14/05/2015 1 Relato de caso MGPP, mulher de 57 anos proveniente da zona urbana de Cachoeira Grande (Maranhão), estudante do ensino superior que trabalha em um bar na cidade de São Luís/MA deu entrada neste hospital com dor abdominal intermitente, com períodos de diarreia alguns dias, seguido por outro de constipação. Não há outros sintomas acompanhantes. Em Hemograma completo, realizado como parte dos estudos gerais de avaliação, vemos uma eosinofilia relativa de 6% (342 por mm 3 ). Apesar de ser uma figura que está dentro de parâmetros quantitativos normais, chamou a atenção do médico assistente quando ligado a episódios de diarreia, por isso coproparasitario série solicitações de exames. COPROPARASITARIO : Macroscopia : fezes semi-líquido, marrom, sem muco, pus e sangue. Microscopia : frescas, formas ovais 100 mícrons de diâmetro, rodeado por cílios, deslocamento altamente móvel e rotativa, núcleo volumoso e citóstoma. Relato de caso São facilmente identificados como trofozoítos B. coli ( Figura 1 ). Cistos, menos abundantes nas primeiras horas, eles foram gradualmente substituindo as formas móveis, arredondadas ou ovais 55 a 60 mícrons de diâmetro. Evolução: tratamento metronidazol foi realizada com uma dose de 30 mg / kg / dia durante dez dias, em seguida, a mesma contagem de sangue mostraram uma redução no número de eosinófilos até 142 milímetros 3 e exames seriados coproparasitarios foram negativos. Figura 1 - Trofozóito de Balantidium coli BALANTIDÍASE Professor Edson Belfort Descrito pela primeira vez em 1857 Espécies do gênero Balantidium - encontradas em numerosos hospedeiros vertebrados (suínos, macacos, homem) Habitat: Intestino grosso Hospedeiros: Suínos e Homem (indistinguível morfologicamente); Raramente: cão, rato e cobaias Cosmopolita - tropicais e subtropicais CONSIDERAÇÕES Por ser um parasita zoonótico intestinal: Cavalos, vacas, porcos Trabalhadores rurais em situação de risco Maior protozoário e apenas ciliados conhecida a parasitam os seres humanos Invasor Secundário – ulceras profundas Sintomas semelhantes aos da amebíase; Patógeno oportunista “Único ciliado patogênico para o homem” CONSIDERAÇÕES Reino: protista Phylum: ciliophora Clase: litostomatea Orden: vestibuliferida Familia: balantiididae Genero: balantidium Especie: B. coli Nombre científico: Balantidum coli
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14/05/2015
1
Relato de caso
MGPP, mulher de 57 anos proveniente da zona urbana de Cachoeira Grande
(Maranhão), estudante do ensino superior que trabalha em um bar na cidade de São
Luís/MA deu entrada neste hospital com dor abdominal intermitente, com períodos de
diarreia alguns dias, seguido por outro de constipação. Não há outros sintomas
acompanhantes.
Em Hemograma completo, realizado como parte dos estudos gerais de avaliação,
vemos uma eosinofilia relativa de 6% (342 por mm 3 ). Apesar de ser uma figura que
está dentro de parâmetros quantitativos normais, chamou a atenção do médico
assistente quando ligado a episódios de diarreia, por isso coproparasitario série
solicitações de exames.
COPROPARASITARIO:
Macroscopia: fezes semi-líquido, marrom, sem muco, pus e sangue.
Microscopia: frescas, formas ovais 100 mícrons de diâmetro, rodeado por cílios,
deslocamento altamente móvel e rotativa, núcleo volumoso e citóstoma.
Relato de caso
São facilmente identificados como trofozoítos B. coli ( Figura 1 ).
Cistos, menos abundantes nas primeiras horas, eles foram gradualmente
substituindo as formas móveis, arredondadas ou ovais 55 a 60 mícrons de
diâmetro.
Evolução: tratamento metronidazol foi realizada com uma dose de 30 mg / kg
/ dia durante dez dias, em seguida, a mesma contagem de sangue mostraram
uma redução no número de eosinófilos até 142 milímetros 3 e exames
seriados coproparasitarios foram negativos.
Figura 1 - Trofozóito de Balantidium coli
BALANTIDÍASE
Professor Edson Belfort
Descrito pela primeira vez em 1857
Espécies do gênero Balantidium - encontradas em numerosos
hospedeiros vertebrados (suínos, macacos, homem)
Habitat: Intestino grosso
Hospedeiros: Suínos e Homem
(indistinguível morfologicamente);
Raramente: cão, rato e cobaias
Cosmopolita - tropicais e subtropicais
CONSIDERAÇÕES
Por ser um parasita zoonótico intestinal: Cavalos, vacas,
porcos
Trabalhadores rurais em situação de risco
Maior protozoário e apenas ciliados
conhecida a parasitam os seres humanos
Invasor Secundário – ulceras profundas
Sintomas semelhantes aos da amebíase;
Patógeno oportunista
“Único ciliado patogênico para o homem”
CONSIDERAÇÕES
Reino: protista
Phylum: ciliophora
Clase: litostomatea
Orden: vestibuliferida
Familia: balantiididae
Genero: balantidium
Especie: B. coli
Nombre científico: Balantidum coli
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HABITAT:
Intestino grosso porcos
Ocasional no homem
Multiplicação:
Assex. divisão binária – ampliação e manutenção da
colônia
Sex. conjugação – genéticas e formação de cistos
(disseminação)
TROFOZOITO
• Oval diâmetro de 50 a 200 micra
• Cercado por cílios
• 2 pólos
• 2 núcleos
CISTO
Diâmetro arredondado de 40 a 60
Dupla membrana
Ele destaca o núcleo
Nutrição através do trato digestivo pela ingestão dealimentos ou água
No estômago dissolve a camada exterior do cisto
Elas se reproduzem por fissão binária
Localizando os trofozoítos do intestino grosso
EnfermidadeCosmopolita
Maiorprevalênciaem zonas tropicais e
subtropicais
Os insetosvetores, fômites
O porco é o reservatório
natural
A principal fonte de infecção: fezes de suínos
o Diversas epidemias em instituições (contato fecal-oral) -
áreas com precárias condições sanitárias;
o No Brasil: São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro;
o Maioria dos casos humanos: tratadores, criadores,
comerciantes e abatedores de suínos ;
o Trofozoítas podem viver a 22°C por 10 dias em ambiente
úmido
EPIDEMIOLOGIA
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o Trofozoítas: sensíveis e morrem rapidamente em meio ácido
(pH 5) e em temperatura acima de 34°C;
o Atividade reduz em temperaturas baixas;
o Homem apresenta alta resistência ao protozoário;
o Cistos resistem durante algumas semanas .
EPIDEMIOLOGIA
Ingestão de cistos: água, alimentos ou mãos
FATORES DE RISCO
Contato com os porcos
A falta de higiene
Asintomática
• Evolucão de 4-6 dias
• 15-20 defecções diarias
Crónica
• Fezes com muco e sangue
•Náuseas, vômito, anorexia, cefaleia
Aguda
•Disenteria, defecações com sangue e pus
•Dor abdominal, tenesmo, ulceras
COMPLICACÕES
Peritonite
Apendicite
Vaginite
Uretrite
Abscesso hepático
Cistite
Perfuração (peritonite)
Exame diretoa fresco
Endoscopia
Visualização de trofozoítos ou de cistos no exame de fezes ou no tecido coletado durante a endoscopia