BACHAREL EM NUTRIÇÃO Daniele Francisconi Alexandrino TRANSGÊNICOS: IMPACTO NA SAÚDE E A IMPORTÂNCIA DA ROTULAGEM Apucarana - PR 2018
BACHAREL EM NUTRIÇÃO
Daniele Francisconi Alexandrino
TRANSGÊNICOS: IMPACTO NA SAÚDE E A IMPORTÂNCIA
DA ROTULAGEM
Apucarana - PR
2018
DANIELE FRANCISCONI ALEXANDRINO
ALIMENTOS TRANSGÊNICOS: IMPACTO NA SAÚDE E A
IMPORTANCIA DA ROTULAGEM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Nutrição da Faculdade de Apucarana como requisito obrigatório para obtenção de título de Bacharel em Nutrição. Orientadora: Me. Tatiana Marin
Apucarana – PR
2018
DANIELE FRANCISCONI ALEXANDRINO
ALIMENTOS TRANSGÊNICOS: IMPACTO NA SAÚDE E A
IMPORTANCIA DA ROTULAGEM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade de Apucarana – FAP, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Enfermagem, com nota final igual a _______, conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:
COMISSÃO EXAMINADORA
Prof. MS.Tatiana Marin Faculdade de Apucarana
Prof. MS.Eduardo do Amaral Toledo Faculdade de Apucarana
Prof. Rodrigo Francklin, da Silva Faculdade de Apucarana
Apucarana, ___ de ___________ de 2018.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a meu bom Deus por me iluminar e abençoar a
minha trajetória, dando-me paciência e animo a cada dia.
Aos meus pais, Elenice e Ademir, que apesar de todas dificuldades, não
me deixaram desistir, pela força e incentivo para que eu lutasse pelos meus ideais,
pelo amor que me deram durante toda a minha vida que foram fundamentais na
construção do meu caráter.
Aos meus amigos que tem sido muito importante nessa fase final, pois
nunca me deixaram desanimar, foram meu porto seguro na hora em que pensei que
não daria certo, acreditaram em mim para que eu conseguisse realizar meu sonho.
A todos os meus professores que contribuíram e enriqueceram meus
conhecimentos no decorrer da vida acadêmica.
Um agradecimento especial a minha orientadora Tatiana Marin por ser o
exemplo de profissional, por ter me apoiado e me guiado na execução desse trabalho.
Obrigada pela atenção e dedicação.
“Deus jamais tirou os olhos de você, nem
tão pouco deixou de escutar suas orações”
Padre Fábio de Melo
ALEXANDRINO, Daniele Francisconi; MARIM, Tatiana. Alimentos transgênicos;
Impacto na saúde e a importância da rotulagem. 46p. Monografia (Bacharel em
Nutrição) - Faculdade de Apucarana, Apucarana, PR, 2018.
RESUMO
Os alimentos transgênicos são tecnicamente submetidos a transformações
biotecnológicas, com intuito de aumentar produtividade, possuindo maiores
propriedades nutricionais, sendo um artificio contra fome, resistência a pragas e maior
durabilidade. Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura onde teve como
objetivo investigar a importância da rotulagem e listar os possíveis riscos que os
alimentos transgênicos podem trazer a saúde do consumidor. A metodologia utilizada
foram estudos científicos obtidos e documentos de órgão oficiais, que abordaram os
motivos pelos quais os alimentos transgênicos devem conter uma rotulagem
diferenciada. No Brasil, já existe uma lei especifica sobre rotulagem dos transgênicos,
visto que já houve relatos do surgimento de doenças ligadas ao consumo destes
produtos, ainda existe muitas controvérsias a respeito dos reais efeitos ao consumir
alimentos transgênicos a longo prazo, sendo assim é fundamental que haja uma
adequada fiscalização sobre esses produtos, havendo uma promoção da devida
informação aos consumidores, o rotulo nutricional pode influenciar o consumidor
quanto a aquisição, auxiliando também profissionais da saúde quanto a composição
da dieta.
Palavras-chave: Alimentos geneticamente modificados, genética e biotecnologia
ALEXANDRINO, Daniele Francisconi; MARIM, Tatiana. Alimentos transgênicos;
Impacto na saúde e a importância da rotulagem. 46p. Monografia (Bacharel em
Nutrição) - Faculdade de Apucarana, Apucarana, PR, 2018.
ABSTRAT
Transgenic foods are those technically subjected to biotechnological transformations,
with the aim of increasing productivity, possessing greater nutritional properties, being
an artifice against hunger, resistance to pests and greater durability. This paper deals
with a literature review aimed at describing the advantages and disadvantages of
transgenic foods, discussing the need for and importance of labeling. The methodology
used was scientific studies obtained and official organ documents, which addressed
the reason why transgenic foods should contain differentiated labeling. In Brazil, there
is already a specific law on the labeling of transgenic foods, since there have already
been reports of the emergence of diseases related to the consumption of these
products, there is still a lot of controversy about the real effects of consuming
transgenic foods in the long term. there is a proper inspection of these products, with
a promotion of the proper information to consumers, the nutritional label can influence
the consumer regarding the acquisition, also helping health professionals as to their
composition of the diet.
Keywords: Genetically modified food, genetics and biotechnology
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 –Símbolo de transgênicos nos rótulos ...................................................30
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Principais alimentos transgênicos que fazem parte da dieta o consumidor
brasileito.....................................................................................................................20
Tabela 2 – Benefícios e malefícios dos alimentos transgênicos................................26
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - O Venenos vendidos no Brasil............................................................17
Grafico 2 – Opinião sobre segurança dos transgênicos ......................................32
LISTA DE ABREVEATURA E SIGLAS
CAST Conselho de Ciência e Tecnologia da Agricultura
CDC Código de Defesa do Consumidor
CFN Conselho Federal de Nutricionistas
CRIIGEN Comitê de Pesquisa e de Informação Independente sobre a Engenheira
Genética
DECS Descritores em Ciência da Saúde
DNA Ácido Desoxirribonucléico
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FDA Food and Drug Administration
IDEC Instituto de Defesa do Consumidor
INCA Instituto Nacional de Câncer
MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
OMG Organismos Geneticamente Modificados
OMS Organização Mundial da Saúde
RMD Resistente ao vírus do Mosaico Dourado
RR Roundup Ready
SBPC Sociedade Brasileira para o Processo da Ciência
USSEC U.S. Soybean Export Council
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 14
2.1 Objetivo Geral: ................................................................................................. 14
2.2 Objetivos Específicos: ...................................................................................... 14
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 15
3.1 Amostra ........................................................................................................... 15
3.2 Critérios de inclusão e exclusão ...................................................................... 15
3.3 Coleta de dados ............................................................................................... 15
3.4 Resultados ....................................................................................................... 15
4 FUNDAMENTAÇÃO .............................................................................................. 16
4.1 Conceitos de Transgênicos ............................................................................. 16
4.2 Vantagens Atribuídas aos Alimentos Transgênicos ......................................... 21
4.3 Desvantagens Atribuídas ao Consumo de Alimentos Transgênicos ............... 22
4.4 Princípios do Código do Consumidor em Relação aos Transgênicos ............. 29
4.5 Percepções do consumidor aos Alimentos Transgênicos................................ 32
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 35
6 REFERENCIAS ...................................................................................................... 36
12
1 INTRODUÇÃO
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
2014, são definidos como transgênica toda entidade biológica cujo material genético
foi alterado por meio de qualquer técnica de engenharia genética, de uma maneira
que não ocorreria naturalmente, permitindo que genes individuais selecionados
possam ser transferidos de um organismo para outro, até mesmo de espécies não
relacionadas.
Figueiredo e Mattos, (2009), ressaltam que alimentos derivados de plantas
transgênicas são equivalentes ou mesmo superiores aos alimentos convencionais,
visto que as plantas são geneticamente modificadas para apresentarem propriedades
nutricionais maiores e com maior volume incorporado de proteínas, vitaminas,
composição de ácidos graxos e de suplementos minerais.
A indagação que vem sendo analisada é quão seguros são os alimentos
transgênicos, existe uma necessidade de uma análise com embasamento científico
para que os alimentos geneticamente modificados possam ser desfrutados com
segurança (COSTA; DIAS; MARIN, 2007; SOUZA, 2013).
Informações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (2014),
ressalta que, pesquisas científicas evidenciam que vários são os danos à saúde do
consumidor de alimentos transgênicos, pois esse consumo já foi associado ao
aumento das alergias nas pessoas, tendo em vista que quando se introduz um gene
de um organismo são criados compostos nesse organismo novo, assim como
aminoácidos e proteínas. Isto significa que seu consumo pode desencadear
processos alérgicos na população, justamente por essas novas substancias criadas.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer - INCA (2015), o plantio de
transgênicos no Brasil fez com que aumentasse o consumo de agrotóxicos no país,
devido aos mecanismos bioquímicos que não podem ser controlados pela transgenia,
os resíduos de agrotóxicos estão presentes nas frutas, nas verduras, em produtos
processados pela indústria e em carnes e leites de animais, podem gerar efeitos a
longo prazo, como infertilidade, aborto, má formação, efeitos no sistema imunológico,
câncer, dentre outros.
13
De acordo com Food and Agriculture Organization, (2009), a avaliação de
risco de consumo desses produtos deve ser analisada nas normas de biossegurança,
para que, desse modo, esses alimentos sejam consumidos de forma mais segura.
Em 2003, houve o decreto de rotulagem 4680/2003, que determina às
empresas do ramo da alimentação e aos produtores/vendedores de alimentos que
sinalizem (com a letra T, na cor preta, no centro de um triângulo amarelo) o alimento
que contenha mais de 1% de matéria-prima transgênica (GREENPEACE, 2015).
Portanto, perante a legislação, fica definido que os alimentos que
contenham, ou seja, produzidos a partir de organismos geneticamente modificados
precisam ser adequadamente rotulados, assegurando ao consumidor seu direito a
informação, a liberdade de escolha e a proteção a sua saúde, sua vida e segurança
(ZANINI, 2012).
.
14
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
• Investigar a importância da rotulagem em alimentos transgênicos
2.2 Objetivos Específicos:
• Discutir sobre a legislação vigente acerca da rotulagem dos transgênicos no
Brasil.
• Listar os possíveis riscos que os alimentos transgênicos podem apresentar à
saúde do consumidor.
• Relacionar a informação aos riscos à saúde humana.
.
15
3 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura em que desenvolvido um trabalho,
qualitativo, no qual o foco principal será buscar através de fontes seguras informações
acerca sobre alimentos transgênicos no Brasil e a importância da rotulagem.
3.1 Amostra
Foi composta por livros e artigos indexados em dados científicos sendo
elas, SciELO, Google Acadêmico, Lilacs, PubMed artigos científicos e documentos de
órgãos oficiais.
3.2 Critérios de inclusão e exclusão
Para inclusão, optou-se por artigos e livros que descrevam sobre
transgênicos e sua rotulagem dos últimos 10 anos que estavam disponíveis na
íntegra.
Foram excluídos da pesquisa artigos e livros que falem sobre finalidades
terapêuticas e medicamentos.
3.3 Coleta de dados
A busca dos artigos e livros aconteceu no período do mês de abril a junho
de 2018, utilizando as seguintes palavras com descritores (DECS): alimentos
geneticamente modificados, genética e biotecnologia. Os livros relacionados a
pesquisa foram pesquisados na biblioteca da FAP (Faculdade de Apucarana).
4 Resultados
Os artigos encontrados foram comparados e discutidos em forma de texto
e tabelas e gráficos para melhor compreensão dos resultados obtidos na pesquisa.
16
4 FUNDAMENTAÇÃO
4.1 Conceitos de Transgênicos
No século XX, foi identificado cromossomos como conformações
portadoras das unidades de hereditariedade, chamadas de genes, porém, a história
da transgenia começou em 1953 quando Watson e Crick descobriram a estrutura
tridimensional do DNA, molécula básica de todos os seres vivos, portadora de
informações genéticas onde foi descoberto a dupla hélice do DNA (Ácido
Desoxirribonucléico) era constituída por duas fitas pareadas constituídas por uma
sequência de bases nitrogenadas respectivamente Adenina, Timina, Guanina e
Citosina, designadas pelas letras A, T, G e C (MENDONÇA, 2005, FERMENT et al,
2015).
Segundo Zanini, (2012) transgênicos não são sinônimos de Organismos
Geneticamente Modificados (OMGs), são apenas espécies de OMGs e sendo assim,
quando utilizamos a expressão ‘transgênicos”, não podemos nos esquecer de que ela
pressupõe a transferência de material genético de uma espécie para outra.
Os organismos geneticamente modificados foram desenvolvidos sob o
argumento de solucionar o problema da fome e atender às demandas de diferentes
grupos sociais, entre eles, os consumidores que poderiam obter alimentos mais
saborosos e serem mais baratos (CONTRERAS, GRACIA, 2011).
Além de que os alimentos transgênicos são tecnicamente submetidos a
transformações biotecnológicas, com o intuito de aumentar a produtividade e reduzir
a sensibilidade ao ataque de pragas (SHAHZADI; MALIK; RAZA, et al., 2015).
A pesquisa e utilização de organismos geneticamente modificados não são
tão recentes quanto parece, haja vista a acalorada discussão que está em evidência
na atualidade, principalmente quando estes são aplicados na questão alimentícia
(COLLI, 2011).
Em 2005, foi criada a lei de Biossegurança 11.105/05 estabelece que
compete à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) a análise de
Organismos Geneticamente Modificados, o trabalho constante e criterioso da
comissão elevou o Brasil à categoria de modelo na avaliação de biossegurança e
possibilitou a aprovação do único produto Geneticamente modificado do mundo
17
inteiramente desenvolvido por uma instituição pública: o feijão da Embrapa resistente
ao vírus do mosaico dourado(GRAVINA,2014).
O programa do governo brasileiro chamado Protocolo Verde foi lançado em
novembro de 1995, e tem por objetivo a conservação do ambiente através da restrição
de financiamento dos bancos oficiais a programas e projetos, sendo uma das
principais medidas estabelecidas pelo Protocolo Verde a promessa de não financiar
projetos e empreendimentos que podem causar problemas ambientais, desse modo,
incentiva práticas socioambientais, pois concede crédito apenas a obras e projetos
que sejam autossustentáveis e pouco nocivos à natureza (FRAGMAC, 2016).
Um fato relevante é que a utilização de práticas de manipulação genética
vem causando uma verdadeira revolução científica ao longo das últimas décadas
configurando-se numa discussão atual e bastante controversa, quanto aos seus
benefícios e malefícios em relação aos consumidores e ao meio ambiente. (PASSOS
2014).
A ciência vem utilizando organismos geneticamente modificados na
agricultura há algum tempo, fazendo com que a quantidade de alimentos produzidos
seja aumentada em áreas de cultivo já existentes, diminuindo a demanda pela
abertura de novos espaços para plantio, contribuindo para o não desmatamento,
visando à boa relação com o meio ambiente (CTNBio, 2015).
Os avanços científicos na área da biotecnologia buscam desenvolver
alimentos mais nutritivos, vários deles tem como característica serem alimentos
funcionais, alegando benefícios diferenciados dos fornecidos tradicionalmente pelos
alimentos, importantes para o tratamento ou prevenção de alguma patologia (USSEC,
2012)
Visto que as principais áreas aplicadas desta técnica são na indústria
agrícola com a produção de matéria-prima, na indústria alimentícia, na produção
farmacológica com a elaboração de proteína humanas e animais, além da terapia
genética para auxilio no tratamento de doenças geradas pelas anomalias genéticas
(CARVALHO; HENRIQUES, 2012)
O plantio de transgênicos no Brasil fez com que aumentasse o consumo de
agrotóxicos no país, devido aos mecanismos bioquímicos que não podem ser
controlados pela transgenia (FERNANDES; MELGAREJO; FERRAZ, 2013).
18
Tendo em vista a relação dos transgênicos com o aumento de agrotóxicos
utilizados no Brasil, o consumo anual de agrotóxicos tem sido superior a 300 mil
toneladas, o que representa um aumento de 700% no consumo de agrotóxicos nos
últimos quarenta anos (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
EMBRAPA, 2018).
Sendo assim a progressiva aprovação de comercialização de diversidades
transgênicas caminha lado a lado com o aumento do consumo de agrotóxicos e às
ameaças ao controle e qualidade da biodiversidade, isso por que a carência de
estudos de impacto ambiental para os diferentes biomas nacionais não admite obter
patamares mínimos de segurança para a biodiversidade e a saúde humana
(FUNDAÇÃO HEINRICH BÖLL, 2013).
Quanto mais se produz esses alimentos maior também será a utilização de
agrotóxicos, visto que em 2014 a soja foi a principal consumidora de agrotóxicos no
Brasil, sendo responsável por 55,6% do valor total das vendas, logo em seguida
vieram a cana-de-açúcar, o algodão, o milho, ou seja, isso faz com que aumente o
número de agrotóxicos utilizados nessas plantações. Assim o Brasil tende a cada vez
consumir mais agrotóxicos, repassando isso para seus consumidores. (IEA
INSTITUTO DE ECONOMIAAGRÍCOLA, 2015)
Gráfico 1 – alimentos com mais utilizam venenos vendidos no Brasil
Fonte: THUSWOHL. M, 2013
40%
15%
15%
10%
20%soja
milho
cana de açúcar
algodão
outros
19
A expansão dos cultivos transgênicos contribuiu decisivamente para que o
Brasil se tornasse, desde 2008, o maior consumidor mundial de agrotóxicos,
responsável por cerca de 20% do mercado global do setor, visto que (GRAFICO 1),
em destaque os que mais consomem agrotóxicos são a soja 40%, o milho 15% e a
cana de açúcar com 15%, sendo as principais apostas das empresas de transgenia
no país. (THUSWOHL. M, 2013)
Hoje existem mais de 70 variedades de sementes de plantas transgênicas
sendo que Brasil possui cerca de 59 variedades de produtos geneticamente
modificados de quatro espécies de plantas, sendo algodão, milho, soja e feijão.
(CELERES, 2017).
As plantas destinadas ao consumo alimentício, quando modificadas
geneticamente, são alvo de vários estudos adicionais como, por exemplo, testes
alérgicos e se caso seja detectada alguma diferença, essa planta será exaustivamente
testada quanto às suas consequências toxicológicas e nutricionais. (RIBEIRO, 2012)
Historicamente, a soja foi a primeira variedade transgênica de leguminosa
cultivada no Brasil sendo que existem atualmente 13 variedades de sementes de soja
transgênica comercializadas no país (BRASIL, 2017).
Em 1994 a Food and Drug Administration (FDA) aprovou a comercialização
do primeiro alimento transgênico nos EUA, o tomate Flavr Savr, modificado
geneticamente para apresentar um processo de maturação mais lento, de modo a
permitir que os frutos pudessem ser colhidos maduros ainda na planta. Em 1996
chegou ao mercado dos EUA a soja RR, tolerante ao herbicida glifosato (Roundup
Ready), e em 2001 já representava quase 70% das lavouras de soja no país
(DELLAVECHIA; KOCH, 2000; SILVA, 2015).
Assim como ocorre para a soja transgênica, as variedades de milho
geneticamente modificadas receberam genes que atuam no combate a insetos, a
expressão desses genes resulta na produção de enzimas tóxicas para os insetos, uma
vez que provocam a ruptura do sistema gástrico das larvas, sendo inofensivas para
os seres humanos (LEITE et al., 2011; TOLERANTE, 2017).
O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, em termos de produção de
etanol o Brasil ocupa o segundo lugar, ficando atrás apenas dos Estados Unidos que
também obtém etanol a partir do milho (CONAB, 2016; USDA, 2017)
20
A capacidade de produção de cana-de-açúcar e seus derivados no Brasil
seriam maiores se não fossem os prejuízos provocados pelas pragas nas lavouras,
por isso afim de solucionar o problema, pesquisadores brasileiros do Resistente ao
vírus do Mosaico Dourado (RMD) desenvolveram a primeira cana transgênica do
mundo, essa cana ainda não foi lançada no comércio brasileiro, mas promete trazer
melhoria no desenvolvimento econômico para os agricultores (BRASIL, 2017).
A EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),
desenvolveram depois de quase uma década de pesquisa o primeiro feijão
transgênico, intitulado feijão Resistente ao vírus do Mosaico Dourado (RMD),
aprovado para comercialização em 2011 pela CTNBio (DUARTE, 2015).
Corteze, 2018 realizou um estudo onde identificou 28 produtos derivados
de soja, milho e algodão e uma levedura transgênica que podem estar presentes como
ingredientes nos alimentos, sendo que tais produtos podem aparecer nos rótulos com
101 nomenclaturas distintas como, por exemplo, maltodextrina (derivada do milho),
gordura vegetal (pode ser derivada de soja, milho ou algodão) e ácido cítrico (pode
ser derivado do milho) o estudo evidenciou que há presença de pelo menos, um
ingrediente possivelmente transgênico observado em mais da metade dos alimentos
mais consumidos pela população brasileira.
21
Tabela 1 - Principais alimentos transgênicos que fazem parte da dieta do
consumidor brasileiro.
ALIMENTO TRANSGENICO VARIAÇÕES DE ALIMENTOS TRANSGENICOS
Óleos de cozinha Óleos extraídos de soja, milho e algodão.
Soja Leites de soja, tofu, bebidas de frutas e pasta missô.
Pães, bolos e biscoitos Ingredientes utilizados para pães e bolos vem da
Soja, como farinha, óleo, emulsificantes como
Lecitina. Outros componentes podem derivar do
Milho transgênicos, como glucose e amido.
Milho Espiga, flocos e milho enlatados, amido, glucose
muito utilizados em alimentos processados como
salgadinhos, doces e sobremesas.
Feijão Embrapa 5.1
Fonte: BBC Brasil, 2013
.
4.2 Vantagens Atribuídas aos Alimentos Transgênicos
Um ponto relevante é que as principais causas das deficiências nutricionais
da população são pela alta ingestão de alimentos com baixos teores de minerais e
vitaminas, ao invés da incorporação de frutas, vegetais e alimentos de origem animal
na dieta, baixos teores de nutrientes no solo que resultam em baixos teores de
nutrientes nos alimentos vegetais, visto que pode haver acesso limitado de uma parte
da população aos alimentos ricos em micronutrientes, limitações socioeconômicas,
por viverem em regiões remotas ou por estarem condicionadas a disponibilidade dos
alimentos da época , havendo redução no custo de produção nas industrias (MORAES
et al.; 2012).
22
Nos deparamos com uma situação atual em que temos alimentos suficiente
para suprir as necessidades de toda a população do planeta, sendo que esses
suprimentos são maus distribuídos tendo assim lacunas na segurança alimentar, a
transgenia atendeu a necessidade, porém não temos dados científicos suficientes que
comprovam a segurança de se consumir produtos geneticamente modificados
(CARVALHO; BIEGUER, 2016).
Sendo assim, mesmo se apresentando como um forte artifício contra a
fome as pesquisas pelas quais envolvam as relações humanas devem ser aprovadas
e desenvolvidas, de modo que defenda a saúde da sociedade bem como a segurança
alimentar, os danos ambientais, pois o agravo a saúde humana pode ser incontável
no futuro (FERREIRA, 2012).
Rech (2016), alega que não há evidência científica suficiente que comprove
que alimentos transgênicos possam causar câncer em seres humanos ou animais, e
que a segurança desses produtos é avaliada por diferentes cientistas e organizações
independentes em todo o mundo e os resultados apontam que alimentos
geneticamente modificados (GM) não oferecem mais risco à saúde humana, já que
em relação às alergias, não há registros de culturas comercialmente disponíveis que
contenham alérgenos criados pelo processo de transgenia.
Argumenta-se que os alimentos transgênicos não possuem perigos
capazes de prejudicar a população, sendo que os Estados Unidos demonstram que
quase 300 milhões de pessoas consomem produtos geneticamente modificados, há
mais de 15 anos, e não houve notícia de que tais organismos tenham trazido qualquer
prejuízo à saúde das pessoasLAJOLO; NUTTI, 2011).
Bem como Gilding Pickering, 2011, relata que o transgênico tem trazido
impacto à vida da população mundial em diversos setores tanto no alimentício,
medicamentos, produção de energia, quanto na indústria química, porém,
interferências são marcadas por diversas controvérsias.
4.3 Desvantagens Atribuídas ao Consumo de Alimentos Transgênicos
Para Xavier; Lopes; Peters, (2009), as preocupações do uso de alimentos
geneticamente modificados vêm a ser o receio da ocorrência de reações não
esperadas pela transferência de material genético, da formação de novas proteínas
23
alergênicas, da produção de compostos tóxicos, e da diminuição da qualidade dos
nutrientes nos alimentos, além disso teme-se também que certos genes possam
aumentar a resistência humana a antibióticos a partir do consumo a longo prazo
desse tipo de alimentos, ou da ingestão de animais que consumiram alimentos
transgênicos .
Uma pesquisa realizada na Europa, considera a possibilidade do
desenvolvimento a resistência aos antibióticos a aqueles que consomem plantas e
alimentos transgênicos, o EFSA (European Food Safety Authority) ressalta que há
riscos potenciais para o meio ambiente e para possíveis problemas no tratamento com
antibióticos (AZEVEDO,2014)
Bem como Nodari, (2009), que considera os alimentos transgênicos como
de pior qualidade, pois as plantas transgênicas fornecem proteínas, algumas delas
tóxicas, que não acontecem nas plantas convencionais, pois desde modo, os restos
de herbicidas e seus metabólicos, como de toxinas, em grãos que vão se tornar
alimentos, contém mais veneno que os convencionais e muito mais que os
agroecológicos, que não sofrem esse tipo de contaminação, além de menor
produtividade e com mais custos econômicos, ecológicos e sociais comparativamente
aos convencionais.
O Instituto Nacional do Câncer ressalta que a presença de resíduos de
agrotóxicos ocorre em produtos alimentícios processados pela indústria, como
biscoitos, salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas, pizzas e outros que têm
como ingredientes o trigo, o milho e a soja, por exemplo, além disso, podem estar
presentes nas carnes e leites de animais que se alimentam de ração com traços de
agrotóxicos, devido ao processo de bioacumulação. Portanto, a preocupação com os
agrotóxicos não pode significar a redução do consumo de frutas, legumes e verduras,
que são alimentos fundamentais em uma alimentação ‘’saudável’’ e de grande
importância na prevenção do câncer. (INCA, 2015).
Figueredo; Mattos, (2009), acredita que o material genético inserido na
planta às vezes pode não ser bem manifestado ao ser deslocado para a célula alvo,
pode ser transferido para um local errado na cadeia de DNA do organismo alvo, logo
o novo gene pode estimular um gene que normalmente é inativado ou pode substituir
ou eliminar a função de um gene diferente, podendo causar mutações acidentais,
originando plantas tóxicas, inférteis ou impróprias para o consumo.
24
Do mesmo modo, Gasnier et al. (2009) acredita que pode haver até mesmo
alterações endócrinas em células humanas a partir do consumo destes produtos e
que necessita de mais estudo para saber o real efeito do consumo dessas plantas a
longo prazo.
O Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), 2012, afirma que o uso de
transgênicos com genes de resistência aos agrotóxicos, acarreta o desequilíbrio dos
ecossistemas, pois o emprego desses genes obriga os agricultores a aplicar veneno
nas plantações cada vez mais e em maior quantidade, resultando no aumento de
resíduos nos alimentos que consumimos, afetam rios e solo, assim causando um
desequilíbrio no meio ambiente. (IDEC, 2012)
Abrasco, (2015) considera que em praticamente todos os casos
envolvendo contaminação por agrotóxicos, os transgênicos alimentares estão
envolvidos, pois faz parte do processo produtivo disseminado pelo agronegócio e os
danos causados à saúde humana pelo contato com os agrotóxicos, seja por inalação,
ingestão ou outra forma, podem ocasionar franqueza, tonturas, vômito, dores de
cabeça, dificuldades respiratórias, convulsões até problemas crônicos como, câncer,
distúrbios hepáticos, neurológicos e endócrinos, além de má formação congênita,
dentre vários outros problemas.
De acordo com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva, já houve relatos do surgimento de
doenças ligadas ao consumo de transgênicos, como alergias, câncer, depressão, má-
formação congênita, esterilidade, problemas neurológicos e mentais, aumento da
resistência a antibióticos, entre outros, além de que os produtos transgênicos acabam
tendo características que atraem os consumidores de muitas formas, porém eles
estão na contramão da saúde do homem e do meio ambiente. (DORAZIO, 2017)
Um estudo publicado pela revista Food and Chemical Toxicology, relata o
caso de ratos alimentados com tomates geneticamente modificados que foram
desenvolvidos para dar aparência e frescor ao alimento, onde a pesquisa utilizou 20
ratos fêmeas, sendo que 7 desenvolveram lesões estomacais, os outros 7 de 40
morreram, os pesquisadores descobriram que 93% dos tumores das fêmeas são
mamários, enquanto que a maioria dos machos morreram por problemas hepáticos
ou renais, sendo a primeira vez, que o pesticida Roundup não foi analisado a longo
prazo e até agora, somente seu princípio ativo havia sido analisado durante mais de
25
seis meses, esses testes em ratos são os testes mais próximos que podem ser
realizados antes dos testes em humanos (SMITH, 2009)
Estudos realizados sob a responsabilidade da Monsanto Company com
um milho transgênico MON863 feita Comitê de Pesquisa e de Informação
Independente sobre a Engenheira Genética (CRIIGEN) evidenciaram toxicidade
hepática e rena em ratos, os machos e as fêmeas que tinham comido o OGM haviam
tido reações diferentes, pois as fêmeas apresentaram aumento de até 40% dos
triglicérides no sangue, aumento da glicemia, aumento do tamanho do fígado,
enquanto que os machos apresentaram a diminuição do tamanho dos rins e
diminuição de 30% das excreções urinárias de fósforo e de sódio (SERALINI;
CELLIER; VENDOMOIS, 2012).
Elias, 2013 também cita um estudo realizado na universidade de Caen, na
França, onde investigou por dois anos o uso alimentar do milho geneticamente
modificado da Monsanto em ratos e os resultados mostraram diversas reações
anormais em seu sistema imunológico, compatíveis com estados alérgicos,
infecciosos e inflamatórios, que aparecem em doenças como artrite, esclerose
múltipla e câncer, visto que pesquisas desta escala evidenciam a necessidade de
aprofundamento na área da genética, sendo que para se liberar um produto
transgênico no mercado é necessário avaliar apenas por 3 meses, portanto o tempo
necessário para liberar a utilização de um novo produto transgênico deveria ser de
anos e não meses.
Conforme Costa Dias e colaboradores (2011) as influências negativas não
podem ser facilmente controladas, pois poderão surgir inesperadamente, como por
exemplo, alergias, toxidade e intolerâncias e que muito embora sejam inesperadas,
estas influências podem ser analisadas por meio dos riscos alimentares, ecológicos e
agro tecnológicos
O Conselho Federal de Nutricionistas, recomenda que a categoria
abstenha-se recomendar produtos e alimentos transgênicos ou seus derivados, até
que haja estudos conclusivos que garantam sua inocuidade, que os nutricionistas
mantenham postura crítica e fundamentada sobre o assunto respeitando a cultura
alimentar brasileira, exige o cumprimento da legislação vigente e a uma rigorosa
fiscalização da rotulagem dos produtos e alimentos transgênicos e seus derivados e
faz o alerta aos profissionais de uma forma geral, em especial os da área de saúde e
26
os envolvidos com as etapas da produção e do consumo de alimentos, que incorporem
a discussão sobre organismos geneticamente modificados (OGM) e Agrotóxicos nas
suas pautas técnicas de trabalho, como forma de criar massa crítica em relação a
esses temas, especialmente as envolvidas com a segurança alimentar e nutricional,
para somar forças no sentido de exigir a pauta desse tema na agenda nacional. (CFN,
2012)
A nutricionista Ana Paula Bortoletto, do Instituto de Defesa do Consumidor
(IDEC), ressalta que a ciência ainda não é capaz de prever todos os riscos trazidos
pelos transgênicos, porque muitos estudos não consideram as possíveis
consequências a longo prazo, entretanto já há evidências de que esses produtos
aumentam as chances de alergias alimentares e casos de câncer, e que por
precaução o ideal seria não consumir esse tipo de alimento (SAMPAIO, 2018)
Considerando que os alimentos consumidos hoje em dia pelas pessoas,
só apresentarão malefícios à saúde depois de certo tempo de consumo, o que
pode mascarar o uso de determinado produto, já que a alimentação diária humana é
variada, bem como confirmado num estudo relatado por Andrioli e Funchs de um caso
que ocorreu em 1997, quando um rebanho com 70 vacas leiteiras foram intoxicados
após consumir milho transgênico no Estado de Hessen na Alemanha, o produto
consumido pelos animais continha toxinas acima do permitido, o que resultou no
sacrifício de todo o rebanho, por isso vale ressaltar que esse rebanho só apresentou
problemas após dois anos do consumo desse milho. (ANDRIOLIE e FUNCHS,
2008)
Entretanto Pedrancini et al., (2015) apresentam informações contraditórias,
pois além dos cientistas defenderem que tanto a soja convencional quanto a
transgênica oferecem os mesmos riscos, assim como a Organização Mundial da
Saúde (OMS) está sempre preocupada com os transgênicos, realizando testes
rigorosos que detectam substâncias alergênicas antes da sua liberação ao mercado,
entretanto em relação ao valor nutricional enfatizam que não há diferenças nutricionais
entre a soja transgênica e a soja convencional e ainda defendem que a mídia exerce
muita influência acerca dos pensamentos e posicionamentos frente aos transgênicos,
provocando muitos conflitos de interesses e desviando o foco para o qual a transgenia
é trabalhada.
27
De fato, há necessidade de trabalhos científicos voltados para segurança
socioeconômica que visem a segurança da população sem explorar apenas as
necessidades ou objetivos impostos pelas empresas, antes de ser oferecido para
comercialização, os alimentos deveriam ser minuciosamente avaliados pelo tempo
necessário, até que se obtenha resultados que sustentassem a sua inocuidade.
(ZANONI; FERMENT, 2011).
Entretanto a Sociedade Brasileira para o Processo da Ciência (SBPC),
considera que por não conseguirem comprovar, mesmo após 20 anos de
comercialização e consumo de Organismo Geneticamente Modificados (OGM)
aqueles que são contrários à aplicação da biotecnologia na agricultura, buscam
associar os alimentos transgênicos aos agrotóxicos, que são prejudiciais à saúde
humana e ao meio ambiente se utilizados de maneira desordenada e excessiva
(SBPC, 2015).
Tabela 2 - Benefícios e malefícios dos alimentos transgênicos:
ANO AUTOR CONCEITO PATROCINIO
2009 XAVEVIER;
LOPES; PETERS
Resistencia a antibióticos Não informado
2009 FIGUEIREDO;
MATTOS
Mutações genéticas acidentais Não informado
2009 GASNIER et al Efeitos citotóxicos nas células
humanas
Não informado
2012 CFN Nutricionistas abstenha-se de
recomendar
Não informado
2012 USSEC Tratamento e prevenção de
patologias
Não informado
2012 FERREIRA Artificio contra fome Não informado
28
2012 MORAIS et al., Deficiência nutricionais da
população
Não informado
2012 SERALINI;
CELLIER;
VENDOMOIS
Toxicidade hepática e renal Monsanto
Company
2012 IDEC Resíduos de agrotóxicos nos
alimentos
Não informado
2013 ELIAS Resíduos de agrotóxicos nos
alimentos
Não informado
2014 AZEVEDO Resistencia á antibióticos EFSA (European
Food Safety
Authority)
2015 SBPC Associa transgênicos aos
agrotóxicos
Não informado
2015 DUARTE o primeiro feijão transgênico,
intitulado feijão Resistente ao vírus
do Mosaico Dourado (RMD)
EMBRAPA e
CNTBio
2015 CHAHAIRA &
POZZETTI
Rotulagem obrigatória Não informado
2016 RECH Falta evidencias sobre câncer e
alergias.
AGROCONSULT
e CIB (Conselho
de Informações
sobre
Biotecnologia)
2017 IDC Decreto para acabar com a
rotulagem
Não informado
29
2017 BRASIL variedades de sementes
transgênica comercializadas no
Brasil
CTNBio
2018 SAMPAIO Por precaução o ideal seria não
consumir esse tipo de alimento
Não informado
2018 EMBRAPA Aumento do uso de agrotóxicos
utilizados no Brasil
CTNBio
ALEXANDRINO; MARIN, 2018
4.4 Princípios do Código do Consumidor em Relação aos Transgênicos
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor é uma associação de
consumidores fundada em 1987, não possui fins lucrativos e não tem vínculo com
empresas, governos ou partidos políticos o seu objetivo é o de orientar e informar os
consumidores sobre os seus direitos, atuando em questões de grande relevância e
interesse coletivo para sociedade, como no caso dos OGM, utilizando como
instrumento o Código de Defesa do código de defesa do consumidor (CDC), a fim de
buscar o fortalecimento da cidadania e de uma sociedade mais justa para todos (IDEC,
2009)
No Brasil, a rotulagem de alimentos transgênicos é prevista pela
PORTARIA Nº 2658, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 que trata do Decreto nº.
4.680/03 e pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078 de 11/09/90), que
determina “o produto que possuir acima de 1% de ingredientes transgênicos em sua
composição deve ser rotulado; tanto os produtos embalados como os vendidos a
granel ou in natura”. O Decreto também determina que os alimentos geneticamente
modificados também tragam um símbolo “T” que o identifique como transgênico
(CHAHAIRA & POZZETTI, 2015).
A composição dos rótulos nutricionais pode influenciar o consumidor
quanto a sua aquisição, auxiliando o consumidor das suas escolhas e os profissionais
da saúde quanto a sua composição da dieta. Segundo Paulo, (2009) a indústria já
vem buscando se adequar as exigências da legislação e ao mesmo tempo se
30
preocupando em melhorar o perfil nutricional dos produtos, por isso se faz necessária
a veracidade das informações apresentadas pelo rótulo.
Sendo assim desde 2001, é obrigatório o uso da informação nutricional nos
rótulos de alimentos e bebidas produzidos, comercializados e embalados na ausência
do cliente e prontos para serem oferecidos ao consumidor (SILVA et al., 2010)
Está sendo discutido no Congresso Brasileiro a proposta de acabar com a
rotulagem de transgênicos no Brasil, para retirar a obrigação de uso do símbolo T no
rótulo dos alimentos e rações animais. O Instituto de Defesa do Consumidor enviou
uma carta então ao presidente Michel Temer repudiando a ideia e alegando que a
medida representa um grave retrocesso e uma afronta aos direitos dos consumidores,
pois impede a informação clara e precisa sobre o uso de ingredientes transgênicos
nos produtos, sendo assim negar informação plena aos consumidores sobre a
presença de ingredientes transgênicos em alimentos industrializados é incompatível
com a Constituição (IDEC 2017).
Carvalho, 2012 acredita que os produtos que podem apresentar alto grau
de periculosidade ou nocividade à saúde do consumido não poderiam ser
comercializados no país uma vez que não é possível assegurar a segurança
alimentar, evidenciando as consequências dos efeitos que podem vir a ocorrer com
a utilização de alimentos geneticamente modificados a longo prazo, neste tipo de
situação verificamos a constatação das decisões tomadas pelos governos onde não
atende as próprias leis criadas, colocando assim em risco a qualidade de vida da
população.
4.5 Importância da Rotulagem de Transgênicos
As leis especificas já se encontram em vigor desde 2003, no entanto os
alimentos só passaram a respeitar depois de 5 anos, a população não apresenta total
conhecimento da situação, não participa das escolhas ou mesmo não apresentam
uma crítica sobres as diversas situações decorrentes não só a transgênicos, mas
sim a todos os acontecimentos de decisões relacionadas, desconhecem as leis que
referem ao direito de livre escolha sobre produtos geneticamente modificados
(COSTA MARIM, 2015).
31
Os produtos geneticamente modificados já estão nos supermercados, é um
fato quase imperceptível pelos consumidores, devido à discreta rotulagem obrigatória
desse tipo de produto (BRASIL, 2013).
FIGURA 1 - Símbolo de Transgênico nos Rótulos:
FONTE: EMPRAPA, 2015
No entanto, o assunto mais recente a carca dos transgênicos, vem de um
dos deputados federais representantes dos defensores dos Organismos
Geneticamente Modificados (OGMs), Luiz Carlos Heinze, que propôs o Projeto de Lei
nº 4.148 de 2008, solicitando a exclusão da identificação através da simbologia
existente nos produtos geneticamente modificados, alegando que o setor envolvido
com a produção e comercialização de Organismos Geneticamente Modificados
(OGMs) vêm sendo prejudicado sem nenhuma comprovação científica, distorcendo-
se a capacidade de expressar a vontade do consumidor final na obtenção desses
produtos o que se propõe não é a exclusão da informação sobre transgenia, e sim um
aviso que não induza as pessoas a um juízo de valor errôneo sobre os Organismos
Geneticamente Modificados (OGMs) , além disso é necessário ressaltar que o Projeto
de Lei nº 4.148/2008 foi aprovado no plenário na Câmara dos Deputados por 320
votos a favor e 120 contrários, e no momento segue para análise do Senado Federal
(CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2015).
Segundo Barros, (2008) para que as ações da ANVISA possam ser
cumpridas é necessário dispor de laboratórios para a realização da análise da
detecção, quantificação dos alimentos e derivados de transgênicos que se encontram
disponíveis nas prateleiras dos supermercados.
Brandão, (2011) ressalta que para as empresas, o rótulo é o componente
central da política de marketing do produto, pois dessa forma, influencia diretamente
32
nas decisões do consumidor já que o rótulo de qualquer produto transgênico é algo
que não deixa de ser fundamental para que os mesmos venham a ser vendidos, sendo
assim representam um dispositivo que na maioria das vezes se mostra inconfiável e
perigoso, já que posterga informações cruciais para os consumidores identificarem
que espécies de produtos estão consumindo.
Para OLIVEIRA & NOJIMOTO, 2014 somente através da divulgação dos
produtos e rotulagem obrigatória dos transgênicos, é que a população terá o direito
de escolher consumir ou não esse tipo de alimento e que a mídia também precisa
focar no tema com mais especificidade e transparência para que a população conheça
os efeitos benéficos e maléficos que os transgênicos podem acarretar na saúde e
implicar no meio ambiente.
A rotulagem nutricional é uma ferramenta básica da preservação de
atributos relacionados com o valor nutricional, bem como os critérios de qualidade
sanitária dos alimentos, visando sempre a proteção da saúde do consumidor, dentro
da perspectiva do direito humano à alimentação e nutrição apropriadas (TEIXEIRA;
MORAIS, 2016).
Portanto Camara, 2009 acredita que a rotulagem é uma importante
ferramenta para a saúde humana, pois representa um importante papel na saúde dos
consumidores, tem como objetivo primordial de deixar o consumidor ciente do que
está consumido e dar a opção de escolha a ele tendo conhecimento da situação atual
e visando uma biovigilância adequada das rotulagens.
4.6 Percepções do consumidor aos Alimentos Transgênicos
Poucas são as pesquisas no Brasil sobre a aceitação dos transgênicos e
de novas tecnologias quando comparado com os países europeus, revelando a
desconsideração da participação pública nos debates biotecnológicos (GUIVANT,
2006 apud CASTRO, YOUNG, LIMA, 2014).
Ribeiro e Marin, 2012 dizem que apesar de haver ainda hoje no Brasil
pouco conhecimento sobre OGM, os consumidores manifestam a vontade de saber
sobre a presença desses componentes nos alimentos antes que se realize a sua
compra, assim como se sabe que é escassa a quantidade de pesquisas qualitativas
33
no Brasil que se refiram à compreensão do público a respeito das informações
sobre as novas tecnologias.
Bem como foi confirmando em um estudo feito por Siqueira e colaboradores
(2010) onde diante das incertezas pelo consumo dos alimentos transgênicos alguns
consumidores pretendiam pagar mais caro para se alimentar de alimentos
convencionais eu orgânicos, a pesquisa foi realizada no ano de 2008 com 390
estudantes da Universidade Federal de Sergipe foram entrevistados e os resultados
obtidos constataram que 60,6% dos consumidores comprariam a manga
convencional, apesar de apresentar maior preço e menor vida de prateleira, quando
comparada à transgênica, o mesmo pôde ser observado com relação à banana, pois
51,3% demonstraram comprar a fruta convencional, enquanto 40,5% comprariam a
banana com dose de vacina contra a gripe e 8,2% não comprariam nenhuma das
bananas.
GRÁFICO 2 - Opinião Sobre Segurança dos Transgenicos
FONTE: SOUZA, 2013
Conforme um estudo de Souza, 2013 realizado com 400 pessoas em
Brasília, quando questionados sobre a segurança dos alimentos transgênicos, 9,8%
dos entrevistados responderam que consideram estes produtos seguros, enquanto
19,5% consideram inseguros e 70,7% não tinham opinião formada sobre o
10%
20%
71%
seguros
inseguros
não tinha opiniaosobre o asssunto
34
assunto, sendo que a maioria dos entrevistados se preocupa em consumir esses
alimentos por medo do perigo dos agrotóxicos.
Korb et al. 2012 diz que a última década foi marcadas pela deficiência da
inconsistência da política, paralelamente com a falta de preocupação com o
consumidor, sendo eles servidos como cobaia para as empresas transnacionais.
No estudo realizado por Souza et al. , 2011 foi evidenciado que quanto
mais aumentava o nível de ensino maior era a preocupação com as informações
nutricionais contidas nos rótulos, os entrevistados que não consultavam os
rótulos, declararam que não apresentavam conhecimento, ocasionado pela falta
de informação e entendimento das informações, sendo que este percentual de
pessoas apresentavam um menor nível escolar.
Assim como dados do estudo obtido por Mendonça et al. 2012, na cidade
Gloria de Dourados-MS, ainda que se tem aumentado nos últimos anos o
conhecimento da população sobre os alimentos transgênicos, ainda não se tem o
consumo consciente destes alimentos o que torna irrelevante o poder dos
consumidores sobre a escolha dos seus alimentos.
A informação que chega até a população sobre a transgenia alimentar
também é carregada de parcialidades, esta é feita basicamente pelos grandes meios
de comunicação. Só haverá uma mudança desse paradigma quando a coletividade
se empoderar no que se refere à alimentação saudável (FIEPR, 2013)
35
5 CONCLUSÃO
É de grande importância a rotulagem obrigatória dos transgênicos, tendo
como objetivo principal informar o consumidor dos componentes existentes nesse tipo
de produto, se faz extremamente necessária, pois o consumidor deve ser informado
da maneira mais clara e objetiva possível para que possa fazer sua opção
conscientemente de consumo e também auxiliando profissionais da saúde quanto a
sua composição da dieta, visto que vários produtos transgênicos já estão nos
supermercados, sendo um fato quase imperceptível pelos consumidores, devido à
discreta rotulagem desse tipo de produto.
No Brasil, já existe uma lei específica sobre rotulagem dos transgênicos, a
indústria já vem buscando se adequar as exigências da legislação e ao mesmo tempo
buscando melhorar o perfil nutricional dos produtos. Atualmente está sendo discutido
no Congresso Nacional Brasileiro a proposta de acabar com a rotulagem de
transgênicos no Brasil, colocando assim em risco a qualidade de vida da população,
já que posterga informações importantes para que consumidores saibam que
espécies de produtos estão consumindo pois não temos dados científicos suficientes
que comprovam a segurança desse tipo de produto a longo prazo, sendo necessário
uma maior fiscalização sobre a rotulagem dos alimentos transgênicos, para que seja
cumprido o direito do consumidor, assegurando a todos o acesso à informação.
Já houve relatos do surgimento de doenças ligadas ao consumo de
transgênicos. Podendo listar como riscos à saúde, alterações tendo evidências de que
esses produtos aumentam as chances do desenvolvimento de doenças, como
alergias, câncer, depressão, má-formação congênita, esterilidade, problemas
neurológicos alterações causadas aos rins e fígado, aumento de triglicérides e
glicemia, aumento na excreção urinária de fósforo e sódio e diminuição gradativa
dos rins em estudos feitos em ratos alimentados com milhos transgênicos, além de
que atualmente investiga-se o risco de desenvolver resistência a antibióticos e estar
diretamente ligado ao aumento do uso de agrotóxicos, porém ainda existe muitas
controvérsias a respeito dos reais efeitos do consumo deste tipo de produto.
36
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