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Biodiesel de Sebo Bovino //Aspectos tecnológicos e produtivos Lucas O. Campos 11076111 Murilo D. Rossi 11029411 Vinícius N. de Araújo 11107311 Vinícius Raueny 11060811
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Oct 01, 2015

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Vinícius Nery
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  • Biodiesel de Sebo Bovino //Aspectos tecnolgicos e produtivos

    Lucas O. Campos 11076111

    Murilo D. Rossi 11029411

    Vincius N. de Arajo 11107311

    Vincius Raueny 11060811

  • Tambm conhecido como:

    Picanha;

    Churrasquinho;

    T-bone, etc

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  • Alguns dados histricos

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    Pessoal, aqui vcs devem citar alguns fatos histricos importantes, eu anotei algumas coisas importantes na ultima aula dela:

    Produo da biomassa no brasil

    Com X toneladas de sebo, produz-se Y toneladas de biodiesel

    Qual o investimento nessa rea?

    Participao do Biodiesel do sebo no mercado? (eu sei que eh em torno de 17%, ta no paper do biodiesel de sebo no brasil)

    O que mais vcs acharem til colocar, curiosidades tbm so bem-vindas!

    Colocar dados atuais sobre o PNPB e a evoluo da concentrao de biodiesel no diesel (B2, B3, B4, B5, B6 e B7)

    A pagina 62, tabela 1 do artigo do sebo bovino no brasil traz a evoluo da produo de biodiesel de 2005 pra c, acho legal colocar essa info!

    Tomem quantos slides vcs quiserem pra isso!

  • 3/31/2015 4

    Alguns dados histricos...

    PNPB (2005) - Implanta a produo e o uso de biodiesel no Brasil de forma sustentvel a partir de diversas fontes oleaginosas;

    Lei 11.097/2005 - Obrigatoriedade de adio de Biodiesel ao Diesel;

    Porcentagens: 2%(B2) 2005-2009; 5%(B5) em Jan/2010; 6%(B6) em Jul/2014; 7%(B7) em Nov/2014;

    Predomnio da soja (80%);

  • 3/31/2015 5

    Pecuria no Brasil

    Entre as maiores do mundo;

    Efetivo bovino de 205 milhes de cabeas (IBGE, 2010);

    Carne seu principal produto;

    Subprodutos: Couro para a indstria caladista; Ossos para produo de farinha utilizada em rao animal;

    Colgeno vinculado indstria alimentcia; Leite; Sebo, utilizado pela indstria de higiene e limpeza, bem como a produo de biodiesel;

    Fonte: http://risadapontocom.blogspot.com.br/2010/10/best-da-vaca.html

  • 3/31/2015 6

    Produo da Biomassa no Brasil

    Produto obtido a partir de residuos de tecidos bovinos, de aves ou peixes;

    Custo relativamente baixo;

    23 kg de sebo por cabea;

    17% da produo total de biodiesel;

  • 3/31/2015 7

    Preo do Sebo

    Evoluo do Preo de Sebo Bovino e de Boi Gordo, Mdia Anual em Valores Nominais, Brasil, 2005 a 2009.

  • 3/31/2015 8

    Sebo X Soja

    Participao Percentual da Soja e do Sebo Bovino na Produo Brasileira de Biodiesel, Outubro de 2008 a Dezembro de 2010.

  • 2000

    70% Sabo e sabonetes

    15% Combustvel

    10% Rao animal

    5% Outros

    2007

    61% Sabo e sabonetes

    13% leo vegetal de cozinha

    12% Combustvel

    10% Rao

    4% Queimado em caldeiras

    A biomassa: viso geral

    A biomassa consiste, basicamente, em gordura, tratada como subprotudo da carne.

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  • A biomassa: extrao do leo bruto

    A partir da gordura bovina, o leo bruto extrado. As rotas de extrao mais utilizadas so:

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    Rota mecnica: extrao por derretimento

    Aquecimento gradual at 100C em presso reduzida

    Matria residual em suspenso removida por percolao seguida

    de filtrao.

    Rota qumica: extrao por CO2 supercrtico (SC-CO2)

    Ocorre a 45C, 500bar de presso e vazo de 3mL

    CO2/min

    Biomassa deve estar seca atravs de congelamento

    (freeze-dried).

    Propriedade Valor Referncia Viscosidade

    cinemtica a 40C (mm/s)

    46,37 (CHAKRABORTY et

    al, 2013)

    ndice de Cetanos 50,17 (MORAES, M.S.A.,

    2008)

    Algumas propriedades do leo bruto filtrado

    Comparao entre leo bruto e o biodiesel de alguns vegetais quanto viscosidade cinemtica a 40C (mm/s)

    Vegetal leo bruto Biodiesel Referncia

    Algodo 50,0 4,0

    (DA CUNHA, M.E., 2008)

    Soja 65,0 4,1

    Canola 39,5 4,5

    Seringueira 66,2 5,8

  • Ento, o que fazer se voc tiver leo guardado no seu caminho? Deixe ele l!

    Alta viscosidade: entope os injetores!

    Alto PEFF: entope o filtro E os injetores!

    A queima da glicerina presente no leo forma compostos mortferos, como a acrolena!

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    txica! irritante! cancergena!

  • A transesterificao: o que ?

    O processo de transesterificao uma das formas de se obter biodiesel a partir do leo bruto (gordura). A outra forma mais conhecida a esterificao.

    uma reao que ocorre em partes, com o leo bruto na presena de um lcool e de um catalisador em condies timas dentro de um reator BSTR.

    As caractersticas do produto final dependem da composio da biomassa. O tipo de lcool e de catalisador utilizados interferem na eficincia e qualidade do processo.

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  • A transesterificao: como ocorre?

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  • Algumas observaes... claro que o verdadeiro formato dos cidos graxos no so sempre lineares e lindinhos e fofos, eles dependem da composio do leo da biomassa, no caso do leo do sebo bovino, temos:

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    cido Graxo Composio (%m/m)

    Mirstico (C14:0) 3,10

    Palmtico (C16:0) 29,10

    Esterico (C18:0) 18,90

    cido oleico (C18:1) 44,00

    cido linoleico (C18:2) 0,90

    cido linolnico (C18:3) -

    Araqudico (C20:0) -

    Outros 4,00

  • Catalisador? Como assim?! O uso de catalisador no processo de transesterificao no to simples quanto parece! Quando a biomassa apresenta mais de 4% de acidez, normalmente emprega-se o uso de catalisadores cidos para diminuir a formao de subprodutos indesejveis, como o sabo.

    Biomassas de origem animal normalmente apresentam alto ndice de acidez.

    Para o sebo bovino, trabalhos de produo de biodiesel foram feitos utilizando-se catlise bsica com preferncia para o KOH, pois o NaOH permite a formao de sabes que so difceis de serem separados!

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  • Como a catlise ocorre? No processo de produo de biodiesel, utiliza-se catlise homognea, onde tanto o soluto quanto o catalisador encontram-se em fase lquida.

    Ao final do processo de transesterificao, lavagem com gua acidificada necessria para remoo do catalisador bsico.

    O lcool e o catalisador NO so misturados diretamente com o leo!

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    o Mas o qu acontece dentro do misturador?

  • Dentro do misturador...

    lcool e catalisador so misturados, o que ocorre dentro do misturador a formao do alcxidos, estes que iro interagir com o leo!

    Supondo o uso de metanol e hidrxido de potssio:

    + 3 3 +2

    3 3 + +

    O composto 3 conhecido como alcxido, e o responsvel

    pelo processo de transesterificao ocorrer rapidamente!

  • O que o alcxido faz?

    Depois de misturado no misturador, a soluo levada ao reator principal, para ser misturado ao leo bruto.

    O alcxido vai clivar uma das ligaes qumicas no cido graxo, mas qual delas?

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    Ligao Entalpia de ligao a 25C e 1atm (kJ/mol)

    = 802

    412

    351

    348

    A clivagem das ligaes C-O so priorizadas por conta da temperatura e presso no reator durante o processo e tambm pela afinidade eletrnica!

  • Mais observaes...

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    Os lcoois devem ser utilizados em excesso, o excesso favorece o deslocamento da reao para a direita.

    O excesso de lcoois recuperado por processos de separao.

    O catalisador recuperado no final da reao!

    Como o catalisador constantemente recuperado durante a reao, sua quantidade muito menor que a quantidade lcool utilizado.

    Normalmente, aplica-se uma proporo de 6:1 lcool:leo e mais 1,5% de catalisador KOH (percentual em massa relativo massa de leo).

  • Concluda a transesterificao... Com o trmino da reao, o que nos sobra uma mistura de glicerol, monoalquilsteres (biodiesel) e uma srie de impurezas que sero retiradas por processos descritos a seguir...

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    A maior parte dos contaminantes so o glicerol e a gua, caso a biomassa no tenha sido propriamente seca antes do processo de transesterificao.

    O biodiesel tambm contm traos de catalisador e lcool que foi utilizado em excesso.

  • ... Comea a separao e purificao

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  • A separao e purificao do biodiesel.

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  • Formas de separao

    Decantao

    Centrifugao

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  • Por que realizar a purificao?

    Contaminantes interferem nas caractersticas finais

    Entupimento dos filtros

    Desempenho em motores prejudicado

    Deteriorao dos motores

    Armazenagem comprometida

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  • Formao de duas fases

    Superior: steres alqulicos de cidos graxos com traos de glicerol, lcool e catalisador.

    Inferior: glicerol.

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  • Mtodos

    Lavagem cida Remove o catalisador residual, glicerol, metanol e sabo;

    Diminui a alcalinidade pela formao de sais e dissoluo;

    demorada e gera efluentes contaminados.

    Uso de adsorventes (i.e. Magnesol) Remove sabo e glicerina

    Reduz o tempo de processo (eliminando etapa de lavagem)

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  • Secagem

    Eliminar gua em excesso

    Eliminar metanol/etanol

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  • Processo detalhado

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    Fonte: Notas de aula da prof. Ana.

  • Processo detalhado

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    Fonte: Notas de aula da prof. Ana.

  • Comparao dos mtodos

    Comparao de teores de cidos graxos livres e glicerol ligado em amostras de biodiesel com diferentes processos

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  • Subprodutos

    Glicerina Tintas

    Adesivos

    Produtos Farmacuticos

    Produtos Txteis

    Higiene e Limpeza

    Supositrios

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  • Mistura de biodiesel de sebo bovino em motor diesel durante 600 horas (Corra, I. et al)

    Biodiesel

    70% Biodiesel de sebo bovino

    30% Biodiesel de algodo

    Motor

    MWM D299.3

    Datalogger Campbell

    Teste

    Teste de 600h

    Aquisio de dados a cada 100h

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  • Mistura de biodiesel de sebo bovino em motor diesel durante 600 horas (Corra, I. et al)

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  • Mistura de biodiesel de sebo bovino em motor diesel durante 600 horas (Corra, I. et al)

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    Tabela 1 Caractersticas fsico-qumicas do leo lubrificante.

    Variveis avaliadas Novo 100h 200h 300h 400h 500h 600h

    Aparncia Visual LCC LP LP LP LP LP LCE

    Viscosidade a 40C (cSt) 99,1 100,4 121 111,5 108,4 110,6 128,6

    Viscosidade a 100C (cSt) 15,1 16,4 16,4 17,53 16,9 16,4 19,6

    gua por destilao (%) < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 0,05 0,05 0,05

    Diluio 0 0 0 0 Negat. Negat. Negat.

    ndice de basicidade TBN (mmgHOK g min -) 10,2 9,7 9,53 8,3 9,87 10,25 8,4

    Ponto de Fulgor (C) 242 192 240 230 240 232 232

    Insolveis (%) 0,29 1,22 0,36 0,38 0,44 0,42 0,85

    Nota: LCC = Lquido Castanho Claro; LP = Lquido Preto; LCE = Lquido Castanho Escuro

  • Propriedades Biodiese

    l Sebo

    Bovino

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    Propriedades Limitesa (D e B2) B100

    b B2

    c Diesel

    Densidade (20 C Kg L-1) 0.820 a 0.865 0.872 0.844 0.844

    Ponto de Fulgor (min C) min. 38.0 156.7 43.0 40.7

    Viscosidade cinemtica (40 C mm2 s-1) Anotar 5.3 2.7 2.7

    PEFF (max C) Anotar 14.3 -11.7 -15.3

    Ponto de Nvoa (cristalizao) C 19-09 15 (CHAKRABORTY, 2013) - -

    Poder Calorfico Anotar 40.29 (CHAKRABORTY, 2013) - -

    Corrosividade ao cobre 1A 1A - -

    ndice de acidez mg KOH g-1 0.8 0.703 (MORAES, 2008) - -

    Nmero de Cetano - 60.35 47.15 46.52

    Na (mg kg-1) 10 max 1.63 - -

    K (mg kg-1) 10 max

  • Descrio das Propriedades

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  • Descrio das Propriedades

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    Corrosividade ao Cobre

    Ponto de Fulgor

    Poder Calorfico

    Nmero de Cetano

  • Bibliografia

    Corra, Ila; Maziero, Jos; Storino, Moiss, Mistura de biodiesel de sebo bovino em motor diesel durante 600 horas, Santa Maria V.41 n47, p. 1189-1194, Jul, 2011.

    DA CUNHA, M. Caracterizao de Biodiesel Produzido com Misturas Binrias de Sebo Bovino, leo de Frango e leo de Soja. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2008.

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