FERNANDA MARIA MACHADO PEREIRA CABRAL DE OLIVEIRA AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA ADESIVA DE ASSOCIAÇÕES DE DIFERENTES RESINAS COMPOSTAS SUBMETIDAS A ENVELHECIMENTO ARTIFICIAL ACELERADO. Dissertação apresentada à Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações/MG - UNINCOR, como parte das exigências do Programa de Mestrado em Clínica Odontológica, área de concentração Odontologia Restauradora, para obtenção do título de Mestre. Orientador Prof. Dr. José Carlos Rabelo Ribeiro Três Corações 2005
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FERNANDA MARIA MACHADO PEREIRA CABRAL DE OLIVEIRA
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA ADESIVA DE
ASSOCIAÇÕES DE DIFERENTES RESINAS
COMPOSTAS SUBMETIDAS A ENVELHECIMENTO
ARTIFICIAL ACELERADO.
Dissertação apresentada à Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações/MG - UNINCOR, como parte das exigências do Programa de Mestrado em Clínica Odontológica, área de concentração Odontologia Restauradora, para obtenção do título de Mestre.
Orientador Prof. Dr. José Carlos Rabelo Ribeiro
Três Corações 2005
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SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES.............................................................................................11
LISTA DE ABRAVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS...............................................14
TABELA 18 Fraturas - inspeção visual e estereomicroscópica (%)................. 63
14
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
ADA American Dental Association
Al2O3 Óxido de alumínio
ANOVA Análise de variância
ANSI American National Standards Institute
ASTM American Society for Testing and Materials
ATR Reflexão total atenuada
BPO (PB) Peróxido de benzoila
Bis-EMA Bisfenol A Etoxilato Dimetacrilato
Bis-GMA Bisfenol A Glicidil Metacrilato
BHT Butilado Hidroxitoluidina
CaO Óxido de cálcio
cm Centímetro
cm3 Centímetro cúbico
Co. Corporation
CP Corpo-de-prova
CPs Corpos-de-prova
DC Convertion degree oC Grau Celsius
cm/min Centímetro por minuto
EAA Envelhecimento artificial acelerado
EDMA Etilenoglicol Dimetacrilato
et al. e colaboradores
EUA Estatos Unidos da América
FTIR Infravermelho por transformadas de Fourier
FT Raman Infravermelho por transformadas de Fourier Raman
G Grupo
GC Grau de conversão
h Hora
IME Imediato
Inc. Incorporation
ISO International Organization for Standardization
15
IV Infravermelho
Kg Kilograma
Kgf Kilograma força
kV Kilovoltagem
LIPEM Laboratório Integrado de Pesquisa de Biocompatibilidade de
Materiais
Ltd. Companhia limitada
mm Milímetro
mm/min Milímetro por minuto
MEV Microscopia eletrônica de varredura
min Minuto
MIR Reflexão interna múltipla
MMA Metil Metacrilato
MPa Megapascal
mW/cm2 Miliwatt por centímetro quadrado
no Número
Na2O Óxido de sódio
ND Não disponível
nm Nanometro
NT Nanotenologia
p Probabilidade
PB Peróxido de benzoíla
PMP 4-metoxifenol
pol/min Polegadas por minuto
psi Libra por polegada quadrada
PTFE Politetrafluoretileno (Teflon)
PVC Policloreto de vinila
RC Resina composta
rpm Rotações por minuto
s Segundo
SiO2 Óxido de sílica
TEGDMA Trietileno Glicol Dimetacrilato
TGM Análise termogravimétrica
16
UDMA Uretano Dimetacrilato
USA United States of America
UK United Kingdon
USP Universidade de São Paulo
UV Ultra violeta
VL Vestíbulo-lingual
x Vezes
X Versus
ZrO2 Óxido de zircônio
% Porcentagem
µm Micrômetro
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RESUMO
OLIVEIRA, Fernanda Maria Machado Pereira Cabral de. Avaliação da resistência adesiva de associações de diferentes resinas compostas submetidas a envelhecimento artificial acelerado. 2005. 102p.(Dissertação - Mestrado em Clínica Odontologia). Universidade Vale do Rio Verde - UNINCOR - Três Corações - MG.* Este trabalho teve como objetivo avaliar a resistência adesiva de associações de resinas compostas híbridas, microparticuladas e nanoparticuladas, submetidas a envelhecimento artificial acelerado (EAA), através de ensaio mecânico de cisalhamento. E ainda, avaliar através de inspeção visual e em estereomicroscópio as superfícies das fraturas dos corpos-de-prova. Para o ensaio mecânico de cisalhamento, confeccionaram-se 20 corpos-de-prova para cada grupo, perfazendo um total de 260 amostras, sendo que 130 foram submetidos a EAA. Os corpos-de-prova eram compostos de duas porções de resina: a primeira, com dimensões de 6X2mm e a segunda com 4X2mm, cada uma com um tipo diferente de resina, de acordo com as associações previamente delineadas (G1 a G13). Os ensaios foram realizados através de máquina para ensaios mecânicos EMIC DL 2000, com célula de carga de 200 Kgf e velocidade do atuador de 0,05mm/min. Para o EAA utilizou-se o Sistema de Envelhecimento Acelerado para não metálicos C-UV COMEXIM – SP, através de ciclos de luz UV-B e umidade, totalizando 192 horas, simulando 5 anos de envelhecimento da resina composta. Os resultados médios de resistência adesiva, em MPa, imediato e após EAA foram respectivamente: G1(17,88/24,16), G2(11,27/16,99), G3(13,28/21,29), G4(16,05/24,88), G5(15,82/18,72), G6(13,14/13,07), G7(12,45/15,94), G8(17,51/23,29), G9(17,29/19,57), G10(8,83/15,76), G11(12,30/18,66), G12(17,20/20,94) e G13(15,86/21,37). A eles foram aplicados análise de variância e teste de Tukey (p<0,05). De acordo com a metodologia empregada e resultados obtidos, julgou-se válido concluir que: a resistência adesiva das associações de resinas compostas estudadas mostrou que independente da composição química de suas matrizes orgânicas e características das cargas inorgânicas, as resinas compostas podem ser associadas entre si; o envelhecimento artificial acelerado (EAA) promoveu aumento da resistência adesiva das associações de resinas compostas; e, a análise das fraturas mostrou que a resistência adesiva entre as resinas compostas associadas foi maior que suas resistências coesivas. * Comitê Orientador: Prof. Dr. José Carlos Rabelo Ribeiro - UNINCOR (Orientador), Profa Dra. Andréa Candido dos Reis - UNINCOR (Co-orientadora)
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ABSTRACT OLIVEIRA, Fernanda Maria Machado Pereira Cabral de. Bond strength evaluation of different resin composites arrangements under accelerated artificial aging. 2005. 102p (Master’s Thesis in operative Dentistry). Universidade Vale do Rio Verde - UNINCOR - Três Corações - MG. This study evaluates the bond strength of different resin composites arrangements, hybrid composites, microfilled and nanofilled composites that underwent accelerated artificial aging (AAA) by a shear modulus exam. Further, the specimens’ damaged surfaces are going to be assessed by visual and microscopic inspection. In order to perform the shear modulus test 20 specimens were made for each group, comprising 260 samples whereas a 130 out of it underwent AAA. The specimens were made out of two composites portions: the first one measuring 6X2mm and the second one 4X2 mm, each from a different kind of composite according to previously assigned arrangements (G1 to G13). The tests were performed using a machine EMIC DL 2000, at a crosshead speed of 0.5mm/min and a charge cell of 200Kgf. So as to perform the AAA the Accelerated Aging System for non-metallic C-UV COMEXIN - SP was used by UV-B light and humidity adding up 192 hours, simulating the composite 5 year aging. The bond strength mean, in MPa, immediately (IME) and after the AAA, were respectively: G1(17,88/24,16), G2(11,27/16,99), G3(13,28/21,29), G4(16,05/24,88), G5(15,82/18,72), G6(13,14/13,07), G7(12,45/15,94), G8(17,51/23,29), G9(17,29/19,57), G10(8,83/15,76), G11(12,30/18,66), G12(17,20/20,94) e G13(15,86/21,37). The statistical analysis was performed using ANOVA and Tukey test at a p<0.05 significance level. The methodology performed and the data gathered indicate that the resin composites can be combined among them and the chemical structure of its organic matrix or its inorganic composition doesn’t play a role. The AAA triggered an increase in the bond strength. Further, the analysis of the tear surfaces showed that the bond strength among the resin composites was greater than its cohesive strength. Guidance Committee: Prof. Dr. José Carlos Rabelo Ribeiro - UNINCOR (Major Teacher), Profa. Dra. Andréa Candido dos Reis - UNINCOR (Co-Major Teacher)
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1 INTRODUÇÃO
A conservação das estruturas dentais sadias, tornou-se possível devido ao grande avanço
dos sistemas adesivos. Como conseqüência desse progresso, o uso da resina composta
aumentou (NAUFEL, SCHMITT e CHAVES, 2003), tendo como resultado melhorias em
suas formulações tornando a execução de restaurações em dentes anteriores e posteriores,
adequada sob o ponto de vista biológico, estético e funcional (BARATIERI et al, 2002;
BEHLE, 2000; BLITZ, 1996; FAHL, 2000).
As resinas compostas são constituídas basicamente por uma matriz orgânica, partículas
inorgânicas e pelo agente de união, que une quimicamente as partículas de carga à matriz
orgânica (ANUSAVICE, 1998; BOWEN, 1963). A matriz orgânica é uma mistura de
monômeros de diferentes pesos moleculares e um sistema iniciador da reação de
polimerização (VENHOVEN, DEGREE e DAVIDSON, 1996). Portanto, as propriedades e o
desempenho clínico dos compósitos estão diretamente relacionados aos seus componentes e
às suas inter-relações (BRAGA, FERRACANE, 2002; KINOMOTO et al, 1999).
Diante da evolução da resina composta o profissional depara-se com diferentes tipos e
marcas comerciais. Encontram-se no mercado resinas microparticuladas, híbridas e mais
recentemente, nanoparticuladas. As resinas de micropartículas caracterizam-se por serem
extremamente políveis, vítreas e estéticas, mas com desvantagem de fragilidade e desgaste em
processo de fadiga. As resinas híbridas apresentam maior conteúdo de carga e são indicadas
para situações de stresse oclusal, entretanto, pecam no aspecto de manutenção do polimento
superficial (HIRATA, AMPERSAM e LIU, 2001). Segundo Mitra, Wu e Holmes (2003), as
resinas nanoparticuladas foram desenvolvidas para serem usadas em regiões anteriores e
posteriores, com excelente polimento inicial e maior retenção do polimento, além de
propriedades mecânicas melhoradas.
Trabalhos clínicos procuram avaliar o comportamento das resinas compostas a longo
prazo, porém, a condição bucal de cada paciente impossibilita uma avaliação padronizada do
comportamento das mesmas. Assim, torna-se difícil predizer através de análises clínicas a
durabilidade relativa e comparativa desses materiais, diante da grande quantidade de marcas
comerciais existentes.
Testes laboratoriais informam, com maior rapidez e de forma padronizada, resultados
que estabelecem uma expectativa de comportamento, simulando a condição clínica (CRAIG,
POWERS, 2004; LEINFELDER ,BEAUDREAU e MAZER, 1989; SAKAGUCHI et al,
1986).
20
Objetivando-se avaliar o comportamento de materiais a longo prazo, em um curto
período de tempo e de forma padronizada, podem-se utilizar equipamentos que promovem seu
envelhecimento, artificial e aceleradamente, eliminando-se a variável individual de cada
paciente (BRAUER, 1988). O estudo de polímeros sob condições de envelhecimento artificial
acelerado nos permite avaliar sua integridade estrutural física e química, sugerindo uma pré-
seleção do material ideal (REIS, 2003).
A resistência adesiva é um aspecto relevante no sucesso de uma restauração com resina
composta. Sabe-se que, em essência, a dentina apresenta aspecto de opacidade e o esmalte, de
translucidez. Assim, como regra geral, segundo Baratieri (2002), resinas translúcidas
corresponderiam ao esmalte e resinas opacas, à dentina. Partindo-se deste princípio, a
associação de diferentes tipos de resinas compostas mostra-se como alternativa para agregar
propriedades mecânicas e físicas e potencializar o resultado estético da restauração final,
utilizando-se todas as possibilidades oferecidas, atualmente, por esse material. A
especificação no27 ANSI/ADA (1993) recomenda a associação de diferentes resinas
compostas desde que haja equivalência entre suas matrizes orgânicas onde, resinas híbridas
poderiam ser associadas a resinas de micropartículas, desde que apresentassem mesma matriz
orgânica, fato comum a resinas de um mesmo fabricante. Esta conduta parece ser seguida por
grande parte das disciplinas de materiais dentários e dentística em cursos de odontologia, o
que se traduz no dia-a-dia clínico.
A resistência adesiva entre diferentes tipos de resinas compostas, ou após reparos, ou
com a estrutura dental pode ser avaliada através de alguns ensaios mecânicos, dentre eles, o
Zircônia/Sílica - 60% em volume (sem silano) Tamanho: 0,01 a 3,3µm Tamanho médio: 0,6µm
3PH
FILTEK Z250 (Híbrida) 3M-ESPE A22
Bis-GMA UDMA
Bis-EMA
Zircônia/Sílica - 60% em volume (sem silano) Tamanho: 0,01 a 3,3µm Tamanho médio: 0,6µm
3XU
FILTEK SUPREME
(Nanoparticulada)
3M-ESPE A1E2
Bis-GMA UDMA
Bis-EMA TEGDMA
Combinação de agregados de matriz de Zircônia/Sílica com tamanho médio de partícula de 0,6 a 1,4µm com tamanho de partícula primário de 5 a 20nm e uma incorporação de Sílica de 20nm, não aglomerada/não agregada . A porcentagem de carga é de 78,5% em peso e 59,5% em volume.
3AL
FILTEK SUPREME (Nanoparticulada) 3M-ESPE YT1
Bis-GMA UDMA
Bis-EMA TEGDMA
Combinação de um agregado de matriz de Sílica, com tamanho médio de partícula de 0,6 a 1,4µm, tamanho de partícula primário de 75nm e uma incorporação de sílica de 75nm não aglomerada/não agregada. A porcentagem de carga é de 72,5% em peso (57,7% em volume).
3AL
CHARISMA (Híbrida) KULZER A22 Bis-GMA
TEGDMA
Dióxido de Silício altamente disperso com 0,02 a 0,07µm, Vidro bário alumínio fluoretado (0,02 a 2µm), com tamanho médio de 0,7µm.
89
CHARISMA (Híbrida) KULZER OA22 Bis-GMA
TEGDMA
Dióxido de Silício altamente disperso com 0,02 a 0,07µm, vidro bário alumínio fluoretado (0,02 a 2µm), com tamanho médio de 0,7µm
010050
HERCULITE XRV (Híbrida) KERR B2E2 Bis-GMA
TEGDMA
Vidro de Borosilicato de Alumínio e Sílica coloidal. Carga – 79% em peso ou 59% em volume com tamanho médio de 0,6µm
208741
HERCULITE XRV (Híbrida) KERR B2D2 Bis-GMA
TEGDMA
Vidro de Borosilicato de Alumínio e Sílica coloidal. Carga – 79% em peso ou 59% em volume com tamanho médio de 0,6µm
206128
DURAFILL VS (Microparticulada) KULZER A22
Bis-GMA UDMA
TEGDMA
Dióxido de Silício altamente disperso com 0,02 a 0,07µm e partículas pré-polimerizadas- 10-20µm, com tamanho médio de 0,04µm.
Sílica - 56% em peso ou 40% em volume Tamanho: 0,01 a 0,09µm Tamanho médio: 0,04µm
2BP
1 Cor referente à escala de cores da 3M Co. 2 Cor referente à escala de cores VITA®
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FIGURA 1 - Resinas compostas (Híbridas, Microparticuladas e Nanoparticuladas).
4.1.2. Equipamentos e acessórios:
QUADRO 2 - Equipamentos e acessórios utilizados.
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
Matriz de Teflon Espátula para inserção de resina composta n° 1 Duflex (S.S.White) Tira de poliéster K-Dent (Quimidrol) Lamínula de vidro (5 x 5 x 0,3cm) Fotopolimerizador Optilight 600 (Gnatus) Radiômetro analógico (Gnatus) Pinça metálica Duflex (S.S.White) Recipiente plástico preto com tampa Tubos de PVC de 1/2” e 1,5cm de altura Tubos de PVC de 3/4” e 0,5cm de altura Resina acrílica autopolimerizável incolor Jet, pó e líquido (Clássico) Becker de 50ml (Laborglas) Espátula metálica nº 24 Duflex (S.S.White) Base em madeira recoberta de fórmica lisa Cera Rosa 7 Wilson (Polidental) Álcool etílico hidratado 96,0° GL, Coperalcool (Copersucar) Gaze (Cremer) Cola branca (Mercur) Peso de balança de 1 Kg (Filizola) Máquina de ensaios mecânicos universais DL 2000 (EMIC) Célula de carga de 200 Kgf. Dispositivo de fixação do corpo-de-prova para ensaio mecânico de cisalhamento Dispositivo de aplicação da força para ensaio mecânico de cisalhamento Estereomicroscópio binocular Q724S-1 (Quimis) Máquina fotográfica digital Cânon EOS Rebel
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4.2 MÉTODOS:
4.2.1. Descrição da matriz:
Para a realização do ensaio mecânico de cisalhamento das resinas compostas deste
estudo, foi desenvolvida uma matriz de politetrafluoretileno (Teflon), que preenchia os
requisitos necessários para a confecção dos corpos-de-prova. A matriz é composta de quatro
componentes como mostrado na Figura 2.
10 componente
base espaçador 20 componente
FIGURA 2 - Componentes da matriz.
A base possui um êmbolo com diâmetro externo de 6mm. O espaçador, 2mm de altura
e 6mm de diâmetro interno. O primeiro componente possui um orifício interno com 6,0mm de
diâmetro que se encaixa no embolo da base (é utilizado para confecção de uma amostra de
resina medindo 6X2mm) e o segundo componente, possui um diâmetro interno de 4mm e
altura de 2mm, que se encaixa perfeitamente sobre o primeiro (é utilizado para confecção da
segunda amostra de resina, medindo 4X2mm).
4.2.2. Confecção dos corpos-de-prova:
Uma vez que um dos objetivos deste trabalho é avaliar a resistência adesiva de
diferentes resinas compostas, após a seleção das mesmas, determinamos as associações entre
elas, constituindo-se os 26 grupos de estudo (G1 IME a G13 IME e G1 EAA a G13 EAA)
descritos no Quadro 3:
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QUADRO 3. Grupos de estudo.
G1 IME / EAA Filtek Z250 UD + Filtek Z250 A2 G2 IME / EAA Filtek Z250 UD + Durafill VS A2 G3 IME / EAA Filtek Z250 UD + Filtek A110 A3E G4 IME / EAA Filtek Z250 UD + Filtek Supreme YT G5IME / EAA Charisma OA2 + Charisma A2 G6 IME / EAA Charisma OA2 + Durafill VS A2 G7 IME / EAA Charisma OA2 + Filtek A110 A3E G8 IME / EAA Charisma OA2 + Filtek Supreme YT G9 IME / EAA Herculite XRV B2D + Herculite XRV B2E G10 IME / EAA Herculite XRV B2D + Durafill VS A2 G11 IME / EAA Herculite XRV B2D + Filtek A110 A3E G12 IME / EAA Herculite XRV B2D + Filtek Supreme YT G13 IME / EAA Filtek Supreme A1E + Filtek Supreme YT
Para a confecção dos corpos-de-prova foi utilizada matriz de teflon, desenvolvida
especificamente para este fim (FIGURA 2), conforme descrito no item 4.2.1.
Primeiramente, confeccionou-se uma pastilha de resina com dimensões de 6mm de
diâmetro por 2mm de espessura, com auxilio da base, intermediário e primeira parte da
matriz. Uma porção da resina selecionada foi inserida, em um único incremento, através de
uma espátula para inserção de resina nº1 Duflex (S.S.White). Objetivando a planificação e
padronização das superfícies destas amostras, além de prevenir a formação da camada de
dispersão, foi posicionada sobre a matriz e em contato com a resina, uma tira de poliéster e
uma lamínula de vidro. Sobre este conjunto foi aplicada uma carga de 1kgf, durante 10s,
permitindo a acomodação do material. Após a remoção da carga e da lamínula de vidro
realizou-se a fotopolimerização, justaposta à tira de poliéster, por tempo recomendado pelo
fabricante de cada material (FIGURAS 3 ABC). Utilizou-se o aparelho fotopolimerizador
Optilight 600 (GNATUS), monitorado por radiômetro analógico (GNATUS) em intensidade
de luz próxima a 600mW/cm2, durante todo período de utilização.
A outra amostra de resina foi confeccionada após a instalação da segunda porção da
matriz sobre a primeira, proporcionando dimensões de 4mm de diâmetro e 2mm de espessura.
A inserção e polimerização desta segunda amostra seguiram o mesmo protocolo utilizado para
confecção da primeira amostra. (FIGURA 4 ABC). Para cada grupo confeccionou-se 20
49
corpos-de-prova, perfazendo um total de duzentos e sessenta. Cento e trinta corpos-de-prova
foram submetidos a envelhecimento artificial acelerado.
A B C
FIGURA 3 ABC: Seqüência de confecção da 1a porção do corpo-de-prova.
A B C
FIGURA 4 ABC: Seqüência de confecção da 2a porção do corpo-de-prova.
4.2.3. Envelhecimento artificial acelerado:
Para o desenvolvimento do trabalho utilizou-se o sistema de envelhecimento acelerado
para não metálicos C-UV Comexim-SP (FIGURA 5), utilizando como protocolo a Norma
ASTM-G53. Foi utilizado o aparelho para envelhecimento artificial acelerado do Laboratório
Integrado de Pesquisa de Biocompatibilidade de Materiais, da Faculdade de Odontologia de
Ribeirão Preto - USP (LIPEM). É um equipamento que simula da capacidade destrutiva
ambiental, predizendo a durabilidade relativa dos materiais expostos às intempéries ou
determinado meio semelhante, no nosso caso a boca. Este equipamento simula meios
químicos e físicos. A saliva é simulada por condições de 100% de umidade e por um processo
de condensação com água destilada saturada de oxigênio. O efeito da luz é simulado por 8
fontes de luz ultravioleta (UV) com radiação concentrada entre 280/320nm. A temperatura é
regulada automaticamente.
As amostras foram afixadas no equipamento e submetidas à ação da luz UV e à
condensação, em ciclos distintos, que se repetiam sucessiva e automaticamente. Nesse
equipamento a fonte de luz UV-B compõe-se de tubos fluorescentes com emissão concentrada
na região ultravioleta B. O processo de condensação é produzido com a exposição de uma das
50
superfícies dos corpos-de-prova a uma mistura aquecida de vapor de água saturada de
oxigênio enquanto o lado oposto é utilizado para sua aderência às placas metálicas. Para
fixação dos corpos-de-prova utilizou-se silicone. As condições de exposição, no caso deste
equipamento, podem variar alterando-se a seleção de alguns parâmetros como: fontes de luz
fluorescente UV-B; tempo de exposição da luz UV-B; condensação; temperatura de exposição
da luz UV-B; e temperatura de exposição da ação da condensação. O equipamento possui um
sistema de controle que oferece possibilidades de programas diários, intercalando-se ciclos de
condensação e de radiação UV-B. Um temporizador fornece o tempo total da operação. A
medida de temperatura é fornecida através de um termômetro com bulbo remoto com precisão
de ±1ºC e opera na faixa de 30 a 80ºC. Desta forma, em poucos dias ou semanas, o C-UV
pode produzir degradações que ocorreriam em meses ou anos (AGNELLI, 1994; REIS, 2003).
Estas degradações podem ser observadas como perda de brilho, aparecimento de trincas,
bolhas, descolorações etc.
FIGURA 5: Sistema acelerado de envelhecimento para não metálicos C-UV (Comexim Matérias Primas Ltda).LIPEM - USP (Ribeirão Preto).
Foi simulado neste trabalho, 5 anos de envelhecimento, utilizando ciclos alternados
de luz UV-B e condensação (umidade) de 96 horas, totalizando 192 horas. Assim, sugere-se
como seria o comportamento de uma restauração de resina composta, após 5 anos em uso na
cavidade oral. Lembrando-se que a tensão da mastigação é outro agravante da degradação das
resinas compostas e, que não foi simulado neste trabalho.
51
4.2.4. Ensaio mecânico de cisalhamento:
Para a realização do ensaio mecânico de cisalhamento foi utilizada Máquina de
Ensaios Mecânicos Universais EMIC DL 2000 (FIGURA 9) do Laboratório de Pesquisa II da
UNINCOR. Utilizou-se uma célula de carga de 200Kgf, um dispositivo para fixação do
corpo-de-prova e outro para aplicação da força propriamente dita, que foram desenvolvidos
especificamente para este fim. O programa TESC versão 2.00, que acompanha a EMIC DL
2000 comandava todo o ensaio mecânico e arquivava os resultados sob forma de valores
numéricos e gráficos (ANEXO 1).
Este ensaio baseia-se na aplicação de uma carga na interface de contato dos materiais
estudados, através de um dispositivo acoplado à máquina de ensaios mecânicos. Assim, pela
divisão da força aplicada pela área adesiva, obtem-se a resistência de união induzida pela
tensão de cisalhamento (ISO, 1994; ISO, 2000, GARCIA, 2002).
Para realização dos ensaios, os corpos-de-prova foram removidos da matriz e
incluídos em anel de Policloreto de Vinila (PVC) de ½ polegada e 15mm de altura, através de
resina acrílica incolor autopolimerizável Jet (Clássico), utilizando-se bases de madeira,
recobertas com fórmica lisa, contendo perfurações de 4,5mm de diâmetro. Com objetivo de
centralizar o corpo-de-prova no anel de inclusão, outro anel de PVC, de ¾ de polegada e 5mm
de altura foi fixado com cola branca em torno dos orifícios. Os corpos-de-prova eram
pressionados sobre pequenas porções de cera 7 rosa, instalados sobre os orifícios da base.
Evitava-se, assim, o extravasamento da resina acrílica além de proporcionar o correto
posicionamento do corpo-de-prova em relação ao tubo de PVC (o longo eixo do corpo-de-
prova deveria estar posicionado, perfeitamente paralelo ao longo eixo do tubo de PVC),
condição sinequanom para que o ensaio de cisalhamento fosse corretamente executado
(FIGURAS 6, 7 e 8).
FIGURA 6: Acessórios para inclusão dos corpos-de-prova no anel de PVC.
52
FIGURA 7: Posicionamento e inclusão dos corpos-de-prova no anel de PVC.
FIGURA 8: Anel de PVC com o corpo-de-prova incluído com resina acrílica.
A resina acrílica foi manipulada com espátula nº 24 Duflex (S.S.White) em um becker
de 50ml, na proporção recomendada pelo fabricante e em quantidade suficiente para incluir
10 corpos-de-prova por vez. Imediatamente após a presa da resina acrílica, os corpos-de-
prova foram submetidos ao ensaio mecânico de cisalhamento na máquina de ensaios
mecânicos EMIC DL 2000, (FIGURA 9) através de um dispositivo com face plana de 1,0mm
de largura (FIGURAS 10 e 11), que exerceu força sobre a interface resina/resina, a uma
velocidade de 0,5mm/min, conectado a uma célula de carga de 200Kgf.
FIGURA 9: Máquina de ensaios mecânicos EMIC DL 2000.
53
Dispositivos para aplicação de força Dispositivo para fixação dos CPs
FIGURA 10: Dispositivos para ensaio de cisalhamento.
A Figura 11 faz correlação entre fotografia e desenho esquemático do ensaio mecânico
de cisalhamento realizado, descriminando os dispositivos e componentes.
Dispositivo de aplicação da força
Dispositivo de fixação dos CPs
Resina acrílica autopolimerizável
2ª porção de resina composta
1ª porção de resina composta
FIGURA 11: Ensaio de cisalhamento (esquema e fotografia).
54
4.2.5. Análise das fraturas:
Imediatamente após o ensaio mecânico de cisalhamento, realizou-se inspeção visual a
olho nu e através de estereomicroscópio binocular, modelo Q724S-1, marca Quimis, com
ampliação de 20x, por dois operadores previamente calibrados, objetivando-se avaliar as
superfícies onde ocorreu a fratura dos corpos-de-prova. Os achados foram anotados em uma
tabela de acordo com os tipos de fraturas encontrados: adesiva quando a fratura era observada
na face de contato das duas porções de resina que compunham os corpos-de-prova; coesiva
quando a fratura ocorria dentro das porções de resina e mista quando era observada fratura
adesiva e coesiva no mesmo corpo-de-prova (LUCENA-MARTÍN, GONZÁLES-LÓPES,
MONDELO, 2001)
4.2.6. Planejamento estatístico:
Com o objetivo de avaliar a tensão máxima para a ruptura dos corpos-de-prova, os
resultados dos grupos, em MPa, obtidos através do Software TESC 2.00 da EMIC, serão
submetidos a Análise de Variância baseado num modelo de 1 fator (grupos). Esta análise terá
como objetivo comparar 2 ou mais grupos independentes (13 grupos de estudo), em relação à
média dos valores de tensão máxima. Ressalta-se que os pressupostos de normalidade de
resíduo e variância constante, necessários para utilização desta análise, foram verificados e
aceitos de forma que os resultados encontrados são confiáveis.
Para verificar a existência de diferença significativa entre os tratamentos, realizar-se-á
Teste de Tukey ao nível de significância de 5%, tanto para os grupos ensaiados imediatamente
como para os grupos ensaiados após envelhecimento. Será aplicado também o Teste de Tukey
(p<0,05) para os grupos individualmente, antes e após o envelhecimento, tendo, portanto,
95% de confiança de que o resultado apresentado esteja correto.
55
5 RESULTADOS
5.1. Ensaio mecânico de cisalhamento:
Os resultados médios de tensão máxima (MPa) ao ensaio mecânico de cisalhamento
realizados imediatamente (IME) e após envelhecimento artificial acelerado (EAA) de cada
grupo estudado são mostrados no Quadro 4.
Os valores originais para cada grupo (IME e EAA) e seus gráficos representativos
estão listados como anexo (ANEXO 1).
QUADRO 4 - Médias de Tensão Máxima, em MPa, para os grupos G1 a G13 (IME/EAA).
TENSÃO MÁXIMA (MPa) GRUPOS
IME EAA
G1 (Filtek Z250 UD x Filtek Z250 A2) 17,88 24,16
G2 (Filtek Z250 UD x Durafil A2) 11,27 16,99
G3 (Filtek Z250 UD x Filtek A110 A3E) 13,28 21,29
G4 (Filtek Z250 UD x Filtek Supreme YT) 16,05 24,88
G5 (Charisma OA2 x Charisma A2) 15,82 18,72
G6 (Charisma OA2 x Durafil A2) 13,14 13,07
G7 (Charisma OA2 x Filtek A110 A3E) 12,45 15,94
G8 (Charisma OA2 x Filtek Supreme YT) 17,51 23,29
G9 (Herculite B2D x Herculite B2E) 17,29 19,57
G10 (Herculite B2D x Durafil A2) 08,83 15,76
G11 (Herculite B2D x Filtek A110 A3E) 12,30 18,66
G12 (Herculite B2D x Filtek Supreme YT) 17,20 20,94
G13 (Filtek Supreme A1E x Filtek Supreme YT) 15,86 21,37
Aos resultados foi aplicado Análise de Variância baseado num modelo de 1 fator, com
objetivo de comparar 2 ou mais grupos independentes em relação à média da medida de
tensão máxima, em MPa, conforme a Tabela 1.
56
TABELA 1 - Resultado da análise de variância quanto à medida da Tensão Máxima (MPa).
Legenda: SQ → Soma dos quadrados; G.L.. → graus de liberdade; QM → Quadrados médios;
Causas da Variação G.L. S.Q. Q.M. F p Tempo 1 1640,0346154 1640,0346154 109,3172 0,00001 Resíduo 258 3870,6538462 150025343 Total 259 5510,6884615
F → Estatística do teste; p → probabilidade de significância de estatística F. Média Geral = 17,034615 Coeficiente de Variação = 22,738%
A análise de variância mostrou haver variabilidade significativa entre os grupos.
Foi aplicado o teste de Tukey (p<0,05) com objetivo de comparar os grupos antes e
após o EAA.
TABELA 2 Teste de Tukey para médias de tensão máxima em MPa quanto aos tratamentos (IME e EAA)
b Médias seguidas por letras distintas diferem entre si ao nível de significância de 5% D.M.S. 5% 0.93713 O teste de Tukey (p<0,05) mostrou haver diferença estatisticamente significativa
entre os tratamentos realizados (EAA>IME), isto é, a resistência adesiva dos grupos que
foram envelhecidos mostrou-se estatisticamente maior que dos grupos que foram ensaiados
imediatamente após sua confecção.
Aplicou-se o teste de Tukey (p<0,05) objetivando-se comparar cada grupo
isoladamente após o EAA (TABELAS 3 a 15).
TABELA 3 Teste de Tukey para médias de tratamento dentro de G1 do fator pares (Filtek Z-250 UD + Filtek Z-250 A2), em MPa.
Para o grupo G13, os resultados foram estatisticamente diferentes entre si, o G13
EAA apresentou valor superior.
Os valores de resistência adesiva das associações de resinas compostas (G1 a G13)
antes e após o envelhecimento mostrados nas Tabelas 3 a 15, revelam valores maiores após o
EAA e diferentes estatisticamente. Somente os grupos G5, G6 e G9 apresentaram valores
semelhantes estatisticamente antes e após EAA.
Para comparação dos grupos entre si, antes do envelhecimento artificial acelerado,
aplicou-se o teste de Tukey, ao nível de significância de 5% (p<0,05) tendo, portanto, 95% de
confiança de que o resultado esteja correto, conforme Tabela 16.
TABELA 16- Teste de Tukey para médias de Tensão Máxima em MPa, imediato (IME).
Num. Ordem Num. Trat. Nome Repet. Médias Médias
Originais 5%
1 1 G1 IME 10 17,800000 17,800000 a 2 8 G8 IME 10 17,600000 17,600000 a 3 9 G9 IME 10 17,300000 17,300000 a 4 12 G12 IME 10 17,200000 17,200000 a 5 4 G4 IME 10 16,100000 16,100000 ab 6 13 G13 IME 10 15,900000 15,900000 ab 7 5 G5 IME 10 15,800000 15,800000 ab 8 3 G3 IME 10 13,300000 13,300000 abc 9 6 G6 IME 10 13,100000 13,100000 abc 10 7 G7 IME 10 12,400000 12,400000 abc 11 11 G11 IME 10 12,200000 12,200000 abc 12 2 G2 IME 10 11,300000 11,300000 bc 13 10 G10 IME 10 8,800000 8,800000 c
Médias seguidas por letras distintas diferem entre si ao nível de significância de 5% D.M.S. 5% = 5,70265
De acordo com os resultados, para p<0,05 e, comparando cada grupo individualmente
com os demais, encontramos que o grupo G1 mostrou os melhores resultados de tensão
máxima, porém, estatisticamente semelhante aos resultados dos grupos G8, G9, G12, G4,
G13, G5, G3, G6, G7 e G11. Com relação aos grupos G2 e G10, o grupo G1 mostrou-se
estatisticamente superior. Comportamento semelhante ocorreu para os grupos G8, G9 e G12,
quando comparados, individualmente, com os demais.
O grupo G4, comparado aos demais, isoladamente, mostrou resultado de tensão
máxima, estatisticamente semelhante aos grupos G1, G8, G9, G12, G13, G5, G3, G6, G7,
61
G11 e G2 e estatisticamente diferente do grupo G10. Os grupos G13 e G5 mostraram
comportamento semelhante ao grupo G4.
O grupo G3, também comparado aos demais, isoladamente, demonstrou valor médio
de tensão máxima estatisticamente semelhante aos grupos G1, G8, G9, G12, G4, G13, G5,
G6, G7, G11, G2 e G10. Podemos visualizar comportamento semelhante para o grupo G6, G7
e G11.
O grupo G2, também comparado aos demais, isoladamente, mostrou valor médio de
tensão máxima estatisticamente semelhante aos obtidos pelos grupos G4, G13, G5, G3, G6,
G7, G11 e G10 e, estatisticamente diferente dos valores médios de tensão máxima, obtidos
pelos grupos G1, G8, G9 e G12.
O grupo G10 obteve o menor valor médio de tensão máxima, porém, estatisticamente
semelhante ao valor obtido pelos grupos G2, G3, G6, G7 e G11. Comparado, isoladamente
aos demais grupos, mostrou-se estatisticamente diferente.
Para comparação dos grupos entre si, após envelhecimento artificial acelerado,
aplicou-se o teste de Tukey, ao nível de significância de 5% (p<0,05) tendo, portanto, 95% de
confiança de que o resultado esteja correto, conforme Tabela 17.
TABELA 17 - Teste de Tukey para médias de Tensão Máxima em MPa, após EAA.
Num. Ordem Num. Trat. Nome Repet. Médias Médias
Originais 5%
1 4 G4 EAA 10 24,800000 24,800000 a 2 1 G1 EAA 10 24,100000 24,100000 ab 3 8 G8 EAA 10 23,200000 23,200000 ab 4 13 G13 EAA 10 21,400000 21,400000 abc 5 3 G3 EAA 10 21,300000 21,300000 abc 6 12 G12 EAA 10 21,000000 21,000000 abc 7 9 G9 EAA 10 19,500000 19,500000 abc 8 5 G5 EAA 10 18,700000 18,700000 bcd 9 11 G11 EAA 10 18,500000 18,500000 bcd 10 2 G2 EAA 10 16,900000 16,900000 cd 11 10 G10 EAA 10 15,800000 15,800000 cd 12 7 G7 EAA 10 15,800000 15,800000 cd 13 6 G6 EAA 10 13,100000 13,100000 d
Médias seguidas por letras distintas diferem entre si ao nível de significância de 5% D.M.S. 5% = 5,70265
62
De acordo com os resultados, para p<0,05 e, comparando cada grupo submetido ao
EAA individualmente com os demais, encontramos que o grupo G4 mostrou os melhores
resultados de tensão máxima, estatisticamente semelhante aos resultados dos grupos G1, G8,
G13, G3, G12 e G9. Em relação aos grupos G5, G11, G2, G10, G7 e G6, o grupo G4
mostrou-se estatisticamente superior.
Os grupos G1 e G8 apresentaram o mesmo comportamento, sendo estatisticamente
semelhante aos grupos G4, G13, G3, G12, G9, G5 e G11.
O grupo G13, também comparado aos demais, isoladamente, mostrou valor médio de
tensão máxima estatisticamente semelhante aos obtidos pelos grupos G4, G1, G8, G5, G11,
G2, G10 e G7. O grupo G13 apresentou o mesmo comportamento que os grupos G3, G12 e
G9.
O grupo G5, comparado aos demais isoladamente, mostrou resultado de tensão
máxima, estatisticamente diferente do valor obtido pelo grupo G4 e, estatisticamente
semelhante aos demais grupos. O grupo G11 apresentou comportamento semelhante ao grupo
G5.
O grupo G2 apresentou o mesmo comportamento que os grupos G10 e G7, sendo o
resultado de tensão máxima, estatisticamente semelhante aos resultados dos grupos G13, G3,
G12, G9, G5 e G11.
O grupo G6 apresentou a menor média de tensão máxima, porém estatisticamente
semelhante aos grupos G5, G11, G2, G10 e G7.
5.2. Análise das fraturas:
Para avaliação das áreas onde ocorreu a fratura dos corpos-de-prova, imediatamente
após o ensaio mecânico de cisalhamento, realizou-se inspeção visual a olho nu e através de
estereomicroscópio binocular, modelo Q724S-1, marca Quimis, com ampliação de 20x, por
dois operadores previamente calibrados, observando-se fratura do tipo coesiva, envolvendo as
duas porções de resina, em todos os corpos-de-prova. A Tabela 3 mostra a porcentagem de
ocorrência de três possíveis tipos de fratura, adesiva, coesiva e mista (COSTA, 2005,
TRUFFIER-BOUTRY, 2003):
63
TABELA 18- Fraturas - inspeção visual e estereomicroscópica (%).
TIPOS DE FRATURAS (%) GRUPOS ADESIVA COESIVA MISTA
Fratura Adesiva:Fratura na face de contato das duas porções de resina; Fratura Coesiva:Fraturado corpo das porções de resina; Fratura Mista: Fraturas adesivas e coesivas.
As Figuras 12 A e B, são representativas do tipo de fratura ocorrido em 100% dos
corpos-de-prova isto é, fratura coesiva envolvendo as duas porções de resina, através de
fotografia digital direta e a figura 12 C, exemplifica a mesma fratura, através de fotografia
digital, tomada a partir da ocular do estereomicroscópio binocular Quimis, com aumento de
20 vezes.
A B C
FIGURA 12 ABC – Fratura, através de inspeção visual (AB) e ao estereomicroscópio (C).
64
6 DISCUSSÃO
A reprodução de características dos dentes naturais, mais especificamente de cor e
forma, sempre foi um dos objetivos das técnicas e materiais restauradores. Com o surgimento
das resinas compostas, uma evolução crescente foi presenciada nas possibilidades clínicas
destes materiais.
O desenvolvimento das resinas compostas mostra um incremento em suas
propriedades, tornando-as cada vez mais aceitáveis para restauração dental (REIS, 2003).
Assim, são utilizadas largamente para restaurações em dentes anteriores e posteriores. Para
obtenção de resultados clínicos satisfatórios, em determinadas situações, existe a necessidade
de associar resinas compostas híbridas com microparticuladas ou ainda, com resinas
nanoparticuladas. Com estas associações objetiva-se aliar boas propriedades mecânicas a boas
propriedades físicas (ópticas).
Os compósitos ou resinas compostas são desenvolvidos a partir da associação de um
polímero de matriz orgânica a partículas de fase inorgânica. As fases dispersas (cargas
inorgânicas) podem ser o borossilicato ou vidro de estrôncio ou zinco, lítio ou bário e o
silicato de alumínio ou sílica coloidal dentre outras (ADABO, 2000; BARATIERI, 2001,
GONZÁLES-LÓPES, MONDELO, 2001; NEVES et al., 2002; VANKERCKOVEN et al.,
1982). Esta tira impediu a formação da camada inibida pelo oxigênio, porém manteve as
cargas inorgânicas da superfície da amostra silanizadas. O objetivo deste procedimento foi
padronizar as superfícies de adesão entre as duas porções de resina.
De acordo com os resultados obtidos, através do ensaio mecânico de cisalhamento,
observamos que associações de resinas compostas, de mesma marca comercial, híbridas a
híbridas e nanoparticulada a nanoparticulada, mostraram resultados de resistência adesiva
estatisticamente semelhantes entre si. Mitra, Wu, Holmes (2003), relata que as combinações
de dois tipos de nanopartículas resultariam em uma melhor combinação de propriedades
físicas e mecânicas e otimização das mesmas. Em nosso estudo, tal afirmação não pôde ser
observada, pois os resultados de resistência adesiva do grupo G13 (Filtek Supreme A1E +
Filtek Supreme YT) foram estatisticamente semelhantes aos que associavam outros tipos de
resina. Associações de resinas compostas híbridas a microparticuladas mostraram os menores
valores de resistência adesiva e, associações de resinas compostas híbridas à nanoparticulada,
mostraram resultados de resistência adesiva, estatisticamente semelhantes entre si. Segundo
Costa (2005), estes resultados sugerem que a resistência adesiva entre resinas compostas, com
conteúdos de carga semelhantes, é maior e diminui conforme aumenta a diferença entre os
conteúdos de carga inorgânica das resinas associadas. Extrapolando este resultado para uma
situação clínica, poderíamos afirmar que a associação de diferentes compósitos para
confecção de uma restauração seria possível, tendo como preferência a utilização de resinas
compostas com conteúdo de carga inorgânica semelhantes entre si ou mais especificamente, a
mesma resina composta utilizada originalmente. O grupo G1 (Filtek Z250 UD + Filtek Z250
A2) obteve o maior valor de resistência adesiva ao ensaio mecânico de cisalhamento e isto
poderia ser explicado pela maior porcentagem de cargas inorgânicas, por peso, das duas
resinas que compunham os corpos-de-prova (COSTA, 2005). Sugere-se que o aumento na
incorporação de cargas inorgânicas leva a uma melhoria nas propriedades mecânicas
(CRAIG, POWERS, 2004; ELIADES, CAPUTO, 1989, NEVES et al., 2002). Franco, Pazim,
Francischone, (2000), avaliaram a resistência de união de diferentes combinações entre
adesivos e resinas compostas, através de ensaio mecânico de tração, concluindo que de forma
geral, as interações entre as resinas e os adesivos testados mostraram-se compatíveis.
Observando os resultados do comportamento adesivo dos grupos estudados por nós,
68
verificamos que, independentemente da composição química de suas matrizes orgânicas, as
resinas compostas podem ser associadas entre si. A resistência adesiva entre resinas
compostas com conteúdos de carga inorgânica semelhantes mostrou-se maior que entre
compósitos com grande discrepância percentual entre seus conteúdos de carga, concordando
com achados de outros autores (ADABO, 2000; COSTA, 2005; CRAIG, POWERS, 2004;
RESENDE, BRANDI, 1988).
De acordo com os resultados de resistência adesiva, obtidos através do ensaio
mecânico de cisalhamento, após o EAA observamos que as médias de resistência ao
cisalhamento, encontradas para cada grupo, foram maiores e diferentes estatisticamente entre
si, quando comparados com os resultados obtidos para os grupos ensaiados imediatamente,
exceto para os grupos G5, G6 e G9, onde os valores de resistência adesiva foram
estatisticamente semelhantes entre si. Sabe-se que a dureza do compósito e,
conseqüentemente, sua resistência ao estresse produzido pelo meio oral, estão diretamente
relacionadas à conversão dos monômeros resinosos em polímeros (ANUSAVICE, 1998;
FERRACANE, GREENER, 1986). O processo de polimerização resume-se a uma seqüência
de reações químicas em cadeia, nas quais as duplas ligações das cadeias carbônicas são
quebradas para que as moléculas se unam, formando o polímero. Este processo inicia-se com
a irradiação da luz azul, porém, após o término da irradiação, ainda existem radicais livres
formados, os quais continuam o processo de polimerização - etapa chamada de pós-cura
(ANUSAVICE, 1998). O fato das resinas híbridas (Charisma e Herculite) apresentarem
partículas inorgânicas de maior granulometria e menos homogêneas em relação às resinas
nano e microparticuladas (COSTA, 2005), pode resultar em um grau de agregação menos
uniforme devido às menores áreas superficiais. Uma análise comparativa entre as associações
G5 e G9 revela uma grande similaridade de características entre elas, entretanto um valor de
tensão menor foi observado para a primeira. Uma possível explicação para tal comportamento
se deve à ausência de Na2O e CaO na composição da fase inorgânica (COSTA, 2005) das
resinas do grupo G5. Esses componentes inorgânicos, quando dispersos na matriz polimérica,
como no grupo G9, podem funcionar como agentes estabilizadores de fases, capazes de
conferir resistência à propagação de trincas e fissuras na estrutura do compósito e, desta
forma, otimizar suas propriedades adesivas. Associações de resinas compostas híbridas a
microparticuladas mostraram os menores valores de resistência adesiva, exceto o grupo G3
(Z-250 UD + A110 A3E), fato que pode ser explicado por serem resinas de mesmo fabricante
e, suas fases inorgânicas exibirem concentrações semelhantes de SiO2. A ausência de ZrO2 e a
baixa concentração de SiO2 encontradas nas resinas constituintes dos grupos G2, G6, G7 e G9
69
poderiam explicar as menores médias encontradas nestes grupos (COSTA, 2005). A maior
média encontrada entre as associações foi para o grupo G4, onde a resina Supreme YT
(nanoparticulada) faz parte da associação. Esta elevada resistência pode ser explicada pelo
fato desta resina apresentar partículas de carga de tamanho de ordem nanométrica,
constituídas somente de um tipo de fase inorgânica (SiO2). Estes parâmetros contribuem para
uma melhor distribuição de forças interfaciais entre as fases contínua (orgânica) e particulada
(inorgânica) e, desta forma, conferir propriedades físicas e mecânicas adequadas a esses
materiais (COSTA, 2005; CRAIG, POWERS, 2004; KALLIO, LASTUMAKI e VALLITTU,
2001). Isto é confirmado quando se verifica que outros 2 grupos (G8, G12), onde a resina
Supreme YT faz parte da associação, apresentaram médias estatisticamente semelhantes ao
G4. Embora a associação 13 seja constituída por um par de resinas nanoparticuladas, de
mesmo fabricante e mesma composição de matriz orgânica, as composições e microestruturas
das fases inorgânicas revelam diferenças significativas (COSTA, 2005). Este fato pode ter
contribuído para um valor de tensão de cisalhamento mais baixo que o esperado.
As fraturas ocorridas após ensaio mecânico de cisalhamento foram inspecionadas,
visualmente, a olho nu e ao estereomicroscópio, mostraram prevalência de fraturas do tipo
coesiva, sugerindo que a resistência adesiva entre elas foi maior que a resistência coesiva dos
materiais envolvidos no estudo, resultado concordante com Truffier-Boutry et al. (2003),
porém discordante de Boyer, Chan, Torney (1978), que relataram, em seu trabalho, que a
resistência adesiva entre resinas, quando a primeira camada era recoberta com matriz plástica,
correspondia a 84 a 95% da sua resistência coesiva, apesar de terem utilizado metodologias
distintas. Já com relação a reparo de resina, Kallio, Lastumäki, Vallittu (2001), relataram que
a resistência adesiva encontrada girava em torno de 20 a 70% da resistência coesiva das
resinas estudadas. Lucena-Martín, Gonzáles-López, Mondelo (2001), também concordam que
a resistência adesiva em reparos de resina é menor que a resistência coesiva do material.
Portanto, o desenvolvimento e a seleção de materiais restauradores devem se basear
em suas diversas características, físicas, químicas, mecânicas e biológicas. Estudos in vitro
devem ser padronizados e reproduzíveis simulando resultados clínicos, porém, nenhuma
propriedade isolada pode ser utilizada para medir a qualidade dos materiais. O objetivo deste
estudo de resistência adesiva, associando-se resinas compostas de mesmos fabricantes e
composições químicas e também, de diferentes fabricantes e composições e ainda,
granulometrias distintas, foi contribuir com a comunidade científica e com o clínico,
fornecendo informações precisas acerca do assunto. A simulação do envelhecimento das
associações de resinas compostas, a partir do equipamento de Envelhecimento Artificial
70
Acelerado (CU-V, Comexim), constituiu-se de eficiente recurso laboratorial destinado a
submeter polímeros aos processos de degradação e envelhecimento, comprovado pelos
resultados de resistência adesiva dos grupos envelhecidos, que se mostraram superiores ao dos
grupos imediatos. Contudo, as características biofísicas e biológicas também são responsáveis
pelo sucesso clínico das resinas compostas, apesar de ainda ser inexeqüível sua simulação
laboratorial.
71
7 CONCLUSÃO
De acordo com a metodologia empregada e resultados obtidos, julgamos válido
concluir:
1. A resistência adesiva das associações de resinas compostas estudadas mostrou que,
independente da composição química de suas matrizes orgânicas e características das
cargas inorgânicas, as resinas compostas podem ser associadas entre si;
2. O Envelhecimento Artificial Acelerado (EAA) promoveu aumento da resistência
adesiva das associações de resinas compostas;
3. A análise das fraturas mostrou que a resistência adesiva entre as resinas compostas
associadas foi maior que suas resistências coesivas.
72
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PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS
• Avaliar os grupos funcionais presentes na estrutura de resinas compostas, antes e após
envelhecimento artificial acelerado, através de microanálise por espectroscopia de
infravermelho.
• Verificar a existência de correlação entre a resistência adesiva de associações de
resinas compostas e os grupos funcionais encontrados para cada resina composta.
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