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Curso Online Anlise das Demonstraes Contbeis de Empresas Teoria
e Exerccios
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Aula 00 Aula Demonstrativa Tudo bem? Est pronto(a) para estudar
Anlise das Demonstraes Contbeis de Empresas? Antes de explicar como
o curso foi montado gostaria de fazer uma breve apresentao: sou
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado em 5o lugar
para as Unidades Centrais no concurso de 2005, e trabalho na
Coordenao-Geral de Fiscalizao. Alm disso, durante 17 anos trabalhei
na Marinha da Brasil como Oficial (onde me graduei em Cincias
Navais, nfase em Eletrnica, na Escola Naval, e Engenharia Eltrica,
nfase em Telecomunicaes, na Universidade de So Paulo) e trabalhei 1
ano no Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA), como
assessor da presidncia. O formato do curso ser o seguinte: em cada
aula, desenvolverei o assunto (parte terica) e colocarei exerccios
comentados ou exemplos ao longo da teoria, para fixao do contedo.
Ao final, resolverei exerccios sobre os assuntos tratados na aula
com foco em questes do Cespe, banca examinadora dos concursos para
o Tribunal de Contas da Unio (TCU). Ou seja, o curso ser de teoria
e exerccios comentados. Caso, em algum assunto, no tenha questes
suficientes do Cespe, resolverei questes de outras bancas. O
contedo programtico ser (as aulas sero publicadas todas as
sextas-feiras):
Aula Contedo 00 Introduo: Estrutura conceitual para a elaborao e
apresentao
das demonstraes contbeis. 01
Continuao: Estrutura conceitual para a elaborao e apresentao das
demonstraes contbeis.
02
Balano Patrimonial Demonstrao Financeira de acordo com os art.
176 a 188 da Lei n. 6.404/1976 (texto atualizado)
03
Demonstrao do Resultado do Exerccio Demonstrao de Lucros ou
Prejuzos Acumulados Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido
Demonstrao Financeira de acordo com os art. 176 a 188 da Lei n.
6.404/1976 (texto atualizado)
04
Demonstrao de Fluxo de Caixa Demonstrao do Valor Adicionado
Demonstrao Financeira de acordo com os art. 176 a 188 da Lei n.
6.404/1976 (texto atualizado)
05
Avaliao de investimentos em coligadas e controladas de acordo
com os art. 248 a 250 da Lei n. 6.404/1976 e Instruo CVM n. 247, de
27/3/1996 (texto consolidado).
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06
Anlise das Demonstraes Contbeis Parte 1 Anlise horizontal e
vertical. Anlise de tendncias. Grupos de comparao. Limitaes da
anlise por indicadores. Anlise de liquidez.
07
Anlise das Demonstraes Contbeis Parte 2 Anlise do retorno sobre
o capital empregado: componentes do retorno sobre o capital
empregado, retorno sobre o ativo, alavancagem financeira e retorno
sobre o patrimnio lquido. Anlise da rentabilidade. A equao de
DuPont e seus componentes: margem operacional e giro do ativo
operacional, anlise da formao da margem operacional. Anlise da
qualidade do lucro lquido. Anlise de liquidez: anlise do fluxo de
caixa, anlise do ciclo operacional e anlise do ciclo financeiro.
Anlise do ndice de cobertura das despesas financeiras lquidas.
08
Noes de Contabilidade Gerencial e de Custos Diferenas entre
contabilidade gerencial e contabilidade financeira. O papel da
informao no-financeira no processo gerencial. Balanced Scorecard.
Conceitos fundamentais em custos. Custo de oportunidade, custos
imputados e custos perdidos.
Encare o estudo de Anlise das Demonstraes Contbeis de Empresas
como uma preparao para uma competio de natao (ou uma corrida, se
preferir). Veja abaixo: Primeira fase: Aprender os conceitos da
matria (Na natao, voc comearia a aprender as tcnicas dos nados
crawl, costas, peito e borboleta). Segunda fase: Ver os exerccios
resolvidos ao longo do captulo para aprender a tcnica de resoluo
(Na natao, comearia a treinar mais pesado, aumentando a
intensidade). Terceira fase: Fazer os exerccios de fixao, para
treinar, efetivamente, para a prova (Na natao, voc comearia a
marcar seus tempos nas distncias que ir competir). Quarta fase:
Estudar a resoluo dos exerccios de fixao, para verificar os seus
acertos e erros. Se possvel, repita a resoluo das questes que
errou, veja os conceitos que no aprendeu, retorne parte terica da
aula e leia novamente (Na natao, seria hora de aprimorar a tcnica,
para diminuir aqueles segundos que faltam para bater um
recorde).
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isso! Nesse curso, voc o nadador (ou o corredor) em busca da
medalha de ouro, que a aprovao no TCU. Estou aqui para te ajudar a
aprender a matria e passar no concurso. Espero que este curso
possa, efetivamente, te ajudar na preparao de Anlise das
Demonstraes Contbeis de Empresas, e na consequente conquista da to
sonhada vaga para o TCU. Mais um detalhe importantssimo! Quando voc
tiver alguma dvida, mesmo que voc ache que essa dvida UHMSB (ultra
hiper mega super bsica), no deixe de colocar no frum de dvidas do
curso. No deixe as dvidas para a hora da prova, pois no haver fruns
. Finalmente, gostaria de salientar: NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS.
Deus nos deu o livre arbtrio para que possamos determinar nosso
destino. Se voc deseja ser aprovado no TCU, lute por isso, faa com
dedicao, com sacrifcio, sempre visando ao seu objetivo. Desta
forma, voc conseguir ser aprovado!
Prof. Moraes Junior [email protected]
Novembro/2012
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Contedo
0. Estrutura Conceitual Bsica da Contabilidade
..............................................................
5
0.1. Conceito e Objetivo
........................................................................................................
5
0.2. Objeto
..................................................................................................................................
5
0.3. Campo de Atuao
.........................................................................................................
6
0.4. Estrutura Conceitual da Contabilidade
........................................................................
7
0.4.1. Introduo
..........................................................................................................................
7
0.4.2. Premissa Subjacente
....................................................................................................
11
0.4.2.1. Continuidade
...........................................................................................................
11
0.5. Importante para a Prova
...........................................................................................
13
0.6. Exerccios de Fixao
..................................................................................................
14
0.7. Resoluo dos Exerccios de Fixao
....................................................................
16
Bibliografia
.....................................................................................................................................
20
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0. Estrutura Conceitual Bsica da Contabilidade
0.1. Conceito e Objetivo De acordo com o I Congresso Brasileiro
de Contabilistas, de 1924, Contabilidade a cincia que estuda e
pratica as funes de orientao, controle e registro relativas
administrao econmica. Contabilidade a cincia social que estuda e
controla o patrimnio das entidades, mediante o registro dos dados,
com a finalidade de oferecer informaes sobre sua composio e suas
variaes. A contabilidade deve ser um instrumento gerencial de
tomada de deciso. A Contabilidade tambm pode ser conceituada como
sendo a cincia que estuda, registra, controla e interpreta os fatos
ocorridos no patrimnio das entidades com fins lucrativos ou no. O
objetivo da Contabilidade assegurar o controle do patrimnio
administrado e fornecer informaes sobre a composio e as variaes
patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades econmicas
desenvolvidas pela entidade para alcanar seus fins. A principal
finalidade da contabilidade prover informaes para auxiliar a tomada
de decises.
As funes da contabilidade so as de coleta de dados, registro dos
dados e elaborao de relatrios e as tcnicas utilizadas no trabalho
so a escriturao contbil, a elaborao das demonstraes contbeis, a
auditoria e a anlise das demonstraes contbeis. 0.2. Objeto
O objeto da Contabilidade o patrimnio, que corresponde ao
conjunto de bens, direitos e obrigaes referentes azienda. Por
azienda, entende-se toda entidade organizada passvel de ter um
patrimnio (bens, direitos e obrigaes), ou seja, so pessoas jurdicas
com fins lucrativos, empresas informais, entidades sem fins
lucrativos, empresas pblicas, pessoas fsicas e etc. Os bens so
itens avaliados em moeda capazes de satisfazer s necessidades das
entidades, sejam essas pessoas fsicas ou jurdicas. Os direitos so
os valores a receber de terceiros, gerados por meio de operaes da
entidade, e as obrigaes representam as dvidas que a entidade
contrata junto a terceiros.
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Patrimnio: Objeto da contabilidade, formado por bens, direitos e
obrigaes. Os bens e direitos so os ativos da empresa e as obrigaes
so os passivos da empresa. Est em dvida? Ento vamos treinar um
pouco: I Se a empresa tem dinheiro no caixa, isso um bem da
empresa, tambm conhecido como bem numerrio ou uma disponibilidade.
Portanto, um ativo. II Se a empresa tem uma conta a pagar, isso uma
obrigao da empresa. Portanto, um passivo. III Se a empresa tem um
valor a receber de clientes, isso um direito da empresa. Portanto,
um ativo. Deu para comear a entender os ativos (bens e direitos) e
passivos da empresa? No se preocupe, pois so apenas conceitos
iniciais, para que voc j comece a se acostumar. Nas aulas seguintes
veremos esses assuntos com mais detalhes. 0.3. Campo de Atuao
O campo de atuao da Contabilidade abrange todas as entidades
econmico-administrativas, inclusive as pessoas de direito pblico,
como a Unio, os Estados, os Municpios, as Autarquias, etc. -
Entidade econmico-administrativa: tambm conhecida como azienda
(Patrimnio + Gesto), so as entidades que possuem patrimnio lquido
(pessoas fsicas ou jurdicas), com fins lucrativos ou no. So
definidas como um patrimnio considerado juntamente com a pessoa que
possui poderes de administrao e disponibilidade sobre este
patrimnio. - Quanto aos fins a que se destinam as aziendas ou
entidades econmico-administrativas classificam-se em:
- Aziendas sociais: Aquelas que no visam lucros. So exemplos de
aziendas sociais as associaes beneficentes, esportivas, culturais,
recreativas, etc;
- Aziendas econmico-sociais: So aquelas que, alm das finalidades
sociais, visam tambm ao lucro, com o objetivo de prestar servios,
peclios, benefcios, s pessoas que contriburam para sua formao.
Exemplos: institutos de penso, aposentadoria, peclio e previdncia;
e
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- Aziendas econmicas: So aquelas cuja finalidade obter lucros.
Nesse tipo de azienda, esto todas as sociedades comerciais,
industriais, agrcolas, de servios, entre outras.
- Quanto aos seus proprietrios as aziendas ou entidades
econmico-administrativas classificam-se em:
- Aziendas pblicas: Pertencem comunidade, mas podem estar sob a
administrao do poder pblico ou privado. So exemplos as fundaes, os
sindicatos, as fundaes com fins educacionais, intelectuais,
esportivos, e o prprio Estado; e
- Aziendas particulares: So as propriedades particulares
pertencentes a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, como as
sociedades civis ou comerciais ou o prprio patrimnio de uma
famlia.
0.4. Estrutura Conceitual da Contabilidade A Deliberao CVM no
675/11 e a Resoluo CFC no 1.374/11 aprovaram o Pronunciamento
Conceitual Bsico (R1) do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC),
que dispe sobre a Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de
Relatrio Contbil-Financeiro.
A estrutura conceitual estabelecida pelo Comit de
Pronunciamentos Contbeis no constitui uma norma propriamente dita
nem define normas ou procedimentos de qualquer espcie. 0.4.1.
Introduo Qual o objetivo do relatrio contbil-financeiro de propsito
geral? De acordo com a Estrutura Conceitual, fornecer informaes
contbil-financeiras sobre a entidade que sejam teis a investidores
existentes e em potencial, a credores por emprstimos e a outros
credores. Essas informaes divulgadas pela entidade devem permitir
que esses investidores e credores tomem decises quanto ao
fornecimento ou no de recursos para a entidade, como por exemplo,
vender ou manter participaes na entidade ou oferecer emprstimos
para a entidade. Exemplo: Um investidor tomar a deciso de comprar,
vender ou manter um investimento em determinada entidade dependendo
do retorno que este investimento tenha. Caso a entidade investida
pague bons dividendos, possvel que o investidor queira manter o
investimento na entidade.
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Os investidores, credores por emprstimo e outros credores,
existentes e em potencial so denominados de usurios primrios dos
relatrios contbil-financeiros de propsito geral, pois eles no
requerem informaes especficas para entidade, mas utilizam os
relatrios contbil-financeiros de propsito geral disponibilizados.
Os relatrios contbil-financeiros de propsito geral fornecem
informaes para auxiliar os usurios primrios a estimarem o valor da
entidade. Contudo, no so elaborados com o objetivo de se chegar ao
valor da entidade que reporta a informao. Eles fornecem ferramentas
para que esse valor possa ser estimado. Caso esses usurios
necessitem de outras informaes alm dos relatrios
contbil-financeiros de propsito geral, podem busc-las em outras
fontes, tais como: condies econmicas gerais e expectativas, eventos
polticos e clima poltico, e perspectivas e panorama para a indstria
e para a entidade. Nada impede, tambm, que a entidade fornea
informaes que sejam teis a determinado grupo de usurios primrios
individuais.
Alm dos investidores e credores, tambm h os administradores da
prpria entidade, bem como rgos reguladores, governos e os fiscos
federal, estaduais e municipais. Os administradores no necessitam
utilizar (mas podem utilizar) os relatrios contbil-financeiros de
propsito geral no processo de tomada de deciso, tendo em vista que
podem obter as informaes necessrias internamente. Do mesmo modo, os
relatrios contbil-financeiros de propsito geral no so direcionados
primariamente aos rgos reguladores, governos e fiscos, mas esses
usurios tambm podem utiliz-los, caso considerem que as informaes
sero teis. H que se ressaltar que os relatrios contbil-financeiros
so baseados em estimativas, julgamentos e modelos e no em descries
exatas e fornecem informaes acerca da posio patrimonial e
financeira da entidade que reporta a informao (informaes sobre os
recursos econmicos da entidade e reivindicaes contra a entidade) e
informaes sobre os efeitos de transaes e outros eventos que alteram
os recursos econmicos da entidade. As reivindicaes contra a
entidade so as obrigaes da entidade.
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Nesse ponto, j possvel fazer um resumo dos principais usurios da
informao contbil-financeira: Investidores: Necessitam de informaes
para ajud-los a decidir se devem comprar, manter ou vender
investimentos. Os acionistas tambm esto interessados em informaes
que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagar
dividendos. Credores por emprstimos: Esto interessados em informaes
que lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus
emprstimos e os correspondentes juros no vencimento. Fornecedores e
outros credores comerciais: Esto interessados em informaes que lhes
permitam avaliar se as importncias que lhes so devidas sero pagas
nos respectivos vencimentos. Clientes: Tm interesse em informaes
sobre a continuidade operacional da entidade, especialmente quando
tm um relacionamento a longo prazo com ela, ou dela dependem como
fornecedor importante. Governo e suas agncias (rgos reguladores):
esto interessados na destinao de recursos e, portanto, nas
atividades das entidades e necessitam tambm de informaes a fim de
regulamentar as atividades das entidades, estabelecer polticas
fiscais e servir de base para determinar a renda nacional e
estatsticas semelhantes. Na contabilidade, a empresa tambm produz
as chamadas demonstraes contbeis. No decorrer de nosso curso
veremos algumas demonstraes contbeis: balano patrimonial (BP),
demonstrao do resultado do exerccio (DRE), demonstrao de lucros ou
prejuzos acumulados (DLPA), demonstrao das mutaes do patrimnio
lquido (DMPL), demonstrao do fluxo de caixa (DFC) e demonstrao do
valor adicionado (DVA).
As demonstraes contbeis elaboradas dentro do que prescreve a
Estrutura Conceitual objetivam fornecer informaes que sejam teis na
tomada de decises econmicas e avaliaes por parte dos usurios em
geral, no tendo o propsito de atender finalidade ou necessidade
especfica de determinados grupos de usurios. As demonstraes
contbeis no incluem itens como relatrios da administrao, relatrios
do presidente da entidade, comentrios e anlises gerenciais e itens
semelhantes que possam ser includos em um relatrio anual ou
financeiro.
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As demonstraes contbeis so elaboradas e apresentadas para
usurios externos em geral, tendo em vista suas finalidades
distintas e necessidades diversas.
Governos, rgos reguladores ou autoridades tributrias, por
exemplo, podem determinar especificamente exigncias para atender a
seus prprios interesses. Essas exigncias, no entanto, no devem
afetar as demonstraes contbeis elaboradas segundo a Estrutura
Conceitual. Exemplo: A Receita Federal cria uma determinada obrigao
acessria para controlar os gastos de carto de crdito das entidades.
Esta obrigao acessria no deve afetar as demonstraes contbeis
entregues pelas entidades. As demonstraes contbeis elaboradas
segundo a Estrutura Conceitual satisfazem as necessidades comuns da
maioria dos seus usurios, uma vez que quase todos eles utilizam
essas demonstraes contbeis para a tomada de decises econmicas, tais
como: - decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos
patrimoniais; - avaliar a administrao da entidade quanto
responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto qualidade de
seu desempenho e de sua prestao de contas; - avaliar a capacidade
de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros
benefcios; - avaliar a segurana quanto recuperao dos recursos
financeiros emprestados entidade; - determinar polticas
tributrias;
- determinar a distribuio de lucros e dividendos; - elaborar e
usar estatsticas da renda nacional; ou - regulamentar as atividades
das entidades.
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0.4.2. Premissa Subjacente H uma premissa subjacente na
Estrutura Conceitual, denominada continuidade. 0.4.2.1.
Continuidade
As demonstraes contbeis so normalmente preparadas no pressuposto
de que a entidade est em atividade (entidade em marcha) e continuar
em operao no futuro previsvel. Dessa forma, presume-se que a
entidade no tem a inteno nem a necessidade de entrar em liquidao,
nem reduzir materialmente a escala das suas operaes. Se tal inteno
ou necessidade existir, as demonstraes contbeis tm que ser
preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base de elaborao
dever ser divulgada. A continuidade tambm um Princpio de
Contabilidade citado da Resoluo CFC no 750/93. Vejamos: De acordo
com o artigo 5o da Resoluo CFC no 750/93:
Art. 5 O Princpio da Continuidade pressupe que a Entidade
continuar em operao no futuro e, portanto, a mensurao e a
apresentao dos componentes do patrimnio levam em conta esta
circunstncia.
Postulado da Continuidade das Entidades: Para a Contabilidade, a
Entidade um organismo vivo que ir viver (operar) por um longo
perodo de tempo (indeterminado) at que surjam fortes evidncias em
contrrio...
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Caractersticas do princpio da continuidade: I - A entidade
continuar em operao no futuro (por um longo perodo de tempo) e a
mensurao e a apresentao dos componentes do patrimnio levam em conta
esta circunstncia.
Exemplo: A empresa Kaprisma obteve um emprstimo e comear a ser
pago aps trs anos. Portanto, este emprstimo ser registrado no
patrimnio como emprstimos a pagar de longo prazo, pois, pelo
princpio da continuidade, a empresa continuar em operao por um
longo perodo.
II - A situao limite na aplicao do princpio da continuidade
aquela em que h a completa cessao das atividades da entidade.
Exemplo: A empresa Kaprisma obteve um emprstimo e comear a ser
pago aps trs anos. Contudo, um ano aps a obteno do emprstimo, a
empresa cessa suas atividades. Nessa situao, a empresa Kaprisma ter
que quitar suas obrigaes a pagar, ou seja, a cessao das atividades
causou uma alterao do prazo de vencimento do emprstimo.
J caiu em prova! (Bacharel em Cincias Contbeis-Exame de
Suficincia-CFC-2011-1) Presume-se que a entidade no tem a inteno
nem a necessidade de entrar em liquidao, nem reduzir materialmente
a escala das suas operaes; se tal inteno ou necessidade existir, as
demonstraes contbeis tm que ser preparadas numa base diferente e,
nesse caso, tal base dever ser divulgada. A afirmao acima tem por
base o Princpio da: a) Continuidade. b) Oportunidade. c) Prudncia.
d) Relevncia. E a? Alguma dvida? A alternativa a a correta.
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0.5. Importante para a Prova Estrutura Conceitual Bsica Objetivo
do Relatrio Contbil-Financeiro de Propsito Geral: fornecer
informaes contbil-financeiras acerca da entidade que reporta tal
informao (reporting entity) que sejam teis a investidores
existentes e investidores em potencial, a credores por emprstimos e
a outros credores, tendo em vista que o processo de tomada de
deciso desses usurios est diretamente ligado ao fornecimento de
recursos para a entidade. Usurios da Informao Usurios:
Investidores, credores por emprstimo e outros credores, existentes
e em potencial (denominados de usurios primrios dos relatrios
contbil-financeiros de propsito geral, pois eles no requerem
informaes especficas para entidade, mas utilizam os relatrios
contbil-financeiros de propsito geral disponibilizados). Outros
usurios: administradores da prpria entidade, rgos reguladores,
governos e os fiscos federal, estaduais e municipais. Premissa
Subjacente - Continuidade As demonstraes contbeis so normalmente
preparadas no pressuposto de que a entidade est em atividade
(entidade em marcha) e continuar em operao no futuro previsvel.
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0.6. Exerccios de Fixao
1.(Analista Judicirio 02rea: Apoio EspecializadoEspecialidade:
Contabilidade-TJ/ES-2011-Cespe) Diversos so os tipos de usurios
interessados nas informaes contidas nas demonstraes contbeis das
entidades. Um desses grupos constitudo pelos clientes, cujo
interesse tanto maior quanto maior forem a sua dependncia e a
concentrao nos fornecimentos de algumas poucas entidades.
2.(Contador-Correios-2011-Cespe) O conjunto completo de demonstraes
contbeis inclui o balano patrimonial, a demonstrao do resultado do
exerccio, a demonstrao de mutaes do patrimnio lquido, a demonstrao
de fluxo de caixa, a demonstrao de valor adicionado e as
demonstraes e relatrios de anlise gerencial.
3.(Contador-STM-2010-Cespe) O objeto da contabilidade o patrimnio,
constitudo pelo conjunto de bens, direitos e obrigaes prprios de
determinado ente. 4.(Analista de Saneamento- Cincias
Contbeis-Embasa-2009-Cespe) O principal objetivo da contabilidade
fornecer informaes teis para auxiliar o processo decisrio dos
usurios. 5.(Assistente de Saneamento-Tcnico
Contbil-Embasa-2009-Cespe) A principal finalidade da contabilidade
prover informaes para auxiliar a tomada de decises.
6.(Auditor-FUB-2009-Cespe) As funes da contabilidade incluem a
orientao dos usurios, assim entendida a prestao de informaes teis
que possam evidenciar as mutaes patrimoniais, tanto qualitativas
quanto quantitativas. 7.(Tcnico de Atividades do Meio
Ambiente-Tnico em Contabilidade-IBAM-2009-Cespe) A contabilidade
tem como objeto o patrimnio e como um de seus objetivos prover seus
usurios de informaes teis para a tomada de deciso. 8.(Tcnico
Judicirio-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) Os objetivos das
demonstraes contbeis incluem apresentar os resultados da atuao da
administrao na gesto da entidade. 9.(Auditor do Estado-Cincias
Contbeis-Secont/ES-2009-Cespe) O objetivo das demonstraes contbeis
da entidade fornecer informaes acerca da sua posio patrimonial e
financeira, que sejam teis aos usurios em suas avaliaes e tomadas
de deciso econmica. As demonstraes contbeis no permitem medir o
desempenho nem as mudanas na posio financeira da entidade.
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10.(Agente Fiscal de Tributos MunicipaisPrefeitura de
Teresina2008-Cespe) A despeito das mudanas substanciais nos tipos
de usurios e nas modalidades de informao que estes tm procurado, a
funo fundamental da contabilidade continua atrelada finalidade de
prover esses usurios das demonstraes contbeis com informaes que os
ajudem a tomar decises de natureza econmico-financeira. GABARITO: 1
Certo 2 Errado 3 Certo 4 Certo 5 Certo 6 Certo 7 Certo 8 Certo 9
Errado 10 Certo
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0.7. Resoluo dos Exerccios de Fixao 1.(Analista Judicirio 02rea:
Apoio EspecializadoEspecialidade: Contabilidade-TJ/ES-2011-Cespe)
Diversos so os tipos de usurios interessados nas informaes contidas
nas demonstraes contbeis das entidades. Um desses grupos constitudo
pelos clientes, cujo interesse tanto maior quanto maior forem a sua
dependncia e a concentrao nos fornecimentos de algumas poucas
entidades. Resoluo Clientes: Tm interesse em informaes sobre a
continuidade operacional da entidade, especialmente quando tm um
relacionamento a longo prazo com ela, ou dela dependem como
fornecedor importante. Portanto, o interesse dos clientes tanto
maior quanto maior forem a sua dependncia e a concentrao nos
fornecimentos de algumas poucas entidades. Se um cliente possui
apenas dois fornecedores, por exemplo, ele tem o maior interesse
nesses fornecedores, pois, caso eles quebrem, muito provavelmente o
cliente passar por dificuldades. GABARITO: Certo
2.(Contador-Correios-2011-Cespe) O conjunto completo de demonstraes
contbeis inclui o balano patrimonial, a demonstrao do resultado do
exerccio, a demonstrao de mutaes do patrimnio lquido, a demonstrao
de fluxo de caixa, a demonstrao de valor adicionado e as
demonstraes e relatrios de anlise gerencial. Resoluo O conjunto de
demonstraes contbeis inclui, normalmente: - Balano Patrimonial; -
Demonstrao do Resultado do Exerccio; - Demonstrao dos Lucros ou
Prejuzos Acumulados; - Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido; -
Demonstrao do Fluxo de Caixa; - Demonstrao do Valor Adicionado; e -
Notas Explicativas. Podem tambm incluir quadros e informaes
suplementares baseados ou originados de demonstraes contbeis que se
espera sejam lidos em conjunto com tais demonstraes.
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Ateno, pois as demonstraes contbeis no incluem itens como
relatrios da administrao, relatrios do presidente da entidade,
comentrios e anlises gerenciais e itens semelhantes que possam ser
includos em um relatrio anual ou financeiro. GABARITO: Errado
3.(Contador-STM-2010-Cespe) O objeto da contabilidade o patrimnio,
constitudo pelo conjunto de bens, direitos e obrigaes prprios de
determinado ente. Resoluo O objeto da Contabilidade o patrimnio,
que corresponde ao conjunto de bens, direitos e obrigaes referentes
azienda ou entidade econmico-administrativa. Por azienda,
entende-se toda entidade organizada passvel de ter um patrimnio
(bens, direitos e obrigaes), ou seja, so pessoas jurdicas com fins
lucrativos, empresas informais, entidades sem fins lucrativos,
empresas pblicas, pessoas fsicas e etc. GABARITO: Certo 4.(Analista
de Saneamento- Cincias Contbeis-Embasa-2009-Cespe) O principal
objetivo da contabilidade fornecer informaes teis para auxiliar o
processo decisrio dos usurios. Resoluo O objetivo do relatrio
contbil-financeiro de propsito geral fornecer informaes
contbil-financeiras acerca da entidade que reporta tal informao
(reporting entity) que sejam teis a investidores existentes e
investidores em potencial, a credores por emprstimos e a outros
credores, tendo em vista que o processo de tomada de deciso desses
usurios est diretamente ligado ao fornecimento de recursos para a
entidade. Portanto, o principal objetivo da contabilidade fornecer
informaes teis para auxiliar o processo decisrio dos usurios.
GABARITO: Certo
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5.(Assistente de Saneamento-Tcnico Contbil-Embasa-2009-Cespe) A
principal finalidade da contabilidade prover informaes para
auxiliar a tomada de decises. Resoluo O principal objetivo da
contabilidade fornecer informaes teis para auxiliar o processo
decisrio dos usurios. GABARITO: Certo 6.(Auditor-FUB-2009-Cespe) As
funes da contabilidade incluem a orientao dos usurios, assim
entendida a prestao de informaes teis que possam evidenciar as
mutaes patrimoniais, tanto qualitativas quanto quantitativas.
Resoluo O objetivo do relatrio contbil-financeiro de propsito geral
fornecer informaes contbil-financeiras acerca da entidade que
reporta tal informao (reporting entity) que sejam teis a
investidores existentes e investidores em potencial, a credores por
emprstimos e a outros credores, tendo em vista que o processo de
tomada de deciso desses usurios est diretamente ligado ao
fornecimento de recursos para a entidade. Portanto, as funes da
contabilidade incluem a orientao dos usurios, assim entendida a
prestao de informaes teis que possam evidenciar as mutaes
patrimoniais, tanto qualitativas (alterao da formao do patrimnio)
quanto quantitativas (alterao de valores do patrimnio). GABARITO:
Certo 7.(Tcnico de Atividades do Meio Ambiente-Tnico em
Contabilidade-IBAM-2009-Cespe) A contabilidade tem como objeto o
patrimnio e como um de seus objetivos prover seus usurios de
informaes teis para a tomada de deciso. Resoluo O objeto da
Contabilidade o patrimnio, que corresponde ao conjunto de bens,
direitos e obrigaes referentes azienda. O principal objetivo da
contabilidade fornecer informaes teis para auxiliar o processo
decisrio dos usurios. GABARITO: Certo
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8.(Tcnico Judicirio-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) Os
objetivos das demonstraes contbeis incluem apresentar os resultados
da atuao da administrao na gesto da entidade. Resoluo As
demonstraes contbeis elaboradas segundo a Estrutura Conceitual
satisfazem as necessidades comuns da maioria dos seus usurios, uma
vez que quase todos eles utilizam essas demonstraes contbeis para a
tomada de decises econmicas, tais como: - decidir quando comprar,
manter ou vender instrumentos patrimoniais; - avaliar a administrao
da entidade quanto responsabilidade que lhe tenha sido conferida e
quanto qualidade de seu desempenho e de sua prestao de contas; -
avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e
proporcionar-lhes outros benefcios; - avaliar a segurana quanto
recuperao dos recursos financeiros emprestados entidade; -
determinar polticas tributrias;
- determinar a distribuio de lucros e dividendos; - elaborar e
usar estatsticas da renda nacional; ou - regulamentar as atividades
das entidades. GABARITO: Certo 9.(Auditor do Estado-Cincias
Contbeis-Secont/ES-2009-Cespe) O objetivo das demonstraes contbeis
da entidade fornecer informaes acerca da sua posio patrimonial e
financeira, que sejam teis aos usurios em suas avaliaes e tomadas
de deciso econmica. As demonstraes contbeis no permitem medir o
desempenho nem as mudanas na posio financeira da entidade. Resoluo
O objetivo do relatrio contbil-financeiro de propsito geral
fornecer informaes contbil-financeiras acerca da entidade que
reporta tal informao (reporting entity) que sejam teis a
investidores existentes e investidores em potencial, a credores por
emprstimos e a outros credores, tendo em vista que o processo de
tomada de deciso desses usurios est diretamente ligado ao
fornecimento de recursos para a entidade.
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Portanto, corrigindo o item, teramos: O objetivo das demonstraes
contbeis da entidade fornecer informaes acerca da sua posio
patrimonial e financeira, que sejam teis aos usurios em suas
avaliaes e tomadas de deciso econmica. As demonstraes contbeis
permitem medir o desempenho e as mudanas na posio financeira da
entidade. GABARITO: Errado 10.(Agente Fiscal de Tributos
MunicipaisPrefeitura de Teresina2008-Cespe) A despeito das mudanas
substanciais nos tipos de usurios e nas modalidades de informao que
estes tm procurado, a funo fundamental da contabilidade continua
atrelada finalidade de prover esses usurios das demonstraes
contbeis com informaes que os ajudem a tomar decises de natureza
econmico-financeira. Resoluo O principal objetivo da contabilidade
fornecer informaes teis para auxiliar o processo decisrio dos
usurios. GABARITO: Certo Bons estudos, Moraes Junior
[email protected] Bibliografia Lei das
Sociedades Annimas com as alteraes trazidas pela Lei no 11.638/07 e
pela Lei no 11.941/09. Normas do Comit de Pronunciamentos Contbeis
(CPC). www.cpc.org.br Normas do Conselho Federal de Contabilidade
(CFC). www.cfc.org.br Normas da Comisso de Valores Mobilirios
(CVM). www.cvm.gov.br FIPECAFI, Manual de Contabilidade Societria
(aplicvel a todas as sociedades). So Paulo. Editora Atlas. 2010.
MORAES JUNIOR, Jos Jayme. Contabilidade Geral. Rio de Janeiro.
Elsevier Editora. 3a Edio. 2011.