RESUMO
SALGADO, Daniele da Silva. Auto-exame das mamas como prtica de
diagnstico precoce do cncer de mama na mulher. Orientadora: Keila
Maria Arajo. Campos Gerais: FACICA, 2008. Monografia (Concluso do
Curso de Enfermagem). Procurou-se identificar se a populao realiza
ou no o auto-exame das mamas com o intuito de detectar alguma
alterao ou at mesmo ndulos com indcios de uma neoplasia mamaria.
Para tanto, realizou-se uma Reviso Bibliogrfica, incluindo a reviso
de artigos indexados na base de dados Lilacs (Latin American and
Caribbean Literature in Health Sciences) e SciELO (Scientific
Electronic Library Online) atravs da via de acesso Internet,
utilizando-se os descritores: cncer de mama + auto-exame das mamas
+ diagnstico precoce. Nestes artigos, buscou-se aqueles que
enfatizassem o conhecimento das mulheres, a faixa etria e a prtica
ou no deste procedimento, que permitir saber a interferncia destes
aspectos em relao realizao ou no do AEM. Tal conhecimento
importante visto a real importncia e necessidade deste instrumento
na deteco precoce do cncer de mama. Dentre as concluses retiradas
deste estudo, cita-se que grande parte das mulheres obtm o
conhecimento do que seria o AEM, mas destas, poucas tm o
conhecimento adequado e o realizam da forma correta. Existem tambm
mulheres que no tem o conhecimento e no praticam o AEM por diversos
fatores como as questes religiosas, o esquecimento, e crenas de que
s o profissional possui a capacidade para realizar tal
procedimento. Palavras-chave: Cncer de mama. Auto-exame. Diagnstico
precoce.
ABSTRACT
SALGADO, Daniele da Silva. Auto-exame das mamas como prtica de
diagnstico precoce do cncer de mama na mulher. Orientadora: Keila
Maria Arajo. Campos Gerais: FACICA, 2008. Monografia (Concluso do
Curso de Enfermagem).
(TEM QUE PASSAR O RESUMO ACIMA PARA O INGLS). Se voc no quiser
traduzir pela internet (pelo site http://www.altavista.com.br, no
link traduo Babel) pede pra Josi (esposa do Paulica) fazer pra voc.
Ela cobra 15,00 por resumo. Ela mora perto da faculdade. Aqui em
Alfenas eu estou pagando 18,00
1 INTRODUO
No campo da sade pblica, o cncer de mama feminino emerge como
uma doena de importncia cada vez maior em todas as partes do mundo,
apresentandose como a segunda neoplasia maligna mais incidente e a
causa de morte mais relevante entre as mulheres. No Brasil, apesar
da doena apresentar bom prognstico se diagnosticado e tratado
precocemente, as estatsticas de mortalidade motivadas por esse tipo
de tumor continuam elevadas, pois ainda se tem o diagnstico em
estgios mais avanados onde 60% dos tumores so diagnosticados em
estdio III ou IV (BRASIL, 2008). De acordo com Thuler (2003), o
cncer de mama caracterizado por um desenvolvimento neoplsico, ou
seja, uma multiplicao descontrolada e
desordenada de clulas epiteliais mamrias. Essas clulas alteradas
possuem a capacidade de migrar e de se implantar em gnglios
linfticos ou rgos distantes, processo conhecido clinicamente como
metstase. Segundo Ornellas (2000) tal processo est relacionado
vrios fatores, entre eles esto a hereditariedade, paridade tardia,
menopausa tardia, obesidade e a presena de estrgenos exgenos em
mulheres jovens, com idade inferior a 45 anos, onde propiciam a
evoluo do tumor. No h como prevenir o aparecimento de tal
patologia, mas o auto-exame e a deteco precoce influenciam
diretamente no prognstico. Portanto, o diagnstico desta patologia,
causa um grande impacto na mulher, acarretando-lhe dvidas e
questionamentos, devido ao estigma de doena terminal e que leva ao
sofrimento e morte. E tambm porque afeta um rgo (mama) que est
associado auto-estima, sexualidade, feminilidade e ao papel de me
(nutriz) da
mulher. As mamas constituem importante sinal de feminilidade e
fonte de prazer, alm de desempenharem papel fundamental na futura
amamentao dos filhos. Dada sua relevncia, toda mulher deve observar
e cuidar bem de seus seios. Na prtica, isto significa manter a
correta higiene e, pelo menos uma vez por ms, uma semana aps o
trmino da menstruao, observar e apalpar as mamas, olh-las
atentamente ao espelho e verificar se apresentam alguma alterao ou
anormalidade (TAVARES e PRADO, 2006). Veras e Ferreira (2005)
relataram que vrios exames so utilizados na investigao diagnstica
do cncer de mama, a Mamografia, mais ntida quando realizada em
mulheres com mais de 40 anos, pois a mama perde tecido adiposo;
Ultra Sonografia Mamria, complementando a Mamografia; Citologia
oncolgica e Bipsia do ndulo. Existem ainda, alguns cuidados que
podero ser exercitados para evitar o aparecimento dessa doena e
alguns mtodos para diagnosticar precocemente o cncer de mama, na
qual vale ressaltar, a prtica do auto-exame das mamas (AEM),
juntamente com o exame clinico das mamas. Destaca-se a necessidade
de conhecer a estrutura anatmica e fisiolgica das mamas, na qual
provvel de identificar alguma alterao ou irregularidade e tambm a
maneira correta de realizar um dos mtodos utilizados para
diagnosticar precocemente o cncer de mama. necessrio que toda
populao seja informada e que tenham o conhecimento adequado quanto
prtica da auto-palpao para esclarecer as vrias barreiras e mitos
que podem atrapalhar a realizao deste; resultando assim em um
diagnstico tardio diminuindo as chances de sobrevida de um paciente
com cncer de mama.
No caso do cncer, especificamente de mama, possvel reduzir a
mortalidade por essa doena com diagnstico precoce que identifique o
tumor com o menor tamanho possvel e em estdio inicial (MARINHO et
al., 2003).
2 OBJETIVOS
Este estudo, procura, por meio de uma reviso de literatura,
identificar se a populao realiza ou no o auto-exame das mamas com o
intuito de detectar alguma alterao ou at mesmo ndulos com indcios
de uma neoplasia mamaria.
3 JUSTIFICATIVA
Pesquisas relataram que, no Brasil, nas ltimas duas dcadas, a
taxa bruta de mortalidade por cncer de mama apresentou uma elevao
de 68%, passando de 5,77 em 1999, para 9,70 mortes por 100.000
mulheres em 2008. a maior causa de bitos por cncer na populao
feminina, principalmente na faixa etria entre 40 e 69 anos.
Aproximadamente 80% dos tumores so descobertos pela prpria mulher
ao palpar suas mamas. Porm, um dos fatores que dificultam o
tratamento o estgio avanado em que a doena descoberta. Cerca de 50%
dos casos so diagnosticados em estgios avanados, gerando
tratamentos muitas vezes mutilantes o que causa maior sofrimento
mulher. Em 2008, segundo as Estimativas da Incidncia e Mortalidade
por Cncer, sero diagnosticados 41.610 novos caso de cncer de mama e
9.335 bitos (BRASIL, 2008). Aliados a esta questo da alta incidncia
de cncer de mama no pas, a no adeso e um conhecimento deficitrio
das mulheres quanto realizao peridica do auto-exame das mamas, so
fatores que justificam a presente pesquisa. Sabe-se que a preveno
do cncer de mama feita atravs da deteco precoce. E as estratgias de
combate so complementares entre si: o exame clnico das mamas, a
mamografia e o auto-exame. Os postos de sade dispem de
profissionais aptos a realizar o exame clnico. O auto exame das
mamas deve ter a sua realizao estimulada, como instrumento de
valorizao do auto-cuidado e do auto-conhecimento. No estratgia que
ir reduzir a mortalidade pela doena em nveis populacionais, podendo
ter benefcios individuais. Ele , com certeza, uma das etapas
importantes no processo de identificao
dos tumores mamrios, oferecendo s mulheres um auxlio de
diagnstico para detectar precocemente os tumores nas mamas.
(MARINHO et al., 2003). Contando ainda com o fator custo e
comodidade, visto que barato e de fcil realizao.
4 REVISO DE LITERATURA
O cncer pode ser definido como o resultado da multiplicao
exagerada e descontrolada de algumas clulas que possuem a
capacidade de invadir outras sadias e podendo deslocar de seu local
de origem atingindo outras partes do corpo (MURTA, 2007)
comprometendo tecidos e rgos, na qual as clulas so compostas por
genes que por sua vez so formados pelo cido desoxirribonuclico, o
DNA que passam informaes relativas quanto organizao, forma,
atividade e reproduo celular. Estes genes podem sofrer alteraes
passando e recebendo informaes erradas para suas atividades
(MINISTRIO DA SADE, 2002); formando um clone e proliferando de
maneira anormal adquirindo caracterstica invasiva, infiltrando nos
tecidos e ganhando os vasos sanguneos e linfticos por todo o corpo
ocasionando em um processo chamado metstase (SMELTZER; BARE, 2006).
Segundo o estudo de Molina et al. (2003), o cncer era visto como
uma doena de pases ricos e desenvolvidos, e as doenas infecciosas e
parasitrias de pases subdesenvolvidos, na qual atualmente isto no
se confirma devido a mais da metade de casos de cnceres registrados
ocorrerem em pases subdesenvolvidos. Segundo o INCA (2008) a
estimativa de novos casos de cncer para o ano 2008 segundo as
regies brasileiras de 466.730 novos casos, sendo que ocorrero
231.860 novos casos na populao masculina e na populao feminina um
total de 234.870 novos casos. O controle do cncer depende
essencialmente de aes na rea da promoo da sade, proteo especfica e
do diagnstico precoce da doena (BEGHINI,et al., 2006). Para
diagnosticar e tratar precocemente o cncer
necessrio conscientizar a populao quanto s formas de preveno que
podem ser: a primria e secundria. Para Thuler (2003) a preveno
primria tem como objetivo diminuir a incidncia e o risco de
surgimento de novos casos da doena, ao prevenir a exposio aos
fatores de risco e interrompendo as respostas dos hospedeiros a
essa exposio; j a preveno secundria altera o curso da doena j
iniciada, por meio de intervenes que permitam detectar precocemente
e tratar adequadamente a doena, desde que esta possa ser
identificada em fase precoce quando no esta ainda clinicamente
aparente. Sendo essencial educar a populao e os profissionais para
reconhecer os sinais e sintomas e assim detectar precocemente o
cncer. Segundo Smeltzer; Bare (2006) o paciente com suspeita de
cncer sofre inmeras investigaes desde a determinao da presena e
extenso do tumor; identificao de possvel disseminao; avaliao das
funes e dos rgos envolvidos ou no; at, anlise dos tecidos e clulas
inclusive o grau e o estgio do tumor assim como exame fsico e
histria complementar do paciente. O cncer considerado uma doena
desafiadora, na qual em muitos casos h ausncia de tratamento eficaz
e cura, (Silva; Franco e Marques, 2005) sendo que Smeltzer; Bare
(2006) define a cura como a erradicao completa da doena; o controle
como um aumento da sobrevida e conteno do crescimento da clula
cancerosa e o tratamento paliativo como o alivio dos sintomas
associados doena Existem muitas modalidades utilizadas para tratar
um cncer, na qual a cirurgia se tem como um mtodo de tratamento
ideal e a mais utilizada. Ela pode ser um mtodo primrio de
tratamento (na qual remove todo o tumor ou o mximo possvel ou
qualquer tecido circunvizinho envolvido); profiltica (remove os
tecidos no-vitais ou rgos que so provveis de desenvolver o cncer);
paliativa (quando
a cura no possvel, o tratamento baseia-se em proporcionar
conforto ao paciente e promover uma vida satisfatria por um perodo
mais longo possvel) e por fim a cirurgia reconstrutora ( realizada
na tentativa de melhorar a funo ou obter um efeito cosmtico mais
desejvel, e indicada para os cnceres de mama). utilizado tambm a
radioterapia que com sua radiao ionizante interrompe o crescimento
celular, e quando o tumor no pode ser removido por cirurgia esta
controla a doena maligna. Na quimioterapia so utilizados agentes
antineoplsicos na tentativa de destruir as clulas tumorais, ela
pode ser combinada com a cirurgia e com a radioterapia (SMELTZER;
BARE, 2006, p.345-354). As mamas so um par de glndulas mamrias
localizadas entre a segunda e a sexta costelas (LOWDERMILK, PERRY e
BOBAK, 2002, p. 83). Situam-se na parede anterior do trax e
ventralmente a msculos da regio peitoral, na qual a mama direita
separada da esquerda por um sulco intermedirio Dangelo; Fattini
(2007), ficando entre o esterno e a linha axilar mdia, sendo que
existe uma extenso em direo axila denominada calda de Spence
(LOWDERMILK, PERRY e BOBAK, 2002).A mama, na sua arquitetura,
constituda de: parnquima, de tecido glandular ou glndula mamria,
composta de 15 a 20 lobos piramidais, cujos pices esto voltados
para a superfcie e as bases, para a parte profunda da mama. Cada um
dos lobos formado por lbulos e possuem ductos lactferos que se
abrem na papila mamria. Ao conjunto destes lobos d-se o nome de
corpo da mama, que pode ser sentido pela palpao como uma regio de
consistncia mais firme que a das reas vizinhas; estroma, de tecido
conjuntivo, que envolve cada lbulo e o corpo mamrio como um todo.
Predomina o tecido adiposo e este sustentado por inmeras trabculas
de tecido conjuntivo denso. pele, dotada de glndulas sebceas e
sudorparas, muito fina e onde de notam, por transparncias veias
superficiais. (DANGELO; FATTINI, 2007,p.197).
A forma e o tamanho da mama esto diretamente relacionados com a
quantidade de tecido adiposo do estroma, do estado funcional
(gestao, lactao), da idade, mas, de modo geral, pode-se dizer que a
forma da mama cnica.
(DANGELO; FATTINI, 2007, p. 324).Um mamilo faz protruso atravs
do pice de cada mama por uma distancia de 0,6 a 1,3 cm. Os mamilos
so dotados de grande sensibilidade e de tecido ertil, e tornam-se
mais rgidos e proeminentes durante a gravidez ou nos perodos
menstruais. As superfcies dos mamilos so penetrados pelos orifcios
dos ductos lcteos, que so em nmero de 15 a 20. As mamas so cobertas
por uma pele macia e delicada, exceto as aurolas, reas pigmentadas
circulares que circundam os mamilos e medem de 2,5 a 10 cm de
dimetro. As arolas so mais escuras nas morenas do que nas louras e,
em todas as mulheres tornam-se mais escuras durante a gravidez,
clareando gradualmente aps o parto. A superfcie dos mamilos e das
arolas se torna spera devido a pequenas protuberncias ou papilas,
conhecidas como tubrculos de Montgomery. Essa aspereza acentuada
durante a gravidez, quando as papilas se tornam maiores. Os
tubrculos so glndulas sebceas que secretam um material lipide que
lubrificam os mamilos, auxiliando a protege-los durante a suco da
criana. (ZIEGEL; CRANLEY, 1986, p. 1415).
A funo da mama secretar, na parturiente, o alimento necessrio,
ou seja, o leite para a criana nos primeiros meses de vida Ziegel;
Cranley (1986), alm de funcionar como um rgo para a excitao sexual
nos adultos. (LOWDERMILK, PERRY e BOBAK, 2002) Segundo Dangelo;
Fattini (2006) as mamas iniciam seu desenvolvimento na puberdade e
com o avano da idade e vrias gestaes estas perdem a elasticidade
das estruturas de sustentao e tornam-se pedunculadas. O
desenvolvimento das mamas depende completamente do estrognio, na
qual este aumenta a quantidade de tecido adiposo (COSTANZO, 2007);
consequentemente estimula o crescimento mamrio e tambm aumenta a
vascularidade tecidual da mama. (LOWDERMILK, PERRY e BOBAK, 2002).
A drenagem linftica dos membros superiores se faz para os
linfonodos axilares (estes esto includos no tecido adiposo que
preenche o oco axilar, variando de 10 a 40 linfonodos); na qual
recebem a drenagem dos membros inferiores e tambm a linfa vindo da
mama. Existem numerosas vias de drenagens alternativas sendo que
estas respondem pela disseminao de clulas cancerosas a partir do
cncer de mama, portanto o prognstico da cirurgia do cncer de mama
depende do
diagnstico precoce da doena (DANGELO, FATTINI, 2006). O cncer de
mama ocupa o segundo tipo de cncer mais freqente no mundo e o mais
comum entre as mulheres (INCA, 2008); tornando a principal
neoplasia maligna que acomete a populao feminina brasileira
(SCLOWITZ et al., 2005), mantendo-se como a primeira causa de morte
entre as mulheres e a segunda causa de morte na faixa etria entre
55 74 anos de idade (SABOIA, 2005), aumentando sua incidncia aps a
menopausa e sendo raro antes dos 30 anos (GRABOWSKI e TORTORA,
2002, p. 925)., sendo assim, considera-se, provavelmente, o mais
temido por afetar a percepo de sexualidade e a imagem pessoal
(MURATA et al., 2000). O cncer de mama representa um problema de
Sade Pblica, devido sua alta incidncia, morbidade, mortalidade
(PAULINELLI, 2003) e tambm pelo investimento financeiro que
solicitado para equacionar as questes de diagnstico e tratamento
(MOLINA, et al. 2003). A incidncia do cncer de mama vem aumentando
nas ltimas dcadas devido s mudanas no estilo de vida e na histria
reprodutiva das mulheres, mudando a prevalncia dos fatores de risco
do cncer de mama. (PAULINELLI, et al.,2003). A estimativa no nmero
de novos casos de cncer de mama feminino em 2008, no Brasil, de
49.400, com um risco estimado de 51 casos a cada 100 mil mulheres;
sendo que as regies Sul e Sudeste so apontadas como as mais
incidentes do cncer de mama e as regies Norte e Nordeste as que
menos apresentam taxas de casos novos de cncer de mama. No estado
de Minas Gerais a estimativa de novos casos para o ano de 2008 de
cncer de mama de 4.280 e da capital, Belo Horizonte, de 860 novos
casos de cncer de mama. (INCA, 2008).
A incidncia de cncer de mama maior nas capitais do que no
interior dos estados (PAULINELLI et al. 2003) Para Monteiro, et
al.,(2003), no se pode fazer uma preveno primria ao cncer de mama,
pois no possvel reconhecer a leso precursora da doena, na qual se
tem como nica ao efetiva a preveno secundria para diagnostico
inicial da doena. Para Smeltzer; Bare, (2002) no existe nenhuma
etiologia especifica para o cncer de mama, mas sim uma combinao de
vrios fatores que contribuem para o seu desenvolvimento. Existem
alguns fatores que aumentam o risco para desenvolver o cncer de
mama como o sexo feminino; o avano da idade; menopausa e primeira
gestao tardia; alta densidade mamria; menarca precoce; mutaes
genticas (BRCA1 e BRCA2); histria familiar de cncer de mama
historia de doena mamria benigna Thuler (2003), nuliparidade;
ingesto de lcool Smeltzer; Bare (2002). Mas tambm existem fatores
que so possveis de interveno como a obesidade; exposio radiao e
pesticidas e tabagismo (THULER, 2003).[...] Idade: o risco aumenta
conforme a mulher envelhece. A maioria dos tumores de mama aparece
em mulheres com mais de 50 anos; Histria pessoal ou familiar de
cncer de mama: mulheres que j tiveram cncer de mama tem mais
chances de desenvolver a doena tambm no outro seio. O risco aumenta
para mulheres que tenham parentes de primeiro grau (me, irm ou
filha) diagnosticadas com o cncer de mama. Esse risco se eleva
ainda mais se h mais de um parente com cncer de mama; Longa histria
menstrual: mulheres que iniciaram a menstruao antes dos 12 anos ou
tiveram menopausa aps os 55 anos esto sujeitas a uma risco maior;
No ter engravidado ou ter engravidado tardiamente: mulheres que
engravidaram pela primeira vez aps os 35 anos, ou que ainda no
tiveram gestao, esto sujeitas a maior risco. Com base em evidncias
ainda no comprovada cientificamente, acredita-se que a gestao leve
as glndulas mamrias ao amadurecimento quando se preparam para
produzir leite; Mutaes genticas: algumas mutaes no genes BRCA1 ou
BRCA2 esto associadas a risco aumentado para adquirir cncer de
mama. Testes para identificar tais mutaes j existem, mas no so
recomendados como rotina: somente em casos especficos e a critrio
mdico; Doena benigna da mama: a hiperplasia atpica; uma condio
anormal, mas no cancerosa, outro fator de risco. (MURTA, 2007, p.
245-246).
Antigamente acreditava-se que um dos fatores que aumentava o
risco de
adquirir o cncer de mama seria o uso de contraceptivos orais,
mas atualmente sabe-se que no h nenhuma associao entre o uso da
plula com o desenvolvimento do cncer de mama. (SMELTZER; BARE,
2002). H duas estratgias principais para a deteco precoce do cncer
de mama: a educao para promover o diagnstico precoce e o
rastreamento (THULER, 2003). Para Marinho et al., (2002) o
conhecimento das mulheres sobre os possveis fatores que causam a
doena ainda so escassos, no permitindo uma ao preventiva primria. O
local do rgo em que mais encontrado o cncer de mama situa-se no
quadrante superior externo devido localizao de maior tecido mamrio
Smeltzer; Bare (2002); mas para Nettina (2003) muitos cnceres de
mama iniciam-se nos revestimentos dos ductos lcteos e depois para
dentro do tecido adiposo. Geralmente as leses so indolores, fixas,
com bordas endurecidas e irregulares, podendo ocorrer retrao dos
mamilos Smeltzer; Bare (2002) e tambm presena de secreo mamilar
sanguinolenta ou clara Lowdermilk, Perry e Bobak (2002). Em sinais
tardios da doena a mulher pode apresentar dor, ulcerao, edema, pele
com caracterstica de casca de laranja pela interferncia com a
drenagem da linfa (NETTINA, 2003). O cncer de mama um tipo de cncer
considervel relativamente de bom prognstico, mas para isto
necessrio que seja diagnosticado e tratado adequadamente em sua
etapa inicial, pois diagnosticado em estgio avanado provavelmente
uma das causas dos altos ndices de mortalidade (BEGHINI, et al.,
2006). O tratamento para o cncer de mama envolve a lumpectomia que
remove o tumor e o tecido adjacente (GRABOWSKI; TORTORA, 2002); a
quadrantectomia
que se d pela resseco do quadrante mamrio afetado, que se trata
de uma cirurgia conservadora da mama; na qual a meta remover o
tumor por completo com bordas limpas (SMELTZER; BARE, 2002). Possui
tambm a mastectomia simples que consiste na remoo da mama que contm
o tumor; a mastectomia radical modificada remove o tecido mamrio, a
pele, a fscia do msculo peitoral e a disseco dos gnglios axilares;
e a mastectomia radical remove a mama, os msculos peitorais
subjacentes e a disseco completa dos gnglios axilares. O tratamento
radioativo e quimioterpico podem seguir-se cirurgia para a destruio
de qualquer clula cancergena remanescente. (LOWDERMILK; PERRY;
BOBAK, 2002) Ainda no so conhecidas maneiras de se prevenir o cncer
de mama, mas o que faz muita diferena na batalha contra a doena a
deteco precoce. (MURTA, 2007). Sendo a nica forma de diminuir suas
taxas de morbilidade e de mortalidade (MOLINA,et al., 2003) Para
Mendona (1993), o diagnstico precoce do cncer de mama dependeria
muito mais de um treinamento qualificado do pessoal do que de
tecnologia de auto custo.Entre os meios de deteco precoce ao cncer
de mama temos: o exame sistemtico da mama, feito pelo profissional
especializado: a mamografia, que seria um exame radiolgico, de alta
preciso e custo igualmente elevados, dificultando o acesso da
populao de menor poder aquisitivo; o auto-exame da mama que o exame
feito pela prpria mulher. Dentre estes meios de deteco precoce, o
auto-exame da mama, apesar de no possuir a mesma eficcia que as
tcnicas mamogrficas ou profissionais, considerado como o principal
mtodo de deteco do cncer de mama pelas mulheres, j que na maioria
das vezes, a prpria mulher quem encontra o tumor. Atravs do
auto-exame da mama, a mulher pode detectar pequenas mudanas nas
propriedades fsicas das mamas, o que a leva a descobrir ndulos com
1cm de dimetro diminuindo assim a probabilidade de metstase e
aumentando a sua sobrevida. (GONALVES; DIAS, 1999, p. 144-145).
A maioria dos ndulos detectada pela prpria mulher, por meio do
autoexame das mamas (AEM) o que destaca a importncia do aprendizado
correto pela
paciente e a responsabilidade do profissional. (VERAS; FERREIRA;
GONALVES, 2005). O auto-exame das mamas em si no previne o cncer de
mama, mas um eficiente auxiliar no diagnstico precoce deste
carcinoma. (NOGUEIRA,
DIGENES, SILVA, 2006). Um mtodo simples que educa e conscientiza
a mulher o auto-exame das mamas, segundo Murata (2000) na qual um
procedimento mais fcil rpido (MURTA, 2007) e sem riscos (NETTINA,
2003) de diagnosticar a doena. O autoexame das mamas mensal tido
como uma estratgia de escolha, pois se caracteriza como preveno
secundaria, sem custo e segura (Gonalves; Dias, 1999) e de baixa
complexidade (MOLINA et al., 2003)A motivao para o auto-exame das
mamas vem sendo recomendada por sua utilidade, inexistncia de custo
e de efeitos adversos, principalmente ao se comparar os benefcios
que podem advir de sua adoo no cotidiano das mulheres. Sua execuo,
embora de grande relevncia contribuindo tambm para o
auto-conhecimento, no exclui a sua complementao pela prtica do
exame clnico das mamas realizada por profissional de sade.
(BEGHINI, et al., 2006)
Com a realizao regularmente do auto-exame das mamas possvel
detectar tumores primrios menores e com um menor nmero de
linfonodos axilares invadidos pelo tumor, diminuindo a
possibilidade de metstase e aumentando a sobrevida. (MONTEIRO, et
al, 2003). Segundo INCA (2002) ao auto-exame das mamas, no deve ser
estimulado como uma prtica isolada, devendo ser realizado no perodo
entre os exames clnicos das mamas.O auto-exame das mamas continua
sendo uma das etapas na propedutica, apesar de todo avano
tecnolgico na rea de imagem. Embora no haja consenso sobre seu real
valor, tal procedimento ainda tem lugar garantido em programas de
deteco precoce de alteraes da glndula mamria, e em especial, do
cncer de mama. S programas de preveno de doenas da mama que tenham
tambm carter educacional e que incorporem na populao alvo a
realizao correta e rotineira do auto-exame das mamas, lograro xito
no diagnstico precoce de diferentes problemas que acometem a mama
feminina, com destaque especial para o cncer mamrio.
(MARINHO, et al., 2002, p. 236-237).
A realizao do auto-exame das mamas respaldada por: a maioria dos
cnceres de mama so detectados pelas mulheres; o auto-exame das
mamas leva descoberta do tumor no intervalo entre o exame clnico e
a mamografia e tambm devido ao fato de muitas mulheres no terem
disponveis meios para conseguir consultas com especialistas e
exames de maior complexidade, possuindo ento o auto-exame das mamas
como um nico mtodo de detectar precocemente o cncer de mama.
(MOLINA, et al.. 2003) Para Nogueira; Digenes e Silva (2006) o
auto-exame das mamas um procedimento bsico para rastrear e
diagnosticar o cncer de mama,
proporcionando mulher o conhecimento de sua mama identificando
quaisquer alteraes e no necessariamente a presena de ndulos.[...] a
questo de o sistema de sade brasileiro ainda continuar com sua
prtica voltada, quase que exclusivamente, para a medicina curativa,
no preventiva, mesmo considerando que atualmente a prtica do Auto-
Exame das Mamas um tema muito debatido pelos meios de comunicao,
evidenciado por campanhas com pessoas famosas, estimuladas no
combate ao cncer de mama.Observa-se que na realidade dos servios de
sade, a deteco precoce do cncer de mama ainda pouco enfatizado
pelos profissionais de sade, os quais orientam quanto a realizao do
Auto-Exame das Mamas de forma mecnica, mais como uma rotina e no
como uma forma de levar a mulher a compreender a importncia de sua
participao nas questes de sade com seu prprio corpo.(NOGUEIRA,
DIGENES e SILVA, 2006).
Segundo Murata; Bercini e Scairmer (2000), o papel do enfermeiro
atuar nas questes de orientao e educao populao para a pratica
preventiva do cncer de mama, sendo que a assimilao da pratica do
auto-exame inicia-se primeiramente com a conscientizao da
importncia deste procedimento pela equipe de sade das unidades
bsicas (MARINHO, et al., 2003). A realizao do auto-exame da mama
possui uma maior importncia, sobretudo em paises cujos recursos
para a sade pblica so menores e tambm
quando o acesso a mtodos diagnsticos impe vrias barreiras
populao, como o caso do Brasil, mas nessa situao que se tem com a
prtica deste procedimento a oportunidade de oferecer s mulheres um
mtodo de auxilio diagnstico podendo contribuir para a deteco
precoce do cncer de mama (MARINHO, et al.,2003). Freitas Jr., et
al. (2006), sugere a necessidade da ampliao do acesso s informaes
sobre a realizao do auto-exame com a doao de medidas para que as
que j conhecem o auto-exame das mamas passe tambm a pratic-los. As
mulheres devem comear a praticar o auto-exame das mamas nos seus
primeiros exames ginecolgicos, sendo geralmente no final da
adolescncia ou no inicio dos 20 anos de idade. (SMELTZER; BARE,
2002). Segundo POTTER; PERRY, (2004), um timo momento para realizar
o autoexame das mamas seria no ltimo dia do perodo menstrual ou
dois a trs dias depois do trmino de seu perodo porque as mamas no
esto edemaciadas ou dolorosas. E uma vez ao ms para as mulheres
menopausadas (SMELTZER; BARE, 2002). A tcnica correta para realizar
o auto-exame das mamas assim mencionado:[...] deitar e colocar um
travesseiro sob seu ombro direito. Colocar o brao direito sob a
cabea. Usar as pontas dos trs dedos do meio da mo esquerda para
sentir ndulos ou espessamento. As pontas consistem no tero superior
de cada dedo. Pressionar firmemente para saber como est a
sensibilidade da mama. Se no souber o quanto deve pressionar,
perguntar ao profissional de sade, ou tentar copiar o que ele faz
com os dedos durante o exame. Aprenda como sua mama se apresenta na
maior parte do tempo. Uma margem firme na curva inferior de cada
mama normal. Fazer movimentos em torno da mama de forma
padronizada. Pode-se escolher os movimentos circulares, verticais
ou convergindo para o mamilo. Realiza-los sempre da mesma maneira.
Isso ajudar a assegurar que toda rea a mama foi coberta e a lembrar
qual a apresentao de sua mama. Comprimir delicadamente o mamilo
entre o polegar e o indicador, observar se a secreo. Agora examinar
a mama esquerda com as pontas da mo direita. Se encontrar qualquer
alterao, procurao atendimento de sade imediatamente. Voc talvez
deseje examinar suas mamas de p frente do espelho, aps fazer o
auto-exame mensal. Verificar se existem alteraes na
aparncia das mamas: depresso da pele, modificaes no mamilo,
vermelhido ou inchao. Voc talvez queira fazer tambm um auto-exame
extra das mamas enquanto est no chuveiro. As mo ensaboadas deslizam
sobre a pele molhada, facilitando a palpao das mamas. importante
verificar a rea entre a mama e a axila, alm da prpria axila.
Examinar tambm a rea acima da mama em direo escpula e ao ombro.
LOWDERMILK, PERRY E BOBAK, 2002, p. 86).
5 METODOLOGIA
5.1 Tipo de estudo
Trata-se uma pesquisa descritiva utilizando Reviso Bibliogrfica,
incluindo a reviso de artigos indexados na base de dados Lilacs
(Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences) e
SciELO (Scientific Electronic Library Online) atravs da via de
acesso Internet, disponveis na BIREME, alm da busca em materiais
impressos. Foram utilizadas as seguintes palavras chave cncer de
mama + auto-exame das mamas + diagnstico precoce, os idiomas
pesquisados foram o portugus e o ingls. No foi estabelecido marco
temporal, entretanto a maioria dos artigos selecionados recente,
datando do ano de 2000 em diante. Apenas trs artigos so de datas
mais remotas, mas, foram utilizados no referencial terico devido
relevncia do tema. A seleo dos artigos implicou a realizao de
leitura exploratria e seletiva, separando-se os que tinham
interesse para a temtica estudada, aps foi realizada nova leitura
para discusso e anlise dos conceitos dos autores. Foram levantados
aspectos sobre o conhecimento e a prtica das mulheres sobre ao AEM
e a influncia da faixa etria em relao a realizao deste
procedimento. Foram utilizados 22 artigos, 8 livros e 2 publicaes
do Ministrio da Sade, dentre estes, 11 artigos foram selecionados
para embasarem os resultados e discusso, de acordo com o quadro
1.
Quadro 1: Artigos selecionados para Resultados e Discusso:
Peridicos/Nmeros Acta Paul. Enf. Autores Ano MURATA, I. M. H.;
BERCINI, L. 2000 O.; SCHIRMER, J. Ttulo Auto-cuidado na preveno do
cncer de colo do tero e cncer de mama: comparao entre mulheres no
climatricas e climatricas. Anlise das oportunidades de diagnstico
precoce para as neoplasias malignas de mama. Auto-exame das mamas:
freqncia do conhecimento, prtica e fatores associados.
Conhecimento, atitude e prtica do auto-exame das mamas em centro de
sade. Cobertura do exame-fsico de mama: estudo de base populacional
em Pelotas. Auto-exame das mamas entre freiras: o toque que falta.
O enfermeiro na deteco precoce do cncer de mama. Conhecimento de
mulheres sobre o cncer de mama e de colo de tero. Adeso das
acadmicas de enfermagem preveno do cncer
Revista da MOLINA, L.; DALBEN, I.; DE 2003 Associao Mdica LUCA,
L. A. Brasileira
Revista Brasileira de MONTEIRO, A. P. S.; et al. Ginecologia e
Obstetrcia Revista de Sade MARINHO, L. A. B.; et al. Pblica
2003
2003
Revista Brasileira de COSTA, J. S. D.; OLINTO, M. 2003
Epidemiologia T. A.; GIGANTE, D. P.
Acta Paul. Enf.
ARAJO, C. A. A.; OLIVEIRA, 2004 E. M.; BARBOSA, R. M. VERAS, K.
J. P.; FERREIRA, 2005 V. J. S.; GONALVES, M. J. F. SILVA, N. C. B.;
FRANCO, M. 2005 A. P; MARQUES, S. L. 2006
Revista Nursing
Tese
Texto & Contexto BEGHINI, A. B.; et al. Enfermagem
Revista da Rede de NOGUEIRA, S. M. B.; 2006 Enfermagem do
DIGENES, M. A. R.; SILVA, Nordeste A. R. V. Revista da FREITAS Jr.
R.; el al. Associao Mdica Brasileira 2006
ginecolgico. Auto-exame das mamas: as mulheres o conhecem?
Desconforto e dor durante realizao da mamografia.
6 RESULTADOS E DISCUSSO
De acordo com os artigos analisados notvel a dificuldade que as
mulheres encontram para realizar o AEM, no qual muitas obtm
conhecimento e tantas outras desconhecem este procedimento como
mtodo de diagnostico precoce do cncer de mama. Existem tambm vrios
fatores de grande influncia que faz com que as mulheres no tenham o
hbito de realizar o AEM, como por exemplo, podemos mencionar de
acordo com a anlise bibliogrfica, as barreiras (esquecimento,
vergonha, medo de encontrar alguma alterao nas mamas, crena de que
s o profissional da rea de sade tem a competncia de realizar este
procedimento); o nvel socioeconmico (que limita as mulheres a terem
mais informaes e terem uma maior dificuldade de acesso ao sistema
de sade). Com isso, dentre os artigos revisados foi abordado o
conhecimento das mulheres, a faixa etria e a prtica ou no deste
procedimento, que permitir saber a interferncia destes aspectos em
relao realizao ou no do AEM. Tal conhecimento importante visto a
real importncia e necessidade deste instrumento na deteco precoce
do cncer de mama.
Autor MARINHO, L. A. B., et al MONTEIRO, A. P. S., et al
FREITAS, Jr. R., et al NOGUEIRA,S. M. B.; DIOGENES, M. A. R.;
SILVA, A. R. V.
Conhecimento AEM Grande percentual das mulheres estudadas
conhecem o AEM e s um pequeno nmero tem o conhecimento adequado
Quase a totalidade das mulheres entrevistas conhecem o AEM e menos
de 1/3 destas o realizavam corretamente Do total de mulheres a
maioria refere conhecer o AEM e metade pratica-o regularmente Das
31 mulheres entrevistadas apenas 2 sabiam o real significado do
AEM
MOLINA, L.; DALBEN, I.; LUCA, L. A. SILVA, N. C. B.; FRANCO M.
A. P.; MARQUES, S. L. ARAJO, C. A. A.; OLIVEIRA, E. M.; BARBOSA, R.
M. BEGHINI, A. B., et al
VERAS, K. J. P.; FERREIRA, V. J. S.; GONALVES, M. J. F.
AUTOR
As mulheres que tinham conhecimento tinha uma mdia de 43 anos, e
uma mdia 51 anos as que desconheciam o AEM. A populao investigada
no conhecem de maneira satisfatria ou apresenta dvidas sobre alguns
itens que trata da preveno do cncer de mana As 18 religiosas
entrevistadas expressam desinformao sobre preveno do cncer de mama
e a no adeso prtica do AEM. A maioria das entrevistadas no se
manifestou para a incorporao da prtica do AEM e entre as que
realizavam, algumas dessas no obedecem ao procedimento tcnico
preconizado. 50% dos profissionais de sade entrevistadas realizam
orientaes para a prtica do AEM; 21% no realizavam atividades
educativas sobre esse assunto. PRTICA OU REALIZAO ADEQUADA DO AEM
78,9% realizam a palpao, mas somente 27% realizam corretamente. Que
existi menos de 1/3 da populao entrevistada que realiza o AEM
corretamente. Metade das entrevistadas pratica o AEM regularmente
Das 20 mulheres que realizavam periodicamente o AEM, somente 1
realizava na tcnica correta.
MOLINA, L.; DALBEN, I.; LUCA, L. A. MONTEIRO, A. P. S., et al
FREITAS, Jr. R., et al NOGUEIRA,S. M. B.; DIOGENES, M. A. R.;
SILVA, A. R. V. AUTOR MURATA, I. M. H. et al. MONTEIRO, A. P. S.,
et al FREITAS, Jr. R., et al COSTA, J. S. D., et al AUTOR MONTEIRO,
A. P. S., et al FREITAS, Jr.R., et al
IDADE E A PRTICA DO AEM As mulheres no climatrica realizam mais
o AEM do que as climatricas. As mulheres que mais realizam o AEM
localiza-se na faixa etria de 35 a 49 anos. As mulheres acima de 30
anos conhecem e praticam o AEM. As mulheres com 35 anos ou mais
foram as que mais frequentemente realizaram o AEM. IDADE E NO
PRATICA O AEM Quase metade das mulheres jovens (20 a 29 anos) no
realizam o AEM As mulheres mais jovens praticam menos o AEM
Segundo MARINHO, et al (2003), o grande percentual (95,3%) das
mulheres estudadas conhece o auto-exame da mamas e s um pequeno
nmero (7,4%) tem
conhecimento adequado para esse procedimento. Para MONTEIRO, et
al (2003), quase a totalidade das mulheres entrevistadas (96,0%)
conhecia o AEM, mas menos de um tero destas o realizavam
corretamente; j na viso de FREITAS Jr, et al (2006), a maioria das
pacientes referem conhecer o AEM e metade menciona pratic-lo
regularmente. Segundo o estudo de NOGUEIRA, DIOGENES E SILVA (2006)
das 31 mulheres entrevistadas vinte e uma (67,7%) afirma que o AEM
serve para prevenir caroos nas mamas, oito (25,8%) no souberam
responder e apenas duas (6,5%) das clientes sabiam seu real
significado. Para MOLINA, DALBEN E LUCA (2003) das 315 residncias
recenseadas, sendo que destas 82,9% (261) consentiram em participar
do questionrio as mulheres que possuam ou no o conhecimento sobre a
periodicidade recomendada do AEM, foi em mdia 43,91 anos as que
tinham o conhecimento e 51,92 anos as que desconheciam, havendo uma
diferena significativa entre o conhecimento ou no e a idade dessas
mulheres. De acordo com o estudo de MOLINA, et al. (2003), 78,9%
das mulheres entrevistadas realizavam a auto-palpao. Destas,
somente 27% realizavam corretamente, pois, o restante desconhecia
as recomendaes para a realizao do mtodo, que deve ser realizado
mensalmente, pelas mulheres acima dos 20 anos de idade, aps a
menstruao ou, nas mulheres que no menstruam, em um determinado dia
do ms, escolhido pela pessoa. Na viso de NOGUEIRA, DIOGENES E SILVA
2006) das 31 mulheres entrevistadas 20 realizavam periodicamente o
AEM e 11 no o faziam, sendo que dessas 20, 10 o fazem aps a
menstruao entre o stimo e o dcimo dia. Dessas, as que no menstruam
(menopausadas e histectomizadas) disseram que realizam o
AEM em determinada data do ms. No entanto, sete (35,0%) disseram
que o praticam diariamente e trs (15,0%) o realizam antes da
menstruao. importante destacar que estas ltimas demonstraram
realizar o AEM no perodo oposto ao que preconizado pelo Ministrio
da Sade, que indica que o perodo ideal para a prtica do AEM deve
ser entre o stimo e o dcimo dia aps a menstruao. Nesse perodo, as
mamas no esto sofrendo alteraes devido s variaes hormonais
caractersticas do perodo menstrual. Destas 20 (64,51%) que realizam
este procedimento, o fazem das mais diversas tcnicas: nove (54,0%)
praticam o AEM palpando somente as mamas, seis (30,0%) palpam e
realizam a expresso mamilar, trs (15,0%) palpam as mamas, a regio
axilar e realizam a expresso mamilar e apenas uma (5,0%) pratica o
AEM utilizando a tcnica correta. Pode-se concluir que a maioria da
clientela, dessa pesquisa, no realiza, corretamente, o AEM,
destacando somente a mama e no citando os momentos propeduticos
desse exame. O estudo de SILVA, N. C. B. FRANCO, M. A. P; MARQUES,
S. L. (2005) contou com 294 mulheres, sendo 64 funcionrias de
hospitais; 146 professoras e 84 funcionrias de escola ou
universidade, sendo utilizado um instrumento composto por 22 itens
de mltipla escolha sobre o conhecimento a respeito do cncer de mama
e do colo de tero; o que revelou que a populao investigada no
conhece de maneira satisfatria ou apresenta dvidas sobre alguns
itens; onde o ndice de 65% de acertos no parece adequado para a
manuteno de um sistema de preveno e sade da populao e que por se
tratar de funcionrias de um hospital, estas deveriam ter um nvel de
acertos mais elevados por terem um contato maior com o tema e as
professoras por serem um veculo potencial de transmisso de informao
e conhecimento.
Para ARAJO, C. A. A.; OLIVEIRA, E. M.; BARBOSA, R. M. (2004),
foram sujeitos da pesquisa 18 religiosas sendo 9 freiras de uma
instituio de vida contemplativa (clausura) e 9 freiras de 3
instituio religiosa de vida ativa. Estas religiosas expressam
desinformao sobre a preveno do cncer de mama e a no adeso prtica do
AEM, uma vez que as religiosas contemplativas no tem acesso aos
meios de comunicao, mas mesmos as religiosas de vida ativa que tem
acesso s informaes sobre a doena, no realizam essa tcnica devido a
moral religiosa. No estudo de BEGHINI, A. B.; et al (2006) foram
entrevistadas 41 acadmicas de enfermagem com faixa etria de 22 a 30
anos. Entre as alunas entrevistadas reconhecida a necessidade de
realizar a preveno do cncer crvico uterino e de mama, assim como a
sua peridiocidade. Em relao ao AEM a maioria no se manifestou para
a incorporao desta prtica, embora reconhea que esta postura
importante para deteco precoce do cncer de mama em estgio inicial.
Pode-se observar que entre as acadmicas entrevistadas que realizam
o AEM, algumas no obedecem ao procedimento tcnico preconizado
identificando vrios erros com relao peridiocidade de maneira como
efetivam este auto cuidado. Para VERAS, K. J. P.; FERREIRA, V. J.
S., GONALVES, M. J. F. (2005) das 15 unidades de sade analisadas
pode-se notar que 50% das profissionais de sade (enfermeiras)
preferem realizar as orientaes para o AEM durante as atividades
educativas; 29% optam para realizar a orientao durante o exame
clnico das mamas, mas existem profissionais que ainda no
despertaram para a importncia do AEM na deteco precoce do cncer de
mama, pois 21% das enfermeiras entrevistadas no realizam atividade
educativa sobre isso. A idade tambm um dos fatores observados de
grande influncia para a realizao do AEM, visto que para MURATA, et
al (2000), em seu estudo das 174
mulheres entrevistadas 99 estavam na faixa etria entre 20 a 39
anos (noclimatricas) e 75 na faixa etria de 40 a 60 anos
(climatricas) sendo que as mulheres no-climatricas 51 praticam o
AEM e 48 no praticam; e, entre as climatricas 39 no realizam e 36
realizam o AEM, o que mostrou uma preocupao menor com o AEM entre
as mulheres climatricas do que as no-climatricas. Na viso de
MONTEIRO, et al (2003), as mulheres que mais realizam o AEM
corretamente ou com freqncia preconizada localiza-se na faixa etria
de 35 49 anos, em que h maior incidncia da doena, e que, quase
metade das mulheres jovens (20 29 anos) no realiza o AEM, fato
atribudo de que pela pouca idade no h risco de apresentar a doena e
nem a necessidade de realizar a preveno. O estudo de FREITAS Jr.,
et al (2006), descreve que as mulheres acima de 30 anos de idade
conhecem e praticam mais o AEM do que as jovens pelo fato de se
importar ou passarem a importar mais com a possibilidade de terem
um cncer. Segundo COSTA, et al. (2003) entre as 1122 mulheres
includas no seu estudo 69% tinham idade entre 35 e 69 anos onde no
ouvi diferenas estatisticamente significativa na freqncia de
realizao de exame entre as mulheres mais jovens e aquelas com 35
anos ou mais. Mas que por outro lado as mulheres com 35 anos ou
mais foram as que mais frequentemente realizaram o AEM, ou seja,
este grupo parece perceber a necessidade da prtica preventiva.
7 CONCLUSO
Pode-se concluir que grande parte das mulheres obtm o
conhecimento do que seria o AEM, mas destas, poucas tm o
conhecimento adequado e o realizam da forma correta. Existem tambm
mulheres que no tem o conhecimento e no praticam o AEM por diversos
fatores como as questes religiosas, o esquecimento, e crenas de que
s o profissional possui a capacidade para realizar tal
procedimento. Observou-se, tambm, que as mulheres com idade
superior a 30 anos realizam mais o AEM, visto que estas possuem uma
preocupao maior ou parecem perceber a necessidade de detectar
precocemente o cncer de mama. Com isso ressalta-se a importncia do
auto-exame no curso de enfermagem, a fim de que os alunos possam
levar mais informaes populao, no limitando esta tarefa aos meios de
comunicao. Acredito que seja o nosso papel levar um pouco de luz
para aqueles que no tem um profundo conhecimento a respeito desta
patologia e, principalmente, a respeito do cncer de mama, seu
diagnstico e suas conseqncias. Acredito, tambm, que o auto-exame
sirva como um vetor que leva as mulheres a conhecerem o seu prprio
corpo, alm de ser um bom mecanismo de discusso, troca de idias, de
opinies e experincias entre mes e filhas de uma maneira amena,
aberta e direta. Penso que, enquanto ns, estudantes de enfermagem e
futuros profissionais da sade, estivermos abertos a tentar
compreender o ser humano de forma mais integrada, estaremos
contribuindo para o conhecimento cientfico, bem como para novas
reflexes e possveis alternativas sobre o tema.
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