Editorial
A reportagem de capa desta edição, “Alma romântica”,escrita pela jornalista Gisele Bortoleto, fala da importânciade o ser humano resgatar sua capacidade de se emocionar.O texto usa como uma de suas bases o livro “O Culto daEmoção”, do filósofo francês Michel Lacroix, segundo oqual as emoções, hoje, neste mundo movido à velocidade,só nos são arrancadas por “imagens de tirar o fôlego”.Como se para sentir alguma coisa fosse necessário ir aolimite. Estaríamos perdendo nossa capacidade de sentiremoções serenas, diante do simples, do singelo. Perdendoassim a própria dimensão espiritual da vida. “É de lirismoverdadeiro que precisamos, não de adrenalina”, diz Lacroix.
24
Bali - terra dos templos e maravilhosaspraias, na Indonésia
16
Apresentadora da TV Cultura AdrianaCouto fala sobre sua carreira e os25 anos do programa “Metrópolis”
13
Pediatra fala de febre em crianças. Aelevação da temperatura corporal, emalguns casos, é uma resposta positivado organismo em defesa do corpo
Pensamento
O afeto que damos nos eleva, nos
alegra, nos faz avançar nos caminhos
da evolução, nos descarrega de
tensões, nos põe acima das
depressões... Passe a dar aos demais
algo de sua capacidade genuína de
amar, e comece a sentir alegria
genuína. Pedir seja o que for é
mendicância. Ressentir-se com o não
receber é dependência. Quando se
trata de pedir afeto é que a
mendicância e a dependência se
tornam mais dolorosas.
Trecho do livro “Amor universal - Sabedoria de Hermógenes” (Nova Era)
COMPORTAMENTOPadrões de rotina associada a uma vida levada no “piloto automático”conseguem ser quebrados com mudança de atitude e novospensamentos Páginas 6 e 7
COMPROMETIMENTOTudo aquilo que você prometeu fazer na virada do ano ainda estápendente? Saiba que ainda há tempo de salvar as resoluções para2013 Páginas 8 e 9
SENTIMENTOEspecialistas no comportamento humano esclarecem as diferençasentre tristeza e depressão. Muitas vezes, estar triste é sinal de boasaúde mental Páginas 10 e 11
FAMÍLIANovela traz à tona o tema da alienação parental, quando pai e mãeseparados usam o filho para atacar o outro. Entenda a prática e porqueela é considerada crime Página 12
Agência O Globo/Divulgação
TV Cultura/Divulgação
Turismo
Hamilton Pavam
Televisão
EMOÇÕESSERENAS
Jorge HaddadDIÁRIO DA REGIÃO
Editor-chefeFabrício [email protected]
Editora-executivaRita Magalhã[email protected]
CoordenaçãoLigia [email protected]
Editor de Bem-Estar e TVIgor [email protected]
Editora de TurismoCecília [email protected]
Editor de ArteCésar A. Belisá[email protected]
Pesquisa de fotosMara Lúcia de Sousa
DiagramaçãoCristiane Magalhães
Tratamento de ImagensLuciana Nardelli e Luis Antonio
MatériasAgência EstadoAgência O GloboTV Press
2 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Para ter tudona vida
Espiritualidade
Um grande sábio kabalista foi desa-
fiado certa vez a explicar todos os segre-
dos da Bíblia enquanto pudesse manter-
se equilibrado sobre apenas uma perna.
Sem hesitar, ele levantou um de seus
pés do chão e disse: “Ame o próximo co-
mo a ti mesmo. O resto é comentário”.
Essa frase espiritual contém não ape-
nas todos os segredos da Bíblia, mas do
Universo inteiro. Na verdade, é nossa
passagem – apenas de ida – para toda ale-
gria e plenitude que o Criador quer que
sintamos.
A grande questão é que não nos da-
mos conta de que, na realidade, somos
os maiores beneficiados desse ensina-
mento. É um grande paradoxo, mas um
poderoso princípio espiritual: seja uma
Ferrari novinha ou um ombro para cho-
rar, muito mais do que aquele que rece-
be, o maior beneficiado do ato de com-
partilhar é quem o pratica, porque este
acaba criando uma proximidade com o
Criador. Afinal, trata-se de uma força in-
finita de doação incondicional, de
amor, de inspiração, de paz de espírito e
tudo o que há de bom.
Quando estamos conectados com o
Criador, elevamos nossa consciência a
um patamar no qual podemos alcançar
a realização plena. Ao nos doarmos in-
condicionalmente, estamos, por defini-
ção, livres do ‘eu’. E por meio desse esta-
do de consciência podemos transcender
nossos medos, dores e problemas. Não
existe fim para o que a partilha pode fa-
zer por nós, pois ela nos conecta com a
fonte das bênçãos infinitas.
Quando entendermos que cuidar
dos outros traz muito mais benefícios
para nós, podemos começar a nos doar
sem limites, sem precisarmos de algo
em troca – porque sabemos que obte-
mos nada mais do que tudo.
Compartilhar e se importar com os
outros não se trata de ser uma pessoa le-
gal, nem mesmo de sustentar um precei-
to religioso ou princípio espiritual. �
Trata-se de como obter absoluta-
mente tudo.
Yehuda Berg é codiretor do TheKabbalah Centre e já escreveumais de 30 livros sobre assuntos queabordam desde depressão ecapacitação, até relacionamentos e aBíblia. Dois de seus maioresbest-sellers,“O Poder da Kabbalah” e“Os 72 Nomes de Deus”, foramtraduzidos para 20 e 14 idiomas,respectivamente. Mais informaçõespelo site www.kabbalahcentre.com.br
Quando entendermos que cuidar dos outros
traz muito mais benefícios para nós,
podemos começar a nos doar sem limites
Quem éDivulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 3
Estamos ficando insensíveis. Mas é importante
resgatar esta condição que nos torna humanos:
nossa capacidade de nos emocionar
Gisele [email protected]
Na agitação do mundo moder-
no, muitas vezes ficamos tão obce-
cados pelo trabalho e pelo suces-
so que acabamos abrindo mão da-
quilo que mais desejamos: a felici-
dade. Nosso ritmo da vida nos faz
repensar a importância que da-
mos às coisas materiais e especial-
mente a maneira como conduzi-
mos nosso cotidiano. Não temos
tido tempo para investir em nós
mesmos e refletir sobre necessida-
des fundamentais como amor e
amizade, alimentação, atividade
física, e, com isso, satisfazer as de-
mandas do corpo e da alma.
E alguém já parou para pen-
sar que, nessa corrida, muitos de
nós estamos perdendo também a
capacidade de nos emocionar
com as coisas mais simples da vi-
da? Muitas vezes não consegui-
mos nos sensibilizar com um nas-
cer do sol, com a beleza de uma
flor, com as conquistas ou com a
dor do semelhante e com o que
realmente faz a diferença neste
mundo. Estamos nos tornando
insensíveis.
O filósofo francês Michel
Lacroix, em seu livro “O Culto
da Emoção” (ed. José Olym-
pio), diz que vivemos em uma
época na qual o culto a emo-
ções fortes e trepidantes está di-
retamente ligado a insensibili-
dade de nossa sociedade. “No
mundo atual - dos esportes radi-
cais, das raves, dos videoga-
mes, das técnicas de desenvolvi-
mento pessoal - tudo pretende
nos fazer vibrar”, diz no livro.
Segundo o autor, as aventuras
radicais, a violência banaliza-
da, os estados de transe e as
imagens de tirar o fôlego são os
ingredientes de nossa vida, que
reclama doses crescentes de
adrenalina. Assim, em busca
de sensações fortes, o indiví-
duo moderno emociona-se mui-
to. A emoção, no entanto, tor-
nou-se sinônimo de vida agita-
da e frenética. Mas será que sa-
bemos verdadeiramente sen-
tir? Cada vez mais agitado e ca-
da vez menos sensível, por que
terá o homem abandonado as
emoções serenas?
Para Lacroix, se não der-
mos mais espaço ao recolhi-
mento e à contemplação, perde-
remos a dimensão espiritual da
vida, não cultivaremos nossa al-
ma: “É de lirismo verdadeiro
que precisamos, não de adrena-
lina”, afirma no livro.
A alma romântica, ainda se-
gundo ele, não precisa ser açoita-
da por “emoções-choque”, infla-
ma-se sozinha. O vento, o mur-
múrio das árvores, as nuvens cor-
rendo no céu, o perfume das flo-
res ou a silhueta de uma mulher
deveriam bastar para provocar o
voo da imaginação.
Hoje em dia, no entanto, a
situação se inverteu. “A imagi-
nação está empobrecida, en-
quanto o mundo externo reluz
com milhares de cores. O balé
das imagens, a expansão violen-
ta dos sons eletrônicos, os raios
lasers e as diversões ruidosas
são mais reluzentes que nossos
pensamentos. Hoje em dia a in-
terioridade é ressequida, e o
mundo, encantado”, continua.
Comprometimento
As emoções dependem de
nossa rede de pensamentos. A
capacidade de se emocionar,
portanto, está relacionada ao va-
lor que é dado a um determina-
do acontecimento. É o compro-
metimento que temos em dife-
rentes situações de nossas vi-
das que determina nosso empe-
nho, dedicação e prazer em ter
estado em algum lugar ou feito
alguma coisa. “O mundo mu-
dou, disso não temos dúvidas.
A forma como vivemos nossas vi-
das e lidamos com as pessoas que
estão ao nosso redor também pas-
sou por mudanças drásticas. A
quantidade de estímulos que uma
criança recebe hoje é dezenas de
vezes maior se comparado a um
menino ou menina da década de
1970 ou 1980. No entanto, isso
não têm gerado felicidade”, diz o
psicólogo cognitivo-comporta-
mental Alexandre Caprio. As rela-
ções de consumo mudaram. As
coisas não eram simplesmente ad-
quiridas, eram conquistadas. O
instinto de preservar aquilo que
dava trabalho para ser conquista-
do também se estendia às relações.
O crescimento da comunica-
ção fez o mundo diminuir de ta-
manho, ressalta Caprio. A
globalização transformou o pla-
neta em um único grande mer-
cado de ações, produtos e servi-
ços. Os pre-
ços despencaram, as produ-
ções dispararam e a facilidade
em se obter bens e serviços su-
biu vertiginosamente. As op-
ções de crédito permitem o
atendimento de impulsos con-
sumistas antes mesmo que se
planeje lutar por um novo dese-
jo. Estamos abarrotados de coi-
sas que queremos e não precisa-
mos. Nossos aparelhos são descar-
tados anualmente. A atualização
do celular determina status so-
cial. Cursos rápidos graduam alu-
nos desinteressados à distância.
“Não há mais tempo de se maravi-
lhar, nem emoções para transbor-
dar nossa alma. A felicidade está
associada ao próximo produto do
comercial. Ela pode ser obtida
através de uma transação eletrôni-
ca e dura tão pouco quanto uma
dose de cocaína.”
Hoje, lembra o psicólogo,
nós compramos batatas conge-
ladas no mercado. As crianças
sequer imaginam que aquilo es-
tava debaixo da terra. Ignora-
mos de onde elas vieram e des-
cartamos rapidamente embala-
gens e restos de nossas refei-
Autoconhecimento
Alma romântica
4 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
ções sem qualquer interesse em
descobrir para onde vão. Vive-
mos de forma segmentada, nos
isolando de pessoas queridas e
deixando os verdadeiros valo-
res para trás.
Segundo a terapeuta holísti-
ca Vânia Medeiros, como as
pessoas têm se importado mais
com o “ter” do que o “ser”, tu-
do o que está associado aos sen-
tidos e à emoção perde o valor
por conta do foco na materiali-
dade. E isso tem provocado
uma doença na alma e deixado
as pessoas tristes e distantes.
“Às vezes, usam essa indiferen-
ça, esse descaso como defesa,
porque ao entrar em contato
com os sentimentos vai perce-
ber que tem alguma coisa doen-
do muito”, explica.
“O ser humano precisa se
emocionar. Perder a capacida-
de de se emocionar é o mesmo
que se tornar homem morto.
Quando a vida do homem está
em atividade animada, ele se
emociona com todas as coisas.
E quando essa emoção se eleva
à gratidão, abre-se à sua frente
o maravilhoso mundo de
Deus”, disse o líder religioso ja-
ponês, fundador da Seicho-No-
Ie, Seicho Taniguchi, no livro
“O Amor Tudo Cura”.
“Estamos mais voltados pa-
ra o mundo de consumo do que
para a apreciação da estética”,
diz a psicóloga cognitivo-com-
portamental Mara Lúcia Madu-
reira. O conceito de beleza, ho-
je, é definido pelo valor comer-
cial e nãopelacapacidadedeseen-
cantar com o objeto. Não nos emo-
cionamos mais com os problemas
ou conquistas do próximo, porque
estamos imbuídos de um espírito
egoísta, estamos voltados para nos-
sas próprias preocupações . “O ou-
tro e as questões humanas estão fo-
radecogitação.Omundomercanti-
listapreparaamentedaspessoaspa-
ra se preocuparem exclusivamente
com elas mesmas”, explica.
Como mudar
O resgate dessas emoções
passa pelo simples. A simplici-
dade é sempre uma escolha vo-
luntária. Para que possamos
voltar a sentir a emoção do con-
tato com um animal, de apreciar
um por do sol, uma flor, ou de se
emocionar consigo mesmo, te-
mos de fazer escolhas. “Precisa-
mos criar e direcionar um tempo
para aproveitar as coisas simples,
coisas que não precisam ser com-
plicadas e que são realmente pra-
zerosas”, diz Mara.
Nossa capacidade de se emo-
cionar não está perdida. Apenas
adormecida, subjugada, mas a
emoção é uma característica hu-
mana. Se conseguirmos resgatar
essa capacidade, vamos tornar o
mundo melhor, diz a terapeuta
Vânia Medeiros.
“A mudança depende de
um processo de elevação de
consciência. Quando a pes-
soa começa a perceber seu
grau de infelicidade, passa a
rever seus valores e a perce-
ber que a importância que
deu para as coisas materiais
não supre sua necessidade
existencial básica”, explica
Vânia. �
Preocupe-se menoscom o que a mídiamercantilista oferece emais com aquilo que seussentidos são capazes dese encantar
Preocupe-se mais comaquilo que é bom, justo ebelo, em vez de sepreocupar com o que estána moda
Lembre-se que o quesustenta a vida é o apoio eo respeito com o próximo edo próximo para conosco
Repense suas ações.Resgate o que realmenteimporta. Desacelere
Fonte: Mara Lúcia Madureira,psicóloga
Seja leve
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 5
A rotina faz parte
da vida. Mas é
possível conviver
com ela de maneira
menos burocrática
e sem graça
Elen [email protected]
A rotina muitas vezes é
inevitável. Ela é parte inte-
grante da vida da maioria das
pessoas, mas a forma com
que cada um lida com ela é o
que faz a diferença.
Na falta desse “ar mais colo-
rido” para passar os dias, o que
resta é uma vida movida no pi-
loto automático. Viver dessa
forma é aceitar a rotina exata-
mente como ela se apresenta,
seguindo as determinações
do dia a dia, conformando-se
com os acontecimentos roti-
neiros sem tentar modificá-
los ou aproveitá-los mais po-
sitivamente.
A psicóloga clínica e terapeu-
ta familiar Miriam Barros, de São
Paulo, explica que entre viver no
piloto automático e viver a rotina
há diferenças. Todo mundo tem
uma rotina na qual acorda, toma
banho, lê o jornal, bebe café e vai
ao trabalho – dando início então
a outra rotina, agora no ambien-
te profissional.
São tarefas para ser feitas
durante o dia inteiro, em am-
bientes diferentes, mas que pre-
cisam ser concluídas. “Como vi-
ver essa rotina é a grande ques-
tão”, afirma Miriam. “Entrar
no modo mecanicista, sem pen-
sar ou aproveitar o momento.
As pessoas fazem várias coisas,
mas têm a sensação de que não
valeu a pena. A repetição gera
estresse, pois o corpo sente, fi-
ca cansado e exige sempre
mais. A insatisfação é inevitá-
vel devido à mesmice e irritabi-
lidade, que irá interferir em to-
dos os relacionamentos.”
Ao continuar nesse ritmo re-
petitivo, diz a psicóloga clínica
e terapeuta familiar, acaba-se
gerando momentos de estresse
e sem criatividade. “São coisas
que poderiam ser melhoradas,
mas não estamos parando para
reavaliar a qualidade de vida e
o tempo destinado para nossas
prioridades.”
As exigências e as crescen-
tes atribuições da rotina levam
a mente a ficar automatizada,
porque ela não consegue parar
para se questionar sobre o que
está fazendo e o que precisa fa-
zer. Apenas executa.
A ansiedade, segundo Cláu-
dia Longhi Ercolin, psicóloga
e psicodramatista, de Rio Pre-
to, também tem papel na ori-
gem desse piloto automático.
Ela é responsável por camuflar
o que as pessoas estão fazendo e
o que acontece à sua volta. Na
prática, elas acabam ignorando
os demais, esquecendo compro-
missos e datas significativas.
“A pessoa fica engolida somen-
te por seus próprios pensamen-
tos e, muitas vezes, atropelam e
invadem o outro sem perce-
ber”, afirma Cláudia.
Mas não é somente na área
concreta que isso pode aconte-
cer. No campo emocional, viver
nesse piloto automático é preju-
dicial, já que a pessoa deixa de
perceber e respeitar o outro e a si
mesma. A vida torna-se tão co-
mum que fica impossível para es-
sa pessoa cuidar melhor de si
mesma e oferecer mais atenção
para quem está ao seu lado.
“O respeito é fato funda-
mental nas relações afetivas e
também consigo mesmo, pois,
quando não se percebem, não
identificam quando parar, isso
pode gerar doenças psicos-
somáticas”, destaca a psicóloga
rio-pretense.
Cautela
Na verdade, todos nós esta-
mos sujeitos a cair na cilada
desse piloto automático, afirma
a psicóloga clínica de São Pau-
lo. Isso porque a vida, normal-
mente, é repleta de obrigações
para serem feitas. É comum,
diante disso, que embarque-
mos em situações sem refletir
ou questionar o que estamos fa-
zendo. Dessa forma, tudo pode
passar despercebido.
Muitas ações realizadas dia-
riamente, por exemplo, como
dirigir o carro, preparar o café
da manhã, separar os documen-
tos do trabalho em uma pasta e
o próprio caminho para levar o
filho à escola e ir em seguida ao
escritório, são feitas automati-
camente. A psicóloga clínica ex-
plica que isso acontece porque
o cérebro funciona com “econo-
mia de energia”, memorizando
caminhos mais fáceis para re-
solver o que precisar.
Nesse processo, a atenção
acaba ficando reduzida, o que
aumenta a probabilidade de errar
um percurso novo exigido para
um dia atípico. Geralmente, a per-
cepção fica menor exatamente
porque o tempo está sendo otimi-
zado, afirma Miriam. “(O cére-
bro) está tão habituado que, en-
quanto está dirigindo, a pessoa es-
tá pensando em outras coisas que
precisam ser resolvidas e feitas na-
quele dia.”
As mulheres são campeãs em
ter rotinas pesadas. Suas tarefas
diárias, contudo, são elaboradas
com facilidade, fazendo com que
elas consigam fazer várias coisas
ao mesmo tempo sem refletir so-
bre o que estão executando, por-
que já conhecem o passo a passo
de cada atribuição.
Esse mecanismo nas mulhe-
res é importante, pois ajudam-
nas a filtrar informações, afinal,
nem tudo o que nos é oferecido
deve ser processado em nossa
mente. O motivo, de acordo com
a psicóloga Cláudia, é que tudo o
que chega pode estar contamina-
do ou distorcido.
“Quando o sujeito tem
um filtro desobstruído, como
uma peneira em que é possí-
vel ‘coar o alimento’ da ma-
neira adequada, ele será ca-
paz de se relacionar melhor
com o outro”, afirma Cláu-
dia, que complementa: “Isso
sem tantos desgastes, dando
o peso real para cada evento e
vivência de sua vida.”
Comportamento
Piloto automático
6 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Desligue o modoautomático
Com pensamentos novos e
fortalecimento da essência de
cada atitude, os padrões de
uma rotina associada a uma vi-
da automática conseguem ser
quebrados. Comece fazendo
um exercício simples logo pela
manhã: assista a outro progra-
ma matinal e use um caminho
alternativo para ir ao trabalho.
Busque novos ares, mas, ao
repeti-los, não deixe de pensar
em tudo o que aconteceu com
você para que nada seja sem
sentido. Viver nessa velocidade
contínua e monótona que o pi-
loto automático exige nos impe-
de de aproveitar bons momen-
tos da vida. Aproveite um papo
descontraído durante um café
ou almoço com um amigo, pres-
te atenção em uma música no-
va no rádio, observe uma nova
loja no caminho para o traba-
lho. Pode ser qualquer coisa,
desde que isso lhe traga prazer.
“Com a rotina, fica tudo cin-
za, a vida perde seu colorido”,
diz a psicóloga clínica e tera-
peuta de casais Miriam Barros.
Por isso, é importante traba-
lhar alguns pontos fragilizados
para sair dessa situação, a come-
çar pela ansiedade, orienta a
psicóloga e psicodramatista
Cláudia Longhi Ercolin.
Atividades físicas que ofere-
çam qualidade de vida e relaxa-
mento, psicoterapia, medita-
ção, ioga e acupuntura são su-
gestões que ajudam na conquis-
ta da tranquilidade, do reequilí-
brio pessoal e autoconhecimen-
to. Eles oferecem um ritmo
mais adequado a cada pessoa
para que possam seguir suas ro-
tinas, estimulando ações mais
conscientes e aproveitadas.
“Por meio do autoconheci-
mento, o indivíduo começa a se
conhecer e reconhecer. Passam
a se questionar, identificar seus
limites, perceber o que seu com-
portamento gera no outro”,
analisa Cláudia. (EV)
Procure variar asatividades que faz em casa;vale até trocar a manteiga pelocreme de avelã
Troque o percurso que fazpara ir ao trabalho ou deixar osfilhos na escola
Conheça uma música deuma banda diferente
Aproveite o almoço parafalar sobre assuntos que nãosejam referentes ao trabalho
Faça um “happy hour” emum barzinho que nunca visitou
Reflita sobre a importânciadas atividades que fez durante odia e relaxe �
Fonte: Reportagem
Reforce o bem-estar
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 7
Ainda dá tempo de salvar as
resoluções de ano novo,
basta quebrar grandes metas
em objetivos menores e se
recompensar quando
alcançá-los
Gisele [email protected]
No começo do ano, muita gente fez uma lista com suas resolu-
ções para 2013: parar de fumar, começar a academia, ser mais orga-
nizado, dormir mais cedo, comer alimentos mais saudáveis... Mas,
passados alguns meses, começa a ficar desanimada ao perceber que
boa parte daqueles planos que fez já foi por água abaixo. O Carnaval
chegou, passou e você não começou a cumprir a maioria das pro-
messas. Calma! Você não está sozinho: pesquisas mostram que ape-
nas pouco mais de 10% das pessoas cumprem suas promessas.
Comprometimento
HORAHORADEDEAGIRAGIR S
tock
Imag
es/D
ivul
gaçã
o
8 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
O psicó-
logo britâni-
co Richard
Wiseman, da
Universidade de
Hertfordshire, es-
tudou as diferenças
entre os que abando-
nam suas resoluções e
os que as cumprem. Ele
acompanhou mais de 3
mil pessoas que fizeram sua
lista de resoluções e, no iní-
cio, 52% estavam bastante con-
fiantes, mas após um ano apenas
12% conseguiram.
A pesquisa de Wiseman mostra
que contar apenas com a força de
vontade não é suficiente para con-
seguir cumprir as resoluções. A
quebra das promessas de ano novo
acontece porque a maioria usa es-
tratégias que não funcionam para
tentar alcançar seus objetivos.
Se você está nesse grupo, pare e
avalie quantas das suas estratégias
deram certo e quantas foram aban-
donadas logo no início? A explica-
ção parece razoável para os estudio-
sos: nossa força de vontade funcio-
na como um músculo e pode ser
exercitada para se fortalecer, mas
entra em fadiga quando usada
além dos nossos limites.
O canadense Michael Inzlicht,
da Universidade de Toronto, mos-
trou que o problema está em uma
estrutura do cérebro conhecida co-
mo córtex cingulado anterior, en-
volvido na detecção de erros e que
faz soar o alarme quando fazemos
algo diferente do que pretendía-
mos. Quando o sistema é usado de-
mais, sua capacidade se deteriora e
temos mais dificuldades em contro-
lar nossas reações.
Mas isso não serve de desculpa.
Mesmo que tenhamos falhado, Ri-
chard Wiseman lembra que é pos-
sível mudar essas estratégias op-
tando por exemplo por dividir o
objetivo final em uma série de pe-
quenos objetivos e se dar uma re-
compensa a cada passo, aumen-
tando assim as chances de suces-
so. Wiseman diz que as técnicas
mais bem-sucedidas tendem a
ser aquelas em que a pessoa faz
um plano e tenta ajudar a si pró-
pria no alcance de seu objetivo.
“As promessas no início do ano
são mais motivadas pela esperança
de um novo tempo, como se ele fos-
se mágico, do que a motivação pelo
desejo genuíno das pessoas”, diz a
psicóloga Beth Valentim, autora
do livro “Essa Tal Felicidade”.
Nessa época, “tudo é festa” e fica
mais fácil dizer que é possível
realizar. Mas quando todos os fo-
gos de artifício se apagam e é pre-
ciso encarar a realidade, é quan-
do se apresenta o confronto com
as impossibilidades.
Ação
A não ser que você queira pas-
sar o resto do ano remoendo os ve-
lhos problemas, esqueça essa lista.
É possível conseguir, desde que vo-
cê use as estratégias corretas. “É im-
portante não estabelecer metas impos-
síveis do dia para a noite”, diz a psicó-
loga Karina Rodrigues. Planeje-se de
acordo com o que é possível realizar.
É importante ainda que você se co-
nheça e descubra, por exemplo, por-
que não consegue fazer uma ativida-
de física para perder peso. E mesmo
que seu propósito seja emagrecer, vo-
cê pode se permitir sair da dieta e co-
mer uma pizza com amigos num sába-
do à noite.
Reprimir desejos, fantasiar sobre
o sucesso ou adotar modelos como re-
ferência – técnicas muito sugeridas
em livros de autoajuda – é bem o ti-
po de tática que vai fazer fazer de-
sistir. “Se você está tentando per-
der peso, não basta colocar a foto
de uma modelo na porta da gela-
deira ou fantasiar sobre ser ma-
gro”, disse Wiseman em uma en-
trevista ao jornal inglês The
Guardian. Segundo o psicólogo,
o que realmente funciona, além
de dividir o plano em etapas, é fo-
car a atenção no que foi alcançado.
Muitas resoluções são difíceis
de serem cumpridas porque envol-
vem mudanças de hábitos e, quan-
do deixamos de cumpri-las, temos
de lidar com o sentimento de frus-
tração, por isso o melhor é prometer
apenas aquilo que é possível de se al-
cançar. “Estamos num momento de
busca de prazer imediato e criamos
metas altas para serem realizadas ra-
pidamente, e aí vem a frustração.”
Grandes projetos devem ser pla-
nejados com cautela, como a com-
pra de um imóvel, um carro novo
ou a mudança de cidade, por exem-
plo, pois exigem uma programação
prévia. Planeje-se para isso. Já ou-
tras promessas não implicam prepa-
ração anterior. “Neste caso, basta
coragem para tomar a iniciativa de
começar, mesmo que suas resolu-
ções ainda estejam só no papel. O
negócio é arregaçar as mangas e
continuar na luta, afinal, outros
anos virão e novas promessas serão
feitas, e o que você conseguiu con-
quistar já é um grande passo a cami-
nho da mudança”, diz a psicóloga
Ingrid Bérgamo.
Perseverança
O circuito de recompensa do
nosso cérebro é o mecanismo bási-
co da motivação. Isso significa
que se você tem uma expectativa
e percebe um sinal de que vai
conseguir atingir seu objetivo,
há a liberação do neurotransmis-
sor dopamina, responsável pela
sensação de prazer. Só que quan-
do espera algo e não percebe que
vai receber, o nível da dopami-
na cai, causando uma grande
tristeza grande, como a que você
sente quando quer engolir uma
barra de chocolate, ir para o Fa-
cebook vasculhar a vida de al-
guém ou fumar um cigarro. O
que fazer nesse caso? Estabele-
cer pequenos passos e, a cada pe-
queno resultado, ter a dose de
motivação necessária para dar o
próximo passo.
O segredo dos vencedoresQuebrar a meta em pequenos passos, que sejam
“SMART”: eSpecíficos, Mensuráveis, Alcançáveis,Realistas, Temporalmente embasados. O ideal é criar ummapa dos pequenos passos para acompanhar acaminhada até o objetivo final
Lembrar constantemente dos ganhos que serãoobtidos, por meio de uma lista com tópicos,mostrando como a vida seria melhor se o objetivofosse alcançado
Não desistir diante das recaídas, pois novos hábitossão difíceis de manter no começo, e recaídas fazem partedo processo e não devem ser encaradas como umafalha irreversível
Fonte: Richard Wiseman
No caminho certoConheça seus limites e tente
descobrir porque você se sabota emalgumas circunstâncias, como nãoconseguir parar de fumar oucomer demais
Escolha uma meta de cada vez.Procure começar agora mesmo em vezde deixar para amanhã ou para o anoque vem
Mantenha o foco em metasespecíficas, mensuráveis e com prazosestabelecidos. Em vez de planejar fazeracademia todos os dias, você podecorrer três vezes por semana,por exemplo
Se cometeu um deslize, nãoconsidere como um fracasso. Seresolveu se entupir de comida em umencontro com os amigos, você apenasdeu um escorregão, não significa queabortou o plano de emagrecer
Recomece o que planejou. Não éporque não conseguiu iniciar suasnovas metas que vai empurrar mais umano para começá-las
Converse com a família e amigose peça ajuda para não se desviardo caminho �
Fonte: Reportagem
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 9
Entenda as diferenças entre a sensação de estar triste e um
quadro depressivo, e como se recuperar de um e de outro
Jéssica [email protected]
A tristeza é um sentimento que faz
parte da vida, mas é possível superá-la.
E embora ninguém goste de se sentir
triste, essa sensação pode ajudar a
crescer e superar dificuldades. Por
outro lado, especialistas alertam que
é preciso saber distinguir a tristeza
da depressão, que muitas vezes são
confundidos.
A psicóloga cognitivo-comportamen-
tal Mara Lúcia Madureira diz que sentir
tristeza diante de situações que justifi-
quem a manifestação de tal sentimento é
uma evidência de normalidade e de saúde
psíquica. “A tristeza é a certeza de que so-
mos capazes de criar vínculos e lamentar
quando estes se rompem, de lamentar
quando nossos projetos não correspon-
dem às expectativas e empenhos a eles pe-
sadamente dispensados. A tristeza, mui-
tas vezes, nos presta o favor da humilda-
de, servindo de controlador da vaidade e
arrogância, serve para baixar a bola quan-
do estamos nos sentindo ‘bacanas além da
conta’. Momentos tristes são excelentes
ocasiões para repensarmos nossas preten-
sões, presunções e até mesmo a porção de
loucura que habita nossa sanidade.”
O psicoterapeuta e escritor Rena-
to Dias Martino diz que esse estado
de espírito deve ocorrer sempre que
experimentamos uma grande frustra-
ção, normalmente gerada por algu-
ma perda. “Sentir tristeza é inerente
ao desenvolvimento emocional, po-
demos até ignorá-la, mas ainda as-
sim ela estará lá. Cada etapa desse
desenvolvimento é resultado da ca-
pacidade de tolerar frustrações, e o
entristecer-se é característica funda-
mental na ampliação desse processo
de expansão emocional. A criativi-
dade depende impreterivelmente da
capacidade de recolher-se do mun-
do externo, e isso coincide com o en-
tristecer-se”, explica.
O especialista ainda lembra que a
incapacidade de tolerar tristezas po-
de nos levar a esconder de nós mes-
mos as piores dores da alma. “Contu-
do, essas mesmas dores ainda esta-
rão ali, atuando em nossa vida e no
nosso modo de ser, mas agora, como
se fosse responsabilidade do outro”,
complementa.
A tristeza, de acordo com o psico-
terapeuta, é corriqueira e componen-
te do processo normal de maturação
mental. “Na realidade, numa mente
saudável momentos de tristeza de-
vem ser acatados e voltados para as-
pectos da vida que realmente são dig-
nos de um olhar entristecedor”, diz.
Para Alexandre Caprio, psicólo-
go cognitivo-comportamental ,
quando há tristeza a mente calcula
diversas possibilidade de eliminar
aquele estímulo da vida. “Conver-
sar com outras pessoas ajuda mui-
to, porque nos faz ter uma visão di-
ferente e aumenta nossa capacidade
de análise. Uma mente triste, mas
saudável, encontra as respostas ne-
cessárias para superar a crise que
atravessa”, explica.
Mara Lúcia lembra que a tristeza é
um sentimento que pode ser intenso,
mas de curta duração. Acontece depois
de um evento frustrante. Ela diz que
durante um episódio de tristeza a pes-
soa mantém preservada a consciência
de sua integridade física e psíquica. Po-
de não estar radiante, mas sabe que a
dor é parte da vida.
“A tristeza em si não é um pro-
blema. O problema é quando a pes-
soa não dispõe de um conjunto de
habilidades para enfrentar a vida,
não sabe se impor diante das deman-
das ou controlar os níveis de estres-
se que enfrenta e acaba se abatendo
e se prejudicando por isso. A triste-
za não requer tratamento, porque
não é doença, mas um sentimento
normal, que surge e desaparece sem
maiores complicações”, complemen-
ta a psicóloga.
Martino diz que a tristeza é tam-
bém um sinal de que existe a neces-
sidade de resguardar-se por conta
de certa fragilidade emocional. Mas
ele alerta que quando não se pode
respeitá-la, a situação pode se agra-
var e gerar um quadro mais severo
de depressão. A insistência em se ex-
por às experiências emocionais
quando se está fragilizado emocio-
nalmente pode trazer sérios danos,
podendo levar a uma grave depres-
são. “A tristeza pode tornar-se um
problema na vida do sujeito quando
ela não consegue encontrar lugar pa-
ra ser acolhida, respeitada e, dessa
forma, ser elaborada.”
O que muita gente não sabe é que
tristeza não é o mesmo que depres-
são, embora muitas vezes cami-
nhem lado a lado. Caprio explica
que a tristeza é uma emoção e a de-
pressão, um transtorno. “A tristeza
é uma emoção natural. Nos senti-
mos tristes quando as coisas não
saem como esperávamos, quando
passamos por uma perda, quando
brigamos, nos sentimos ofendidos.
É um sentimento natural. Por meio
da frustração superamos nossas li-
mitações, por meio das falhas, nos
tornamos mais fortes. Os proble-
mas não são obstáculos, são de-
graus de uma escada que nos eleva
cada vez mais”, afirma.
Segundo Mara Lúcia, a de-
pressão é um transtorno de hu-
mor que envolve aspectos bio-
lógicos, psicológicos e so-
ciais. Ela explica que é uma
doença de múltiplas causas,
não basta passar por alguma
adversidade para manifestar
um episódio depressivo. É pre-
ciso reunir outros fatores, in-
cluindo aspectos cognitivos e
comportamentais, como a inabili-
dade para lidar com as demandas in-
ternas e externas, não dar conta de li-
dar com autocobranças e exigências
ambientais quando estas se apresen-
tam de modo estressante ou além das
possibilidades do sujeito; e vulnera-
bilidade biológica, que envolve a
disfunção dos neurônios especializa-
dos na receptação e recaptação de se-
rotonina, um neurotransmissor,
substância química produzida pelo
cérebro responsável pela regulação
do humor.
Sentimento
TRISTEZA NÃOÉ DEPRESSÃO
10 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Uma mente triste,mas saudável,encontra asrespostasnecessárias parasuperar a criseque atravessa Alexandre Caprio, psicólogo
Como tratarÉ possível superar a tristeza
e tratar a depressão. Renato
Dias Martino diz que para isso
é imprescindível um cuidado
especial, em que o respeito ao
tempo de cada um (que nunca é
igual para todos) deve ser consi-
derado. “Fica claro, então, que
a pressa é um elemento extre-
mamente nocivo para a elabora-
ção dessa ordem de experiên-
cias emocionais”, ressalta.
A depressão pode ser trata-
da com a combinação das tera-
pêuticas psiquiátrica e psicote-
rapia cognitivo-comportamen-
tal. “O psiquiatra, especialista
nesse tipo de transtorno, pres-
creve e acompanha o paciente
no tratamento médico, e o psi-
cólogo irá desenvolver uma pro-
grama de tratamento baseado
na compreensão da doença, de-
senvolvimento de estratégias
de enfrentamento, treino do
controle do estresse e da ansie-
dade e prevenção de novos epi-
sódios”, explica Mara Lúcia
Madureira.
O psicólogo Alexandre Ca-
prio diz que a terapia cognitivo-
comportamental trabalha na
correção do pensamento, emo-
ção e comportamento das pes-
soas. Se o modo de perceber o
mundo for modificado, a pes-
soa continuará desistindo de si
mesma. “Se o pensamento não
for remodelado, emoções co-
mo tristeza e raiva minarão
as atividades do paciente até
lançá-lo em um quadro de de-
pressão. Trabalhando as cren-
ças e motivações, torna-se mais
fácil ajudar o paciente a retor-
nar às atividades que aceleram
a melhora.” (JR)
Sobre a depressãoO psicólogo Alexandre
Caprio diz que a depressão é
uma espécie de desapego,
uma desistência em relação
a tudo que era importante.
A pessoa deixa de demons-
trar emoções com a mesma
frequência que antes, mas é
comum a prevalência de irri-
tação e mau humor.
Ele explica que as expres-
sões faciais podem dimi-
nuir, podem ocorrer altera-
ções no apetite e no sono, e
a pessoa vai abandonando
gradativamente suas ativida-
des diárias.
Além disso, segundo o es-
pecialista, em um primeiro
momento, a pessoa deixa de
fazer as coisas mais fáceis de
serem descartadas, como aca-
demia, ioga, trabalhos volun-
tários. “Essa primeira fase
não causa grande estranhe-
za, porque é justificada de di-
ferentes formas: cansaço,
agenda cheia ou mera indis-
posição. Uma letargia come-
ça a se desenvolver, gerando
prejuízos na memória e na
concentração.” A pessoa tam-
bém começa a se sentir pre-
guiçosa e a apresentar difi-
culdade no estudo e no traba-
lho - segundo Caprio, isso
acontece porque o cérebro re-
duz suas atividades, assim
como o resto do organismo.
Mara Lúcia Madureira
explica que a depressão é
uma doença que apresenta
muitos sintomas e pode ser
classifica em leve, moderada
e grave, de acordo com o nú-
mero e a intensidade dos sin-
tomas presentes.
Os mais comuns são hu-
mor deprimido; perda do
prazer, do interesse e da
energia; sensação de cansa-
ço e fadiga após esforços mí-
nimos ou mesmo sem qual-
quer esforço; diminuição
da atividade, baixo ou ne-
nhum nível de produtivida-
de; redução da atenção e
concentração; baixa autoes-
tima, insegurança, senti-
mentos de culpa e inutilida-
de; pensamentos recorren-
tes sobre catástrofes, mor-
tes, acidentes, tragédias; vi-
são desolada e pessimista
sobre o futuro; sono pertur-
bado; choro imotivado ou
por razões que normalmen-
te não comoveria. � (JR)
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 11
Pais separados que usam os filhos como instrumento de vingança contra o outro estão cometendo crime
Jéssica [email protected]
A alienação parental é a prá-
tica, por parte da mãe ou do
pai, de afastar o outro da vida
da criança. Geralmente ocorre
com casais que se separaram e
usam os filhos como instrumen-
to de vingança.
O assunto ganhou reper-
cussão na novela global “Sal-
ve Jorge”, em que o persona-
gem Celso, vivido por Caco
Ciocler, manipula a filha fa-
zendo com que ela sempre fi-
que contra a mãe, interpreta-
da por Letícia Spiller.
É importante ressaltar que
a pessoa mais prejudicada em
situações como essa é a crian-
ça. A psicóloga, mediadora de
casal e família Maria Amélia
Mussi afirma que a grande difi-
culdade de casais divorciados
é separar o vínculo conjugal
do parental.
Para o especialista em inteli-
gência emocional Rodrigo Fon-
seca, fundador da Sociedade
Brasileira de Inteligência Emo-
cional, a criança é a primeira a
se sentir culpada, pois se sente
responsável pela separação.
“Ela se sente culpada por ter
machucado a parte alienada. É
uma somatória de culpa muito
grande. No futuro, ela pode ter
dificuldade nos relacionamen-
tos, receio de se vincular a ou-
tra pessoa por ter medo de so-
frer”, ressalta.
Em alguns casos, o aliena-
dor usa a criança como “espiã”
do ex-parceiro. Esse tipo de
comportamento também pode
comprometer a formação da
criança. Segundo Maria Amé-
lia, os filhos amam os pais,
não querem fazer parte desse
contexto da relação conjugal
e esperam poder conviver
com ambos da melhor manei-
ra. “Ter liberdade de ir e vir
na casa de cada um sem con-
flito de lealdade.”
Ainda segundo a psicóloga,
esse conflito de lealdade traz
muito sofrimento, uma vez que
os filhos sentem que ser leal a
um significa ser desleal com o
outro. “É comum que o tema
lealdade seja manipulado pelos
pais em sua guerra particular”,
completa.
Uma das formas de se evitar
os problemas causados pela alie-
nação parental é por meio da
mediação familiar, feita com te-
rapeuta especializado em famí-
lia e casal.
O objetivo da mediação, se-
gundo Maria Amélia, é preve-
nir este comportamento com o
intuito de minimizar os pre-
juízos emocionais indepen-
dente da idade dos filhos. “A
presença do terapeuta fami-
liar nas audiências propicia o
encontro de uma escuta inter-
disciplinar, no desejo de que
casais que se separam possam
encontrar enquanto pais um
ponto de interseção: o amor pe-
los filhos.”
ALIENAÇÃO PARENTALFamília
Desde 2010 uma lei fede-
ral protege as crianças contra
aalienaçãoparental.Deacor-
do o artigo 2º da Lei 12.318,
de 26 de agosto de 2010,
“Considera-se ato de aliena-
ção parental a interferência
na formação psicológica da
criança ou do adolescente
promovida ou induzida por
um dos genitores, pelos avós
ou pelos que tenham a crian-
ça ou adolescente sob sua au-
toridade, guarda ou vigilân-
cia para que repudie genitor
ouquecauseprejuízoaoesta-
belecimento ou manutenção
de vínculos com este”.
Aindasegundoalei,algu-
mas atitudes são classificadas
como alienação parental, co-
mo realizar campanha de
desqualificação da conduta
dogenitornoexercíciodapa-
ternidade ou maternidade;
dificultar o exercício da auto-
ridade parental; dificultar o
contato de criança ou adoles-
cente com genitor; dificultar
o exercício do direito regula-
mentado de convivência fa-
miliar; apresentar falsa de-
núnciacontraogenitor, fami-
liaresdesteoucontraavós,pa-
radificultaraconvivênciade-
les com a criança ou adoles-
cente, entre outras.
Asconsequênciasdaalie-
nação parental podem ser ir-
reparáveis, pois causa diver-
sos conflitos internos na
criança, que se manifestam,
por exemplo, na forma de
tristeza, isolamento, irrita-
bilidade e dificuldade esco-
lar. Vale lembrar que a lei
também prevê sanções a
quem impede a convivên-
cia dos filhos com ambos
os genitores. � (JR)
O quediz a lei
Stock Images/Divulgação
12 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Em recém-nascidos há maior oscilação de temperatura,
por excesso de roupas e pouca ingestão de leite
Jorge HaddadPediatra
O homem e os mamíferos
são considerados homeotérmi-
cos, pois o centro termorregula-
dor no hipotálamo controla a
temperatura corporal por meio
de receptores periféricos de
frio e calor, mantendo a tempe-
ratura abaixo de 37˚, sendo a
temperatura de conforto situa-
da entre 36,5˚C a 36,9˚C.
A febre é uma elevação da
temperatura corporal acima de
37,8˚ e pode ser um sinal im-
portante de doença, principal-
mente em crianças.
Existem vários fatores que
podem elevar a temperatura: in-
fecções, vacinas, medicamen-
tos, doenças reumáticas, infla-
mações, entre outras.Todos os
pais ficam muito preocupados
quando a temperatura da crian-
ça começa a subir, mas rara-
mente a febre significa doença
grave, na maioria dos casos ela
indica uma boa resposta do or-
ganismo, pois cria condições
ideais para o corpo combater
agentes como vírus, bactérias e
outros microorganismos, pro-
duzinho substâncias de defesa.
Muito importante lembrar
que, em recém-nascidos, há
uma maior oscilação de tempe-
ratura, podendo apresentar fe-
bre por excesso de roupas e pou-
ca ingestão de leite. Mas toda fe-
bre abaixo de seis meses é preo-
cupante, devendo ser avaliada
por pediatra. A criança abaixo
de dois meses devem ser leva-
das imediatamente para consul-
ta.Porém, a febre faz o organis-
mo gastar energia para se defen-
der, sendo necessário ser medi-
cada. Mais importante que a fe-
bre é avaliar o comportamento
da criança. Se quando a tempe-
ratura volta ao normal e a crian-
ça brinca, sorri e fica com o as-
pecto normal, provavelmente
não se trata de nenhuma doen-
ça grave.
Se a febre cede e mesmo as-
sim a criança continua irritada,
chorosa ou prostrada, deve-se
procurar atendimento médico
precocemente. Febre baixa e
constante também preocupa,
principalmente em crianças
abaixo de 1 ano de idade, e em
meninas pela incidência eleva-
da de infecção urinária. O pri-
meiro sinal de febre costuma
ser pés e mãos frios. Depois,
rosto avermelhado, irritação e
até calafrios.
Como medir
Existem vários tipos de ter-
mômetros no mercado. O tradi-
cional é com coluna de mercú-
rio, porém hoje em dia existem
restrições ao seu uso por ques-
tões ambientais.Os digitais são
uma boa opção, por serem bara-
tos. Deve-se ter atenção para
deixar o tempo necessário nas
axilas, porque se ficar pouco
tempo (menos que 3 minutos)
a temperatura aferida pode es-
tar errada. Os termômetros de
ouvido e infravermelhos, que
medem a temperatura pelo con-
tato na pele, podem acusar uma
temperatura maior que a axilar
e são caros.
Como tratar
Não agasalhar demais a
criança, pois a temperatura po-
derá se elevar mesmo se estiver
com calafrios. Manter com rou-
pas adequadas para o ambien-
te. Não dar banho frio, pois a
água fria produz calafrios e
vasoconstricção, causando mal-
estar na criança.O banho mor-
no não é imprescindível. So-
mente se a criança se sentir con-
fortável. Nunca fazer compres-
sas com álcool, pelo risco de in-
toxicação na criança. Evitar
uso de ácido acetil salicílico.
Manter a criança hidratada,
pois a febre pode desidratar a
criança e subir mais ainda a
temperatura.
Medicamentos
É importante, na consulta
com o pediatra, já se informar
sobre qual medicamento usar
em caso de febre, pois alguns
são contraindicados antes de
seis meses de idade. Importan-
te saber a dosagem correta,
pois o excesso de medicamen-
to pode levar à hipotermia e
intoxicação. �
Febre na criançaHamilton Pavam
Stock Images/Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 13
Personagem de Aílton Graça adotará mais bebês em “Flor do Caribe”
Agência Estado
Menos de seis meses depois
de encarar um boêmio farrista
em horário nobre, na novela
“Avenida Brasil” (Globo), Aíl-
ton Graça está no ar novamen-
te. O tempo é realmente curto
para quem, há pelo menos cin-
co anos, engata um trabalho no
outro na telinha. Mas, desta
vez, o ator garante que, apesar
da proximidade dos projetos, o
personagem é bem diferente
dos anteriores. A prova pode
ser tirada na trama das 18h de
Walther Negrão, “Flor do Cari-
be” (Globo).
“Eu estava saindo da grava-
ção de ‘Avenida Brasil’, na últi-
ma semana, e fui abordado por
Leonardo Nogueira e Jayme
Monjardim (ambos diretores
de ‘Flor do Caribe’). ‘Nós preci-
samos de você’, eles disseram.
Daí, eu falei: ‘Não vou fazer co-
média’ (risos). E eles disseram:
‘Não, é ao contrário’”, diverte-
se o ator ao contar como surgiu
o convite para viver Quirino.
“Comédia eu não queria por-
que estava no quinto trabalho
que tinha esse perfil do humor.
E não é fácil, viu?! Você não
têm ideia de como cansa fazer
humor e elaborar isso, sempre
com perfis diferentes”, brinca.
Seu mais novo personagem
é um misto de “faz-tudo”, que
trabalha também como piloto
da lancha de Alberto (Igor Ri-
ckli). Nascido em Salvador, aos
18 anos, ele entrou para o semi-
nário com o objetivo de se tor-
nar padre, para o desespero dos
pais. No entanto, às vésperas
de concretizar esse sonho, Qui-
rino encontrou um bebê aban-
donado pela mãe, que criou co-
mo filho, Juliano (Bruno Gisso-
ni). Doralice (Rita Guedes), go-
vernanta e cozinheira da casa
dos Albuquerque, é sua grande
paixão. Ela o ajuda a criar outra
criança adotada, William (Ren-
zo Aprouch).
Aílton revela, ainda, que o
casal deverá adotar mais bebês,
ao longo da trama. “Não che-
ga a ser uma campanha, mas
aponta para uma reflexão, que
é a realidade de milhões de
crianças que estão aí, precisan-
do desse tipo de carinho”, ana-
lisa. A experiência com os pe-
quenos vem da época em que
trabalhou em alguns projetos
sociais. “Fui arte educador du-
rante muito tempo. Tive a
oportunidade de trabalhar na
Febem (atual Fundação Ca-
sa), dando aulas de teatro e
dança. Eu sei o que é. Eles são
pequenos diamantes brutos”,
acredita Ailton.
Além de professor, o ator
conta que teve outras experiên-
cias de trabalho antes de ga-
nhar a TV. “Se não fosse ator,
talvez seria artista circense. Eu
amo circo. Fui trapezista duran-
te muito tempo e palhaço tam-
bém. E gosto de gastronomia.
Tenho dois restaurantes. Ado-
ro receber amigos à mesa e cozi-
nhar”, revela.
Ainda sem previsão de fé-
rias, afinal “Flor do Caribe” de-
verá se estender até o fim do se-
gundo semestre, o ator não pen-
sa em descanso. “Se eu for pin-
çado por algum diretor ou au-
tor e o personagem for interes-
sante, eu vou entrar. Entraria
na boa. Mas não dá pra nin-
guém bater o Tony Ramos, que
emenda um personagem e uma
história atrás da outra. Eu acho
que ele nunca tirou férias na vi-
da (risos)”. �
AMIGO DA CEGONHAPerfil
TV Globo/Divulgação
TV - 14 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Conga conga congaPor essa nem a cantora Gretchen esperava. Sua fi-
lha, a atriz Thammy Miranda, que na novela “Salve
Jorge”, da Globo, interpreta a policial Jô, se transfor-
mará na infiltrada Lohane e, entre as muitas peripé-
cias que fará, dançará ao som de “Conga Conga Con-
ga”, sucesso de Gretchen. A jovem dirá que é mu-
lher de um traficante que foi preso por Helô (Gio-
vanna Antonelli) e, como não consegue voltar para o
Brasil, gostaria de trabalhar na boate. De quebra,
ainda tenta seduzir Russo (Adriano Garib).
Novo galãNa Globo, parece que o “trono” de galã, que já foi de
José Mayer e Antônio Fagundes, agora tem outro do-
no. Nos bastidores de “Salve Jorge”, Domingos
Montagner ganhou o apelido de Tudão. Vai ver por-
que, na novela de Glória Perez, o personagem dele,
Zyah, tem à disposição as mulheres interpretadas
por Cleo Pires e Tânia Khalill. Comenta-se também
que o cavalheirismo de Montagner tem feito as mu-
lheres se derreterem.
Férias prolongadasPor ter engatado a personagem Suelen, de “Avenida
Brasil” (Globo), e a protagonista de “O Canto da Se-
reia” (Globo), Isis Valverde deve agora descansar.
Ela foi dispensada de mais um compromisso e não
deverá mais ser a protagonista da nova novela das
18h, escrita por Duca Rachid e Thelma Guedes.
Em campo paulistaDepois de passar pelo Rio de Janeiro, o “Rockgol”
volta a ser realizado em São Paulo. O programa terá
como cenário um campo de futebol da cidade e os jo-
gos entre os artistas serão apresentados por Daniel
Furlan, do “Furo MTV”, e Paulinho Serra. As ban-
das Cidade Negra, Fresno e Skank marcam presen-
ça. A exibição será durante o mês de maio.
Na bibliotecaAs aventuras de quatro jovens que viajaram para lu-
gares “em conflito” e registraram seus pontos de
vista com uma câmera ganham as páginas de um li-
vro. Com o mesmo título do programa, “Não Conta
Lá em Casa” (Multishow), o trabalho sairá pela edi-
tora Record. A ideia é mostrar os bastidores dessas
aventuras.
Mais umaMais uma doméstica entrará para a vida de Cacau
Protásio, a Zezé de “Avenida Brasil” (Globo). Desta
vez, será no humorístico “Vai que Cola”, título
provisório dado pelo Multishow. A atração será
rodada numa pensão, cuja proprietária será Do-
na Jô (Catarina Abdala). Samantha Schmütz,
Emiliano D’Avila, Fiorella Mattheis e Paulo Gus-
tavo também participam.
Já tem dataMiguel Falabella, Marisa Orth, Luis Gustavo,
Aracy Balabanian e Márcia Cabrita participarão dos
quatro episódios inéditos do “Sai de Baixo”, que vai
ao ar a partir do dia 21 de maio, no canal Viva. As
gravações deverão acontecer no mesmo mês, no Tea-
tro Procópio Ferreira, antigo cenário da turma em
São Paulo.
Para todosEnquanto o mercado de séries norte-americanas não
para de lançar títulos novos, alguns consagrados
começam a chegar aqui, na TV aberta. Três atra-
ções de sucesso já estão a caminho: “Mad Men”,
na TV Cultura; “Smash” e “The Bible - a Bí-
blia”, na Record.
Em dose duplaO conhecido humorista Moacyr Franco, que recen-
temente apareceu no longa-metragem “O Palhaço”,
está de volta na mídia. Isso porque Selton Mello, di-
retor da série “Sessão de Terapia”, no GNT, teria
chamado o amigo para participar da segunda tempo-
rada da atração. Ao que tudo indica, as gravações co-
meçam ainda neste semestre.
Vende maisUm dos cantores românticos mais conhecidos do país,
Fábio Jr., será, pela terceira vez, astro da campanha da
Tele Sena do Dia das Mães, título comercializado pela
Liderança Capitalização, empresa que pertence ao Gru-
po Silvio Santos. Atualmente, ele está viajando pelo país
com a turnê do seu DVD, intitulado “Íntimo”.
Diversão garantidaQuatorze séries receberam o aval do canal estaduni-
dense CBS para novas temporadas. Entre elas estão
“The Good Wife”, “Elementary”, “Hawaii Five-0” e
“The Mentalist”. Aparentemente, “Two and a Half
Men”, “CSI: NY” e “Vegas” não estão entre as esco-
lhidas. Mas nada impede que a emissora aumente es-
sa relação e inclua ambas.
Caiu na redeJon Favreau, o mesmo de “Homem de Ferro”, divul-
gou, em sua conta pessoal no Twitter, a primeira
foto do elenco de “About a Boy”, adaptação para
a TV do filme “Um Grande Garoto”. Nela, o di-
retor aparece acompanhado de Minnie Driver,
David Walton e Benjamin Stockham. O mate-
rial está sendo feito sob encomenda pela NBC,
mas ainda não há data de estreia definida.
Nova na áreaEm junho, quando a sexta temporada de “True
Blood” (HBO) for ao ar, os telespectadores te-
rão uma surpresa. Karolina Wydra, atriz que vi-
veu Dominika em “House”, aparecerá como a
vampira Violet, descrita como forte, sexy e peri-
gosa. Rutger Hauer (“Blade Runner”), Arliss
Howard, Jurnee Smollett e Amelia Rose Blaire
também reforçam o elenco.
Mais temporadaOutra atração da TV norte-americana que ganhou
mais um ano é “Cougar Town” (TBS). Treze epi-
sódios foram encomendados para a quinta tempo-
rada. As novas aventuras deverão estrear nos
EUA somente em 2014, em data a ser definida.
No Brasil, a série é exibida pelo canal pago Sony.
CaminhandoApesar de ainda não receber a confirmação do
fim de “Smash”, parece que a atriz Debra Mes-
sing está tentando um novo emprego. A atriz
faz parte agora do elenco de “Mother’s Day”, tí-
tulo provisório da nova série da CBS. A atração
ganhou a encomenda de um episódio piloto pa-
ra avaliação.
Melhor da tvRecentemente, Fátima Bernardes, em “Encon-
tro” (Globo), levou ao ar uma rica discussão so-
bre a descoberta da homossexualidade na adoles-
cência. Foi emocionante ver o depoimento de
um pai que aceitou a condição sexual de seu fi-
lho, mesmo o garoto acreditando que isso não se-
ria possível. Até o deputado Jean Wyllys chorou.
Bravo!
Pior da tvA volta do “Teste de Fidelidade”, na RedeTV!
Para enfrentar o “Pânico na Band” (Band), a
emissora de Osasco (São Paulo) decidiu colocar
o comediante João Kleber para testar casais no
ar. Como era de se esperar, a atividade, que para
alguns é levada a sério demais, acaba em confu-
são. Triste. �
Fique LigadoAgência Estado
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 15 - TV
“A diversidade na televisão é
importante”, diz Adriana Couto,
apresentadora do “Metrópolis”
Agência Estado
Referência para o telespecta-
dor que busca notícias sobre ci-
nema, música, literatura e artes
plás t icas , o programa
“Metrópolis”, da TV Cultura,
está comemorando 25 anos nes-
te mês. E motivos para come-
morar não faltam. Atualmente,
é a única atração diária da tele-
visão brasileira dedicada exclu-
sivamente ao mundo das artes,
indo ao ar de segunda a sexta-
feira às 23h30 e, aos domingos,
às 20h30.
A estreia do programa foi
comandada pelos apresentado-
res Ricardo Soares e Maria
Amélia Rocha Lopes. No entan-
to, outros nomes importantes
da televisão já estiveram à fren-
te da revista cultural, tais como
Lorena Calábria, Cadão Volpa-
to, Cuca Lazarotto, Herbert
Henning e Patrícia Travassos.
Ao longo desses 25 anos, a
história do “Metrópolis” tam-
bém foi marcada por diversas
mudanças estruturais. A princi-
pal delas ocorreu em março de
2012, quando a TV Cultura
anunciou a extinção dos con-
sagrados programas “Entreli-
nhas” e “Vitrine” - respecti-
vamente sobre literatura e
bastidores de produções cul-
turais - e sua incorporação ao
“Metrópolis” na forma de
quadros.
Entrevista
NO MUNDODAS ARTES
TVC
ultu
ra/D
ivul
gaçã
o
TV - 16 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Em equipe
O novo formato do “Metrópolis”
trouxe ainda a inédita experiência com
quatro apresentadores. Atualmente, a
atração é comandada de segunda à sexta-
feira pela jornalista Adriana Couto e
conta com o escritor Manuel da Costa
Pinto como comentarista de literatura e
Cunha Jr. no quadro “Vitrine”. Aos do-
mingos, quem assume a ancoragem é a
jornalista e cineasta Marina Person
Para falar um pouco mais sobre sua
experiência à frente da atração, entrevis-
tamos a jornalista Adriana Couto. A
apresentadora ainda revela seus segre-
dos para dominar os diversos assuntos
relacionados à cultura e sua opinião so-
bre a representatividade de profissio-
nais negros na televisão brasileira.
Pergunta - Como você chegou ao“Metrópolis”?
Adriana Couto - Na TV Cultura, eu
passei pelo “Jornal da Cultura”, pelo
“Planeta Cidade” e outros programas.
Nesse período, eu trabalhei com o
Heródoto Barbeiro também. Coinci-
dentemente, eu tinha sido assistente
dele na rádio CBN. Ele é um mestre.
Até que um belo dia o Cunha estava
em Paraty e o outro apresentador do
“Metrópolis” adoeceu. Perguntaram
se eu podia apresentar o programa ao
vivo e nunca mais saí.
Pergunta - O novo formato comquatro apresentadores estreou há umano. Como está sendo?
Adriana - É muito legal. Todo mun-
do faz um pouco de tudo, apesar de hoje
eu sair menos para a rua. Eu faço meio
que a ancoragem do programa nos cin-
co dias da semana e tenho compromis-
sos com o fechamento.
Pergunta - E como é o trabalho emequipe?
Adriana - É uma equipe que se com-
pleta. Eu sempre assisti ao Cunha na te-
levisão, e em um momento da minha vi-
da eu quis ser ele (risos). Eu o imito vá-
rias vezes. Há situações em que estou en-
trevistando alguém e penso: acho que já
vi o Cunha fazendo isso. Aprendo mui-
to com o Manuel, que é professor e tem
outra formação cultural. E a Marina
(Person) é gente boníssima. É muito
bom trabalhar com alguém que eu
acompanhei tanto tempo no ar.
Pergunta - É comum em uma únicaedição do programa você falar sobreteatro, cinema, literatura e artes plás-ticas. Como você dá conta de tantostemas?
Adriana - Às vezes acho que não vou
conseguir. Com exceção de domingo, o
“Metrópolis” tem pelo menos cinco en-
trevistas na semana. Sendo assim, vou
ser sincera: eu fico desesperada, porque
não vou conseguir ler todos os livros ou
ver todas as peças (risos). Mas eu tento.
Posso dizer que eu vivo o “Metrópolis”
e isso é prazeroso, pois é o que eu sem-
pre quis fazer. Não acho um problema
sair de manhã para trabalhar e ainda
ler um livro à noite, por exemplo. Eu fa-
ria isso normalmente. O problema é a
frequência na semana, que aumenta
bastante.
Pergunta - E quando não dá paraler ou assistir tudo o que está em car-taz, como você faz?
Adriana - O segredo é estudar. Só ca-
risma não dá conta, tem que ter estudo.
Acordo e durmo estudando e estou fe-
liz. Aprendi com o Cunha, que está sem-
pre pesquisando, indo ao acervo da Cul-
tura buscar materiais antigos dos entre-
vistados. Afinal, nestes 25 anos de
“Metrópolis”, temos um ótimo acervo.
Pergunta - Seu marido a acompa-nha nas jornadas culturais?
Adriana - Ele já não aguenta mais
ver tanta exposição (risos). No fim de se-
mana, sempre dou um giro pela cidade
para ver o que tem de novo e ele implo-
ra: ‘me deixa ficar em casa, por favor’ (ri-
sos). Acabo indo sozinha. E tem tam-
bém os livros que quero ler e que ficam
na espera. Estou com o último do Ha-
ruki Murakami na fila, mas sempre tem
algum outro antes dele.
Pergunta - Você costuma sair satis-feita das entrevistas?
Adriana - Às vezes não, por conta do
tempo. Apesar de não ser ao vivo, o
“Metrópolis” é gravado como se fosse.
Só temos uma hora de estúdio, ou seja,
não dá para eu fazer ‘a louca’ e sair per-
guntando tudo o que quero (risos). Caso
contrário, alguma matéria cairá.
Pergunta - E além da apresenta-ção, quais são as suas funções?
Adriana - Digamos que sou do “nú-
cleo duro” do programa. Participo das
decisões do que vai ao ar e como va-
mos fazer o link entre as matérias. Se
você prestar atenção, às vezes somos to-
talmente esquizofrênicos: trazemos
uma matéria erudita com uma passa-
gem do Iggy Pop, por exemplo (risos).
Outras vezes fazemos todas as maté-
rias casadinhas.
Pergunta - Você morou na periferiade São Paulo e frequentou colégios pú-blicos. Como era o acesso à culturanesta época?
Adriana - Sou de Itaquera, bairro da
zona leste, na periferia de São Paulo. Ti-
ve uma infância com restrições de di-
nheiro, claro, mas muito feliz. Meus
pais não liam muito, mas a música era
uma ligação importante da família. Mi-
nha mãe ouvia muita rádio AM e isso
me ajudou a não ter preconceitos musi-
cais hoje em dia.
Pergunta - O que vocês ouviam?Adriana - Minha mãe nasceu em Mi-
nas Gerais e meu avô era sanfoneiro.
Por isso, ouvíamos música sertaneja de
raiz, como Tonico & Tinoco e Pena
Branca & Xavantinho. O samba tam-
bém era presente na periferia e chegou
até mim. Por fim, teve a influência de
uma irmã dez anos mais velha - estou
hoje com 39 e ela tem 49. Ela ouvia mui-
ta MPB, tinha um cadernão onde guar-
dava letras do Chico Buarque e do Cae-
tano Veloso. E quando a gente é peque-
na sempre se inspira na irmã mais ve-
lha, né? Ela também é uma leitora com-
pulsiva. Fazia listas sobre o que eu deve-
ria ler e eu aceitava (risos).
Pergunta - Você uma vez disse queficou indecisa entre cursar jornalismoou rádio e TV. Consegue aliar os doisno “Metrópolis”?
Adriana - Desde bem pequena eu
brincava de televisão. Sempre me cha-
mou a atenção essa caixinha magica e co-
mo as coisas nela eram feitas. Na época
do vestibular, decidi prestar rádio e tele-
visão Até que um dia essa minha irmã
sugeriu que eu fizesse jornalismo, pois,
assim, poderia trabalhar em diferentes
veículos. Era mais completo. Nessa épo-
ca, eu já tinha uma boa redação e era
sempre escolhida para falar nos seminá-
rios. As pessoas brincavam que eu leva-
va jeito para o jornalismo.
Pergunta - Mas você queria ficarna frente das câmeras?
Adriana - Não. Da minha escolha até
os primeiros empregos sempre quis fi-
car atrás das câmeras, trabalhando com
produção ou direção. Mas aparecer é le-
gal. Hoje estou acostumada e adoro.
Pergunta - Como você chegou àtelevisão?
Adriana - Na faculdade, eu estagiava
na assessoria de imprensa e participei
de um vídeo institucional. O diretor do
vídeo trabalhava na TV Sesc/Senac e,
três anos depois, lembrou-se de mim e
me chamou para um teste de um progra-
ma novo, que se chamava “Trampo-
lim”. Era um programa para jovens em
que cada episódio abordaria uma profis-
são diferente. Curiosamente, o apresen-
tador era o Cadão Volpado (ex-apresen-
tador do “Metrópolis”). Nesta época eu
estava no meu primeiro emprego, que
era na rádio CBN. Quando me chama-
ram para o teste, foi amedrontador. Eles
me entrevistaram e no final disseram: a
matéria é na semana que vem. Fiquei
aterrorizada.
Pergunta - E como foi essa primei-ra experiência no vídeo?
Adriana - A primeira matéria era so-
bre Publicidade e Propaganda, gravada
numa faculdade. A intenção era que eu
começasse a dizer as falas no meio dos
estudantes. Morri de vergonha! Quis pe-
dir as contas, não servia para aquilo.
Mas na hora eu consegui. Devo essa co-
ragem ao trabalho em rádio. Na CBN,
era comum ainda estar na escuta prepa-
rando o texto e ter que entrar no ar de
sopetão.
Pergunta - O programa “Trampo-lim” lhe ensinou bastante?
Adriana - Sim. Fiquei no “Trampo-
lim” um tempão, cinco anos. Aprendi
tudo, desde como me portar até coisas
mais simples. Por exemplo, eu não acha-
va que precisava passar batom para apa-
recer na televisão (risos). Somente era li-
gada no conteúdo. Lá as pessoas me da-
vam toques sutis: escolhe uma blusinha
melhor, passa uma maquiagem (risos).
Lógico, você não precisa ser uma perua,
mas a imagem neutra e agradável tam-
bém ajuda a transmitir a informação.
Pergunta - Profissionalmente, vo-cê ainda tem sonhos?
Adriana - Sim, tem meu sonho de in-
fância que é o de fazer direção. Preciso
aprender muito ainda, mas quero ter es-
sa experiência um dia. Gostaria tam-
bém de pegar um projeto do zero, lide-
rar equipe. Também tenho o desejo de
trabalhar com crianças.
Pergunta - Ainda é escassa a quan-tidade de apresentadores e repórte-res negros. Como você avalia isso?
Adriana - A representatividade é pe-
quena, mas eu consigo ver uma evolu-
ção. Hoje muitas meninas negras me es-
crevem e eu me sinto orgulhosa por is-
so. Que elas não desistam antes de ten-
tar, porque era isso que acontecia no pas-
sado. Afinal, nosso cabelo, pele e nariz
não estão nos padrões estéticos difundi-
dos. Temos ainda muito que conquis-
tar, mas sou otimista.
Pergunta - Você se incomoda comrótulos?
Adriana - Não tenho problema al-
gum em receber o rótulo de apresenta-
dora negra. Até porque sou apresenta-
dora e negra. Mas sou outras coisas
também. Penso, ainda, que minha
vivência como mulher, negra e que vi-
veu na periferia faz diferença no meu
trabalho. Assim como as vivências dos
meus colegas, que não são iguais às mi-
nhas, também fazem a diferença. Por is-
so que é importante a gente ter diversi-
dade na televisão. �
Sou deItaquera.Tive umainfância comrestrições dedinheiro, masmuito feliz
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 17 - TV
“Mad Men” traz realismo da publicidade dos anos 60 à TV Cultura
Agência Estado
A série norte-americana “Mad Men” es-
treia na TV Cultura em 24 de abril como
uma das apostas da emissora para 2013. A
outra novidade da programação é a rees-
treia do game show “Quem Sabe, Sabe”,
que vai ao ar a partir de maio.
“Mad Men” estreou nos Estados Uni-
dos, no canal pago AMC, em julho de 2007,
com audiência aproximada de 1,4 milhão
de espectadores. Com uma abordagem rea-
lista do mundo da publicidade, a série -
cuja quinta temporada encerrou em julho
de 2012 - chega à sexta temporada em abril,
dia 7, nos EUA. Aqui, “Mad Men” já é exi-
bida pela HBO, que programou a sexta tem-
porada para o final de abril. A TV Cultura
exibirá 52 episódios das quatro temporadas
entre 2007 e 2011, a partir do dia 24, sem-
pre às quartas-feiras, às 22h.
“Mad Men” segue os passos do publici-
tário Don Draper (Jon Hamm) e sua equi-
pe, nos anos 1960. A trama se passa na fictí-
cia agência de publicidade Sterling Cooper,
localizada na famosa Madison Avenue, em
Nova York. Posteriormente, a agência mu-
da o nome para Sterling Cooper Draper
Prycer. Com impecável reconstrução de
época e trilha sonora com músicas dos Bea-
tles e Bob Dylan, a série conquistou públi-
co e prestígio, abocanhando quatro Globos
de Ouro e 15 Emmys.
Jogos de interesses, competições, muito
dinheiro e mulheres são ingredientes bási-
cos de “Mad Men”, que faz um retrato críti-
co de uma época em que o “american way
of life” é vendido para todo o planeta.
Quem sabe, até para a Lua, como insiste o
proprietário da cadeia de hotéis Hilton, jun-
to ao diretor de criação Don Harper, num
dos hilários episódios da série.
Publicitário premiado e mulherengo de
carteirinha, Draper, que é filho adotivo,
também tem os seus problemas. Perde o
controle, bebe, fuma e se mete em encrenca
com as namoradas. A série abusa das cenas
com publicitários fumando, tomando altas
doses de uísque e dando palmadinhas na
bunda das colegas. Alcoolismo, tabagismo,
homofobia, sexo, adultério e antissemitis-
mo são temas abordados ao longo das cinco
temporadas. “Mad Men” é uma criação do
produtor Matthew Weiner, também cria-
dor da “Família Soprano”. O homem ven-
ceu nove Emmys pelos dois trabalhos e, em
2011, foi eleito uma das 100 pessoas mais in-
fluentes do mundo pela revista Time.
Série
DE CASA NOVA
Ao final de cada episódio,
“Mad Men” executa uma música
de época ou um tema original do
músico David Carbonara. No epi-
sódio “Lady Lazarus”, da quinta
temporada, tocou “Tomorrow Ne-
ver Knows”, dos Beatles - uma
das poucas ocasiões em que uma
canção dos fabulosos de Liver-
pool foi autorizada para execução
em uma série de TV. No último
episódio da primeira temporada,
foi usado o clássico de Bob
Dylan, “Don’t Think Twice, It’s
All Right” - que, aliás, era o tema
“argentino” da personagem Ni-
na, interpretada por Débora Fala-
bella em “Avenida Brasil”.
A TV Cultura aposta nesta
série e em outras produções ori-
ginais para ganhar audiência
em 2013. Em 2012, a emissora fi-
cou com a média diária de um
ponto. O objetivo, segundo a di-
reção da casa, “é conquistar pe-
lo menos 1,3 pontos até dezem-
bro”. Ressaltando que cada pon-
to equivale a 62 mil domicílios
na Grande São Paulo. �
O ator Jon Hamm teve sua carreira alavan-
cada pela série. Nascido em St. Louis, no Mis-
souri, no ano de 1971, foi para Los Angeles em
1995 em busca de uma chance no cinema. Tra-
balhou como garçom e foi desenhista de pro-
dução de filme pornográfico até conseguir um
papel relevante na série da NBC, “Providen-
ce”, em 2000. No mesmo ano, estreou no cine-
ma com um papel de uma fala no filme de
Clint Eastwood “Space Cowboys”. De 2002 a
2004, encarnou o inspetor de polícia Nate Bas-
so na série do canal Lifetime, “The Division”,
seguindo-se participações em “CSI: Miami”,
“Numb3rs” e outros programas de TV.
O formidável desempenho como o preda-
dor Don Draper exigiu empenho do ator des-
de o início. Jon teve de desbancar outros 80 ato-
res candidatos ao papel. “Eu li o roteiro de
‘Mad Men’ e amei Nunca pensei que iriam me
escolher, quer dizer, achei que eles iriam com
um dos cinco caras que se pareciam comigo,
mas eram estrelas de cinema”, disse, na época.
O diretor Alan Taylor e o criador da série Mat-
thew Weiner achavam o ator “bonito demais
para o papel”. Porém, o fato de Hamm não ter
sido criado pelos pais, assim como Draper, pe-
sou na hora da escolha.
O episódio que encerrou a quinta tempora-
da foi visto por 2,7 milhões de espectadores
nos EUA. Foi a temporada que obteve mais au-
diência - 15% a mais do que a anterior. Mais
sombria e dramática, também foi a mais polê-
mica, contando com um suicídio, muita panca-
daria e viagens de LSD. Vamos aguardar, aqui
no Brasil, a reação do público da TV aberta.
O sucesso de crítica é incontestável. De
acordo com o New York Times, “Mad Men”
inova “pela extravagância de um passado não
tão distante”.
De garçom a protagonista
Beatles e Dylan
A série norte-americana estreia como uma das apostas da emissora para 2013
TV Cultura/Divulgação
TV - 18 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
“Sou forte e corajosa como a Amaralina”, diz Sthefany Brito sobre sua personagem em “Flor do Caribe”
Agência Estado
Afastada das novelas desde “A
Vida da Gente”, em 2011, Sthe-
fany Brito está de volta aos folhe-
tins como a aventureira Amarali-
na, uma jovem que viaja o mundo
atrás do avô, mas com o destino
pregando peças, com direito a en-
contros e desencontros. “Amarali-
na vive no mundo das viagens e
das aventuras, sempre sozinha e
aprendendo a se virar. E é justa-
mente em uma dessas viagens que
ela se encontra com o avô, porém,
nenhum dos dois sabe que se trata
de avô e neta”, conta a atriz. E con-
tinua: “Não sei o motivo dessa bus-
ca. E ela é a única da família, é sozi-
nha. Mas tem algum mistério aí”.
Apesar de não ter participado
desde o primeiro capítulo, Sthe-
fany afirma que Amaralina é uma
jovem esperta. “Ela tem uma ma-
landragem, mas é algo natural,
aquela coisa da pessoa que tem que
se virar, de dar um jeito de comer,
de arranjar um lugar para dor-
mir...”, entrega.
Empolgada com o novo traba-
lho, a atriz frisa que Amaralina é
uma menina forte, independente e
dona do próprio destino, que sem-
pre corre atrás para realizar os seus
objetivos. “Ela é decidida e vai
atrás do que quer, sem ter grandes
medos. Conquista os objetivos de-
la e é uma mulher independente. E
eu sou um pouco assim também e
emprestei esse meu lado para ela”,
reforça.
Apesar de algumas semelhan-
ças com Amaralina, Sthefany faz
questão de frisar que finca os pés
no chão e num cantinho que hoje é
o seu mundo, algo bem diferente
da personagem da novela “Flor do
Caribe”. “A Amaralina não tem
raiz em nenhum lugar e, nesse pon-
to, eu sou bem diferente. Tenho
muita raiz e mantenho os pés no
chão. A personagem é mais sonha-
dora, mas, ao mesmo tempo, é for-
te, corajosa, e já nisso nos parece-
mos”, dispara Sthefany, que ainda
complementa: “Hoje o que me faz
mais feliz na vida é trabalhar. O
convite da novela foi muito impor-
tante para mim. Estou numa fase
muito boa”.
Gravaçõesna Guatemala
Depois de passar uma semana
na Guatemala por conta das grava-
ções de “Flor do Caribe”, Sthefany
Brito conta que o tempo em que fi-
cou no país foi um momento úni-
co, inesquecível. “A Guatemala é
um país alegre, colorido e muito fe-
liz! Isso é incrível. Eu fiquei uma
semana lá, em Flores, que é uma ci-
dade do interior, e fiquei encanta-
da com tudo o que vi”, diz a atriz,
que passou a adotar um novo look
por conta da personagem: “O cabe-
lo dela é um pouco rosa, só as pon-
tas, mas nada que seja muito gri-
tante. Nada de diferente. É apenas
um aplique. Eu coloco na hora das
gravações e depois tiro”. A perso-
nagem tem um ar meio hippie, se-
gundo a atriz.
Feliz com a novela e fazendo
par romântico com o colega Rafael
Almeida na trama de Walther Ne-
grão, Sthefany Brito conta que é
um prazer dividir as cenas com o
ator com quem ela afirma ter afini-
dade. “Eu já conheço o Rafael há
muito tempo e a gente é amigo. É
um prazer muito grande trabalhar
com ele, dividir as cenas com
quem você já conhece, já tem afini-
dade. A parceria é incrível”, fala.
De volta ao horário das 18 ho-
ras, assim como aconteceu em seu
último trabalho com a trama “A Vi-
da da Gente”, Sthefany diz que
não faz questão de realizar traba-
lhos em tramas do horário nobre
“O horário das seis é ótimo porque
as novelas são mais leves. Acho
uma delícia alcançar outro tipo de
público. Parece que é difícil de as
pessoas assistirem, mas muita gen-
te vai para casa para ver a novela.
Ou então grava a novela para ver
depois. As últimas novelas das seis
têm sido ótimas e com essa não vai
ser diferente”, finaliza. �
Semelhanças
JOVEM AVENTUREIRATV Globo/Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 19 - TV
Ronaldo Nazário reforça time de comentaristas da Globo para a Copa das Confederações e Copa do Mundo
Esporte
Agência Estado
A Rede Globo acaba de reforçar seu ti-
me de comentaristas de esporte com dois
nomes de peso: Ronaldo Nazário e Ru-
bens Barrichello. O ex-jogador, conhecido
como Fenômeno, é a aposta da emissora
para a cobertura da Copa das Confedera-
ções, que será realizada em junho e servirá
como termômetro para a Copa do Mundo
de 2014.
Durante o lançamento da programa-
ção deste ano, Galvão Bueno, Walter Casa-
grande Jr. e Arnaldo Cézar Coelho chama-
ram Ronaldo ao palco do Credicard Hall,
em São Paulo, ao som da música de Rober-
to Carlos “Esse Cara Sou Eu”. Ronaldo par-
ticipará também da “Central da Copa”, ao
lado de Tiago Leifert e Alex Escobar. “Vai
ser uma grande honra participar desse ti-
me de campeões e espero poder passar mi-
nha experiência como jogador para o públi-
co”, disse Ronaldo.
Para quem não sabe, a Copa das Confe-
derações é uma competição que chega a
sua nona edição, e, pela primeira vez, será
realizada no Brasil. Ao todo, a Globo esca-
lou cerca de 500 profissionais para traba-
lharem nos bastidores do torneio, que têm
como missão levar ao telespectador repor-
tagens especiais em todos os telejornais. Oi-
to equipes disputam a Copa das Confedera-
ções. São elas: Brasil, Espanha, Itália, Mé-
xico, Japão, Uruguai, Taiti e Nigéria.
O programa “Central da Copa”, que es-
treou na última Copa do Mundo, volta à
programação em uma edição especial. Ha-
verá um novo cenário holográfico e muito
mais interação. Os apresentadores recebe-
rão convidados famosos no estúdio.
Os amantes da Fórmula 1 também ga-
nharam um representante das pistas nas
transmissões das corridas. Nesse universo,
“o cara” é o Rubinho Barrichello. “É um
enorme prazer fazer parte desse trabalho.
Já estou doido para voltar aos circuitos, só
que agora do lado de fora da pista”, adian-
tou o ex-piloto.
A Fórmula 1 chega a sua 64ª tempora-
da. Galvão Bueno e Reginaldo Leme se-
guem como apresentadores das corridas.
Os dois já estão nessa função há mais de 30
anos. O time tem ainda Luciano Burti, co-
mo comentarista, e dois repórteres viajan-
do pelo mundo: Mariana Becker e Marce-
lo Courrege.
A Globo fez até um programa especial
para anunciar as novidades em sua progra-
mação, o “Vem_Aí”, que foi ao ar no últi-
mo dia 28. A proposta da nova campanha é
inovar. Segundo o diretor-geral do canal,
Carlos Henrique Schroder, a partir de ago-
ra a estratégia é lançar novos programas ao
longo de todo o ano. “Pensamos em novi-
dades o tempo todo. O desafio é escolher
e decidir o que vai ao ar”, contou ele.
Tem muito programa sendo produzi-
do pela emissora, em todas as áreas, co-
mo jornalismo, variedades e dramatur-
gia. Nesse seleiro de atrações, uma das
grandes novidades é o seriado “A Teia”,
com o ator João Miguel na pele do dele-
gado Jorge Macedo. Trata-se de uma sé-
rie policial, inspirada na rotina de ações
e investigações criminais.
Os autores Carolina Kotscho e Bráulio
Mantovani criaram um policial avesso à
violência e ao corporativismo. A história
vai mostrar ele na captura de Marco Auré-
lio Baroni, um criminoso vivido por Paulo
Vilhena.
Para quem gosta de novela, a primeira
a entrar em cena é “Sangue Bom”, que de-
ve estrear no dia 29 de abril. Depois, em
maio, será a vez de “Amor à vida” substi-
tuir “Salve Jorge”. Essa é a nova trama do
novelista Walcyr Carrasco e marcará a sua
“primeira vez” no horário nobre. O autor
fez sucessos como “Alma Gêmea” e “O
Cravo e a Rosa”. Seu último trabalho foi
na adaptação de “Gabriela”.
A faixa das 23 horas continuará somen-
te com um folhetim neste ano e manterá a
linha de “visitas” a tramas do passado. O
remake da vez é “Saramandaia”, novela de
Ricardo Linhares inspirada na obra origi-
nal de Dias Gomes. Em 2013, vai ter ainda
“Joia Rara” na faixa das 18 horas, quando a
novata “Flor do Caribe” chegar ao final. A
menina Mel Maia, que fez Rita criança em
“Avenida Brasil”, é a estrela dessa trama.
Novas temporadas de programas como
“Amor & Sexo”, “Globo Mar” e “Na Mo-
ral” também foram anunciadas. O diretor-
geral da Globo disse que a audiência não é
sua principal preocupação. “É a qualidade
o que faz o telespectador ligar a TV”, enfati-
zou Schroder. �
PESO PESADOPESO PESADO
TVG
lobo/Divulgação
TV - 20 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Gravações de “Dona Xepa”, novo folhetim da Record, estão a todo vapor
Agência Estado
As gravações da próxima
novela da Rede Record já es-
tão bem adiantadas. “Dona
Xepa”, trama escrita por Gus-
tavo Reis, é inspirada na peça
teatral de Pedro Bloch, de
1952. O folhetim conta a his-
tória de uma mãe que faz tu-
do pelos filhos e que deve es-
trear no mês de maio.
Sem muita instrução, Dona
Xepa (Ângela Leal) fala tudo er-
rado e isso envergonha seus
herdeiros, Rosália (Thais Fer-
soza) e Édison (Arthur
Aguiar). A feirante ganhou es-
se apelido por distribuir as so-
bras em sua barraca da feira aos
pobres. Abandonada pelo mari-
do Esmeraldino (José Du-
mont), Xepa sustenta os filhos
trabalhando muito.
Rosália é uma advogada bo-
nita e ambiciosa. Ela detesta a
vida que leva e fará de tudo pa-
ra conseguir se infiltrar no
mundo dos ricos. Já Édison es-
tuda arquitetura e urbanismo
e, apesar de ter vergonha da
mãe em alguns momentos, não
fará nada para prejudicá-la. Ele
é criativo e tem fascínio por mo-
dernidade. Seus projetos mira-
bolantes são um prato cheio pa-
ra a implicância da irmã. Édi-
son não aprova a maneira com
que Rosália trata a mãe O estu-
dante namora Yasmin (Pérola
Faria), que é muito companhei-
ra e acredita em seu potencial,
mas sempre com os pés no
chão.
Em “Dona Xepa”, alguns
núcleos com histórias paralelas
também estão sendo desenvol-
vidos para garantir que a trama
tenha muitos conflitos entre
mães e filhos. Por exemplo, a
atriz Rayana Carvalho vai inter-
pretar Lis, filha de Meg
Pantaleão (Luiza Tomé), uma
mulher rica e fútil, que toma
champanhe o tempo inteiro e
se orgulha de gastar muito.
Meg é descrita pelo autor da no-
vela como uma típica perua
paulistana, que ostenta sua ri-
queza e tem horror a pobre.
Nesse caso, os valores se inver-
tem, já que Lis tem vergonha
da excentricidade da mãe.
Márcio Kieling fará Vítor
Hugo, o irmão de Lis. A famí-
lia tem ainda Maurício Mattar
como patriarca. Ele é o podero-
so empresário Júlio César
Pantaleão. Na história, Júlio é
o contrário de Meg: um ho-
mem discreto, que dedicou
sua vida ao trabalho. Ele pre-
tende passar o comando dos
seus negócios para o filho,
com quem tem uma relação
bastante conturbada.
Alguns personagens cômi-
cos também prometem roubar
a cena assim que “Dona Xepa”
estrear. Entre eles, está o perso-
nagem Graxinha (Augusto Gar-
cia), o mecânico da vila. Ele
herdou a oficina do pai, de on-
de tira o seu sustento. Graxi-
nha é completamente diferente
da conhecida figura do mecâni-
co, pois é afeminado, sensível,
educado e frágil.
As gravações em São Paulo
começaram no início de março,
quando uma equipe da trama
desembarcou na Ceagesp (Com-
panhia de Entrepostos e Arma-
zéns Gerais de São Paulo). O lo-
cal foi transformado em um set
de filmagens da novela, cuja di-
reção geral é de Ivan Zettel.
Ao todo, 150 profissionais
trabalharam na Ceagesp em ce-
nas que devem ir ao ar logo no
primeiro capítulo de “Dona Xe-
pa”. As atrizes Ângela Leal,
Bia Montez (Matilda) e Ales-
sandra Loyola (Camila) deram
o tom do enredo da trama.
“Não estamos fazendo um re-
make da novela anterior. Esta é
uma nova trama a partir do tex-
to do teatro”, explicou Zettel,
referindo-se ao folhetim exibi-
do pela TV Globo em 1977.
Angela Leal, a protagonista
dessa história, já está bastante
familiarizada com o assunto.
Na primeira versão do folhe-
tim, ela deu vida a Regina, uma
das defensoras de Dona Xepa.
“Quando essa peça foi escrita
pelo Pedro Bloch, ela estreou
no Teatro Rival que, coinciden-
temente, pertence a mim. A Xe-
pa é uma mulher brasileira, mu-
lher guerreira e tenho orgulho
de interpretá-la. Trata-se de
uma história atemporal”, conta
a atriz, que compara a persona-
gem com a presidente do Bra-
sil: “A Dilma é a Dona Xepa
do século 21”.
Porém, ao longo de sua vi-
da, Dona Xepa se doou tanto
que acabou se esquecendo de si
mesma. “A novela mostra a so-
ciedade como ela é ainda nos
tempos modernos. De algu-
ma maneira sempre dediquei
a minha carreira para as mu-
lheres brasileiras porque a
minha história tem muito a
ver com a de muitas delas”, co-
menta Ângela.
Em São Paulo, já foram gra-
vadas também cenas de “Dona
Xepa” na Praça Charles Mul-
ler, na rua Oscar Freire e no
Viaduto do Chá. A trama vai se
passar principalmente no bair-
ro do Bixiga, um dos mais tradi-
cionais de São Paulo. No Rec-
Nov, complexo de estúdios da
emissora no Rio de Janeiro,
uma cidade cenográfica está
sendo finalizada para as grava-
ções da novela. �
Bastidores
NOVELA A CAMINHODivulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 21 - TV
MALHAÇÃO - 17H45
Segunda-feira - Carolina diz paraDino e Nieta que sabotou o desfi-le a mando de Felipe. Roberta e Ki-ko procuram a boneca russa nacasa de Ulisses. Juliana pensaem fazer um café da manhã paraNando. Carolina confessa a Nietaque Felipe não sabe da sabota-gem. Frô fica com raiva de Dalete.Dominguinhos finge passar mal.Nando e Juliana brigam novamen-te por causa do apartamento. Ca-rolina mente para Felipe dizendoque não sabotou o desfile da Posi-tano e implora que o noivo a aju-de. Roberta vai à casa de Nando eJuliana.Terça-feira - Juliana sente ciúmesda atenção de Nando a Roberta.Felipe conversa com Vânia sobrea campanha da Positano na Char-lo’s. Analu pede ajuda a Frô. Nietaconta para Dino que Carolina foi a
única responsável pela sabota-gem. Analu resolve comprar um li-vro de magia. Charlô e Domingui-nhos se beijam. Nando tenta con-solar a ex-noiva e Olívia o recrimi-na. Roberta conta para Charlô so-bre os diamantes. Analu usa a bo-neca russa em um feitiço de seulivro de magia. Juliana abandonaNando. Dino procura Felipe.Quarta-feira - Juliana chega à ca-sa de Felipe, impedindo Dino deconversar com ele. Roberta pedepara Charlô aconselhar Juliana.Felipe comemora a briga entre Ju-liana e Nando. Carolina teme queDino conte para Felipe que ela sa-botou a Positano. Zenon perguntase Ulisses sabe para onde Nandolevava Otávio quando ele pintavao bigode. Nando leva Domingui-nhos para sair pela cidade eCharlô decide segui-los. Felipe
procura Roberta. Charlô e Zenonperseguem Nando e Domingui-nhos. Juliana reclama do noivo pa-ra Olívia. Roberta decide contarsobre os diamantes para Felipe.Dominguinhos e Nando voltam pa-ra a mansão e Charlô tenta desco-brir aonde foram.Quinta-feira - Roberta fica pertur-bada com a proximidade de Feli-pe. Juliana discute com Nandoem seu quarto na mansão. Frô seenfurece com Lucilene quandoela volta de seu encontro com Ki-ko. Kiko fala para Nenê que os dia-mantes de seu pai estão na bone-ca russa. Roberta e Charlô rece-bem uma intimação para deporem um processo contra elas. Ne-nê e Veruska invadem o aparta-mento de Nando e Juliana. Felipevai à casa de Carolina. Juliana eNando voltam para casa, e Nenê
e Veruska se desesperam. Dinoconta para Felipe que Carolina foia responsável pela sabotagem dodesfile da Positano.Sexta-feira - Dino mostra o laudopericial para Felipe, e Carolina pe-de perdão ao noivo. Charlô e Ro-berta pensam em como descobriro responsável pela sabotagem nodesfile. Carolina tenta convencerDino a não levá-la para a delega-cia. Juliana e Nando encontramNenê e Veruska em seu aparta-mento. Manoela convida Fábio pa-ra jantar com ela e Ciça. Nandoavisa a Roberta que Nenê e Ve-ruska estiveram em sua casa pro-curando a boneca russa. Carolinaameaça Felipe para que ele man-tenha a decisão de se casar comela. Dominguinhos fala como Otá-vio e Charlô se espantaSábado - Dominguinhos fala para
Charlô que pode imitar Otávio notribunal para que ela ganhe aaposta. Felipe diz a Carolina quenão sabe se vai se casar com ela.Dalete e Lucilene implicam comFrô. Nando fica tenso quando Ju-liana diz que vai cozinhar para ele.Frô resolve mudar o visual de Se-míramis. Ulisses se preocupacom Lucilene. Vânia insinua paraRoberta que Nando pode quererreatar com ela. Analú procura aboneca russa na piscina, e Domin-guinhos fica intrigado. Fábio afir-ma a Felipe que Carolina estámentindo para ele. Carolina vai pa-ra a casa de Felipe. Dalete sugereque Lucilene fique na casa de Ulis-ses para tentar reconquistá-lo.Ulisses pede Vânia em casamen-to. Fábio vai à casa de Juliana eNando fica enciumado. Dino de-nuncia Carolina na delegacia.
FLOR DO CARIBE - 18H15
Segunda-feira - Duque fica emdúvida entre desembarcarcom Cassiano ou seguir parao Rio de Janeiro com Amarali-na. Dionísio avisa a Samucaque não quer mais William emsua casa. Ester deixa claro aAlberto que não vai mais admi-tir as interferências de Dioní-sio em sua vida. Samuel e Lin-daura se assustam ao ver amedalha de Dionísio no pesco-ço de Samuca. Cassiano che-ga à Vila dos Ventos e se re-corda dos momentos que vi-veu com Ester. Juliano seprontifica a ajudar Natália aalugar um barco para iniciarsuas pesquisas. Chico e Cas-siano se reencontram.
Terça-feira - Cassiano diz aopai que quer encontrar Ester.Donato fala com Bibiana queseus filhos estão distantes.Samuel mostra a medalha deDionísio para Quirino. Cassia-no discute com Alberto. Taís eOlívia abraçam Cassiano. Taíspede desculpas ao pai. Lindau-ra conta a Samuel que Cassia-no está vivo. Taís não deixa Sa-muel contar a Cassiano que Sa-muca é seu filho. Ester vai atéa praia e encontra Cassiano.Quarta-feira - Cassiano contapara Ester tudo o que passoudurante os sete anos em queesteve preso no Caribe. Esterfica confusa e prefere se afas-tar de Cassiano. Juliano convi-
da Natália para sair de barco.Duque explica a Cassiano omotivo de ter falsificado seuatestado de óbito, revelandoque sua intenção era salvar opiloto. Bibiana fica apavoradacom a tempestade que se for-ma e Donato no mar sem darnotícia. Candinho encontraAriana. Alberto vai à casa deCassiano.Quinta-feira - Cassiano recebeAlberto e lhe apresenta Du-que, que se disfarça de investi-dor. Donato surge com o barcorepleto de peixes. Cassianodiz a Duque que ele será seualiado para destruir Alberto.Hélio se aproveita do romancecom Zuleika para obter infor-
mações sobre o que está acon-tecendo na mansão. Samuelrevela a Cassiano que Samucaé seu filho. Alberto avisa a Es-ter que Cassiano não vai tirarSamuca dele. Samuel avisa aLindaura que reunirá provascontra Dionísio Cassiano vai àescola de Samuca.Sexta-feira - Cassiano fica co-movido ao ver Samuca. Albertoorienta Hélio a encontrar umcomprador para a mina. Cas-siano resolve abrir um bar como dinheiro que o pai lhe deu, eo batiza de Flor do Caribe. Do-nato devolve o dinheiro que Bi-biana emprestou, sem saberque a quantia era de Hélio. Du-que consegue alguns fios decabelo de Samuca, para que
Cassiano faça o exame deDNA. Juliano beija Natália.Cristal aceita se apresentarem turnê pelo Brasil. Duqueavisa a Cassiano que Cristalvem ao Brasil.Sábado - Duque revela queCristal aceitou cantar na inau-guração do Flor do Caribe. Ma-rizé conta ao pai que foi Hélioquem emprestou o dinheiro pa-ra ele comprar seu barco. Al-berto chora, com receio de queCassiano tire Samuca dele. Ve-ridiana, Lino e Dadá ficam feli-zes ao ver Candinho de voltacom Ariana. Guiomar liga paraDionísio pedindo ajuda. Alber-to se surpreende ao ver Cassia-no sentado à mesa com sua fa-mília no café-da-manhã.
Segunda-feira - Sal tenta beijarLia, mas ela consegue desviar dorapaz. Morgana e Orelha conven-cem Fatinha a beijar Pilha para acena do filme. Sal se aproxima deNanda. Lia conversa com Gil so-bre seu namoro com Vitor. Rosafala com Vitor. Fatinha e Bruno sedesentendem por causa da festada agência. Sal acerta um baldecom água suja em cima de Bruno,que está vestido para a festa daagência, e diz ter sido sem que-rer. Fera faz um comentário duran-te a aula, e Rita se orgulha. Brunoe Elisa fazem os retoques finaisna produção da festa, e Débora in-centiva a competição entre odois. Tatá conta para Lorenzo que
Raquel tem um admirador secre-to. Fatinha decide ir à festa daagência e surpreende Bruno.Terça-feira - Fatinha se atrapalhacom os sapatos de salto e acabachamando a atenção de Thales,um importante parceiro da agên-cia de Bruno. Lia tenta falar comVitor. Marcela sonda com Lia so-bre a reação de Raquel aos pre-sentes que enviou. Fatinha evitaElisa. Isabela, Leandro e Clotildeesperam a visita da assistente so-cial que vai cuidar do pedido deadoção do casal. Isabela e Lean-dro tentam convencer Mirtes so-bre seu preparo para criar umacriança Lia vê a carta de amor queMarcela pretende enviar a Raquele decide ajudá-la no plano. Bruno
provoca Elisa, que afirma que sevingará do concorrente. Déboraparabeniza Bruno e diz que o em-prego é dele. Elisa inventa paraFatinha que Bruno tem um casocom Débora.Quarta-feira - Elisa incentiva Fati-nha a acreditar no caso entre Bru-no e Débora Débora anuncia acontratação de Bruno, mas é inter-rompida pelas acusações de Fati-nha. Marcela e Lia terminam a car-ta de amor para Raquel. Fatinhase desespera pela confusão queaprontou com Bruno. Sal chanta-geia Lia com notícias de Vitor. En-quanto Olavo e Vitor resolvem osproblemas judiciais do rapaz, o de-legado avisa que acharam o carroroubado de Bruno em Brasília. Fe-
ra demonstra mais uma vez suamelhora nos estudos. Todos fa-zem provas de figurino para o fil-me de Orelha e Morgana. Brunopede um tempo para Fatinha.Quinta-feira - Bruno diz a Fatinhaque precisa de um tempo para sipróprio e termina seu relaciona-mento. Olavo pergunta a Bruno so-bre o roubo de seu carro. Vitor con-ta a Olavo que Caixote e Alemãoconversaram com Lia novamente.Sal avisa a Alemão que estáacompanhando de perto o casode Vitor. Lia procura Sal para sa-ber notícias de Vitor. Fatinha deci-de procurar Bruno. Sal não conse-gue parar de pensar em Vitor e re-solve deixar Kika em casa. Nélio eRasta apoiam Bruno. Marta é
grosseira com Fatinha. Sal animaFatinha, quando Bruno chega econfronta o rapaz.Sexta-feira - Bruno e Fatinha sedesentendem. Vitor pede paraLuana mandar um recado paraSal. Bruno afirma a Marta que nãosabe se quer seguir a carreira depublicitário. Sal tenta se aproxi-mar de Lia, que busca informa-ções sobre Vitor. Vitor liga paraSal e fala com Lia para dizer queestá tudo bem em Brasília. Brunodecide trancar a faculdade, e Né-lio sugere que ele dê aulas de ca-poeira no hostel Pilha convoca to-da a turma para uma festa em ho-menagem a Vitor. Vitor chega comLuana na casa de Rosa, e Lia ficaintrigada.
Resumo das novelas
GLOBO
GUERRA DOS SEXOS - 19H30
TV - 22 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Segunda-feira - Isabel se desesperaao ver Taís aprisionada e decide ir àpolícia. Taís enfrenta Norberto, quesurta, deixando Fabiana e Arnaudpreocupados. Patrick se prepara pa-ra o “Got Talent” e, apesar dos per-calços, passa para a próxima fase.Os dois acabam se beijando. Norber-to pede que os internautas decidamse Taís deve ou não viver. Isabel so-fre ao ver a enquete. Eduardo com-prova quea voz do vídeo éde Norber-to, quandoésurpreendidopelasacu-saçõesdeAbigail. Angustiado, Andrédiz à Catarina que pretende se mu-dar do apartamento. Norberto altera
o resultado da pesquisa e anunciaque Taís vai morrer.Terça-feira - Abigail acusaodelegadode ser associado a Eduardo e acabapresa por desacato. Norberto prome-te não matar Taís e garante a Arthurque vai se livrar da menina. O vilãodesligaa transmissão de vídeoesur-preende Arnaud e Fabiana. Breno ePatrick fazem exame de fertilidade.Isabel consegue libertar Abigail e bri-ga pelo comportamento egoísta damãe. Luiza se surpreende ao ver An-dré no momento em que Marleneapresenta Pedro Henrique para ela,deixando o fotógrafo enciumado. Di-va se espanta com a visita de Eduar-
do. Norberto diz a Fabiana e Arnaudque pretende soltar Taís em troca deIsabel.Quarta-feira - Eduardo propõe retiraras acusações contra Diva em trocado endereço de Norberto. Fabianaameaça deixar Norberto após saberque ele planeja sequestrar Isabel. Ovilãoaseguracomviolênciaeprome-te matá-la, caso ela se afaste. Divapede uma noite de amor com Eduar-do, que finge aceitar caso Taísseja li-bertada. Diva distrai Joana e anota otelefone de Isabel. A periguete entre-gaocontatodaarquitetaparaNorber-to e se irrita ao ficar sem uma pistasobre o esconderijo do ex-namorado
Catarina tenta seduzir Arthur, quedesconfia da modelo, mas cede aosbeijos da moça.Quinta-feira - Norberto propõe queIsabel troquede lugarcomTaíseproí-be que a arquiteta fale com seus fa-miliares. Duílio pressiona Violeta pa-ra saber a identidade de Marcelona.Arnaud tira Taís do calabouço, masvenda os olhos da jovem. Hilda per-gunta sobre o romance de Vinagre,que conta sobre o disfarce de Viole-ta. Isabel encontra com Arnaud, quedeixa Taís sozinha e leva a arquitetapara o esconderijo. Violeta estranhaao ver Cremilda e Marlene juntas.Acompanhado da polícia, Eduardo
encontra Taís, que sofre com a parti-da da tia.Sexta-feira - Dóris se desespera pornão conseguir impedir Zé Maria e Di-va de sequestrarem Dolores. Fabia-nasediverteaovero rostodeNorber-toestapeado.CatarinacontasobrealibertaçãodeTaísepressionaArthur,que mente sobre ter contato comNorberto. Eduardo tenta armar paraFabiana, mas a secretária nota quefoi desmascarada e evita o encontrocom o ex-namorado. Catarina fogedas investidasdeArthureafirmaquesóvaiseentregaraelequandoseca-sarem. Norberto tenta se aproximarde Isabel, que o espanca furiosa.
Segunda-feira - Osalunosentregamte-cidos para Valéria confeccionar os ves-tidosdebonecapara vender.Ameninaagradece aos amigos. Graça perguntaàsmeninasoqueelasestavamarman-do na sala de música As garotas des-conversam e dão um abraço coletivoem Graça. Valéria afirma que MariaJoaquina não é ruim, mas arrogante.Jorge afirma a Maria Joaquina que es-tranha o fato dela ajudar Valéria. Omauricinhodiz que“gentinha” nãome-rece a ajuda deles.Terça-feira - Rafael pergunta a Jaimeseele rasgousua toalha.Roberto tam-bém percebe que sua camisa está
cortada e pergunta o que aconteceu aMarcelina e Jaime. Helena pede paraver a lição de casa de Valéria. Ela dizquenão feza liçãoeHelenaa repreen-de. Ricardo entra no quarto de Valé-ria, vê os vestidos de bonecas em ci-ma da cama. Ele afirma que Valérianão dorme para ficar brincando de bo-neca.ElenãosabequeValéria confec-cionou os vestidos para ajudar no pa-gamento da dívida. As crianças vão àcasadeMário paraajudá-lo nosafaze-res. Davi e Valéria vão a uma loja paratentar vender os vestidos.Quarta-feira - Valéria mostra os vesti-dosàmulher, queafirmanão trabalharcom vestidos avulsos e mal costura-
dos. Ao sair da loja, Valéria conta aoscolegas que a mulher comprou todososvestidos.Ela temR$150 reaisparaajudar os pais. Davi revela a Helena eRenê que Valéria estava trabalhandoduramente todas as madrugadas. Ciri-lo apresenta seu trabalho sobre omeio ambiente. O garoto fala do des-matamento das florestas, da poluiçãoe também da extinção dos animais.Helena e os alunos aplaudem o traba-lho dele. Chega a vez de Jaime apre-sentar o seu trabalho, mas ele é salvopelosinal. Paulo é colocado decastigoporHelena,pois fez chacotadeJaime.Quinta-feira - Margarida diz que gostouda apresentação de Cirilo. Com a aju-
da de Kokimoto, Paulo apronta maisuma vez com Cirilo. Kokimoto diz paraCirilo falar com a diretora Olívia, poisPaulo será expulso e se isso aconte-cer, sua avó de 181 anos morrerá deataquecardíaco.Cirilo ficapreocupadoedecidecontar tudoparaOlívia.Elepe-ga um ovo no quarto de Firmino e colo-ca na sala da diretora, na cadeira deOlívia. Graça vai limpar a sala de OlíviaeacabacaindonaarmadilhadeJaime.Ela senta na cadeira da diretora e ficatoda suja de ovo. Ao ver a cadeira, a di-retora percebe que se trata de um ovoe que é uma travessura para atingi-la.Sexta-feira - Toca o sinal, Jaime e Pau-lo contam o plano de soltar aranhas
na sala de aula para Davi. Jaime aca-ba revelando tudo para Firminio e levauma bronca dele. Cirilo tenta fazer He-lenadesistir da ideiade teraulademu-sica, pois as aranhas estão lá. Jorgeentra na sala da diretora e interrompeFirmino e Renê, que estão ajudandoOlívia a se recuperar do susto. Ele dizque foi Cirilo quem soltou as aranhasemostra acaixa. Firmino levantaa voze diz que Cirilo seria incapaz de tal ati-tude. Olívia pede calma para o zeladore deixa Jorge se explicar. Jaime e Pau-lo continuamrindonopátio.DavieMá-rio chegam e contam que Jorge achoua caixa e está na sala da diretora incri-minando Cirilo.
Segunda-feira -MorenaeTheo sebei-jam.Wandacritica Lívia por ter denun-ciadoTheo.Éricadescobrequeomari-donãoestánoregimento.Creusafalapara Stenio que Helô está com ciú-mesdeleeLívia. TheonãocontaparaMorenasobreagravidezdeÉrica. Juli-nhamostraaMárciaanotícia sobre adenúncia de Lívia contra Theo.Rosângelaacertaa idadeVanúbiapa-ra a Turquia, mas fica tensa quandoela conta que é do Morro do Alemão.Theo confessa a Érica que se envol-veu com Lívia. Morena se revolta con-tra o pai de sua filha. Lucimar ofendeLívia na frente do hotel. Antônia pedepara Jussara informar quando sua fi-lha voltar para casa. Morena pede pa-ra voltar para a Turquia e ajudar Helôcomoplanocontra aquadrilha.Terça-feira -HelôtentatranquilizarMo-rena. Almir fala para a delegada queJô fez um bom trabalho na boate. Áu-rea defende Theo para Cacilda Érica
pede para Márcia pegar seus perten-ces na casa de Áurea. Helô confirmapara Lucimar que Theo ficou comLívia. Theo depõe nadelegacia. CelsoflagraJussarafalandocomAntôniaso-brearotinadeRaíssa.Theotentacon-versar com Márcia sobre Érica. Ricar-do e Helô trocam olhares, mas ela lo-go corta o clima. Aisha combina comLurdinha o exame de DNA. PescoçopedeparaSidneyentregarparaDelzui-te o falso recibo do cemitério. Jô con-segue se infiltrar na quadrilha de Rus-so e Irina, dando continuidade ao pla-nodeHelô.Quarta-feira - Helô convence Morenaaconversar comTheo.Almir contapa-ra a delegada sobre a evolução de JônamissãoeavisasobreRiva,nova in-tegrante da quadrilha. Morena cobrauma explicação de Theo sobre a de-núnciade Lívia. Érica manda um reca-do para o marido por Áurea. Morenaarruma suas malas para voltar para a
Turquia. Lívia pergunta aÉlcio sobre arepercussão deseu caso no regimen-to. Stenio e Haroldo pedem para De-borah não incentivar Lívia a continuarcom a denúncia contra Theo. Aishafaz o exame de DNA.Mustafá vêumajoia de Berna na vitrine de uma loja edesconfia. Wanda vê as fotos de Aídae Nunes. Zyah fala para Bianca quenãoabandonaráAyla. Lívia insisteemcontinuar acusando Theo. Helô recri-mina o ex-marido por pensar em de-por a favor deLívia.Quinta-feira - Morena desiste de ir pa-ra a Turquia para ficar com Jéssica Vi-tória. Áurea incentiva Theo a procurarÉrica. Stenio pede para Lena explicarpara Lucimar por que vai testemunhaa favor de Lívia. Deborah fala que Cel-so precisa conversar com o juiz. Antô-nia descobre que o ex-marido rasgouuma correspondência da escola deRaissa endereçada a ela. Thompsonrepreende Caique por mexer nos per-
tencesdeAmanda.IrinadestinaJôpa-ra cuidar das mulheres traficadas.Lívia avisa a Wanda que sabe ondeMorenaestá escondida. Julinha tentaconvencer Érica a conversar comTheo. Élcio reclama de ter que encon-trarLívia.MárciaouveTheofalandoso-breMorenaeexigequeeleconteparaÉrica. Theo procura Érica.Sexta-feira - Theo tentaseexplicarpa-ra Érica. Élcio conta para Lívia que Éri-ca não se separou de Theo. Wandaembarca mais pessoas traficadas epoliciais avisam Helô. Antônia encon-traWandana rua.Deborah instruiCel-sosobrecomoagirdiantedo juiz.Aídae Nunes voltam de lua de mel. Aman-dadiscutecomCaique.O juiz repreen-deCelsoeAntônia.Umespiãodaqua-drilha observa Helô entrando no es-conderijo de Morena. Helô decide le-var Jéssica ao médico. Ekram recla-madeBiancaparaZyah.Aylapedepa-raEsma entregaraagenda do marido
para ela. Rosângela descobre ondeWandavaiencontrarachefe.Avilães-peraTheo naporta do regimento.Sábado - Márcia vê Lívia provocandoTheo e a enfrenta. Cacilda percebe ofingimento de Áurea. Theo tenta en-contrar com Morena por meio deHelô, mas a delegada nega seu pedi-do. Élcio manda flores para Érica.RosângeladescobrequeLíviaéache-fe da quadrilha. Carlos aconselha An-tônia a avisar a Helô que falou comWanda. Aída fica ansiosa para saberopresentequeAmanda temparaela.Murat se encontra com Salete. Wa-leska explica para Anita e Dudi o queeles precisam fazer. Helô descobreque Stenio mentiu sobre Pepeu e Dri-caeoexpulsadecasa.Carlospergun-ta a Aída pelo presente de Amanda.Raissa fala para Antônia queAmandasabe um segredo sobre Carlos. Wan-da avisa a Lívia que os atiradores es-tãoprontospara atingirMorena.
Resumo das novelas
BALACOBACO - 22H30
CARROSSEL - 20H30
SALVE JORGE - 21 HORAS
GLOBO
RECORD
SBT
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 23 - TV
Passeios de elefante e de bicicleta,
boa gastronomia e ótimas compras
estão entre as atrações da
ilha em terra firme
Agência O Globo
Onze entre dez brasileiros
que vão para Bali são surfistas
em busca das ondas perfeitas
de praias como Uluwatu e Pa-
dang-Padang. É o que dizem.
Mas a turma da canga, que
prefere o mar para contempla-
ção ou mergulhos descompro-
missados, está longe de per-
der a viagem (que pode demo-
rar até 40 horas a partir do
Brasil) ao reservar tempo pa-
ra dar as costas ao Oceano
Índico em busca de outros ti-
pos de divertimento.
Há passeios de elefante,
de bicicleta, piscinas de
águas termais, bons restau-
rantes e compras da melhor
qualidade, além de paraísos
de areia branca e água salga-
da.
Bali é uma das mais de 17
mil ilhas que formam a Indo-
nésia - o país de maior popula-
ção islâmica do mundo - e a
única do arquipélago a ter
maioria hindu.
Turismo
Bali alémdas praias
TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Trawangan: o desembarque nailha mais desenvolvida do
arquipélago é na praia
Fotos: Agência O Globo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 25 - TURISMO
Em frente a cada casa ou comércio, há uma cestinha de palha
de oferenda com flores, arroz, biscoitos, balas e incensos
Agência O Globo
A palavra Bali, com a qual a
ilha foi batizada no século 9, deri-
va de wali (ou wari), de origem
sânscrita e significa sacrifício ofe-
recido ao deus, adoração, culto ou
oferenda.
Ali se professa um tipo único
de hinduísmo: o hindu bali. Há
praticamente um templo em cada
esquina (estimam-se uns 20 mil
santuários pela ilha).
E em frente a cada casa, esta-
belecimento comercial e mes-
mo na praia há uma cestinha
de palha com flores, arroz, bis-
coitos, balas e incensos como
oferenda. São as chamadas ca-
nangs (lê-se ‘chanangs’).
Ao desembarcar no Aeroporto
de Denpasar, a capital da ilha, bas-
ta escolher o que fazer primeiro.
Se preferir começar pelas praias, é
só seguir quatro quilômetros em
direção a Kuta, Seminyak e Le-
gian, três diferentes cidades (pe-
quenas como bairros) que se for-
maram à beira de uma extensa fai-
xa de areia.
Dali se pode esticar para ou-
tros balneários próximos, como
Padang-Padang, Uluwatu e
Jimbaran.
A outra opção é ir direto para
Ubud, centro cultural a 35 quilô-
metros do aeroporto, ou ainda fa-
zer o imperdível passeio de barco
para conhecer as Ilhas Gili.
A alta temporada em Bali vai
de junho a setembro, período de
grandes ondas e de muita agitação.
Bali
UM TEMPLO EMCADA ESQUINA
Arte, história ecultura: turistas emcontemplação diantede templo balinês
TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Sem a opção do banho de
mar, Ubud tornou-se referência
para um mergulho na cultura ba-
linesa. Em suas ruas estreitas e
mais tranquilas (para os padrões
locais de trânsito caótico), além
das lojinhas e dos restaurantes
charmosos, estão templos onde se
pode conferir espetáculos como
os de dança balinesa, famosos por
dançarinas de grandes olhos.
A cidade, bem central, tam-
bém é o melhor ponto de parti-
da para passeios para o litoral
norte ou ao interior, onde estão
os arrozais.
Comece o dia conhecendo a
Floresta Sagrada dos Macacos
(Mandala Wisata Wenara Wana),
cuja entrada custa o equivalente a
pouco mais de R$ 2.
De quatro espécies diferentes,
os animais andam soltos e estão
por todos os lados, passeando por
árvores e estátuas de pedra, encan-
tando os 10 mil turistas que pas-
sam por ali todo mês.
Embora não tenham fama de
ladrões - como os do Templo de
Uluwatu, conhecidos por levar
brincos e até câmeras fotográficas
- não custa guardar os objetos pes-
soais durante o passeio.
Para visitar o templo, é preci-
so pegar emprestado um dos sa-
rongues disponíveis na entrada.
Basta deixar uma pequena doa-
ção em rúpias balinesas pelo em-
préstimo.
Vistos os macacos, outra op-
ção é andar de elefante. Várias em-
presas oferecem tours que pegam
os interessados no hotel e os le-
vam para um passeio de 15 minu-
tos (o que é mais do que suficien-
te) ou meia hora no lombo dos
animais - que vêm de Sumatra
com seus criadores, ou “moto-
ristas” - por preços que variam
de R$ 100 a R$ 140, aproxima-
damente.
No Bakas Elephant Tour, a
50 minutos do centro de Ubud,
está incluído um almoço tipo bu-
fê. E há outros animais para ver
como bebês gorilas fofos, de fral-
da e tudo.
Aproveiteparaconheceromer-
cadopopularda cidade. Láestãoos
melhores preços dos mais variados
artigos que lojas brasileiras ven-
dem pelos olhos da cara: caminhos
de mesa, camisetas de renda, can-
gas, objetos de decoração, cestos,
caixas, joias em prata...
O que cansa é pechinchar. Mas
vale a pena, porque os preços são,
emgeral,umterçodoqueosvende-
dores cobram inicialmente.
A palavra que você mais vai
ouvir é bankrupt, que os vendedo-
res usam, sempre com um sorri-
so, quando querem convencê-lo
de que sua contraproposta vai dei-
xá-los falidos. Insista, ninguém
vai ficar triste.
Só então é hora de encarar as
lojas mais bacanas espalhadas pe-
la cidade com artigos mais exclu-
sivos e, ainda assim, baratos e pas-
síveis de desconto. Também nes-
ses estabelecimentos nada custa o
preço que é cobrado, a menos que
tenha a inscrição fixed price (pre-
ço fixo).
As refeições são um programa
à parte. Geralmente come-se ma-
ravilhosamente bem e barato em
restaurantes como o Ibu Rai, on-
de a boa pedida é o magret de pa-
to sobre dois grandes raviólis de
berinjela, acompanhados de uma
fruta prima do tomate que explo-
de na boca ao ser mordida.
Mas reserve tempo e um pou-
co mais de dinheiro para jantar
no Mozaic, do chef Chris Salans,
o único restaurante do sudeste
asiático selecionado no Le Grand
Tables du Monde 2012 e que tem
ótima carta de vinhos, ganhadora
de prêmios.
Bem caro para os padrões lo-
cais, o Mozaic pede reserva e é
preciso passar por um detector de
metais na entrada do antigo cen-
tro de meditação que foi transfor-
mado em templo de culinária.
Há vários ambientes, mas a
varanda com plantas tropicais dei-
xa tudo ainda mais gostoso.
Os espetáculos de dança bali-
nesa acontecem em vários pontos
da cidade. Em geral, em peque-
nos templos. Os bilhetes são ven-
didos na porta.
Vale conferir, mas alguns che-
gam a durar mais de uma hora e
meia. Considerando-se que a mú-
sica ao vivo é repetitiva, assim co-
mo os movimentos também, este-
ja preparado. (AG)
Varanda tropical entre os ambientes dorestaurante Mozaic
Visita aos templos exigeo uso de sarongues
Detalhe de templo em Ubud; cidade é ponto de partida para passeios
Atração turística: na Floresta Sagrada, macacos andam soltos por todo canto
Fotos: Agência O Globo
Ubud: dançarinas e macacos DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 27 - TURISMO
Tem praia para todos os
gostos: de águas calmas ou
ondas fortes, com cenário
que é um show
Agência O Globo
Ubud ainda é ponto de par-
tida para passeios por toda a
ilha. Um deles, até Lovina, no
norte do país, dura quase o dia
inteiro (das 9h às 18h30, a R$
90, incluindo entradas e uma
refeição). É uma bela maneira
de se conhecer a Bali real, mais
distante do circuito turístico
dos surfistas.
A começar pelas plantações
de arroz, que são um retrato da
ilha e estão por toda parte. Lo-
vina em si não tem muita graça
para quem não amanhece lá a
fim de observar os golfinhos
que visitam sua praia (de areia
escura, desprovida de charme)
por volta das 6h.
A única coisa que se tem tem-
po de fazer é almoçar, num restau-
rante à beira-mar tipo bufê, bem
simples. O mais interessante são
as paradas, tanto na ida quanto na
volta.
Entre elas estão os templos de
Ulun Danu, construído no belo
Lago Bratan, perto de Bedugul,
com um jardim lindo e pedali-
nho, e o Monastério Budista, um
lugar de paz, ideal para refletir e
rezar, em meio a flores de lótus.
Para entrar, é preciso vestir um sa-
rongue e, em alguns aposentos, ti-
rar os sapatos.
Também no caminho para
Lovina, para-se na cachoeira Git-
git, a mais alta da ilha; na piscina
de águas termais de Banjar e no
ponto de observação dos chama-
dos lagos gêmeos, Buyan e Tam-
blingan.
Ao seguir de Ubud para Kuta
e outras praias, há muitos outros
vilarejos interessantes em Bali.
Um dos mais procurados é Ce-
luk, considerado o paraíso da pra-
ta. Vale a pena parar e encontrar
brincos que custam a partir de R$
12. Mas a maioria das lojas não
tem peças de design original.
Bali
O ESPETÁCULO DEOLHAR O MAR
Aos pés do vulcãoA melhor maneira de ter
Bali a seus pés é fazer um pas-
seio de bicicleta, no qual nem
se pedala muito. Pelo equiva-
lente a R$ 80, uma van pega os
turistas em seus hotéis e sobe
até um restaurante em frente
ao lago na base do Vulcão Ba-
tur, de 1.710 metros de altura,
onde se toma um café da ma-
nhã com direito a panquecas
como preparativo para uma es-
pécie de downhill (descida de
bicicleta morro abaixo).
Mais do que um programa
para atletas, trata-se de um pas-
seio pelas entranhas de Bali.
Na descida, de 25 quilôme-
tros, atravessam-se campos de
arroz alagados e se pode ver co-
mo vivem as famílias baline-
sas, divididas em comunida-
des que reúnem quatro famí-
lias em quatro casas. O banhei-
ro (ao ar livre) e a cozinha são
comunitários.
Outro ponto alto do pas-
seio é conhecer e provar o café
luwak, considerado um dos
melhores do mundo, obtido a
partir dos grãos encontrados
nas fezes do mamífero civeta.
Lá se pode ver o animal,
que lembra uma raposinha.
Ele se alimenta de grãos de ca-
fé, que continuam íntegros du-
ranteoprocessodedigestão. Es-
tes grãos são limpos, torrados e
moídos para venda. Uma xíca-
ra, preparada ao estilo turco, sai
a R$ 12. O café é caro: 300 gra-
mas custam R$ 70. (AG)
Padang-Padang: marliso na beira da praia eondas ao fundo
Tanah Lot: um dos mais famosos templos balinesesfica perto de Kuta e é cercado de água
Fotos: Agência O Globo
TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Mais afastadas (20
quilômetros) da “cidade
grande” que é Kuta, as
praias Padang-Padang e
Uluwatu mantêm um
certo charme de praias
pequenas e escondidas.
Para chegar a Padang-
Padang, entra-se como
se fosse num templo e
desce-se uma escada em
direção ao mar, cujo últi-
mo lance é entre pedras
que cercam a pequena
faixa de areia. O mar, es-
petacular, é azul e sem
ondas para os banhistas.
As ondas se quebram
mais à direita e ao fundo,
onde ficam os surfistas.
No fim de tarde, com a
maré mais baixa, pode-se
caminhar por pedras com
limo e corais.
Perto dali está Uluwa-
tu, uma praia bem pecu-
liar: antes de chegar até o
mar, atravessa-se uma en-
costa onde pipoca um con-
junto de lojinhas simples e
warungs (os restaurantes
populares locais) em vielas
e escadarias de pedras ou
madeira que descem até
áreas de praia com pouca
areia e onde a maré sobe ra-
pidamente. (AG)
Visitar Bali sem ir à praia é
impensável. Kuta, Seminyak e
Legian, diferentes pontos de
uma mesma faixa de areia, es-
tão no centro da agitação.
Além de boas para caminha-
das e mergulhos, concentram
bares e lojas.
Mais perto do aeroporto fi-
ca Jimbaran, conhecida pelos
restaurantes de peixarias em
que se escolhe o fruto do mar
para ser preparado na hora.
A leste, estão Padang-Pa-
dang, um dos cenários de “Co-
mer, rezar, amar”, e Uluwatu,
com suas reentrâncias, subidas
e descidas. Todas têm seus en-
cantos. E um pôr do sol espe-
cial por dia.
Quem dispensa o sossego
não pode perder o circuito Ku-
ta, Seminyak e Legian. Na
areia, não demora um minuto
para aparecer um vendedor ofe-
recendo de tatuagens a massa-
gens, revistas e aulas de surfe.
De frente para o mar, estão
alguns dos melhores restauran-
tes da ilha, como o La Luciola,
onde se come um delicioso nho-
que com molho de cogumelo.
Ali perto está também o Kude-
ta, mais conhecido pela excelên-
cia da vista do crepúsculo do
que pela comida.
Atrás das três praias fica o
melhor comércio da região. A
começar pela Double Six, rua
popular de compras. Ela cruza
a avenida principal, que corta
Kuta, Legian e Seminyak, tam-
bém apinhada de lojas e restau-
rantes, só que mais bacanas.
Não muito longe dali está
Jimbaran, praia imensa, pou-
co aconchegante e bem mais
vazia. Apesar de ser uma
baía, as águas são meio peri-
gosas porque as ondas que-
bram numa espécie de vala.
Pouquíssimos banhistas se ar-
riscam a mergulhar.
Quem quer um programa
mais descolado pode seguir pa-
ra ver o pôr do sol no bar The
Rock, no luxuoso hotel Ayana.
Precisa chegar cedo, pois a fila
para entrar é enorme, e os hós-
pedes têm prioridade.
O The Rock fica nas pedras.
Para acessar o rochedo onde as
plataformas foram construídas,
em vários níveis, é preciso em-
barcar numa composição que
desce um plano inclinado. No
bar, um chá gelado custa R$ 17
- com as taxas o preço chega a
R$ 23, provavelmente um dos
mais caros do mundo. (AG)
Uluwatu: pedras nadescida e pouca areia
Afastadas echarmosas
Animação na praia e sossego nas encostas
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 29 - TURISMO
É curioso ver muçulmanas de roupa preta dos pés à cabeça mergulhando ao lado das turistas de biquíni
Agência O Globo
Quem já chegou até Bali não
pode deixar de esticar a viagem a
três pequenas ilhas (ou gilis) no
caminho para Lombok, também
na Indonésia. Pegando-se um dos
pequenos barcos que rumam pa-
ra lá, há paradas em Gili Trawan-
gan, Gili Meno e Gili Air.
Umavanlotadabuscaospassa-
geiros que compraram bilhetes
em seus hotéis e os leva para o por-
to, onde dá tempo para um rápido
café da manhã antesdo embarque.
São duas horas e meia de ten-
são porque, se o mar estiver agita-
do, éenjoo nacerta. Aprimeira pa-
rada é na maior e mais “desenvol-
vida” das ilhas, Trawangan, que
concentra a maioria dos turistas.
O desembarque é na praia. Es-
teja você de mochila ou mala de
rodinha, de chinelos ou tênis, vai
ter que pular no mar e levar sua
própria bagagem até terra firme.
Os táxis são charretes linda-
mente decoradas onde cabem
duas pessoas e um par de malas.
Eles seguem pela rua principal
(praticamente a única) da ilha, ao
longo da costa, rumo ao hotel es-
colhido.
As Gilis são muçulmanas co-
mo o restante da Indonésia. E é
curioso ver as mulheres de roupa
preta dos pés à cabeça mergulhan-
do ao lado das turistas de biquíni.
Ou - num território em que o
álcool é tolerado, mas drogas po-
dem dar muitos problemas - cogu-
melos alucinógenos sendo anun-
ciados como água de coco na bei-
ra da praia sem problemas.
Em Trawangan, você cami-
nha (não há carros) tropeçando
em restaurantes dos mais varia-
dos estilos e culinária. Os mais
procurados são os de frutos do
mar fresquíssimos.
Você escolhe o que quer co-
mer ainda cru, pesa e recebe o
que pediu já grelhado na mesa.
Mas tem também de bar irlandês
a restaurante japonês, passando
por lugares que oferecem pizza
no forno a lenha.
Nos bares, o que toca é músi-
ca ocidental ao vivo. “Summer of
69” e “The lady in red” são hits.
São poucas lojinhas, mas algu-
mas têm seu charme. Há turistas
de todas as idades, muitos deles
franceses e australianos.
Mergulhar é um desafio, pois
há muitos corais. O ideal é esco-
lher um bar simpático, com som-
bra e colchões confortáveis para
ver o dia passar. Quem fica perto
da mesquita ouve o inconfundí-
vel som dos cânticos chamando
para oração.
Ou alugar uma bicicleta - se
bem que, em alguns trechos mais
arenosos, é preciso carregá-la. A
única obrigação do dia é ver o pôr
do sol, sempre lindo e colorido.
Para conhecer Meno e Air, há
duas opções: seguir de mala e
cuia e enfrentar os mesmos pro-
blemas de desembarcar carrega-
do na praia, ou passar o dia nelas
e voltar para Trawangan.
Há roteiros em barquinhos
pequenos, com “tentáculos” de
madeira, que passam pelas duas
ilhas, com direito a paradas em al-
to-mar para mergulhos de
snorkel e ver tartarugas e cardu-
mes de peixes coloridos.
Finda a brincadeira, desem-
barque em Gili Air para almoçar
na beira da praia. É possível com-
prar colares de pérolas cor-de-ro-
sa cultivados em fazendas de
Lombok a preços ótimos. E o lu-
gar é lindo, calmo.
Outra opção é usar os barcos
públicos para chegar às ilhas e
passar o dia. São baratíssimos,
mas têm poucos horários. Para
Gili Air, por exemplo, a saída é às
9h30 e a volta, às 15h30. O trajeto
dura meia hora, e custa em torno
de R$ 1, ida e volta.
Bali
Ilhas Gili: peixes epérolas à beira-mar
À beira-mar:bares para vero dia passar,ao som deantigos hitsocidentais
Charretes comdecoração
caprichada sãousadas como táxi
Fotos: Agência O Globo
TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Há templos por toda parte
em Bali, mas pelo menos dois
são imperdíveis na região das
praias do sul: Tanah Lot e
Uluwatu. Ambos foram ergui-
dos para os espíritos guardiões
do mar. Enquanto o Tanah
Lot, nos arredores de Kuta, fi-
ca cercado de água, o que impe-
de a visitação quando a maré es-
tá alta, o Pura Luhur, mas co-
nhecido como Templo de
Uluwatu, está no topo de um
penhasco de 70 metros, de fren-
te para o Índico.
Chegando por volta das
11h, a maré ainda permite a vi-
sita a Tanah Lot, construído
por um sacerdotes no século
16. Mas é bom levar duas can-
gas para usar como sarongue se
quiser entrar. E passar por ri-
tuais, tanto na chegada como lá
dentro (na realidade o interior
da ilhazinha, ao ar livre), sem-
pre mediante “doações”. Colo-
cando grãozinhos de arroz na
sua testa, o responsável pelo ri-
tual oferece água para ser bebi-
da (seja o que os deuses quise-
rem!) e flores para serem joga-
das ao vento.
Já Uluwatu é melhor de ser
visitado na hora do pôr do sol.
Para entrar, há sarongues dispo-
níveis para empréstimo. De-
pois de caminhar até o cume
(com sorte, você faz a visita no
dia de um dos inúmeros festi-
vais que atraem fiéis e suas lin-
das oferendas), siga para o anfi-
teatro, onde acontece a kecak,
ou dança do fogo, uma manifes-
tação religiosa que representa o
ramayana, passagem hindu em
que o deus macaco Hanuman
ajuda o príncipe Rama contra o
rei do mal Ravana. São 70 ho-
mens que cantam simulando
instrumentos em volta do fogo.
Eles têm uma expressão corpo-
ral toda própria para acompa-
nhar o som que produzem.
Depois, entram dançarinas e
dançarinos com máscaras.
Mas o astro principal é o
Sol, que se põe no oceano
diante do público. Só tome
cuidado com os macacos la-
drões, que são bem conheci-
dos por levar óculos, brincos,
máquinas fotográficas e garra-
fas d’água dos turistas mais
distraídos. �
Em Uluwatu, cerimôniashindus a 70 metros
sobre o Índico
Símbolos: detalhes na entrada de templo nos arredores de Ubud
Espíritos guardiões DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 / 31 - TURISMO
Paulo Coelho
OS CONTOSEscritor
Procuremos viajar o mais longe que pudermos. Mas, olhando a paisagem
à nossa volta, saibamos que não será possível conhecer tudo
No mosteiro de Sceta, um dia, o
abade Lucas reuniu os frades para
o sermão.
- Que vocês jamais sejam lem-
brados - disse ele.
- Mas, como? - respondeu um
dos irmãos.
- Será que o nosso exemplo não
pode ajudar a quem precisa?
- No tempo em que todo mundo
era justo, ninguém prestava aten-
ção às pessoas exemplares - respon-
deu o abade.
- Todos davam o melhor de si,
sem pretender, com isso, cumprir
seu dever com o irmão. Amavam o
seu próximo porque entendiam
que isto era parte da vida, e não fa-
ziam nada de especial em respeitar
uma lei da natureza. D i v i d i a m
seus bens para não ter que acumu-
lar mais do que poderiam carregar,
já que as viagens duravam a vida in-
teira. Viviam juntos em liberdade,
dando e recebendo, sem nada a co-
brar ou culpar nos outros. Por isso
seus feitos não foram contados, e
não deixaram nenhuma história.
- Quem dera pudéssemos conse-
guir a mesma coisa no presente! Fa-
zer do bem uma coisa tão comum,
que não houvesse necessidade de
exaltar aquele que o praticasse.
Reconstruindoo mundo
O pai estava tentando ler o jor-
nal, mas o filho pequeno não para-
va de perturbá-lo. Já cansado com
as interrupções, arrancou uma fo-
lha – que mostrava o mapa-múndi
– cortou-a em vários pedaços, e en-
tregou-a ao filho.
- Pronto, aí tem algo para vo-
cê fazer. Eu acabo de lhe dar um
mapa do mundo, e quero ver se
você consegue montá-lo exata-
mente como é.
Voltou a ler o jornal, sabendo
que aquilo ia manter o menino ocu-
pado pelo resto do dia. Quinze mi-
nutos depois, porém, o garoto vol-
tou com o mapa.
- Sua mãe andou lhe ensinando
geografia? – perguntou o pai, atur-
dido.
- Nem sei o que é isso – respon-
deu o menino. – Acontece que do
outro lado da folha havia o retrato
de um homem. E uma vez que eu
consegui reconstruir o homem, foi
fácil reconstruir o mundo.
O fatoZilu perguntou a Confúcio (filó-
sofo chinês que viveu no século VI
a.C):
- Posso saber o que o senhor
pensa sobre a morte?
- Poder, você pode – respondeu
Confúcio. – Mas se ainda não com-
preende a vida, por que deseja sa-
ber sobre a morte? Deixe para refle-
tir sobre ela quando a vida já tiver
acabado.
A reflexãoLoren Eisley (em “A Alma do
Mundo”, editado por P. Cosi-
neau*2):
“Através de quantas dimensões
deveremos passar, e por quantas
formas de viver deveremos tentar
nesta existência?” “Quantas estra-
das o homem tem obrigação de per-
correr, até chegar ao ponto que es-
colheu?”.
“A viagem é difícil, longa – às
vezes impossível”. Mesmo assim,
conheço poucas pessoas que se deti-
veram nestas dificuldades. Entra-
mos no mundo sem saber direito o
que aconteceu no passado, que
consequências resultaram disto, e o
que o futuro nos reserva. É como se
nossos pais estivessem numa cara-
vana – e de repente nós nascemos,
no meio do percurso.
“Procuremos viajar o mais lon-
ge que pudermos”. Mas, olhando a
paisagem à nossa volta, saibamos
que não será possível conhecer e
aprender tudo.
“O que nos resta é lembrar tudo
sobre a nossa viagem, a fim de que
possamos contar histórias”.
Aos nossos filhos e netos, relate-
mos as maravilhas que vimos, os pe-
rigos pelos quais passamos. Eles
também nascerão e morrerão, con-
tarão suas histórias aos descenden-
tes, e a caravana ainda não terá che-
gado ao seu destino”. �
32 / São José do Rio Preto, 7 de abril de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO