ASSINE 0800 703 3000 BATE-PAPO E-MAIL SAC SHOPPING ÍNDICE PRINCIPAL + voltar para capa + Assine + Opinião + Cidades + Economia + Esportes + Caderno C + Charge + Brasil + Mundo + Cena urbana + Correio Digital + Marcas de Sucesso + Horóscopo + Esotérico + Há 50 anos + Tiras + Correio Escola + Editorial + Carta do Leitor Publicada em 17/10/2010 Rogério Verzignasse baú de histórias Congregação Cristã faz 100 anos Sem qualquer vínculo, voluntários se dedicam a ações sociais ROGÉRIO VERZIGNASSE No templo imenso, há acomodação para 1,2 mil fiéis. Na fileira central de bancos, uma centena de músicos se ajeitam diante das estantes (pórticos delicados onde se apóiam as partituras). Eles executam hinos primorosos. Atrás do púlpito, de onde o ancião comanda o culto, há o tanque azulejado onde acontecem as cerimônias de batismo por imersão. Na Rua Germânica funciona o centro administrativo regional da Congregação Cristã no Brasil, ao qual estão subordinados 440 templos, de 27 cidades. Só em Campinas, são 23 mil seguidores cadastrados. Cristãos que, além de batizados, já participaram da Santa Ceia, espécie de sacramento cumprido pelos adeptos. Pouca gente se dá conta. Mas a Congregação Cristã se estabeleceu no País há exatos cem anos. A comunidade religiosa nasceu nos Estados Unidos. Ela foi trazida pelo ítalo-americano Louis Francescon, que comandou por aqui os primeiros batismos por imersão, na cidade paranaense de Santo Antônio da Platina. Em Campinas, as primeiras reuniões aconteciam em uma residência na Rua Dr. Ricardo, no Centro. O primeiro templo campineiro foi inaugurado em 1949, na Rua Salustiano Penteado. Em 2000, a religião tinha 5 milhões de membros declarados no Brasil. Do lado de fora, a impressão é de que o templo imponente é fechado para o mundo à sua volta. Afinal, os fiéis se vestem sempre com roupas sóbrias, em cortes clássicos. Os frequentadores são comportados ao extremo, metódicos, sérios. Mas, na verdade, a aparência conservadora esconde um cotidiano repleto de ações sociais e causas voluntárias. Senhoras ocupam a oficina do pavimento superior do imóvel anexo à igreja e, sem cobrar um tostão, costuram roupas doadas aos necessitados. Diáconos jovens abrem mão de lazer e diversão para trabalhar no amparo a irmãos drogados. E, apesar do trabalho nobre, o grupo não investe em propaganda nem aparece na mídia. Segundo os dirigentes do grupo campineiro, que optam pela discrição e pelo anonimato, o que torna a Congregação Cristã especial é que servir a Deus depende da inspiração pessoal. O cidadão sente um chamado para cooperar, participar. Ninguém precisa bater de porta em porta para angariar fiéis ou pregar na rua. Os membros dão testemunho de fé em casa, no trabalho, na escola. E aqueles que se identificam com aquele comportamento cristão procuram o templo por conta própria. Hildebrando Maciel, de 73 anos, é o ancião mais antigo da cidade. De família católica, ele sabe o dia exato em que foi apresentado à Olá Disney.tho! Você está logado(a). encerrar sessão CORREIO POPULAR Digital http://cpopular.cosmo.com.br/mostra_noticia.asp?noticia=1711505&area... 1 de 3 18/10/2010 15:20