Plano Nacional de Integração Hidroviária BACIA DO SÃO FRANCISCO RELATÓRIO TÉCNICO Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias Brasileiras e suas Instalações Portuárias com Implantação de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de Informações Geográficas Fevereiro 2013
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Plano Nacional de Integração Hidroviária
BACIA DO SÃO FRANCISCO
RELATÓRIO TÉCNICO
Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias Brasileiras e suas Instalações Portuárias com Implantação de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de Informações Geográfi cas
Fevereiro 2013
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ii ANTAQ/UFSC/LabTrans
República Federativa do Brasil
Dilma Roussef
Presidenta da República
Secretaria de Portos (SEP)
José Leônidas Cristino
Ministro Chefe
Ministério dos Transportes
Paulo Sérgio Passos
Ministro dos Transportes
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
Diretoria Colegiada
Pedro Brito (Diretor-Geral Substituto)
Fernando José de Pádua C. Fonseca (Diretor Interino)
Mário Povia (Diretor Interino)
Superintendência de Navegação Interior (SNI)
Adalberto Tokarski (Superintendente)
Superintendência de Portos (SPO)
Bruno de Oliveira Pinheiro (Superintendente Substituto)
Superintendência de Fiscalização e Coordenação (SFC)
Giovanni Cavalcanti Paiva (Superintendente)
Superintendência de Navegação Marítima e de Apoio (SNM)
André Luís Souto de Arruda Coelho (Superintendente)
Superintendência de Administração e Finanças (SAF)
Albeir Taboada Lima (Superintendente)
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
ANTAQ/UFSC/LabTrans iii
FICHA TÉCNICA
AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS
Gerência de Desenvolvimento e Regulação da Navegação Interior (GDI) José Renato Ribas Fialho - Gerente Eduardo Pessoa de Queiroz - Coordenador Isaac Monteiro do Nascimento Gerência de Estudos e Desempenho Portuário (GED) Fernando Antônio Correia Serra - Gerente Herbert Koehne de Castro José Esteves Botelho Rabello Gerência de Portos Públicos (GPP) Samuel Ramos de Carvalho Cavalcanti – Gerente Substituto Paulo Henrique Ribeiro de Perni Camila Romero Monteiro da Silva Superintendência de Fiscalização e Controle (SFC) Frederico Felipe Medeiros Unidade Administrativa Regional do Paraná (UARPR) Fábio Augusto Giannini ENTIDADES COLABORADORAS Ministério dos Transportes (MT) Administrações Hidroviárias Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. Unidades Administrativas Regionais da ANTAQ Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Marinha do Brasil/Diretoria de Portos e Costas - Capitania Fluvial de Juazeiro Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Agência Nacional de Águas (ANA) Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (BA) Secretaria do Desenvolvimento Econômico de Pernambuco - Porto Fluvial de Petrolina (PE) Secretaria de Transportes - RS - SEINFRA Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH) Superintendência de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul (SPH) Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH) Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e suas Federações Confederação Nacional do Transporte (CNT) e suas Federações Petrobras Transporte S/A (TRANSPETRO) Vale S.A.
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
iv ANTAQ/UFSC/LabTrans
Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (APROSOJA) Empresas Brasileiras de Navegação Interior TECON/Rio Grande Porto de Rio Grande (RS) Movimento Pró-Logística Sindicatos das Empresas Brasileiras de Navegação - SINDARMA
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
ANTAQ/UFSC/LabTrans v
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Roselane Neckel - Reitora Lúcia Helena Martins Pacheco- Vice-Reitora Sebastião Roberto Soares- Diretor do Centro Tecnológico Jucilei Cordini - Chefe do Departamento de Engenharia Civil Laboratório de Transportes e Logística Amir Mattar Valente - Coordenador Geral do Laboratório Equipe Técnica - Transporte e Logística Fabiano Giacobo - Coordenador Estudos André Ricardo Hadlich - Responsável Técnico Daniele Sehn - Economista André Felipe Kretzer Carlo Vaz Sampaio Felipe Souza dos Santos Gabriella Sommer Vaz Guilherme Tomiyoshi Nakao Humberto Assis de Oliveira Sobrinho Jonatas J. de Albuquerque Larissa Steinhorst Berlanda Luiz Gustavo Schmitt Marjorie Panceri Pires Natália Tiemi Gomes Komoto Priscila Lammel Fernando Seabra - Consultor Pedro Alberto Barbetta - Consultor Equipe Técnica - Tecnologia da Informação Antônio Venícius dos Santos - Coordenador Base de dados Georreferenciada Edésio Elias Lopes - Responsável Técnico Caroline Helena Rosa Guilherme Butter Demis Marques Paulo Roberto Vela Junior Sistema Luiz Claudio Duarte Dalmolin - Responsável Técnico Emanuel Espíndola Rodrigo Silva de Melo José Ronaldo Pereira Junior Sérgio Zarth Junior Leonardo Tristão Tiago Lima Trinidad Robson Junqueira da Rosa Design Gráfico Guilherme Fernandes Heloisa Munaretto Revisão de Textos Lívia Carolina das Neves Segadilha Paula Carolina Ribeiro Pedro Gustavo Rieger Renan Abdalla Leimontas
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
vi ANTAQ/UFSC/LabTrans
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AHSFRA Administração da Hidrovia do São Francisco
ALLMN América Latina Logística Malha Norte
ALLMO América Latina Logística Malha Oeste
ALLMP América Latina Logística Malha Paulista
ALLMS América Latina Logística Malha Sul
ANA Agência Nacional de Águas
ANTAQ Agência Nacional de Transportes Aquaviários
CBHSF Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco
CSN Companhia Siderúrgica Nacional
DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
EFC Estrada de Ferro Carajás
EFPO Estrada de Ferro Paraná-Oeste
EFVM Estrada de Ferro Vitória-Minas
FCA Ferrovia Centro-Atlântica
FIOL Ferrovia de Integração Oeste Leste
FNSTN Ferrovia Norte-Sul Tramo Norte
FRANAVE Companhia de Navegação do São Francisco
FTC Ferrovia Tereza Cristina
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
LabTrans Laboratório de Transportes e Logística
MIBA Mineração Minas Bahia
MRS MRS Logística
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PIB Produto Interno Bruto
PNIH Plano Nacional de Integração Hidroviária
PNLT Plano Nacional de Logística de Transportes
t Toneladas
TIR Taxa Interna de Retorno
TMA Taxa Mínima de Atratividade
TNL Transnordestina Logística
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
VPL Valor Presente Líquido
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
ANTAQ/UFSC/LabTrans vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Hidrovia do São Francisco e suas microrregiões lindeiras ............................................ 4
Figura 2 - Bacia do Rio São Francisco com todos os rios componentes ........................................ 5
Figura 3 - Trechos da Hidrovia do Rio São Francisco ..................................................................... 6
Figura 4 - Médio São Francisco: trecho de Pirapora (MG) a Pilão Arcado (BA) ............................ 7
Figura 5 - Médio São Francisco: trecho de Pilão Arcado (BA) a eclusa de Sobradinho (BA) ......... 9
Figura 6 - Médio São Francisco: trecho da eclusa de Sobradinho a Petrolina (PE) ..................... 10
Figura 7 - Imagem aérea do trecho da eclusa de Sobradinho a Petrolina (PE) ........................... 10
Figura 8 - Baixo São Francisco: trecho de Piranhas (AL) até a foz do Rio São Francisco ............. 11
Figura 9 - Rio Grande: trecho de Barreiras (BA) a Barra (BA)...................................................... 12
Figura 10 - Rio Corrente: trecho de Santa Maria da Vitória (BA) a Sítio do Mato (BA) .............. 12
Figura 11 - Área Inicial de Estudo ................................................................................................ 13
Figura 12 - Mancha de Atratividade ............................................................................................ 14
Figura 13 - Microrregiões com 95% do total de Atratividade ..................................................... 15
Figura 14 - Área de Influência Final ............................................................................................. 16
Figura 15 - Representação dos fluxos interestaduais excluídos ................................................. 21
Figura 16 - Área contígua e área total de influência da Hidrovia do São Francisco .................... 24
Figura 17 - Principais produtos movimentados em comércio exterior pelas regiões da área
contígua à Hidrovia do São Francisco em 2010 e 2030............................................................... 26
Figura 18 - Observação (1997 -2010) e projeção (2011-2030) de demanda de minério de ferro
das regiões da área contígua frente ao PIB da China .................................................................. 27
Figura 19 - Observação (1997 -2010) e projeção (2011-2030) de demanda de minérios das
regiões da área contígua em 2010 e 2030 .................................................................................. 28
Figura 20 - Observação (1997 -2010) e projeção (2011-2030) de demanda de açúcar das
regiões da área contígua em 2010 e 2030 .................................................................................. 29
Figura 21 - Observação (1997 -2010) e Projeção (2011-2030) de demanda de derivados de
petróleo das regiões da área contígua em 2010 e 2030 ............................................................. 30
Figura 22 - BR-242 e conexões .................................................................................................... 36
Figura 23 - BR-496, BR-365 e conexões ....................................................................................... 37
Figura 24 - Ferrovia Centro-Atlântica e conexões ....................................................................... 37
Figura 25 - BR-428 e conexões .................................................................................................... 38
Figura 26 - BR-407 e conexões .................................................................................................... 39
Figura 27 - BR-324 e conexões .................................................................................................... 39
Figura 28 - Portos da Hidrovia do São Francisco ......................................................................... 40
Figura 29 - Porto de Pirapora ...................................................................................................... 41
Figura 30 - Porto de Petrolina ..................................................................................................... 42
Figura 31 - Eclusa de Sobradinho - vista aérea ........................................................................... 43
Figura 32 - Eclusa de Sobradinho - vista térrea ........................................................................... 44
Figura 33 - Modal rodoviário em 2015, 2020, 2025 e 2030 ........................................................ 46
Figura 34 - Modal ferroviário em 2015 ....................................................................................... 47
Figura 35 - Modal ferroviário em 2020 ....................................................................................... 48
Figura 36 - Modal ferroviário em 2025 ....................................................................................... 48
Figura 37 - Modal ferroviário em 2030 ....................................................................................... 49
Figura 38 - Modal hidroviário em 2015 ....................................................................................... 50
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
viii ANTAQ/UFSC/LabTrans
Figura 39 - Modal hidroviário em 2020 ....................................................................................... 50
Figura 40 - Modal hidroviário em 2025 ....................................................................................... 51
Figura 41 - Modal hidroviário em 2030 ....................................................................................... 51
Figura 42 - Terminais já existentes e áreas propícias de novos terminais hidroviários com ano
ótimo de abertura ....................................................................................................................... 58
Figura 43 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 61
Figura 44 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ............................................................... 61
Figura 45 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 62
Figura 46 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 62
Figura 47 - Áreas propícias de Januária e de São Francisco ........................................................ 68
Figura 48 - Áreas propícias de Barra e de Xique-Xique ............................................................... 70
Figura 49 - Área propícia de Malhada ......................................................................................... 71
Figura 50 - Área propícia de Serra do Ramalho .......................................................................... 73
Figura 51 - Área propícia de Sento Sé ......................................................................................... 74
Figura 52 - Área propícia de Barreiras ......................................................................................... 76
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
ANTAQ/UFSC/LabTrans ix
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Lista das microrregiões lindeiras ................................................................................. 3
Quadro 2 - Pedrais no Rio São Francisco ....................................................................................... 8
Quadro 3 - Origens e destinos excluídos da consulta ................................................................. 20
Figura 1 - Hidrovia do São Francisco e suas microrregiões lindeiras
Fonte: LabTrans/UFSC
A hidrovia está sob responsabilidade da Administração da Hidrovia do São Francisco
(AHSFRA), que tem como função realizar a sinalização, as obras de manutenção (como
dragagem e derrocamentos) e obras para melhoria das condições de navegabilidade. Além
disso, também é responsável por realizar, ou contratar, estudos que auxiliem na expansão da
hidrovia, ajudando no transporte e também nas condições operacionais desta em seu
cotidiano (AHSFRA, 2011a).
O transporte na hidrovia já foi realizado pela Companhia de Navegação do São
Francisco (FRANAVE), a qual pertencia quase totalmente ao Governo Federal (99,96%), sendo
o restante dividido entre os governos estaduais da Bahia e de Minas Gerais, e também entre
acionistas do setor privado. Porém, a FRANAVE já não existe desde fevereiro de 2007, ano em
que suas atividades foram interrompidas.
Segundo a AHSFRA (2011a), a hidrovia é composta por treze rios: Rio Pará, Rio Verde
Grande, Rio das Velhas, Rio Indaiá, Rio Jequitaí, Rio Paraopeba, Rio Urucuia, Rio Abaeté, Rio
Carinhanha, Rio Paracatu, Rio São Francisco, Rio Grande e o Rio Corrente. Estes três últimos
são os rios principais considerados para este estudo, os quais estão destacados dos demais rios
na Figura 2 e serão comentados nos próximos subitens.
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 5
Figura 2 - Bacia do Rio São Francisco com todos os rios componentes
Fonte: LabTrans/UFSC
Os subitens a seguir dizem respeito aos três principais rios mencionados
anteriormente: São Francisco, Grande e Corrente.
2.1.1 Rio São Francisco
De acordo com a AHSFRA (2011b), dos 2.800 quilômetros de extensão no São
Francisco, há dois trechos navegáveis: o primeiro tem 1.371 quilômetros e situa-se entre o
município de Pirapora (MG) e o polo Petrolina (PE)/Juazeiro (BA), e o segundo, com 208
quilômetros, está localizado entre Piranhas (AL) e a foz. O trecho de aproximadamente 150
quilômetros entre Petrolina (PE)/Juazeiro (BA) e o município de Santa Maria da Boa Vista (PE)
não possui condições ideais de navegação devido ao grande número de pedrais. Pelo mesmo
motivo, o trecho entre Santa Maria da Boa Vista (PE) e Piranhas (AL) não é navegável, além de
ser muito sinuoso. Logo, esses dois trechos não serão considerados navegáveis ao longo dos
horizontes desse estudo. Na Figura 3 estão demarcados os trechos citados.
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
6 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Figura 3 - Trechos da Hidrovia do Rio São Francisco
Fonte: LabTrans/UFSC
A navegação pode ocorrer de forma regular no Rio São Francisco e nos afluentes
Corrente e Grande. Nesses dois últimos, navegam somente embarcações de médio e pequeno
porte devido a peculiaridades que serão comentadas adiante.
O Rio São Francisco divide-se em Baixo, Médio e Alto São Francisco (que não faz parte
deste estudo). Essa subdivisão do Rio São Francisco limita-se às proximidades da Serra da
Canastra, no município de São Roque de Minas (MG), e aos arredores de Pirapora (MG).
2.1.1.1 Médio São Francisco
Segundo a AHSFRA (2011b), o Médio São Francisco foi subdividido em outros três
trechos depois da construção da eclusa de Sobradinho, em 1978. São eles:
De Pirapora (MG) ao município de Pilão Arcado (BA);
De Pilão Arcado (BA) à Barragem de Sobradinho (BA); e
Da Barragem de Sobradinho (BA) ao polo de Juazeiro (BA)/Petrolina (PE).
Os trechos mencionados serão descritos a seguir com maiores detalhes.
Trecho: do município de Pirapora (MG) ao município de Pilão Arcado (BA), com cerca
de 1.015 quilômetros
Na cheia, o leito possui grandes estirões de navegação, exceto na área mineira, a qual,
além de apresentar sinuosidade, também tem várias ilhas pequenas. De acordo com a AHSFRA
(2011b), no período de estiagem a área molhada é menor e o canal se desenvolve entre
bancos de areia móveis. Nos bancos de areia que estão ligeiramente submersos, denominados
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 7
baixios, o canal apresenta boa largura e, logo após a ultrapassagem destes, apresenta maior
calado. No entanto, os raios de curvatura são pequenos, dificultando manobras das
embarcações de maior porte, como, por exemplo, as de comboio integrado. Em alguns locais,
o canal permanece junto à margem em trechos longos e sem qualquer sinuosidade, mas
possui pequenas larguras.
Outro ponto importante refere-se aos pedrais que existem ao longo do leito do rio.
Estes poderiam ser derrocados sem maiores dificuldades - o que evitaria o afunilamento do
canal em alguns ponto, oferecendo riscos à navegação, principalmente à noite, devido ao
baixo calado das embarcações. Na Figura 4 pode-se localizar o trecho em questão.
Figura 4 - Médio São Francisco: trecho de Pirapora (MG) a Pilão Arcado (BA)
Fonte: LabTrans/UFSC
Os pedrais e baixios do Rio São Francisco que representam maiores riscos à navegação
estão relacionados no Quadro2.
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
8 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Quadro 2 - Pedrais no Rio São Francisco
Fonte: ANA e colaboradores (2004)
A AHSFRA tem tido dificuldades para manter o trecho de Pirapora (MG) a Ibotirama
(MG) em condições de navegação adequadas devido aos altos e constantes gastos com obras
de dragagem e manutenção. O transporte nesse trecho fica com a segurança comprometida
em algumas épocas, como no período de transição entre cheia e seca (em abril e maio,
principalmente), quando muitos sedimentos são carregados ao longo do rio.
Pedral Pedral
Baixio
Pedral Pedral
Baixio Pedral
Pedral Pedral
Pedral Pedral
Pedral Pedral
Baixio Baixio
Pedral
Pedral Pedral
Baixio Pedral
Pedral Pedral
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Pedral
Pedral Pedral
Pedral Pedral
Baixio Pedral
Baixio
Baixio Pedral
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Baixio
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Baixio
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Baixio Pedral
Baixio Pedral
Baixio
Baixio Pedral
Pedral Pedral
Pedral Pedral
Pedral Pedral
Barra Rio das Velhas
Barra do Riacho
Cidade de Ibiaí
Passa Val
Barreira da Cigana
Porcas
Baluarte
Canabrava
Coroa da Ema
Cidade de São Romão
Sobrado
Laje
Pé do Morro Rochoso
Bica Grande
Pacuí
Angico de Cima
Porto Firme
Brandão
Afundá
Bom Jardim
Cidades, pedrais e baixios do Rio São Francisco
Cidade de Manga
Roncador
Cacheira de Carinhanha
Coroa Branca
Cidade de Pirapora
Pirapora
Pernambuco
Três Coqueiros
Paco-Paco
Cidade de Carinhanha
Cidade de Bom Jesus da Lapa
Santa Idália
Santo Antônio
Correnteza
Balaeiro
Cidade de Januária
Rodeador
Jatobá
Cidade de Itacarambi
Volta da Fortuna
Cidade de São Francisco
Cabo Chico
Lajedo
Cana Verde
Capivara
Pernambuco
Barreiro Grande
Pituba
Campinhos
Carrapato
Picanha
Guarani
Cachoeira do Araçá
Bandeira
Grameleira
Manga
Quebra Linha
Quebra Linha
Serra Branca
Carne Assada
Pedras do Raul
Cachoeirinha de Ibotirama
Cabeça Levantada
Olteiro
Cidade de Ibotirama
Juá
Limoeiro
Meleiro
Cidade de Xique-Xique
Crioula
Boa Vista do Sakuno
Tapera
Queimadas
Ilha das Mulatas
Cidade de Sento Sé e Remanso
Cidade de Pilão Arcado
Cidade de Petrolina
Cidade de Juazeiro
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 9
Trecho: do município de Pilão Arcado (BA) à Barragem de Sobradinho (BA), com 314
quilômetros
Logo no início do trecho, em Pilão Arcado (BA), o rio sofre com assoreamento1. Ao
longo do trecho todo há algumas dificuldades, segundo a AHSFRA (2011b), como: falta de
sinalização nas margens, baixios, pedrais, formação de enseadas que induzem o navegante a
dispersar sua rota, realizando várias manobras, ondas de até 1,5 metros, falta de locais seguros
para atracação, deplecionamento (mudança drástica e repentina do nível do lago), além do
aumento da geração hidroenergética em Sobradinho e Itaparica, contribuindo ainda mais para
o deplecionamento do lago. O trecho mencionado está representado na Figura 5.
Figura 5 - Médio São Francisco: trecho de Pilão Arcado (BA) a eclusa de Sobradinho (BA)
Fonte: LabTrans/UFSC
Trecho: da Barragem de Sobradinho (BA) ao polo de Juazeiro (BA)/Petrolina (PE),
com cerca de 40 quilômetros
Segundo a AHSFRA (2011b), em 1988 foi feito derrocamento deste trecho, garantindo
uma profundidade de 2 metros que pode variar, em alguns segmentos, de 1,5 metros a 2
metros, para vazão de 1.500 metros cúbicos por segundo na barragem. É importante
mencionar que a vazão defluente na Usina Hidrelétrica de Sobradinho é de 2.063 metros
cúbicos por segundo, por isso a importância da barragem, que garante vazão com maior
regularidade à navegação. Porém, há descargas de águas da barragem que acontecem de
forma irregular, o que acaba prejudicando a navegação, podendo a vazão chegar a 1.100
metros cúbicos por segundo, valor considerado inadequado pela AHSFRA para o calado do
trecho. As Figuras 6 e 7 correspondem à localização da Barragem de Sobradinho e às cidades
de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE).
1 “Assoreamento é a obstrução, por sedimentos, areia ou detritos quaisquer, de um estuário, rio, ou canal.
Pode ser causador de redução da correnteza. No Brasil é a maior causa de morte de rios, devido à redução de profundidade. Os processos erosivos, causados pelas águas, ventos e processos químicos, antrópicos e físicos, desagregam os solos e rochas formando sedimentos que serão transportados. O depósito destes sedimentos constitui o fenômeno do assoreamento.” (REMA BRASIL. Disponível em: <http://www.remaatlantico.org/links-tematicos/assoreamento>. Acesso em: 28 nov. 2012).
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
10 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Figura 6 - Médio São Francisco: trecho da eclusa de Sobradinho a Petrolina (PE)
Fonte: LabTrans/UFSC
Figura 7 - Imagem aérea do trecho da eclusa de Sobradinho a Petrolina (PE)
Fonte: Google Earth
2.1.2 Baixo São Francisco
Logo a montante do Baixo São Francisco, entre Itaparica (BA) e Piranhas (AL), a
navegação é considerada impraticável devido à declividade do rio que chega a 228 centímetros
por quilômetro (ANA et al, 2004).
O segmento do Baixo São Francisco, que é considerado navegável, tem 208
quilômetros (AHSFRA, 2011b) e está localizado entre o município de Piranhas (AL) e a foz, e
possui declividade de 6,2 centímetros por quilômetro, ainda de acordo com ANA e
colaboradores (2004). As embarcações que mais navegam nesse trecho são as pesqueiras, já
que o transporte de cargas é pouco utilizado. A Figura 8 demarca o trecho em questão.
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 11
Figura 8 - Baixo São Francisco: trecho de Piranhas (AL) até a foz do Rio São Francisco
Fonte: LabTrans/UFSC
2.1.3 Rio Grande
Afluente do Rio São Francisco, faz parte do Médio São Francisco. Seus principais
afluentes, os rios, Branco, Preto, Fêmeas, Ondas, e o Rio São Desidério, que é sua montante,
secam nos períodos de estiagem e produzem grandes volumes de água na época de cheia.
O trecho navegável é de aproximadamente 366 quilômetros, de acordo com a AHSFRA
(2011c), entre a cidade de Barreiras (BA) até a foz, na cidade de Barra (BA). Pode ser notada
certa sinuosidade em alguns locais, porém nada que ofereça sérios riscos à navegação; apenas
pode ser melhorado para maior fluxo de transporte.
Nos primeiros 40 quilômetros a jusante de Barreiras (BA), o navegante precisa ter
atenção redobrada, já que o canal fica mais estreito, sendo permitida a utilização de apenas
um sentido, o que pode levar até um dia de viagem. Até os 80 quilômetros posteriores só
podem navegar comboios de até seis chatas, 2 x 3, porque a largura do trecho, apesar de
uniforme, ainda não é adequada para maiores embarcações. Pode ser notada, também, certa
sinuosidade, e por consequência desses dois fatores as águas possuem maior velocidade.
Atualmente, nele é realizado o transporte específico de mercadorias como farinha, gado e
carga geral, além de atender às primeiras necessidades da população ribeirinha. Entretanto,
não há conhecimento ou registro de navegação comercial de grandes proporções nesse
trecho. A Figura 9 ilustra o trecho comentado.
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
12 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Figura 9 - Rio Grande: trecho de Barreiras (BA) a Barra (BA)
Fonte: LabTrans/UFSC
2.1.4 Rio Corrente
De acordo com a AHSFRA (2011d), o rio possui extensão de 120 quilômetros, sendo
formado pela confluência do Rio Formoso e do Rio Correntina. Deságua no Rio São Francisco e
localiza-se entre os municípios de Santa Maria da Vitória (BA) e Sítio do Mato (BA). Sua largura
média é de 80 metros e praticamente não possui maiores obstáculos à navegação. Conforme
apontado no item sobre o Rio Grande, para o Rio Corrente não há conhecimento ou registro
de navegação comercial de grande proporção. A Figura 10 mostra o trecho mencionado.
Figura 10 - Rio Corrente: trecho de Santa Maria da Vitória (BA) a Sítio do Mato (BA)
Fonte: LabTrans/UFSC
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 13
2.2 Cálculo da Área de Influência
Após a localização e a identificação dos principais rios que compõem a Bacia do São
Francisco, pôde-se determinar a sua Área de Influência. Neste item descrevem-se os passos
específicos para determinação dessa área, quais sejam: mapeamento da Área Inicial de Estudo,
Escolha dos Polos de Atração, determinação das Manchas de Atratividade, através dos quais
foi possível determinar a Área de Influência Final da Bacia do São Francisco. O Relatório de
Metodologia descreve em mais detalhes os procedimentos aqui aplicados.
2.2.1 Área Inicial de Estudo
A Área Inicial de Estudo relativa à Bacia do São Francisco abrangia os seguintes
estados: Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Ceará, Piauí, Maranhão,
Bahia, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, além do Distrito Federal. A Figura 11 mostra
os estados e as microrregiões que faziam parte da Área Inicial, além de destacar os rios São
Francisco, Corrente e Grande, englobados no estudo.
Figura 11 - Área Inicial de Estudo
Fonte: LabTrans/UFSC
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
14 ANTAQ/UFSC/LabTrans
2.2.2 Escolha dos Polos de Atração
Para determinar a Atratividade da hidrovia situada na Bacia do São Francisco, foram
selecionados três Polos localizados ao longo de sua extensão:
Pirapora (MG), no limite sul da hidrovia;
Barra (BA), no norte da Bahia; e
Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), o terceiro Polo é constituído por essas duas
microrregiões. Optou-se pela união dessas duas últimas em um só Polo devido à
proximidade de suas cidades centroides e de seus portos.
2.2.3 Determinação das Manchas de Atratividade
A Figura 12 mostra a concentração das microrregiões mais atrativas nas proximidades
da hidrovia e de seus Polos, principalmente nos estados da Bahia, do Sergipe, de Alagoas, do
Pernambuco e partes do Piauí e de Minas Gerais.
Figura 12 - Mancha de Atratividade
Fonte: LabTrans/UFSC
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 15
2.2.4 Área de Influência Final
A Área de Influência Final correspondente aos 95% do total das Atratividades engloba
grande parte da Área de Influência Inicial. Concluiu-se que isso ocorreu devido ao grande
número de microrregiões envolvidas, o que torna pequena a contribuição de cada uma delas e
aumenta a quantidade de microrregiões necessárias para formar os 95% do total de
Atratividade.
A Figura 13 ilustra o conjunto das microrregiões cujas Atratividades representam 95%
do total. Foi excluída apenas a parte norte de alguns estados nordestinos e a parte sul dos
estados de São Paulo, de Minas Gerais e Goiás.
Figura 13 - Microrregiões com 95% do total de Atratividade
Fonte: LabTrans/UFSC
Na Área de Influência Final da Bacia do São Francisco foram acrescentadas algumas
microrregiões ao conjunto de 95% do total de Atratividade, a saber: Chorozinho (CE); Angicos
(RN); Litoral Sul (RN); Baixa Verde (RN); Serra de Santana (RN); Macaíba (RN); Umbuzeiro (PB);
Itabaiana (PB); Litoral Norte (PB); Litoral Sul (PB); e Sapé (PB). A inclusão foi feita porque essas
microrregiões localizam-se dentro da área delimitada pelo Cordão de Área de Influência.
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
16 ANTAQ/UFSC/LabTrans
A Área de Influência Final engloba a maior parte dos estados da Região Nordeste, de
Goiás e de Minas Gerais, e a totalidade do estado do Tocantins. Essa área pode ser observada
na Figura 14.
Figura 14 - Área de Influência Final
Fonte: LabTrans/UFSC
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 17
3 IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS RELEVANTES PARA ANÁLISE
Neste capítulo identificam-se quais produtos serão selecionados para a análise de
fluxos da hidrovia. Inicialmente realizou-se uma quantificação dos fluxos atuais e potenciais de
transporte que teve como base reuniões com importantes setores atuantes na hidrovia.
Ressalte-se que na Bacia do São Francisco existe apenas um terminal hidroviário autorizado
pela ANTAQ, embora não operante. Em seguida, a partir da análise da matriz de dados do
Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) e considerando a Área de Influência Final
encontrada na etapa anterior, foram selecionados os produtos com movimentação mais
significativa, ou seja, considerados relevantes para este estudo.
3.1 Quantificação dos fluxos atuais de transporte
Com o objetivo de avaliar as perspectivas de movimentação na Hidrovia do São
Francisco, foi realizada uma reunião com representantes de setores de alta importância para
esta, em 13 de dezembro de 2011, na cidade de Petrolina (PE). A ocasião contou com a
participação de representantes de setores produtivos, como empresas de óleo vegetal e
operadores de navegação, autoridades portuárias de Petrolina e Juazeiro da Bahia, e técnicos
da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e do Laboratório de Transportes e
Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (LabTrans/UFSC). Nessa reunião foram
discutidas questões referentes ao Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH), à
movimentação atual na hidrovia e a cargas futuras.
No encontro foi destacada expressiva queda no volume de cargas movimentadas na
hidrovia no decorrer dos anos, a qual movimenta atualmente apenas um produto: o caroço de
algodão. Aproximadamente 12.000 toneladas de caroço de algodão foram movimentadas no
ano de 2009 pela Hidrovia do São Francisco; porém, a quase totalidade da exportação do
produto segue até o Porto de Santos por rodovia. A falta de manutenção da infraestrutura
hidroviária, bem como a falta de obras de derrocagem e dragagem foram indicados como os
fatores determinantes para a queda da movimentação.
Produtos agrícolas como soja, milho e álcool foram apontados como cargas potenciais,
tendo sua movimentação condicionada a melhorias na infraestrutura. Minério de ferro e
etanol, por sua vez, foram apontados como cargas potenciais em razão de investimentos
previstos para o estado de Pernambuco. Em contrapartida, frutas, contêineres e transporte de
passageiros foram apontados como cargas com baixo potencial de movimentação na hidrovia.
3.2 Definição dos produtos relevantes para a Bacia do São Francisco
Seguindo os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia, foram
encontrados os totais por produto da matriz do PNLT para a Área de Influência da Bacia do São
Francisco e a representatividade desses produtos. Na Tabela 1 estão destacados os produtos
considerados relevantes, que somam 90% do total da movimentação.
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
18 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Tabela 1 - Representatividade de produtos com base no PNLT - 2004 (em toneladas)
Fonte: Dados do PNLT (documento reservado)
Produto Fluxo 2004 % % acumulada
Minério de ferro 197.287,82 26,055% 26,055%
Cana-de-açúcar 192.834,89 25,467% 51,522%
Minerais não metálicos 55.065,83 7,272% 58,794%
Carga Geral 40.635,18 5,366% 64,160%
Produtos da exploração florestal e da silvicultura 28.868,08 3,812% 67,973%
Outros produtos e serviços da lavoura 27.445,07 3,625% 71,597%
Outros produtos do refino de petróleo e coque 4.701,83 0,621% 95,166%
Óleo combustível 4.168,83 0,551% 95,717%
Gasoálcool 3.445,43 0,455% 96,172%
Gasolina automotiva 2.837,31 0,375% 96,546%
Farinha de trigo e derivados 2.620,42 0,346% 96,892%
Celulose e outras pastas para fabricação de papel 2.569,96 0,339% 97,232%
Arroz em casca 2.017,18 0,266% 97,498%
Abate e preparação de produtos de carne 1.996,88 0,264% 97,762%
Arroz beneficiado e produtos derivados 1.723,26 0,228% 97,990%
Minerais metálicos não ferrosos 1.678,83 0,222% 98,211%
Carne de aves fresca, refrigerada ou congelada 1.621,85 0,214% 98,425%
Fabricação de resina e elastômeros 1.551,67 0,205% 98,630%
Mandioca 1.393,55 0,184% 98,814%
Café em grão 1.322,86 0,175% 98,989%
Algodão herbáceo 1.299,56 0,172% 99,161%
Gás liquefeito de petróleo 1.095,10 0,145% 99,305%
Suínos vivos 1.081,21 0,143% 99,448%
Óleo de soja refinado 967,39 0,128% 99,576%
Automóveis, camionetas e utilitários 689,55 0,091% 99,667%
Carne de suíno fresca, refrigerada ou congelada 649,28 0,086% 99,753%
Aves vivas 610,96 0,081% 99,833%
Café torrado e moído 364,20 0,048% 99,882%
Pesca e aquicultura 282,83 0,037% 99,919%
Farinha de mandioca e outros 260,41 0,034% 99,953%
Trigo em grão e outros cereais 160,08 0,021% 99,974%
Ovos de galinha e de outras aves 136,40 0,018% 99,992%
Produtos do fumo 25,62 0,003% 99,996%
Fumo em folha 24,45 0,003% 99,999%
Café solúvel 5,50 0,001% 100,000%
Caminhões e ônibus 1,94 0,000% 100,000%
TOTAL 757.200,85 100,000% 100,000%
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 19
A cana-de-açúcar, apesar de apresentar grande movimentação dentro da Área de
Influência da Bacia do São Francisco, não foi considerada na análise. As refinarias,
consumidoras desse produto, geralmente localizam-se próximas às plantações, sendo pouco
provável a utilização das hidrovias para transportá-lo. No entanto, pode ocorrer o transporte
de seus derivados, como álcool ou açúcar.
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
20 ANTAQ/UFSC/LabTrans
4 DEFINIÇÃO DOS FLUXOS RELEVANTES PARA ANÁLISE
Depois de identificar os produtos mais relevantes para análise de acordo com as
etapas descritas no capítulo 3, o próximo passo foi determinar quais fluxos dessas mercadorias
seriam considerados no estudo. A etapa aqui descrita visou identificar as zonas de origem e
destino de cada fluxo e selecionar as viagens de maior importância para a Bacia do São
Francisco.
4.1 Recorte da Matriz do PNLT
Conforme os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia, a base de dados
do PNLT foi analisada para que se determinassem os fluxos da Área de Influência da Bacia do
São Francisco de interesse para análise, ainda com base nos produtos relevantes definidos no
capítulo anterior.
Conforme apontado no item 2.2.4, a Área de Influência da Bacia do São Francisco
abrange uma grande região composta por muitos estados. No entanto, apenas Minas Gerais,
Bahia e pequena parte de Pernambuco são banhados por ela e por isso muitos pares origem-
destino podem ser excluídos da matriz por não terem possibilidade lógica de fazer uso da
hidrovia.
A exclusão de viagens reduz o tamanho das matrizes e diminui os tempos de
simulação. Desse modo, dos fluxos de importação, exportação e internos inicialmente
selecionados foram retirados aqueles com origens e destinos nos estados presentes no Quadro
3, os quais estão listados com suas siglas e seus códigos correspondentes. Também foram
excluídos os fluxos inversos (MA-TO e TO-MA, por exemplo).
Quadro 3 - Origens e Destinos excluídos da consulta (continua)
Estado Origem Estado Destino
MA MA
MA TO
MA PI
MA CE
MA RN
MA PB
MA PE
MA AL
MA SE
TO TO
TO PI
TO CE
TO RN
TO PB
TO PE
TO AL
TO SE
TO GO
TO DF
PI PI
PI CE
PI RN
PI PB
PI PE
PI AL
PI SE
CE CE
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 21
Quadro 3 - Origens e Destinos excluídos da consulta (continuação)
Fonte: LabTrans/UFSC
A Figura 15 ilustra, de forma simplificada, os fluxos excluídos e que não tem
possibilidade de fazer uso da hidrovia.
Figura 15 - Representação dos fluxos interestaduais excluídos
Fonte: LabTrans/UFSC
Estado Origem Estado Destino
CE RN
CE PB
CE PE
CE AL
CE SE
RN RN
RN PB
RN PE
RN AL
RN SE
PB PB
PB PE
PB AL
PB SE
PE PE
PE AL
PE SE
AL AL
AL SE
SE SE
GO GO
GO DF
GO SP
SP SP
SP DF
DF DF
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
22 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Considerou-se que o grupo de estados ao norte e a noroeste da Bahia não utiliza a
hidrovia para realizar viagens entre si, sendo excluídas as combinações origem-destino entre
Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e
Tocantins. Também foram retiradas as viagens entre os estados que não tem trechos da
hidrovia entre eles, como Tocantins-Goiás e Goiás-São Paulo. Além disso, retiraram-se os
fluxos intraestaduais (com origem e destino iguais) de todos esses estados não banhados pela
hidrovia.
Os fluxos restantes incluídos nas consultas seguem o sentido norte-sul da hidrovia,
como os que ocorrem entre os estados ao norte da Bahia e aqueles localizados ao sul da
hidrovia (Minas Gerais, Goiás e São Paulo, além da própria Bahia).
O próximo capítulo descreve como foram aplicados os fluxos definidos nesta etapa,
que serviram como base para realizar a projeção da movimentação na hidrovia. Essa projeção
considerou as demandas referentes à área contígua e à Área de Influência da Hidrovia do São
Francisco.
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 23
5 PROJEÇÃO DOS FLUXOS DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE
Este capítulo trata da caracterização socioeconômica da Área de Influência, dos
resultados das projeções de demanda dessa área e do resultado da alocação da carga total da
Hidrovia do São Francisco. As projeções de demanda - cujos resultados estão descritos nos
itens 5.2 e 5.3 deste relatório - referem-se a todas as cargas movimentadas, em qualquer
modal de transporte, na Área de Influência da hidrovia. Uma vez obtida a estimativa do total
da carga, a malha de transporte é carregada e obtém-se, por minimização de custos logísticos,
a carga alocada à Hidrovia do São Francisco, conforme descrito no item 5.4.
5.1 Caracterização socioeconômica
Ao longo do Rio São Francisco, houve desenvolvimento da agricultura irrigada,
especialmente nas áreas das cidades de Petrolina (PE) e de Juazeiro (BA). Essa é
presentemente a maior região produtora, no Brasil, de frutas tropicais. Além disso, essa região
produz vinho e é beneficiada por duas safras anuais de uva. Outra cidade que se destaca ao
longo da bacia do rio é Pirapora (MG). Além de exportadora de produtos como ligas de
alumínio, ligas de ferro, tecidos e uvas, é considerada o segundo maior polo de industrialização
do norte de Minas Gerais.
A Hidrovia do São Francisco tem como área contígua os seguintes estados: Minas
Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Minas Gerais apresenta uma área de cerca de
586.520 quilômetros quadrados. Localizado no Sudeste, é o terceiro estado em termos de
tamanho da economia e tem como principal setor o de serviços, que representa cerca de 61%
do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, seguido da indústria (30%), na qual se destaca o
segmento automobilístico, alimentício, eletromecânico e minerador (INSTITUTO BRASILEIRO
DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, 2012). Na agropecuária sobressai o rebanho bovino, a
produção de leite e a cafeicultura. A Bahia segue a mesma ordem de Minas Gerais na
hierarquia dos setores. Na indústria, os setores químicos e petroquímicos são bastante
relevantes, especialmente devido ao polo de Camaçari. A agropecuária correspondeu, em
2009, a 8% do PIB do estado, segundo o IBGE (2012), e é bastante importante a produção de
frutas (cacau principalmente), sisal e o rebanho de caprinos.
Pernambuco vem apresentando, nos últimos anos, elevado crescimento no setor
industrial e de serviços e está atrás apenas da Bahia em termos de volume do PIB na região
Nordeste. Apesar de a base do PIB não ser mais a agricultura, ainda é forte a produção de
algodão e de frutas no estado. Estas sendo que as últimas são cultivadas especialmente na
cidade de Petrolina. No setor industrial, são destaques as indústrias de transformação,
químico-farmacêutica, de transporte e de energia (BRASIL, 2012b).
As áreas de influência contígua e ampla apresentam forte potencial de produção,
sendo a hidrovia vantajosa opção de escoamento, o que indica perspectivas de aumento da
movimentação caso as melhorias de infraestrutura sejam realizadas. É importante ressaltar
que as projeções são elaboradas com base nesse potencial. As áreas de influência contígua e
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
24 ANTAQ/UFSC/LabTrans
ampla da Hidrovia do São Francisco englobam 252 microrregiões, alcançando (em sua área
ampla de influência) regiões metropolitanas como Brasília, Belo Horizonte e Salvador.
5.2 Resultados da projeção de demanda da área contígua à Hidrovia do São
Francisco
Neste item descrevem-se os resultados obtidos a partir do modelo de expansão de
demanda para a área das microrregiões contíguas à Hidrovia do São Francisco. A Figura 16
ilustra as regiões da chamada área contígua à hidrovia, bem como a Área de Influência total da
Hidrovia do São Francisco.
Figura 16 - Área contígua e área total de influência da Hidrovia do São Francisco
Fonte: LabTrans/UFSC
O produto de comércio exterior mais movimentado na área contígua pelos diferentes
modais é o minério de ferro. Esse produto obteve uma movimentação de 76 milhões de
toneladas em 2010, representando 54% do total. O segundo grupo de produtos mais
importante, também no setor mineral, é o de minérios, metais, produtos metalúrgicos e
pedras preciosas, representando 13,4 milhões de toneladas e 10% de participação. O terceiro
produto é o açúcar, com 10 milhões de toneladas e 7% de participação. O quarto produto mais
importante é o grupo dos derivados de petróleo, com 9,9 milhões de toneladas e 7%,
respectivamente. Os demais conjuntos de produtos representam menos de 5% cada um. A
participação de cada produto, somando os casos em que há movimento tanto de importação
quanto de exportação, está ilustrada na Tabela 2.
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 25
Tabela 2 - Projeção quinquenal da movimentação de cargas, por sentido de comércio exterior e por grupo de produtos - área contígua à Hidrovia do São Francisco - 2010-2030 (t)
Fonte: BRASIL (2012c)
Notas: *Movimentação observada.
**Produtos que representam 95% da movimentação observada em 2010.
Conforme verificado na Tabela 2, há um claro predomínio de produtos minerais e de
seus derivados, especialmente do minério de ferro. A participação é complementada por
minérios diversos e por pedras preciosas, além dos derivados do petróleo, com os três grupos
representando, atualmente, por volta de dois terços da movimentação total. A Figura 17
relaciona a participação dos principais produtos movimentados na área contígua da Hidrovia
do São Francisco em 2010 e previstos para 2030.
Produtos Importação 2010 2015 2020 2025 2030
Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas (t) 11.915.745 7.466.756 9.411.204 16.057.108 24.457.428
Derivados de Petróleo (t) 7.133.145 5.752.714 6.325.569 6.642.176 6.912.104
Adubos e Fertilizantes (t) 3.825.842 3.586.310 5.993.680 8.277.611 10.100.946
4Nível Máximo Maximorum (Extreme Maximum Water Level): nível mais elevado da superfície de água
para o qual a estrutura foi projetada. É geralmente fixado como o nível correspondente à superelevação máxima, quando da ocorrência da cheia de projeto.
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 45
7 DEFINIÇÃO DA REDE FUTURA A SER ANALISADA - NOVAS OUTORGAS
DE TERMINAIS HIDROVIÁRIOS
Neste capítulo apresenta-se a rede de transporte utilizada nas simulações, de acordo
com as premissas estabelecidas no Relatório de Metodologia. Nessa etapa são apresentados
os cenários de infraestrutura montados para os diferentes modais em cada horizonte de
estudo e que podem exercer influência na Hidrovia do São Francisco.
7.1 Montagem dos cenários de infraestrutura
Neste item expõem-se os cenários de infraestrutura identificados para cada tipo de
modal e a configuração em mapa das respectivas malhas em cada horizonte de análise.
7.1.1 Modal Rodoviário
O Quadro 4 mostra as obras rodoviárias que podem influenciar os fluxos na Hidrovia
do São Francisco, tendo como fonte os dados do Banco de Informações e Mapas de Transporte
(BIT). As rodovias levantadas a partir dessas fontes foram incluídas na malha de transporte
utilizada nas simulações. A essas rodovias foi atribuída velocidade padrão de 54 quilômetros
por hora e classificação de pavimentadas.
Quadro 4 - Cenário modal rodoviário
Fonte: BRASIL (2012d)
As obras estão localizadas na rede de transporte conforme a Figura 33.
2015 2020 2025 2030
De Luís Eduardo Magalhães (BA) a Paranã (TO) x x x x
De Seabra (BA) a Luís Eduardo Magalhães (BA) x x x x
Trecho de MT pavimentado x x x x
De Santa Maria das Barreiras (PA) a Pedro Afonso (TO) x x x x
De Monte Alegre (PI) a Bom Jesus (PI) x x x x
Rodovia TrechoHorizonte
BR-242 (BA-TO-MT)
BR-235 (PA-TO-PI)
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
46 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Figura 33 - Modal rodoviário em 2015, 2020, 2025 e 2030
Fonte: LabTrans/UFSC
7.1.2 Modal Ferroviário
Considerando a Área de Influência da Bacia do São Francisco, as duas principais
ferrovias previstas para a região são a FIOL e a Ferrovia Transnordestina, apresentadas com os
horizontes de conclusão de cada trecho no Quadro 5. As informações desse modal foram
obtidas por meio da VALEC (2012).
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 47
Quadro 5 - Cenário modal ferroviário
Fonte: VALEC (2012)
As Figuras 34 a 37 apresentam as principais ferrovias previstas em cada horizonte, com
destaque para as que exercem maior influência na Bacia do São Francisco: a FIOL e a Ferrovia
Transnordestina.
Figura 34 - Modal ferroviário em 2015
Fonte: LabTrans/UFSC
2015 2020 2025 2030
De Catité (BA) a Barreiras (BA) x x x
De Ilhéus (BA) a Catité (BA) x x x x
De Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO) x x x
De Eliseu Martins (PI) a Trindade (PE) x x x x
De Trindade (PE) a Salgueiro (PE) x x x x
De Salgueiro (PE) a Missão Velha (CE) x x x x
De Missão Velha (CE) a Pecém (CE) x x x x
De Eliseu Martins (PI) a Estreito (TO) x x x
Ferrovia TrechoHorizonte
Ferrovia de Integração Oeste-Leste
Ferrovia Transnordestina
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
48 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Figura 35 - Modal ferroviário em 2020
Fonte: LabTrans/UFSC
Figura 36 - Modal ferroviário em 2025
Fonte: Elaboração própria
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 49
Figura 37 - Modal ferroviário em 2030
Fonte: LabTrans/UFSC
7.1.3 Modal Hidroviário
O modal hidroviário, por ser o foco deste projeto, é o que apresenta mais obras de
infraestrutura dentro dos horizontes de projeto definidos. As informações deste item foram
repassadas pela ANTAQ, as quais foram obtidas a partir de análises feitas junto ao DNIT,
Ministério dos Transportes e de uma análise conjunta dos técnicos da Agência. O Quadro 6
apresenta as obras de melhoria da infraestrutura hidroviária no São Francisco e os horizontes
em que se tornam operacionais.
Quadro 6 - Cenário modal hidroviário
Fonte: ANTAQ (2012b)
As Figuras 38 a 41 apresentam, em destaque, os trechos navegáveis da Hidrovia do São
Francisco considerando cada um dos horizontes de estudo.
2015 2020 2025 2030
De Juazeiro (BA) a Ibotirama (BA) x x x x
De Ibotirama (BA) a Pirapora (MG) x x x
Grande Da foz do Rio São Francisco a Barreiras x x
Corrente De Santa Maria da Vitória (BA) à foz no Rio São Francisco x x
Rio Trecho
São Francisco
Horizonte
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
50 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Figura 38 - Modal hidroviário em 2015
Fonte: LabTrans/UFSC
Figura 39 - Modal hidroviário em 2020
Fonte: LabTrans/UFSC
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 51
Figura 40 - Modal hidroviário em 2025
Fonte: LabTrans/UFSC
Figura 41 - Modal hidroviário em 2030
Fonte: LabTrans/UFSC
Bacia do São Francisco Relatório Técnico
52 ANTAQ/UFSC/LabTrans
7.1.4 Novas outorgas de terminais hidroviários
Os trechos da Bacia do São Francisco aptos a receberem novos terminais hidroviários
são:
Rio São Francisco: desde Pirapora (MG) até Juazeiro (BA);
Rio Grande: desde Barreiras (BA) até a foz no São Francisco; e
Rio Corrente: desde Santa Maria da Vitória (BA) até a foz no São Francisco.
Como a hidrovia não se encontra em operação atualmente, poucos terminais
existentes foram identificados, mas diversas áreas propícias para novos terminais foram
sugeridas. Essas áreas foram determinadas de acordo com os procedimentos descritos no
Relatório de Metodologia e estão elencadas no Quadro 7.
Quadro 7 - Áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários
Fonte: LabTrans/UFSC
Essas áreas propícias para a instalação de novos terminais foram adicionadas à malha
de transporte nos horizontes apropriados e fizeram parte da simulação descrita no capítulo 9.
Nome Rio Microrregião
Área propícia de Barra Rio São Francisco Barra
Área propícia de Barreiras Rio Grande Barreiras
Área propícia de Malhada Rio São Francisco Guanambi
Área propícia de Riachão das Neves Rio Grande Barreiras
Área propícia de Santa Maria da Vitória Rio Corrente Santa Maria da Vitoria
Área propícia de Serra do Ramalho Rio São Francisco Bom Jesus da Lapa
Área propícia de Sento Sé Rio São Francisco Juazeiro
Área propícia de Xique-Xique Rio São Francisco Barra
Área propícia de Jaíba Rio São Francisco Janauba
Área propícia de Januária Rio São Francisco Januaria
Área propícia de São Francisco Rio São Francisco Januaria
Área propícia de Ubaí Rio São Francisco Montes Claros
Relatório Técnico Bacia do São Francisco
ANTAQ/UFSC/LabTrans 53
8 ESTIMATIVA DE INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS DE CADA
PROJETO
No Relatório de Metodologia foi descrito o procedimento para a estimativa dos
parâmetros utilizados na simulação. Neste capítulo apresentam-se os principais resultados
utilizados no estudo da Bacia do São Francisco, como as estimativas de frete e transbordo para
os diferentes modais. Os produtos estão organizados de acordo com os grupos definidos no
Relatório de Metodologia, os quais são: carga geral (Grupo 1), granel líquido (Grupo 2), granel
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