO FINAL
BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Ocotea longifolia Kunth. (LAURACEAE)
BOLSISTA: KELLEN TRAJANO DE LIMA.
ORIENTADORES: ALBERTO VICENTINI
MÁRIO HENRIQUE TERRA ARAÚJO
Relatório Fin^^ apresentado ao Instituto Nacionalde Pesquisas Amazônia, como requisito para aconclusão participante do Programa deIniciação Cieri^^fica do INPA.
Manaus - Amazonas
2017
Apoio Financeiro: Realização:
FAPEAM COCPI. MÍTERIODA
ciEncia, tecnologia,
'Novações e comunicações
Ministério da Ciência, Tecnologia. Inovações e ComunicaçõesInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Coordenação de CapacitaçãoDivisão Apoio Técnico
Biologia reprodutiva de Ocotea longifolia Kunth (Lauraceae)
Resumo
Foram estudados aspectos da biologia floral e reprodutiva de Ocotea longifolia Kunth., uma espéciedióica com ampla distribuição, ocorrendo desde as terras baixas da Amazônia até os Andes, sendoencontrada crescendo em vários ambientes, desde florestas com solo arenoso até florestas com soloargiloso. Foram marcados trinta indivíduos férteis na Universidade Federal do Amazonas-UFAM eno Instituto Nacional de Pesquisas do Amazonas-INPA para coleta de flores e detenninação do sexoatravés da dissecação, para avaliação do sistema reprodutivo e para observação de visitantes florais.A morfologia floral das flores femininas e masculinas são bem semelhantes possuindo seis tépalas.As flores masculinas possuem nove estames com abertura valvar e um pistilo não funcional sem apresença de óvulo, enquanto a feminina possui nove estaminódios e um pistilo com ovário uniovular.Os recursos florais oferecidos pra os visitantes são pólen e néctar nas flores masculinas e apenasnéctar nas flores femininas, ambas possuem odores na corola que pennanecia no decoiTer de todo odia. A produção e liberação de pólen das anteras ocoiTem ao longo do dia, bem como a atividadeestigmática, estando o estigma receptivo do inicio da manhã até o final da tarde. O número de fi*utosresultantes de polinização natural foi de 43,7%, do tratamento de cruzamento foi relativamente baixacom formação de 17,1% de frutos, e no tratamento de apomixia não resultou em nenhuma fonnaçãode fioitos. Esses dados demonstram a dependência de Ocotea longifolia Kunth aos agentespolinizadores para produção de sementes, apesar de que visitantes florais quase não foramobservados durante o estudo e os polinizadores efetivos não puderam ser claramente definidos.
PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DOINPARELATÓRIO FINAL
Figura 6: inseto ordem Hemiptera da subfamília Smiliinae (A, B); Formigas da ordem Hymenoptera dasubfamilia Ponerinae (C); Formiga da ordem Hymenoptera da familia Formicidae (D); Formiga da ordemHymenoptera da subfamilia Myrmicinae (E); Ninho de Hemiptera (F); Ninho de formigas (G).
Os visitantes florais, no geral permanecem pouco tempo em cada flor, cerca de três a
cinco segundos pousando ou não, quando pousam caminham pela inflorescencia, folhas e por todo
ramo. Os visitantes observados são da ordem Hymenoptera e Diptera. Nas 30 horas foi possivel a
observação de 14 visitas. Uma visita do espécime da imagem D no período da tarde às 16:20 horas,
no qual ficou por cerca de quatro segundos nas inflorencências e após ficou caminho por várias
folhas. Duas visitas da espécie da imagem A em dias diferentes, no período da manhã às 11:00 e a
tarde às 14: 40 horas, passando por diversas flores. Durante a coleta do inseto foi possível observar
suas pernas e cabeça com a presença de grãos de pólen no período da manhã. Quatro visitas da
espécie da imagem B em dias distinto nos períodos de manhã e tarde, passando rapidamente em
muitas flores cerca de dois a três segundos, não pousando completamente nas inflorescências
batendo sempre suas asas. A espécie que mais visitou foi a da imagem C com 7 visitas em dias
também diferentes todos no período da manhã pousando nas inflorescência e permacendo cerca de
cinco segundos em cada flor. Esses insetos são capazes de penetrar na corola em busca de pólen e de
Apoio Financeiro:
f w.
^CNPq fapeam
Realização
PA IÇPÇPMINISTtniO DA
OCNOA. TECNOLOCIA,INOVA(flES E COMUNtCACOrS
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RELATÓRIO FINAL
de cinco segundos em cada flor. Esses insetos são capazes de penetrar na corola em busca de pólen e
de néctar, a morfologia floral para atração dos visitantes são bem importantes, pois assumem o papel
de unidade de atração, além do odor exalado pelas flores masculinas e femininas.
Figura 7: Insetos da ordem Hymenoptera.
CONCLUSÃO
Com base nos dados dos tratamentos de polinização controlada foi possível sugerir que O.
longifolia possui dependência de polinizadores para formação de frutos e sementes pois no
tratamento de apomixia não formaram nenhum fruto, no de polinização manual o número de frutos
formados foram relativamente baixo, devido provavelmente a dificuldade de manuseio nas
minúsculas flores de O. longifolia.
No presente estudo não foi possível identificar efetivamente os polinizadores para essa
espécie, mas pode-se sugerir que os polinizadores sejam insetos pequenos da ordem Hymenoptera
que variam de um a três centímetros de tamanho das quais foram observados com hábitos diurnos.
REFERÊNCIAS
Assis, L.C.S. 2009. Sistemática e filosofia: fílogenia do complexo Ocotea e revisão do grupo Ocotea
indecora (Lauraceae). Tese de Doutorado. Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
Departamento de Botânica. 226p.
Benezar, R.M.C. & Pessoni, L.A. 2006. Biologiafloral e sistema reprodutivo de Byrsonima
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Chanderbali, A.S.; van der Werff, H.; Renner, S.S. 2001. Phylogeny and Historical Biogeography of
Lauraceae: Evidence from the Chloroplast and Nuclear Genomes. Annals of the Missouri Botanical
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