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Momentos da Educação Ambiental Discussões: - formal, não formal e informal; -modalidades da Educação Conservacionista, ao Ar Livre e Ecológica; - Educação “para”, “sobre o” e “no” ambiente. Hoje: diferentes posicionamentos político pedagógicos. Alfabetização Ecológica, Ecopedagogia, Educação Ambiental Crítica, Transformadora ou Emancipatória,
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Aula Expositiva Abordagens

Jan 15, 2016

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João Mário

Educação ambiental
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Momentos da Educação AmbientalDiscussões: - formal, não formal e informal; -modalidades da Educação Conservacionista, ao Ar Livre e Ecológica; - Educação “para”, “sobre o” e “no” ambiente.

Hoje: diferentes posicionamentos político pedagógicos.Alfabetização Ecológica, Ecopedagogia, Educação Ambiental Crítica, Transformadora ou Emancipatória, Educação no Processo de GestãoAmbiental.

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Educação Ambiental Conservadora

Características- Transmitindo o conhecimento correto fará com que o

indivíduo compreenda a problemática ambiental e que isso vá transformar seu comportamento e a sociedade;

- o racionalismo sobre a emoção; - sobrepor a teoria à prática; - o conhecimento desvinculado da realidade; - a disciplinaridade frente transversalidade; - o individualismo diante da coletividade; - o local descontextualizado do global;- a dimensão tecnicista frente à política;

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• O que querem dizer essas novas denominações?

• Por que elas surgiram?

• Quais são as semelhanças e diferenças existentes entre elas?

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA- Rebate a Educação Ambiental Conservadora – conserva o movimento de constituição da realidade de acordo com os interesses dominantes – a lógica do capital

- situa o ambiente conceitual e político onde a educação ambiental pode buscar sua fundamentação enquanto projeto educativo que pretende transformar asociedade.

- rompe com uma visão de educação tecnicista, difusora e repassadora de conhecimentos, convocando a educação a assumir a mediação na construção social de conhecimentos implicados na vida dos sujeitos.

- compreender as relações sociedade-natureza e intervir sobre os problemas e conflitos ambientais.

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- contribuir para uma mudança de valores e atitudes,contribuindo para a formação de um sujeito ecológico ;

- afirma uma ética ambiental, balizadora das decisões sociais e reorientadora dos estilos de vida coletivos e individuais;

- a prática educativa é a formação do sujeito humano enquanto ser individual e social, historicamente situado

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• Promover a compreensão dos problemas socioambientais em suas

múltiplas dimensões: geográficas, históricas, biológicas, sociais e subjetivas; considerando o ambiente como o conjunto das interrelações que se estabelecem entre o mundo natural e o mundo social, mediado por saberes locais e tradicionais, alem dos saberes científicos;

• Contribuir para a transformação dos atuais padrões de uso e distribuição dos bens ambientais em direção a formas mais sustentáveis, justas e solidárias de vida e de relação com a natureza;

• Formar uma atitude ecológica dotada de sensibilidades estéticas, éticas e políticas sensíveis à identificação dos problemas e conflitos que afetam o ambiente em que vivemos;

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• Implicar os sujeitos da educação com a solução ou melhoria destes problemas e conflitos através de processos de ensino-aprendizagem, formais ou não formais, que preconizem a construção significativa de conhecimentos e a formação de uma cidadania ambiental;

• Atuar no cotidiano escolar e não escolar, provocando novas questões, situações de aprendizagem e desafios para a participação na resolução de problemas, buscando articular escola com os ambientes locais e regionais onde estão inseridas;

• Construir processos de aprendizagem significativa, conectando a experiência e os repertórios já existentes com questões e experiências que possam gerar novos conceitos e significados para quem se abre à aventura de compreender e se deixar surpreender pelo mundo que o cerca;

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• Situar o educador como, sobretudo, um mediador de relações sócio-educativas, coordenador de ações, pesquisas e reflexões – escolares e/ou comunitárias – que oportunizem novos processos de aprendizagens sociais, individuais e institucionais ;

• Ação pedagógica da Educação Ambiental Crítica = é desenvolvida através de projetos que se voltem para além das salas de aula, pode ser metodologicamente viável, desde que os educadores que a realizam, conquistem em seu cotidiano a práxis de um ambiente educativo de caráter crítico.

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• Principais bases teóricas:- leitura crítica (Freire) - de um espaço (Santos) - complexo (Morin).

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ECOPEDAGOGIA

- Base: Gadotti; holismo, especialmente em Fritjof Capra e Leonardo Boff; Paulo Freire.

- considera a Educação Ambiental como uma mudança de mentalidade em relação à qualidade de vida, associada à busca do estabelecimento de uma relação saudável e equilibrada com o contexto, com o outro e com o ambiente.

- contexto que está situado o debate em torno da sustentabilidade para a Ecopedagogia, ou seja, na compreensão da incompatibilidade entre o princípio do lucro, inerente ao modelo de desenvolvimento capitalista e a sustentabilidade, tratada nas suas dimensões: social, política, econômica, cultural e ambiental

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- Faz-se referência à Terra como um organismo vivo, seguindo as proposições de James Lovelock (1987), sobre a hipótese Gaia.

• O que se busca é a recuperação de uma “harmonia ambiental”, que supõe uma nova maneira de estabelecer as relações com a Terra, respeitando o direito à vida de todos os seres que nela habitam.

“A dimensão planetária reflete e requer uma profunda consciência ecológica, que é, em definitivo, a formação da consciência espiritual como único requisito no qual podemos e devemos fundamentar o caminho que nos conduz ao novo paradigma” (Gutiérrez & Prado, 2000:38).

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- Em 1999, foi criado o Movimento pela Ecopedagogia, organizado pelo Instituto Paulo Freire com apoio da Unesco e do Conselho da Terra.

- Intuito deste movimento é estimular experiências práticas na perspectiva da Ecopedagogia que estarão alimentando a construção de suas propostas teórico-metodológicas.

- Planetaridade e cidadania planetária = caminho sociedades sustentáveis

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As Chaves pedagógicas• Faz-se caminho ao andar: os caminhos devem ser construídos a

partir de um fazer cotidiano e permanente;

• Caminhar com sentido: dar sentido ao que fazemos, impregnar de sentido as práticas da vida cotidiana e compreender o sem-sentido de muitas outras práticas;

• Caminhar em atitude de aprendizagem: desencadear processos pedagógicos abertos, dinâmicos, criativos, em que seus protagonistas estejam em atitude de aprendizagem permanente;

• Caminhar em diálogo com o entorno: a interlocução é tida como essência do ato educativo. Por interlocução, os autores compreendem “a capacidade de chegar ao outro, de abrir-se ao meio, de percorrer caminhos de compreensão e expressão, de promover processos e de facilitar aprendizagens abertas”

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• No caminhar a intuição é prioritária: os sentimentos, a emotividade e a imaginação são considerados fundamento da relação entre os seres humanos e a natureza na perspectiva da Ecopedagogia;

• Caminhar como processo produtivo: é ressaltada a importância de resultados concretos para retroalimentar o processo educativo em construção. Trata-se de elaborar uma memória do processo de aprendizagem, a partir de registro escrito, gráfico, audiovisual do que se aprende a cada dia. Um registro que desempenhe o papel não de tarefas a serem cumpridas, mas como processo de busca de apreender a cotidianidade;

• Caminhar re-criando o mundo: em que se exercita a expressão criadora e a comunicação que, para os autores, geram compromisso, iniciativa, desinibição, auto-estima;

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• Caminhar avaliando o processo: propõe-se um sistema de avaliação que permite integrar processos e produtos, em que se busque identificar: a apropriação de conteúdos, o desenvolvimento e mudança de atitudes, o desenvolvimento da criatividade, a capacidade de relacionar-se e expressar-se, a consecução de produtos que evidenciam o desenvolvimento pessoal.

Qual a metodologia mais adequada para contestar hábitos de consumo, que precisam ser revistos?

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL TRANSFORMADORA

Começou a se configurar nos anos de 1980, pela maior aproximação de educadores, principalmente os envolvidos com educação popular e instituições públicas de educação, junto aos militantes de movimentos sociais e ambientalistas com foco na transformação societária e no questionamento radical aos padrões industriais e de consumo consolidados no capitalismo

Bases teóricas e metodológicas que conformam sua práxis (pensar e agir), tem no diálogo com as tradições a seguir os alicerces de seus posicionamentos e visão social de mundo.

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• Paulo Freire, Miguel Arroyo, Moacir Gadotti e Carlos Rodrigues Brandão Ecologia Política (René Dumont, Daniel Cohn-Bendit, Rudolph Bahro e André Gorz), passa pelo crítico Enrique Leff, até chegar a autores que se mantém estritamente na tradição dialética marxiana (Raymond Williams, Michel Löwy, Francisco Buey, James O’ Connor, Elmar Altvater).

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EDUCAÇÃO NO PROCESSO DE GESTÃO AMBIENTAL

- PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL TRANSFORMADORA EEMANCIPATÓRIA- Quintas = IBAMA

• Gestão ambiental pública: processo de mediação de interesses e conflitos (potenciais ou explícitos) entre atores sociais que agem sobre os meios físico-natural e construído, objetivando garantir o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, conforme determina a Constituição Federal.

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• Educação Ambiental Crítica que “é um processo educativo eminentemente político, que visa ao desenvolvimento nos educandos de uma consciência crítica acerca das instituições, atores e fatores sociais geradores de riscos e respectivos conflitos sócio ambientais” (Layrargues, 2002:189).

• Poder Público estabelece padrões de qualidade ambiental, avalia impactos ambientais, licencia e revisa atividades efetiva e potencialmente poluidoras, disciplina a ocupação do território e o uso de recursos naturais, cria e gerencia áreas protegidas, obriga a recuperação do dano ambiental pelo agente causador, e promove o monitoramento, a fiscalização, a pesquisa, a educação ambiental e outras ações necessárias ao cumprimento da sua função mediadora.

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• Relações de poder = Grupos de interesses e pressão- Empresários (poder do capital); - Políticos (poder de legislar); - Juizes (poder de condenar e absolver etc.); - Membros do Ministério Público (poder de investigar e acusar); - Dirigentes de órgãos ambientais (poder de embargar,

licenciar, multar); - jornalistas (poder de influenciar na formação da opinião

pública); - Agências estatais de desenvolvimento (poder de

financiamento, de criação de infra-estrutura) - Outros atores sociais cujos atos podem ter grande repercussão

na qualidade ambiental e, conseqüentemente, na qualidade de vida das populações.

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A prática da gestão ambiental não é neutra. O Estado, ao assumir determinada postura diante de um problema ambiental, está de fato definindo quem ficará, na sociedade e no país, com os custos, e quem ficará com os benefícios advindos da ação antrópica sobre o meio, seja ele físico, natural ou construído (Quintas & Gualda, 1995).