UNIÃO MUNICIPAL ESPÍRITA DE SANTA MARIA - RS DECOM/UME SM Umesm.blogspot.com [email protected] Andarilhos do bem: Grupo Carioca divulga o Espiritismo em SM Entrevista: Grupo Arte & Luz NEI BASTOS COSME CENTRO ESP. “A CASA DO CONSOLADOR PROMETIDO”
UNIÃO MUNICIPAL ESPÍRITA DE SANTA MARIA - RS
DECOM/UME SM Umesm.blogspot.com
Andarilhos do bem: Grupo Carioca
divulga o Espiritismo em SM
Entrevista:
Grupo Arte & Luz
NEI BASTOS COSME CENTRO ESP. “A CASA DO CONSOLADOR PROMETIDO”
Queridos irmãos espíritas!
É com muita alegria que entregamos o BEUME de fevereiro aos irmãos das casas espíritas.
Lembrem-se: O BEUME é uma ferramenta de divulgação de suas casas, seus projetos,
eventos e tudo mais que tenha relação com a Doutrina Espírita.
Começamos a edição deste mês com o título de “Andarilhos do bem”.
Veremos como é bem simples divulgar o Espiritismo.
Após, entrevista com o Grupo Arte & Luz e finalizando com o espaço “Você e o Espiritismo” com Nei Bastos Cosme.
E ainda: Espitirinhas, comunicações das casas, livros, eventos e a mensagem de Chico Xavier.
Uma excelente leitura a todos.
EDITORIAL ANDARILHOS DO BEM
A Caravana da S. E. Leon Denis do Rio de Janeiro esteve presente em nossa cidade e visitou várias casas. Terminou seus ciclos de palestras na manhã de domingo, 11.01.15, no Abrigo Espírita Oscar José Pithan. Conforme a coordenadora do grupo, Sra. Amalia Cordeiro, a caravana vem a RS há 14 anos e em Santa Maria vieram em 8 pessoas. Visitaram as Sociedades Espíritas Benjamin Potti, Lar de Joaquina, Boa Nova e Abrigo Oscar J. Pithan. Outras equipes encontravam-se nas cidades de Santo Ângelo e Caxias do Sul. Atuam nos estados do Rio de Janeiro, onde fica sua sede, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em 2014 visitaram 100 casas espíritas e trabalham intensamente a codificação com base nas obras de Allan Kardec através de cursos e palestras. O BEUME entrevistou a Sra. Antônia Cunha que palestrou sobre a compreensão que nos traz a Doutrina Espírita. Interessados para o próximo ano contatar com o irmão Marco Aurélio Ribas pelo e-mail: [email protected]
BEUME: Em sua palestra, a Sra. Falou que o estudo da DE nos traz a compreensão? Antônia: Sim. A compreensão de algo que vai além do estudo. Você precisa ler e compreender. Esta é a metodologia da didática do ensino. Só assim você vai poder apresentar aos outros o seu conteúdo. O entendimento vem com uma certa dor. Porque nos faz refletir. Precisamos nos domar. Na compreensão do texto à luz de Kardec, você se avalia, você só entende o texto depois que se colocou nele. Isto tudo vai lhe dar uma vontade de colocar a mão na massa para desenvolver o trabalho voluntário. A partir daí, a obra depende de você e contam com você, com sua presença, assiduidade, etc. BEUME: Fale mais sobre a morte e o desencarne. Antônia: O desencarne pode levar alguns minutos, anos e também séculos. Na literatura espírita vemos que espíritos são vistos no cemitério com laços fluídicos, do corpo espiritual dentro da cova, porque ainda está ligado ao corpo. Ele encontra-se dentro das casas, perturbando, interferindo na família. O médium que tem a vidência o vê.
EDITORIAL
BEUME: A Sra. Falou que a casa espírita possui uma luz que nos atrai. Por favor, explique melhor. Antônia: É a luz do esclarecimento. Fomos iludidos por muito tempo porque não nos disseram toda a verdade. Esta verdade ficou escondida. Na literatura vemos o momento em que a igreja saiu do processo da reencarnação. Leon Denis, diz que precisamos saber a base da nossa crença, a história da nossa crença. As pessoas dizem que possuem uma religião. Se elas conhecerem a história irão ficar muito mais seguros. A Doutrina Espírita é a única que trata da reencarnação e da comunicabilidade. A casa espírita precisa usar desta ferramenta para esclarecer as famílias que se encontram preocupadas com a presença destas manifestações indesejadas. O pensamento atrai e nós somos uma usina de força e através do nosso pensamento, vamos atrair os irmãozinhos que estão zombando por aí. Combatemos isto através da prece. A prece é a único recurso que temos para sermos nós mesmos. Pensando, agindo, reagindo e assumindo compromissos. O nosso benfeitor age na nossa dificuldade. Ele vem e nos auxilia, por amor.
BEUME: E aquele que desencarna com a missão cumprida e o compromisso de quem fica. Antônia: Encontramo-nos em um planeta em que poucos espíritos tem a reencarnação compulsória. São aqueles às vezes recém chegados de mundos primitivos e ainda cometem muitos delitos, desencarnam cedo, é o bate e volta. Agora, nós que já temos esta visão precisamos melhorar. Temos que ter a noção de que somos fortes, valorizando isto. Depois de tudo que já passamos no caminho da evolução através da reencarnação, é como se criássemos uma casca grossa, uma fortaleza em nós que às vezes até desconhecemos. Somos muito fortes. Passamos por diversas situações e permanecemos sempre felizes. Na questão de voltar, quando do planejamento reencarnatório, nós definimos a família. Quase sempre retornamos no mesmo núcleo familiar. E neste processo a família se presta para isto, para nos trabalhar e melhorar. Quando voltamos, escolhemos a maneira como ressarcir da dificuldade que tivemos no passado. Daí escolhemos. Uma situação violenta, uma situação abrupta, uma doença de longo tempo. Escolhemos sempre o desenrolar dentro de um determinado tempo sob o princípio da utilidade. A maneira como se parte é definitiva para a próxima encarnação seguinte.
O BEUME entrevista o Grupo Arte & Luz. Sua arte e
música são levados a Santa Maria e região principalmente
no final de ano e também em eventos especiais em casas
espíritas, parques, praças, etc, acalmando muitos
corações.
Convidamos a irmã Angela Assis, componente do grupo,
para a entrevista.
BEUME: Na sua opinião, qual a importância do Grupo Arte & Luz na comunidade espírita como um todo? Angela: Acreditamos que contribuímos com a comunidade espírita em geral , quando buscamos aliar os princípios e os valores éticos e morais do Espiritismo às manifestações artísticas em geral, por meio da arte-educação, a serviço do bem e do belo.
Entrevista: Grupo Arte & Luz
BEUME: Qual é a ideia que o grupo pensa em passar a todos que assistem a suas apresentações? Angela: O objetivo das apresentações do grupo é levar a mensagem de Jesus para que através dela cada um possa fazer as suas reflexões acerca da vida contribuindo dessa forma para um novo mundo.
BEUME: A preocupação em levar a palavra de Jesus é um
compromisso inadiável?
Angela: É o principal objetivo do grupo, com a consciência de
que a oportunidade do trabalho sim é inadiável porque
entendemos que somos espíritos em oportunidade
reencarnatória da qual não podemos nos eximir.
BEUME: Qual a importância dos jovens no grupo?
Angela: Não só os jovens mas todos os integrantes são de
extrema importância no grupo, e a convivência fraterna entre
as idades variadas proporciona a todos um grande
aprendizado.
BEUME: Como foi apresentar-se no Congresso Espírita em
Gramado?
Angela: Todas as apresentações do grupo na verdade são
trabalhos. O congresso foi uma oportunidade de trabalho
valiosa, uma experiência que nos acrescentou muito em termos
de movimento.
BEUME: Se alguém se interessar participar do grupo Arte &
Luz, como faz?
Angela: É só entrar em contato conosco pelo facebook: Arte &
Luz e amigos, deixando um recado que informaremos onde
estaremos reunidos (a cada 15 dias na S E Benjamin Potti-
centro e/ou na S E Leon Denis em Camobi). Para fazer parte do
grupo não é necessário ter qualificação musical, basta que
queira e goste de cantar “para Jesus” e ser espírita-estar
frequentando uma casa espírita a 01 ano e meio , no grupo de
estudos para adultos e para jovens e crianças (menores de 13
anos acompanhados dos pais) a evangelização.
Queria como Grupo de Música Espírita Arte & Luz,
agradecer imensamente o apoio e carinho do
Movimenta Espírita de Santa Maria e região
desejando que tenhamos um 2015 de muita paz,
esperanças, trabalho, amizades e muito amor... e
que continuemos a ser os discípulos do Mestre
Jesus a caminhar pelas veredas do mundo
espalhando Suas Verdades a toda a
humanidade!!!
Você e o Espiritismo Nome completo: NEI BASTOS COSME Casa Espírita: CENTRO ESP. “A CASA DO CONSOLADOR PROMETIDO” Fale um pouco de você: Sou militar reformado, tenho 5 filhos e sou amante da natureza. Através da doutrina espírita, tive oportunidade de realizar trabalhos sociais, o que me dá muita alegria e oportunidade de novos aprendizados a cada tarefa realizada.
BEUME: Como foi o seu início na doutrina espírita? NEI: Comecei como voluntário na obra de reforma da sede atual do Consolador Prometido (1999), a partir deste momento comecei a participar dos estudos sistematizados – Esde - e atualmente estou presidente desta sociedade espírita. Desde 2012 aceitei o convite para colaborar no movimento espirita da cidade, isto foi bastante agradável pois fiz novas amizades e houve a chance de realizar novas tarefas nesta seara abençoada.
BEUME: Qual a sua perspectiva para o espiritismo no futuro? NEI: A doutrina espírita tem as respostas para muitas das indagações daqueles que estão em conflitos emocionais, fruto da correria do dia a dia. Assim, temos de estar em constante preparação pois será talvez o centro espirita , a escola de almas, a instituição que fornecerá o lenitivo para aqueles que no momento oportuno, buscarão um norte verdadeiro para suas vidas. BEUME: Que avaliação você faz do movimento espírita na sua região? Está bastante unido, com a participação de muitas sociedades nos encontros de unificação mas ainda há espaços a serem preenchidos necessitando uma mescla de novos e experientes tarefeiros em vista de que a participação na sociedade, dos envolvidos com o movimento espírita, cresce a cada dia.
BEUME: Indique: - Um livro: - O evangelho Segundo o Espiritismo e as demais obras
escritas por Kardec.
- Um filme: - Conversando com Deus.
- Outros: - Filme dos espíritos e a Vida continua.
BEUME: Deixe uma mensagem para os espíritas. NEI: Somos trabalhadores comprometidos no ontem e compromissados no hoje. Ficamos com a mensagem do espirito de verdade. Espíritas amai-vos e instrui-vos.
DA COMUNHÃO DE PENSAMENTOS
A PROPÓSITO DA COMEMORAÇÃO DOS MORTOS
A Sociedade Espírita de Paris reuniu-se especialmente, pela primeira vez, a 2 de
novembro de 1864, visando oferecer uma piedosa lembrança a seus falecidos colegas e
irmãos espíritas. Naquela ocasião o Sr. Allan Kardec desenvolveu o princípio
da comunhão de pensamentos, no discurso seguinte:
Caros irmãos e irmãs espíritas,
Estamos reunidos, neste dia consagrado pela tradição à comemoração dos mortos,
para dar àqueles dos nossos irmãos que deixaram a Terra, um testemunho particular de
simpatia, para dar continuidade às relações de afeição e de fraternidade que existiam entre
eles e nós enquanto eles estavam vivos, e para chamar para eles a bondade do Todo-
Poderoso. Mas, por que nos reunirmos? Por que nos desviarmos de nossas ocupações?
Não pode cada um fazer em particular aquilo que nos propomos fazer em comum? Não o
faz cada um de nós pelos seus? Não se pode fazê-lo todos os dias e a cada hora do dia?
Então, que utilidade pode haver em reunir-se num dia determinado? É sobre este ponto,
senhores, que me proponho apresentar-vos algumas considerações.
A disposição com que a ideia desta reunião foi acolhida é a primeira resposta a essas
diversas questões. Ela é o indício da necessidade que experimentamos ao nos acharmos
juntos numa comunhão de pensamentos.
Comunhão de pensamentos! Compreendemos bem todo o alcance desta expressão?
É permitido duvidar disto, pelo menos por parte da maioria. O Espiritismo, que nos ensina
tantas coisas pelas leis que revela, vem ainda nos explicar a causa, os efeitos e o poder
desta situação do espírito.
Comunhão de pensamento quer dizer pensamento comum, unidade de intenção, de
vontade, de desejo, de aspiração. Ninguém pode desconhecer que o pensamento é uma
força. É, porém, uma força puramente moral e abstrata? Não, pois do contrário não se
explicariam certos efeitos do pensamento e, ainda menos, da comunhão de pensamentos.
Para compreendê-lo é preciso conhecer as propriedades e a ação dos elementos que
constituem nossa essência espiritual, e é o Espiritismo que no-las ensina.
O pensamento é o atributo característico do ser espiritual. É ele que distingue o espírito
da matéria. Sem o pensamento, o espírito não seria espírito. A vontade não é um
atributo especial do espírito; é o pensamento chegado a um certo grau de energia; é o
pensamento transformado em força motriz. É pela vontade que o espírito imprime aos
membros e ao corpo movimentos num determinado sentido. Mas, se ele tem o poder de
agir sobre os órgãos materiais, quanto maior não deve ser esse poder sobre os elementos
fluídicos que nos rodeiam! O pensamento age sobre os fluidos ambientes, como o som
age sobre o ar; esses fluidos nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som. Pode-
se dizer, portanto, com toda certeza, que há nesses fluidos ondas e raios de
pensamentos que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros.
Uma assembleia é um foco de onde se irradiam pensamentos diversos; é como uma
orquestra, um coro de pensamentos onde cada um produz a sua nota. Disso resulta grande
quantidade de correntes e de eflúvios fluídicos dos quais cada um recebe a impressão pelo
sentido espiritual, como num coro de música cada um recebe a impressão dos sons pelo
sentido da audição.
Entretanto, assim como há raios sonoros harmônicos ou discordantes, há também
pensamentos harmônicos e discordantes. Se o conjunto for harmônico, a impressão será
agradável; se ele for discordante, a impressão será penosa. Ora, para tanto, não é
necessário que o pensamento seja formulado em palavras, porquanto a radiação fluídica
não deixa de existir, quer seja ou não expressa. Se todos forem benevolentes, todos os
assistentes experimentarão um verdadeiro bem-estar e se sentirão à vontade. No entanto,
se ali se misturam alguns maus pensamentos, eles produzem o efeito de uma corrente de
ar gelado num meio tépido.
Essa é a causa do sentimento de satisfação que se experimenta numa reunião
simpática; aí reina algo como que uma atmosfera salubre, onde se respira à vontade; daí
se sai reconfortado, porque aí nos impregnamos de eflúvios salutares. Assim também se
explicam a ansiedade e o mal-estar indefinível que sentimos num meio antipático, onde
pensamentos malévolos provocam, por assim dizer, correntes fluídicas malsãs.
A comunhão de pensamentos produz, pois, uma espécie de efeito físico que age sobre
o moral. É isto que somente o Espiritismo poderia tornar compreensível. O homem o
sente instintivamente, porquanto procura as reuniões onde sabe que vai encontrar essa
comunhão; nessas reuniões homogêneas e simpáticas, ele absorve novas forças morais.
Pode-se dizer que ele aí recupera as perdas fluídicas que ocorrem diariamente pela
radiação do pensamento, assim como recupera pelos alimentos as perdas do corpo
material.
Essas considerações, senhores e caros irmãos, parecem afastar-nos do objetivo
principal de nossa reunião, contudo, elas para aqui nos conduzem diretamente. As
reuniões que têm por objetivo a comemoração dos mortos repousam na comunhão de
pensamentos. Para compreender a sua utilidade, era necessário bem definir a natureza e
os efeitos dessa comunhão.
Para a explicação das coisas espirituais, por vezes me sirvo de comparações muito
materiais, e talvez até mesmo um pouco forçadas, que nem sempre devem ser tomadas
ao pé da letra. No entanto, é procedendo por analogia, do conhecido para o
desconhecido, que chegamos a nos dar conta, pelo menos aproximadamente, do que
escapa aos nossos sentidos. É a tais comparações que a Doutrina Espírita deve, em
grande parte, ter sido facilmente compreendida, mesmo pelas mais vulgares
inteligências, ao passo que se eu tivesse ficado nas abstrações da filosofia metafísica,
ela seria partilhada, ainda hoje, apenas por algumas inteligências de escol. Ora, desde o
princípio, importava que ela fosse aceita pelas massas, porque a opinião das massas
exerce uma pressão que acaba fazendo lei e triunfando das oposições mais tenazes. Eis
filosofia, porque ela não é suficientemente abstrata e porque ela saiu do nevoeiro da
metafísica clássica.
Aos efeitos que acabo de descrever, no que concerne à comunhão de pensamentos,
junta-se um outro, que é sua consequência natural, e que importa não perder de vista. É a
força que adquire o pensamento ou a vontade, pelo conjunto dos pensamentos ou vontades
reunidas. Sendo a vontade uma força ativa, essa força é multiplicada pelo número de
vontades idênticas, como a força muscular é multiplicada pelo número de braços.
Estabelecido este ponto, concebe-se que nas relações que se estabelecem entre os
homens e os Espíritos há, numa reunião onde reina perfeita comunhão de pensamentos,
uma força atrativa ou repulsiva que nem sempre possui um indivíduo isolado. Se até o
presente as reuniões muito numerosas são menos favoráveis, é pela dificuldade de obter
uma perfeita homogeneidade de pensamentos, o que se deve à imperfeição da natureza
humana na Terra. Quanto mais numerosas forem as reuniões, mais aí se mesclam
elementos heterogêneos, que paralisam a ação dos bons elementos, e que são como grãos
de areia numa engrenagem. Não é assim nos mundos mais avançados, e esse estado de
coisas mudará na Terra, à medida que os homens aqui se tornarem melhores.
Para os espíritas, a comunhão de pensamentos tem um resultado ainda mais especial.
Temos visto o efeito desta comunhão de homem a homem. O Espiritismo nos prova que
ele não é menor dos homens aos Espíritos, e vice-versa. Com efeito se o pensamento
coletivo adquire força pela quantidade, um conjunto pensamentos idênticos, tendo por
objetivo o bem, terá mais força para neutralizar a ação, de dos maus Espíritos. Assim,
vejamos que a tática destes últimos é levar à divisão e ao isolamento. Sozinho, um homem
pode sucumbir, ao passo que se sua vontade for corroborada por outras vontades, ele
poderá resistir, conforme o axioma: A união faz a força, axioma verdadeiro ao moral
como ao físico.
Por outro lado, se a ação dos Espíritos malévolos pode ser paralisada por um
pensamento comum, é evidente que a dos bons Espíritos será secundada, e sua influência
salutar não encontrará obstáculos; seus eflúvios fluídicos, não sendo impedidos por
correntes contrárias, se espalharão sobre todos os assistentes, precisamente porque todos
os terão atraído pelo pensamento, não cada um em proveito pessoal, mas em proveito de
todos, conforme a lei da caridade. Esses eflúvios descerão sobre eles em línguas de fogo,
para nos servirmos de uma admirável imagem do Evangelho.
Assim, pela comunhão de pensamentos, os homens se assistem entre si, e ao mesmo
tempo assistem os Espíritos e são por eles assistidos. As relações do mundo visível com
o mundo invisível deixam de ser individuais e passam a ser coletivas, e por isto mesmo
mais poderosas, para proveito das massas, bem como dos indivíduos. Numa palavra, ela
estabelece a solidariedade, que é a base da fraternidade. Ninguém trabalha apenas para si,
mas para todos, e trabalhando por todos, cada um aí encontra seu quinhão. É isto que não
compreende o egoísmo.
Todas as reuniões religiosas, seja qual for o culto a que pertençam, são fundadas na
comunhão de pensamentos; é aí, com efeito, que elas podem e devem exercer toda a sua
força, porque o objetivo deve ser a libertação do pensamento das constrições da matéria.
Infelizmente, a maioria se afasta deste princípio à medida que fizeram da religião
uma questão de forma. Disto resultou que cada um fazendo seu dever consistir na
realização da forma, se julga quite com Deus e com os homens, porquanto praticou uma
fórmula. Disso resulta, ainda, que cada um vai aos lugares de reuniões religiosas com um
pensamento pessoal, por conta própria, e, na maioria das vezes, sem nenhum sentimento
de confraternidade em relação aos outros assistentes. Ele está isolado no meio da
multidão, e não pensa no céu senão para si mesmo.
Certamente não era assim que o entendia Jesus, quando disse: Quando muitos de vós
estiverdes reunidos em meu nome, eu estarei em vosso meio. “Reunidos em meu nome”
quer dizer: com um pensamento comum, mas não se pode estar reunido em nome de Jesus
sem assimilar os seus princípios, a sua doutrina. Ora, qual é o princípio fundamental da
doutrina de Jesus? A caridade em pensamentos, em palavras e em ações. Os egoístas e os
orgulhosos mentem quando se dizem reunidos em nome de Jesus, porque Jesus não os
conhece como seus discípulos.
Tocadas por esses abusos e desvios, algumas pessoas negam a utilidade das
assembleias religiosas e, consequentemente, dos edifícios a elas consagrados. Em seu
radicalismo, pensam que seria melhor construir hospitais do que templos, tendo em vista
que o templo de Deus está em toda parte, e que Deus pode ser adorado em toda parte; que
cada um pode orar em sua casa e a qualquer hora, ao passo que os pobres, os doentes e os
enfermos necessitam de um lugar de refúgio.
Mas porque se cometem abusos, porque se afastam do reto caminho, segue-se que
não existe o caminho reto e que tudo de que se abusa é mau? Certamente não. Falar assim
é desconhecer a fonte e os benefícios da comunhão de pensamentos que deve ser a
essência das assembleias religiosas; é ignorar as causas que a provocam. Que os
materialistas professem semelhantes ideias, compreende-se, porque em todas as coisas
eles fazem abstração da vida espiritual, mas da parte de espiritualistas, e mais ainda dos
espíritas, seria um contrassenso. O isolamento religioso, como o isolamento social,
conduz ao egoísmo. Que alguns homens sejam bastante fortes por si mesmos, fartamente
dotados pelo coração, para que sua fé e caridade não necessitem ser aquecidas num foco
comum, é possível, mas não é assim com as massas, às quais falta um estimulante, sem o
qual poderiam deixar-se tomar pela indiferença. Além disso, qual o homem que poderá
dizer-se bastante esclarecido para nada ter que aprender no tocante aos seus interesses
futuros e bastante perfeito para prescindir de conselhos para a vida presente? É ele sempre
capaz de instruir-se por si mesmo? Não. À maioria faltam ensinamentos diretos em
matéria de religião e de moral, como em matéria de ciência. Sem contradita, tais ensinos
podem ser dados em toda parte, sob a abóbada do céu como sob o teto de um templo.
Mas, por que os homens não haveriam de ter lugares especiais para as coisas celestes,
como os têm para as terrenas? Por que não teriam assembleias religiosas, como têm
assembleias políticas, científicas e industriais? Isto não impede as fundações em benefício
dos infelizes, mas nós dizemos, além disto, que quando os homens compreenderem
melhor seus interesses do céu, haverá aqui menos gente nos hospitais.
Falando de maneira geral e sem alusão a nenhum culto, se as assembleias religiosas
muitas vezes se afastaram de seu objetivo primitivo principal, que é a comunhão
fraterna do pensamento; se os ensinamentos que aí são dados nem sempre seguiram o
movimento progressivo da Humanidade, é que os homens não realizam todos os
progressos ao mesmo tempo. O que eles não fazem num período, fazem em outro. À
medida que se esclarecem, eles veem as lacunas existentes em suas instituições, e as
preenchem; eles compreendem que o que era bom numa época, em relação ao grau da
civilização, torna-se insuficiente numa etapa mais adiantada, e restabelecem o nível.
Sabemos que o Espiritismo é a grande alavanca do progresso em todas as coisas. Ele
marca uma era de renovação. Saibamos, pois, esperar, e não peçamos a uma época mais
do que ela pode dar. Como acontece com as plantas, é preciso que as ideias amadureçam
para serem colhidos os frutos. Saibamos, além disso, fazer as necessárias concessões às
épocas de transição, pois nada, na natureza, se opera de maneira brusca e instantânea.
Pelo motivo que hoje nos reúne, senhores e caros irmãos, julguei oportuno aproveitar
a circunstância para desenvolver o princípio da comunhão de pensamentos, do ponto de
vista do Espiritismo. Sendo o nosso objetivo unirmo-nos em intenção para oferecer, em
comum, um testemunho particular de simpatia aos nossos irmãos falecidos, poderia ser
útil chamar nossa atenção para as vantagens da reunião. Graças ao Espiritismo,
compreendemos o poder e os efeitos do pensamento coletivo e podemos melhor explicar
o sentimento de bem-estar que se experimenta num meio homogêneo e simpático, mas
igualmente sabemos que o mesmo se dá com os Espíritos, porque eles sabem receber os
eflúvios de todos os pensamentos benevolentes que para eles se elevam como uma nuvem
de perfume. Os que são felizes experimentam uma alegria maior neste concerto
harmonioso; os que sofrem sentem com isso um maior alívio. Cada um de nós, em
particular, ora de preferência por aqueles que lhe interessam ou que ele mais estima.
Façamos que aqui todos tenham sua parte nas preces que dirigimos a Deus.
Revista Espírita 1864 » Dezembro » Da comunhão do pensamento » A propósito da
comemoração dos mortos
Espitirinhas
http://www.espitirinhas.blogspot.com.br/
TERÇA-FEIRA ÀS 20:00 HORAS
SÁBADO ÀS 15:00 HORAS
APOIO ESPIRITUAL (Segunda-Feira das 19:30H às 20:15H)
Estudo sistematizado do evangelho segundo espiritismo
TERÇA-FEIRA ÀS 20:00 HORAS
DIA
EXPOSITOR
TEMA
COORDENADOR
03 BRUNO (NÚCLEO CASA DO
CAMINHO F.SPINELLI)
A EMOÇÃO...DO QUE HÁ EM ABUNDÂNCIA NO
CORAÇÃO, DISSO FALA A BOCA.
PAULO
10 RONI (ESTUDO E CARIDADE) OBSESSÃO NA FAMÍLIA BARROS
17 JOÃO LUIZ (DISCIPULOS DE
JESUS) EM BUSCA DE UM MUNDO MELHOR
LÚCIA
24
ELIZANDRA (S.E. FÉ E ESPERANÇA)
IRMÃ DULCE CRISTIANO
SÁBADO ÀS 15:00 HORAS
DIA
EXPOSITOR
TEMA
COORDENADOR
07 LÚCIA E.S.E. CAP. VI O JUGO LEVE CRISTIANO
14 INEZ TEMA LIVRE BARROS
21 BARROS LEI DE JUSTIÇA, AMOR E
CARIDADE INEZ
28 CRISTIANO
O SONO E O SONHO NA VISÃO ESPÍRITA
CÂNDIDA
Apoio Espiritual - Evangelho Segundo Espiritismo
Segundas-Feiras das 20h às 20:45Min.
DIA EXPOSITOR TEMA
02 NÃO HAVERÁ (FÉRIAS) NÃO HAVERÁ (FÉRIAS)
09 NÃO HAVERÁ (FÉRIAS) NÃO HAVERÁ (FÉRIAS)
16 NÃO HAVERÁ (FÉRIAS) NÃO HAVERÁ (FÉRIAS)
23 PAULO O ÓBULO DA VIUVA – CAP 13 Ev.
Seg. Esp.
Departamento Doutrinário
FEVEREIRO 2015
DATA EXPOSITOR(A) TEMA COORDENADOR
02 – segunda-feira Cleusa Objetivos da Adoração (LE, Livro III, cap. II, Q. 649 a 652)
João Heitor
03 – terça-feira Leni Motivos de Resignação (ESE, cap. V, itens 12 e 13)
Renato
06 – sexta-feira Jader Livre Cleber
09 – segunda-feira Renato Vida Contemplativa (LE, Livro III, cap. II, Q. 657)
João Heitor
10 - terça-feira Solange Bem e mal sofrer (ESE, cap. V, item 18)
Renato
13 – sexta-feira Josimara Da Prece (LE, Livro III, cap. II, Q. 658 a 666)
Cleber
16 – segunda-feira Vera A felicidade não é deste mundo
( ESE, cap. V, item 20)
João Heitor
17 - terça-feira Derli Necessidade do Trabalho LE, livro III, cap. III, Q. 674 a 681)
Renato
20 - sexta-feira José Budó (SE Estudo e Caridade)
Perda de pessoas amadas (ESE, cap. V, item 21)
Cleber
23 - segunda-feira Feliciano Há muitas moradas na Casa de Meu Pai
(ESE, Cap. III)
João Heitor
24 - terça-feira Claudine Limite do trabalho. Repouso. (LE, livro III, cap. III, Q. 682 a 685)
Renato
27 - sexta-feira Adair Marques (AME- SM)
Livre Cleber
Horários das doutrinárias: - Segunda-feira – das 13h às 13h25min; - Terça-feira – das 19h30min às 20h; - Sexta-feira – das 20h às 20h30min.
SOCIEDADE ESPIRITA FRANCISCO COSTA DEPTO DOUTRINÁRIO ESPIRITUAL FEVEREIRO - 2015 SEG E SÁB 17H - QUARTA 20H ATENDIMENTO FRATERNO SEG E SAB 16h às 16h45 Quarta- 19 às 19h45
DATA TEMA EXPOSITOR COORDEN RECEPÇÃO ATENDENTE
02- SEG LE – 798 a 802- INFLUÊNCIA DO ESPIRITISMO NO ... FIGUEIREDO MARA Altivo/ Emilce Cely/Tania
04- QUA Ev- Cap XVI- 14 e 15- Desprendimentos dos bens terrenos VALÊNCIO JOÃO Bruno/Carmem II Marli/Medianeira
07- SAB LE- 873 a 879- JUSTIÇA E DIREITO NATURAL MARINES CENOLI Mariza/Zenita Rejane/ Cida
09- SEG Ev- Cap XVI- 4- Jesus na casa de Zaqueu MARA OSVALDO Marileuza/Schirlei Figueiredo/Hilda
11- QUA C I – Cap VII- A carne é fraca LORENO LEDA Deonilda/ João Leda/Carlos
14= SAB Ev Cap- XXVII- 5 a 8- Eficácia da Prece REJANE LORENO Marinês/ Vera Cenoli/ Andréia
16- SEG LE- 803 a 813- IGUALDADE NATURAL E ... DANIEL TANIA Figueiredo/ Silvia Cely/Tania
18- QUA Ev- Cap- XVII- 1e2- Caracteres da perfeição FIGUEIREDO REJANE Dilma/Bebeta Loreno/João
21- SAB LE- 880 a 885- DIREITO DE PROPRIEDADE. ROUBO. VALÊNCIO LORENO Dilce/Joacildo Marli/ Vera
23- SEG Ev Cap XVI- 5- Parábula do mau rico MARIA PAZ OSVALDO Fernando/Mara Rejane/Nilvia
25- QUA CI – Cap VI- Origem das penas eternas CENOLI LEDA Jurema Buss/João Leda/ M.Schuch
28- SAB OP- MANIFESTAÇÕES DOS ESPÍRITOS- Carater e conse- quências religiosas se manifestações dos Espíritos
LORENO VALÊNCIO Luiz Q/ Gustavo Cenoli/ Cida
Duração da exposição :- 30 minutos
SUGESTÕES DE OBRAS ESPÍRITAS
Fonte: http://www.febeditora.com.br/
MENSAGEM PARA 2015!
VAMOS DIVULGAR A
DOUTRINA ESPÍRITA?
DIVULGUEM SUAS CASAS ESPÍRITAS ATRAVÉS DO BEUME.
• Enviem-nos materiais de divulgação das doutrinárias, encontros, seminários e eventos diversos que estaremos publicando no BEUME,
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"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico
Xavier – Emmanuel.