Anais do V Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos, Foz do Iguaçu – PR, Brasil. 22-25/04/2014 ISSN 2177-6164 ão onde está sendo construída esta nova interligação entre Brasil e Uruguai, e as principais Linhas de Transmissão e Subestações da região em 2014. TRABALHO NÃO APRESENTADO DURANTE O EVENTO 1 Resumo-- Neste trabalho a análise do potencial maremotriz do estuário do Bacanga é revisitada, considerando estudos mais recentes realizados no local e levantamento de dados aprimorados. Após simulações, pode-se concluir que o potencial extraível é significativamente maior do que aquele inicialmente prospectado. Este estudo vem reforçar os trabalhos em desenvolvimento que objetivam a instalação de uma usina piloto no referido estuário. Palavras-Chaves — Energia Maremotriz, Energias Renováveis, Estuário do Bacanga, Eficiência Energética I. INTRODUÇÃO energia das marés pode ser aproveitada basicamente de duas maneiras, amplitude de marés ou correntes de marés. A primeira utiliza o movimento vertical de subida e descida do nível da maré e a outra gera energia através do movimento horizontal das correntes de marés quando estas estão no período de enchente ou vazante. Aquela começou a ser estudada anteriormente e por isso já possui tecnologias consolidadas que permitem a exploração das energias das marés em escala comercial, como é o caso das grandes usinas de La Rance -França, Annapolis – Canadá e Shiwa – Coreia do Sul [1]. Dentre as vantagens dessa fonte de energia cita-se a alta previsibilidade da geração e a redução de impacto ambiental Os autores agradecem ao CNPq (Projeto 555797/2010-4 Pesquisa e Desenvolvimento para a Implantação de uma Usina-Laboratório Maremotriz na Barragem do Bacanga) e à CAPES pelo apoio na realização deste trabalho. Olga Lira D. Amaral, Grupo de Sistemas de Potência, DEE-UFMA, Av. dos Portugueses s/n, Campus do Bacanga, CEP 65040-080, Brasil (e-mail: [email protected]) Pedro B. Leite Neto, Grupo de Sistemas de Potência, DEE-UFMA, Av. dos Portugueses s/n, Campus do Bacanga, CEP 65040-080, Brasil (e-mail: [email protected]) Osvaldo. R. Saavedra, Grupo de Sistemas de Potência, DEE-UFMA, Av. dos Portugueses s/n, Campus do Bacanga, CEP 65040-080, Brasil (e- mail: [email protected]). Márcio Vaz dos Santos, Departamento de Oceanografia e Limnologia, UFMA. Av. dos Portugueses s/n, Campus do Bacanga, CEP 65040-080, Brasil (e-mail:[email protected]). Geraldo Lúcio Tiago Filho, Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétricas, - UNIFEI Av. BPS, 1303, CEP 37500-903, Itajubá, Brasil (e-mail: [email protected]) Tiago Soares Correa, Universidade Federal de Itajubá, Av. BPS, 1303, CEP 37500-903, Itajubá, Brasil (e-mail: [email protected]) se comparada as grandes centrais hidrelétricas. A energia produzida por uma usina maremotriz pode ser calculada com precisão, pois o comportamento das marés é cíclico. Além disso, neste tipo de usina não há necessidade de alagar áreas novas, uma vez que se utiliza áreas já alagadas [2]. O Brasil apresenta condições favoráveis à implementação desse sistema em locais como os litorais do Pará, Amapá e Maranhão, onde se encontram as maiores amplitudes de marés do país. Segundo estudos realizados na década 80, apenas na costa do Maranhão o potencial disponível seria de 22 TWh /ano. Apesar desse potencial energético ser bastante significativo, ainda não existem usinas maremotriz no Brasil. Nos últimos anos, alguns estudos brasileiros demonstraram que o aproveitamento energético maremotriz em menor escala pode ser mais viável economicamente [2]. Em [3] são apresentados os resultados de uma análise operacional de uma usina maremotriz no estuário do Bacanga – Maranhão, com bases em um levantamento batimétrico realizado no ano de 2007, cujo dados estão disponibilizados em [4]. Embora os resultados apresentados fossem promissores, novos estudos sobre estimativas de geração energética são justificáveis devido a alguns aspectos tais como o gerenciamento inadequado do nível do reservatório nos últimos anos e problemas urbanísticos no entorno do mesmo. Os estudos apresentados neste trabalho englobam uma modelagem mais precisa da geomorfologia do estuário principalmente nas cotas mais elevadas, onde o potencial energético do reservatório é mais significativo. Desta forma pretende-se avaliar de que maneira as alterações geomorfológicas do estuário podem alterar o desempenho operacional de uma usina maremotriz no Bacanga. II. ESTUÁRIO DO BACANGA: POTENCIAL EXTRAÍVEL Neste trabalho será apresentada uma revisão do potencial teórico do estuário do Bacanga - Fig. 1, de acordo com estudos mais recentes e mais aprimorados das características geomorfológicos do estuário. O potencial teórico extraível refere-se ao potencial global do estuário, dadas unicamente as suas características geomorfológicas e de marés, ou seja, trata-se de um valor máximo teórico que não depende das características eletromecânicas das turbinas a serem utilizadas ou mesmo do esquema de operação adotado pela usina. Desta forma, tal parâmetro energético pode tornar-se um ótimo referencial no Avaliação Revisitada do Potencial Maremotriz do Estuário do Bacanga Pedro Bezerra Neto, Olga Lira Amaral, Osvaldo R. Saavedra, membro IEEE, Marcio V. dos Santos, Geraldo L. Tiago Filho, Thiago S. Corrêa. A
6
Embed
Avaliação Revisitada do Potencial Maremotriz do Estuário ... · A energia produzida por uma usina maremotriz pode ser calculada com precisão, pois o comportamento das marés é
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Anais do V Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos, Foz do Iguaçu – PR, Brasil. 22-25/04/2014 ISSN 2177-6164
ão onde está sendo construída esta nova interligação entre Brasil e Uruguai, e as principais Linhas de Transmissão e Subestações da região em 2014.
TRABALHO NÃO APRESENTADO DURANTE O EVENTO
1
Resumo-- Neste trabalho a análise do potencial maremotriz
do estuário do Bacanga é revisitada, considerando estudos mais
recentes realizados no local e levantamento de dados
aprimorados. Após simulações, pode-se concluir que o
potencial extraível é significativamente maior do que aquele
inicialmente prospectado. Este estudo vem reforçar os
trabalhos em desenvolvimento que objetivam a instalação de
uma usina piloto no referido estuário.
Palavras-Chaves — Energia Maremotriz, Energias
Renováveis, Estuário do Bacanga, Eficiência Energética
I. INTRODUÇÃO
energia das marés pode ser aproveitada basicamente de
duas maneiras, amplitude de marés ou correntes de
marés. A primeira utiliza o movimento vertical de subida e
descida do nível da maré e a outra gera energia através do
movimento horizontal das correntes de marés quando estas
estão no período de enchente ou vazante. Aquela começou a
ser estudada anteriormente e por isso já possui tecnologias
consolidadas que permitem a exploração das energias das
marés em escala comercial, como é o caso das grandes
usinas de La Rance -França, Annapolis – Canadá e Shiwa –
Coreia do Sul [1].
Dentre as vantagens dessa fonte de energia cita-se a alta
previsibilidade da geração e a redução de impacto ambiental
Os autores agradecem ao CNPq (Projeto 555797/2010-4 Pesquisa e
Desenvolvimento para a Implantação de uma Usina-Laboratório
Maremotriz na Barragem do Bacanga) e à CAPES pelo apoio na realização
deste trabalho.
Olga Lira D. Amaral, Grupo de Sistemas de Potência, DEE-UFMA, Av.
dos Portugueses s/n, Campus do Bacanga, CEP 65040-080, Brasil (e-mail: