1 DINA KLUG JAKUBOWICZ 1 (Bełchatów, Polônia, 1920) Dina Jakubowicz, com 96 anos. São Paulo, 2016. Acervo: Jakubowicz/SP; Arqshoah-Leer/USP. Minhas raízes judaico-polonesas Meu nome é Dina Jakubowicz, sendo Klug o sobrenome de solteira. Nasci em Bełchatów, 2 na Polônia, perto da fronteira com a Alemanha. Sei a data do meu 1 Entrevista concedida por Dina Jakubowicz a Rachel Mizrahi, coordenadora do Núcleo de História Oral, e Lilian Souza, pesquisadora do Arqshoah. Gravação em áudio. São Paulo, 5.7.2011. Transcrição: Laís Rigatto Cardilo. Iconografia: Nanci Souza e Samara Konno. 2 Desde o século XVIII, Bełchatów tornou-se uma cidade industrial, dedicada à produção têxtil. A partir de 1801, ficou conhecida pela produção em tecidos de lã, com tradição na fabricação de vestuário. O crescimento dessa indústria deveu-se principalmente ao empresário rio Kaczkowski incluído nas listas das fábricas do Reino da Polônia pelo decreto do governador em 18 de setembro de 1820. Em 1840, foram inauguradas 18 novas fábricas de processamento de algodão, incluindo a de Bełchatów na esfera do distrito industrial de Łódź. Em 1861, a falta de algodão provocou o colapso das pequenas e médias empresas. Em 10 de outubro de 1870, Bełchatów perdeu os direitos municipais e foi incorporada ao município de Bełchatówek. Em 1887, Henry Hellwig Tuszyna fundou uma cervejaria, que produzia e entregava cerveja a quase toda a província de Piotrkow. Até setembro de 1939 viviam na cidade cerca de seis mil judeus e, após cinco anos de ocupação alemã, restaram apenas 3,5 mil. A partir de janeiro de 1958, a cidade entrou em uma nova fase após ser promovida à cidade de distrito com a descoberta de grandes depósitos de lenhite nas areias perto de Bełchatów, projetando-se na mineração de carvão marrom e na indústria de energia.
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Bełchatów, Polônia, 1920) - arqshoah.com · Nasci em Bełchatów,2 na Polônia, perto da fronteira com a Alemanha. Sei a data do meu 1 Entrevista concedida por Dina Jakubowicz
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Transcript
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DINA KLUG JAKUBOWICZ1
(Bełchatów, Polônia, 1920)
Dina Jakubowicz, com 96 anos. São Paulo, 2016.
Acervo: Jakubowicz/SP; Arqshoah-Leer/USP.
Minhas raízes judaico-polonesas
Meu nome é Dina Jakubowicz, sendo Klug o sobrenome de solteira. Nasci em
Bełchatów,2 na Polônia, perto da fronteira com a Alemanha. Sei a data do meu
1 Entrevista concedida por Dina Jakubowicz a Rachel Mizrahi, coordenadora do Núcleo de História Oral,
e Lilian Souza, pesquisadora do Arqshoah. Gravação em áudio. São Paulo, 5.7.2011. Transcrição: Laís
Rigatto Cardilo. Iconografia: Nanci Souza e Samara Konno.
2 Desde o século XVIII, Bełchatów tornou-se uma cidade industrial, dedicada à produção têxtil. A partir
de 1801, ficou conhecida pela produção em tecidos de lã, com tradição na fabricação de vestuário. O
crescimento dessa indústria deveu-se principalmente ao empresário rio Kaczkowski incluído nas listas das
fábricas do Reino da Polônia pelo decreto do governador em 18 de setembro de 1820. Em 1840, foram
inauguradas 18 novas fábricas de processamento de algodão, incluindo a de Bełchatów na esfera do
distrito industrial de Łódź. Em 1861, a falta de algodão provocou o colapso das pequenas e médias
empresas. Em 10 de outubro de 1870, Bełchatów perdeu os direitos municipais e foi incorporada ao
município de Bełchatówek. Em 1887, Henry Hellwig Tuszyna fundou uma cervejaria, que produzia e
entregava cerveja a quase toda a província de Piotrkow. Até setembro de 1939 viviam na cidade cerca de
seis mil judeus e, após cinco anos de ocupação alemã, restaram apenas 3,5 mil. A partir de janeiro de
1958, a cidade entrou em uma nova fase após ser promovida à cidade de distrito com a descoberta de
grandes depósitos de lenhite nas areias perto de Bełchatów, projetando-se na mineração de carvão
marrom e na indústria de energia.
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nascimento, mas não tenho nenhum documento: 20 de novembro de 1920. Meu pai
chamava-se Chaim Meier Klug e minha mãe Marien [Miriam] Grinvald, que, após o
casamento, adotou o sobrenome Klug. Até então, meu pai era viúvo. Sua primeira
esposa faleceu e deixou três filhos casados. Havia assim uma grande diferença de idade
entre meu pai e minha mãe. Com ela, meu pai teve cinco filhos, e com a primeira esposa
outros três. Meus irmãos chamavam-se: Dvoireh (Deborah), Macha, Mendel e Benjamin
(Tzvi). Depois de casada, Macha passou a assinar Rotnitzki.3
Bełchatów (Polônia), cidade natal de Dina Klug Jakubowicz.
Google Maps
De Bełchatów não tenho nenhum documento. Nada, nada, nada! Isso porque a
cidade foi queimada pelos nazistas. Nem procurei mais o meu registro de nascimento,
pois não tinha nada mais...! E também porque não tínhamos nada, nem do período de
antes e nem depois da guerra. Não tenho documento nenhum.
3 Na base de dados do Yad Vashem, consta que um dos filhos chama-se Benjamin Klug [Tzvi] que, com
16 anos, morreu na Shoah, segundo testemunho dado por Macha. Consta também que Chaim Meier tinha
uma irmã chamada Ester Klug, casada com Zicher, e que moravam em Piotrkow, na Polônia. Zicher
também morreu na Shoah, segundo Macha.
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Cidade natal de Dina Klug Jakubowicz, em Bełchatów, na Polônia, 1920.
Fotógrafo não identificado.
Disponível em: <http://belchatow.pl/images/2014/gal2_protokoly/Malarski001.jpg>. Acesso em: 12 ago
2017.
Eu era muito religiosa, assim como a minha família. Em Bełchatów existia uma
única sinagoga. Frequentei a escola pública durante oito anos, sendo sempre a primeira
aluna. Estudava de manhã e à tarde, e era a melhor aluna em matemática. Estudei muito
e nunca repeti nenhum ano. À tarde eu frequentava a Beit Yaacov, uma escola judaica só
para meninas, onde ficava até a noite. Voltava para casa somente para jantar e depois
retornava para participar de um outro grupo, sempre de meninas. Apenas dormia em
casa, pois levantava cedo para ir para a escola, onde ficava das 7 até as 13 horas. Nessa
época, eu costumava almoçar em casa, pois era muito religiosa. Depois ia à Beit Yaacov,
onde professores vindos de Kraków (Cracóvia) nos ensinavam ídiche e hebraico. Eu
escrevia bem em ídiche e português, hoje já nem tanto, pois a minha mão está tremendo
um pouco. Mas antes eu escrevia muito bonito.
Os judeus davam muito respeito à família, vivendo como uma grande
comunidade. Éramos pobres, razão pela qual fui trabalhar desde o momento em que me
formei na escola, com 14 anos. Estudei desde os 7 anos, formei-me, mas não consegui
continuar estudando, pois fui trabalhar na fábrica de tecidos que era do meu tio, irmão
do meu pai. Então, durante oito anos, trabalhei das 5 às 21 horas. Tínhamos apenas uma
hora de almoço. Íamos almoçar em casa, pois a fábrica ficava na mesma rua.
Em Bełchatów, onde passei a minha juventude, sentíamos o antissemitismo.
Sempre havia! A gente sentia na rua, pois existiam mais judeus do que polacos. Como
nós éramos religiosos, acendíamos as velas na sexta-feira, sem usar a luz. Em seguida,
4
vinham os polacos nos ajudar a acender a luz. E nós tínhamos que apagar. Isso
acontecia sempre, e, em todos os Yom Kipur, eles vinham acender a luz. Nós éramos
muito religiosos, e pobres. Fazíamos parte de uma elite, apesar de não termos dinheiro,
mas éramos uma elite... Éramos mais religiosos, mais cultos.
Os judeus davam muito respeito à família,4 vivendo em uma grande
comunidade. Eu não costumava andar com rapazes, somente com as minhas colegas,
meninas. Lembro-me de uma moça judia que começou a namorar um goi. Ela era pobre
e ele goi. Então, jogávamos pedras nela. Isso mesmo: mandaram jogar pedra, e nós
obedecíamos. A gente não achava nada de errado, porque éramos crianças. A gente não
gostava deles [os gois], e eles não gostavam da gente. Quando essa moça judia casou,
nós não fomos ao casamento, pois ela não era religiosa. Olha só! Uma judia não
religiosa. Nem a família esteve presente. Depois nasceu um menino, nem lembro o
nome, nem conheci. A família não foi assistir à cerimônia de Brith Milá, tão religiosos
que éramos...! E ela não era religiosa, imaginem se fosse. Antigamente, era assim.
Na região onde morávamos, havia muitos judeus ortodoxos que costumavam
rezar em suas pequenas casas. Apesar de haver uma sinagoga na cidade, eles não
rezavam nesse templo e sim na residência de alguém que mantinha o Cheder, um
quartinho onde ficavam aqueles que eram os mais religiosos.5
Época de mudanças: a guerra e os nazistas
Bełchatów, a cidade onde morávamos, ficava perto da fronteira com a
Alemanha. Assim, que a guerra estourou em 30 de setembro de 1939, nós estávamos na
4 Desde o final do século XIX, existia na cidade um grupo de homens jovens, na maioria tecelões,
incluindo Shmuel Zanwel e Zaken Altman, que estudavam a Mishná ou o “Ein-Yakov” (“Jakob’s Well”,
livro de literatura rabínica talmúdica do século XVI). Todos os dias ao anoitecer reuniam-se no beit
hamidrash (casa de estudo e oração). Para preservarem as tradições de Kabbalat Shabbat (o serviço da
noite de sexta-feira, recebendo o sábado) reuniam-se em um quarto na casa de Ezriel Graber onde
rezavam com seu próprio minian (quorum de dez homens necessários para realizar um serviço de oração
judaica) e até mesmo apresentavam sua própria Torá. No início do século XX, já existia uma yeshivá em
Bełchatów com 400 estudantes de todas as regiões da Polônia. Estava localizada no beis hamedresh, cujo
diretor era o rabino Belchatower Braun, mais tarde Lukower Rebbe (rabino chassídico). Em Bełchatów
havia uma sinagoga de alvenaria, uma grande beis hamedresh e muitas pequenas casas de oração
Chasidic. As pessoas comuns oravam no shul e no beis hamedresh.
5 Até o final da Primeira Guerra Mundial, a vida comunal judaica cresceu, e ali surgiram os grupos
Po’alei Zion (Trabalhadores de Sião) e o Bund (União Geral Operária Judaica Judaica da Polônia). Em
1918, os judeus religiosos se reuniram no “Tiferes Bukherim”, que envolvia os membros das casas de
estudo e oração e membros da classe de proprietários, com o objetivo de dar aos jovens religiosos a
possibilidade de viver uma vida espiritual. A maioria dos membros desses grupos era de trabalhadores e
artesãos de vários ofícios: tecelões, barbeiros, alfaiates, porteiros, açougueiros, motoristas de vagões e
jovens homens chassídicos de casas pobres.
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cidade.6 Desde o início da ocupação da Polônia, os nazistas se apropriaram das casas
dos judeus. Perto de nós havia um prédio de três, nem me lembro bem, ou quatro
andares. Ocuparam esse prédio, mandaram embora todos os judeus e ali fizeram a sede
deles, com os escritórios etc. Depois, obrigaram a gente a trabalhar para eles: limpar
banheiros, por exemplo. E depois fizeram o gueto na nossa própria cidade, proibindo-
nos de andar na calçada, apenas na sarjeta. Além disso, obrigaram-nos a colocar a
estrela amarela de David nas roupas. Para ajudá-los, os alemães criaram também um
conselho formado pelos judeus da cidade. Minha família toda entrou para viver no
gueto, sendo obrigada a deixar o local onde morava. Nós morávamos aqui e o gueto foi
construído logo ali, e, nesse outro lugar, ficavam apenas os alemães. Eu tinha o mapa,
não sei mais onde está.
Judeus, conduzindo suas carroças ao longo da Rua Kosciuszko, são deslocados para o gueto. Bełchatów,
1940-1941.
Fotógrafo não identificado.
Instytut Pamięci Narodowej. Copyright: Agency Agreement Provenance: County Court of Bełchatów.
United States Holocaust Memorial Museum, cortesia do Instytut Pamięci Narodowej.
Disponível em: <https://collections.ushmm.org/search/catalog/pa13565>. Acesso em: 12 ago 2017.
6 A ocupação da Polônia pela Alemanha em 1º de setembro de 1939 interrompeu o desenvolvimento de
Bełchatów, um importante centro têxtil polonês. A cidade foi ocupada pelas tropas da Primeira Frente
Ucraniana. Nessa ocasião, viviam na cidade cerca de seis mil judeus que tiveram suas casas e empresas
destruídas pelo fogo, seus objetos sagrados profanados e suas propriedades confiscadas. Na nova praça da
cidade, livros sagrados foram jogados nas fogueiras e os judeus foram obrigados a assistir enquanto
dançavam e cantavam ao redor, pisando nos livros. Os velhos judeus foram forçados a comer alimentos
não kosher e tiveram as barbas cortadas. Alguns judeus tentaram sair, na esperança de encontrar lugares
mais seguros. Após cinco anos de ocupação, restaram na cidade apenas 3,5 mil judeus.
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O leite era kosher. Explico: aqui moravam os alemães, e a gente ia até lá para
ver como eles tiravam o leite. A gente assistia! Depois, com a caneca deles, medíamos
os litros. Era muito kosher! Não cortávamos a unha às quintas-feiras, porque falaram
que unha começa a crescer no segundo dia, então era shabat... shabat não podia
começar a crescer, porque era shabat. A nossa religiosidade era tão grande que até isso
eles controlavam, o tamanho das unhas: se podia ou não podia cortar as unhas...! E fora
disso, quando cortávamos as unhas, não podíamos jogar fora. Precisávamos pegar um
pedaço de madeira para jogar fora no fogo junto com um pedaço de unhas, porque não
podíamos jogar assim. Éramos muito religiosos.7
Essa religiosidade permaneceu...! Não era difícil ser religioso nesse período,
vamos dizer assim, porque tínhamos tudo separado. Carne kosher separada, nós
comprávamos, mesmo que com limites dentro do gueto. Tínhamos sempre carne, pois
havia uns dois ou três açougues kosher e somente comprávamos deles. Nós
comprávamos manteiga de algumas mulheres que moravam no interior e traziam para a
cidade. A gente comprava dessas mulheres que traziam a manteiga escondido nas folhas
de “couve de manteiga”. Por isso essa folha grande chama couve, couve de manteiga
porque era embrulhada, vinha com manteiga assim, mas é grossa, desse tamanho, mais
grossa um pouco, embrulhada nessa folha.
O gueto não era fechado, assim todos os dias cedo eles iam buscar. Nós
morávamos perto dos alemães, razão pela qual eles pegavam gente para fazer limpeza.
E nós morávamos no primeiro andar. Depois, todos os judeus das outras cidades
pequenas que existiam em volta foram reunidos na nossa cidade. Como tínhamos três
quartos, cozinha e mais um quarto, os nazistas puseram uma casal na cozinha e um
outro no segundo quarto, enquanto nós ocupávamos somente o quarto do meio.
Embaixo morava uma mulher que não era “boa bisca”! Nós éramos três irmãs, e ela
costumava falava assim: “As três irmãs nunca aparecem na minha casa?”. Mas a gente
não se misturava com ela.8
7 Sobre a história dos judeus em Bełchatów, ver PODLOWSKI, Leib. The Destruction of Belchatow
Under The Nazi Occupation. Disponível em: <http://www.jewishgen.org/yizkor/Belchatow/bel002.html>.
Acesso em: 12 ago 2017.
8 Por uma questão “técnica”, os alemães não instalaram um gueto oficial em Bełchatów. Mantiveram sob
seu controle o bairro judeu onde viviam 90% dos judeus da cidade ocupando as ruas: Pabianicer
[Pabianicka], Mercado Antigo [Stare Rynek], Ewangelicka, Piotrkower [Piotrkowska] e todas as casas
localizadas atrás da sinagoga. O bairro judeu estava extremamente lotado, pois a maioria das casas
judaicas tinha sido queimada no início da guerra, e depois, quando outras pessoas começaram a chegar, a
população foi aumentada em mil pessoas. As condições higiênicas eram péssimas e com perigo de
epidemia de tifo, conforme escreveu o prefeito Trahner de Bełchatów ao conselheiro estadual de Lask em
24 de novembro de 1941.
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Para os alemães, o importante era concentrar os judeus dentro do gueto, a área
de que eles podiam controlar tudo. Todos os judeus usavam a estrela amarela, na frente
e atrás das roupas, pois assim poderiam ser logo reconhecidos. Todos os dias chamavam
a gente para fazer serviços, mas não recebíamos coisa alguma, nada. Nem comida, nem
um prato de comida. Mas nós não chegamos a sentir fome no gueto porque vendíamos
as coisas. Meu pai trabalhava num mercado aberto, assim, na rua, vendendo couro. E aí
vinham os gois [os polacos] que trocavam por comida. No gueto, nós também
vendíamos coisas dentro de casa.
Meu pai vendia esse couro que dava para fazer um par desses chinelos, e os
polacos vinham em casa comprar. Naquela época, isso antes da guerra, não só os
polacos, mas todos usavam sapatos de madeira com uma tira de couro. Assim,
conseguimos juntar bastante dinheiro, uma gaveta de dinheiro. Mais dinheiro do que
antes da guerra, mais dinheiro para sustentar a família que era muito grande.
Judeus pulam a parede do gueto. Berek Jakubowicz, marido de Dina Klug Jakubowicz, aparece na
fotografia à direita e abaixo. Aldeia não identificada, s. d.