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LNGUA PORTUGUESA - MPU Prof. Odiombar Rodrigues
Mdulo 03
Apresentao
Estamos iniciando o nosso mdulo 03. Sinto-me muito feliz com a
interatividade
do pessoal, principalmente atravs do e-mail. Alguns no se
comunicam, ficam na
moita, mas espero que logo estejam participando de nosso
trabalho. A contribuio de
cada um constri e qualifica-o.
Neste mdulo aumentei as questes com respostas comentadas. Como
havia dito
no incio, na medida em que os aspectos tericos ficam mais
restritos, a gente pode ir
aumentando as questes.
Fiquei muito satisfeito com uma aluna que me perguntou se eu
selecionava as
questes mais fceis para colocar no curso, pois ela estava
acertando muito! Fiquei
muito feliz, pois no so as questes que esto fceis o conhecimento
dela que est
aumentando. Isto timo! Eu procuro usar o mximo de cada prova, o
que fao
comentar mais profundamente as questes mais complexas e passar
mais rpido sobre
as mais fceis.
Desde o mdulo 00, inclu uma tabela para que cada um acompanhe o
seu
desenvolvimento e possa conferir o progresso. No tenho recebido
avaliaes dos
alunos sobre a utilidade das tabelas e sobre o prprio
desempenho. A turma estaria
considerando intil este tipo de conferncia ou no esto sentindo
necessidade de
comentar? Deixo com vocs a palavra.
Mais uma vez, reforo a disponibilidade de responder a cada um e
atender s
perguntas e sugestes formuladas. O importante vocs aproveitarem
o mximo
possvel deste curso e retirarem do professor tudo que puderem em
termos de
conhecimento. No deixem de perguntar, participar, sugerir. Nosso
prazer ajudar a
cada um de vocs a alcanar o grande objetivo: passar no
concurso.
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 91
Vamos aos contedos desta semana.
Contedos gramaticais
Sintaxe de regncia
Regncia a rea de estudo da sintaxe que aborda as relaes de
subordinao
entre o verbo ou o nome e seus complementos. O verbo e o nome so
classificados
como regentes, enquanto os complementos so termos regidos.
9 Gosto (regente) de Lngua Portuguesa (regido) 9 A certeza
(regente) de aprovao (regido) depende (regente) do estudo
(regido)
importante perceber que tanto o verbo como o nome podem ser
regentes. No
caso dos verbos, os elementos regidos so objetos indiretos e, no
caso dos nomes, os
elementos regidos so complementos nominais.
A principal funo do estudo da regncia evitar ambiguidade na
construo
das frases. Vejamos alguns casos comuns:
9 O mdico assistiu o doente prestou socorro, deu auxlio, mas 9 O
mdico assistiu ao doente agora o mdico apenas presenciou, olhou
como quem olha um espetculo, no prestou socorro!
Se o seu amigo vier prestar concurso na sua cidade, voc poder
construir duas
frases distintas:
9 O meu amigo veio de nibus tem o sentido de meio de transporte,
no foi de avio.
9 O meu amigo veio no nibus (das dez horas / de So Paulo)
agora
especificado o horrio ou a procedncia.
Como voc pode perceber, o verbo vir est com duas regncias
distintas, pois
so dois sentidos diferentes. Bonito estudar sintaxe!!!!
Agora vamos revisar cada tipo de regncia em separado.
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 92
Regncia nominal
Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advrbios) so comparveis
aos verbos
transitivos indiretos: precisam de um complemento.
O complemento nominal para o nome o que o objeto indireto para o
verbo,
exige o uso de alguma preposio. (Assim como os verbos, alguns
nomes apresentam
mais de uma regncia).
No h como escapar da famosa listinha, mas espero que no a
considerem
como algo a ser decorado. O melhor percorr-la, procurando as
palavras
desconhecidas para construir frases. na produo de texto que
fixamos o uso da
linguagem. Vejamos algumas palavras que costumam ocorrer com
mais frequncia em
provas de concurso.
acessvel a, para, por adequado a, com, para afvel com, para com
alheio a amoroso com, para, para com anlogo a ansioso de, por
anterior a aparentado com apto para, a atentado a, contra atento a,
em, para avaro de averso a, para, por avesso a, de, em vido de
bacharel em benefcio a bom para capaz de, para cego a certo de
cheiro a, de cobioso de comum a, de conforme a, com constante em
contente com, de, em, por contempornea de, a
dvida acerca de, em, sobre empenho de, em, por entendido em
erudito em escasso de essencial para estranho a exato em fcil a,
de, para favorvel a falho de, em feliz com, de, em, por frtil de,
em fiel a firme em forte de, em fraco para, com, de, em furioso
com, de grato a hbil em habituado em horror a hostil a, para com
ida a idntico a imediato a impacincia com imune a, de importante
contra, para imprprio para
necessrio a, em, para negligente em nobre de, em, por nocivo a
obediente a obsequioso com orgulhoso com, para com parco em, de
parecido a, com, em passvel de peculiar a, de perito em pernicioso
a pertinaz em piedade com, de, para, para com, por pobre de
poderoso para, com possvel de posterior a proeminncia sobre prestes
a, para prodgio de, em pronto para, em propcio a, para propnquo de
prprio para, de proveitoso a prximo a, de querido de, por respeito
a, com, de, em,
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 93
contguo a contrrio a cruel com, para com cuidadoso com cmplice
em, de curioso de, por desatento a descontente com desejoso de
desfavorvel a desleal a devoto a, de devoo a, para com, por
diferente de difcil de digno de diligente em, para ditoso com
diverso de doce a dcil a dotado de doutor em duro de
inbil para envolvido com, em inacessvel para, a incapaz de, para
incompatvel com incompreensvel para inconstante em incrvel a, para
indito a indeciso em indiferente a indigno de indulgente para, para
com inerente a insensvel a intolerante com, para com leal a lento
em liberal com maior de mau com, para com menor de morada em
natural a, de, em
entre, para com, por rico de, em sbio em, para sensvel a, para
sito em, entre situado a, em, entre soberbo com solcito com, de,
em, para, para com, por sujo de temvel a, para transido de
substituio de, por suspeito a, de temeroso a triste de, com ltimo
em, de, a unio a, com, entre nico em, a, entre, sobre til a, para
vazio de visvel a vulgar a, em, entre
Complemento nominal
Em geral os nomes que exigem complementos nominais possuem
formas
correspondentes a verbos transitivos, pois ambos completam o
sentido de outro termo.
So exemplos dessa correlao:
9 obedecer aos pais .> obedincia aos pais 9 chegar casa >
chegada casa 9 protestar contra a opresso > protesto contra a
opresso
Agora vamos passar regncia verbal.
Regncia verbal
A regncia verbal a parte da gramtica que estuda as relaes do
verbo com
seus complementos. Tem sido um assunto preferido das bancas de
concurso, mas, em
geral, no oferece grandes dificuldades, pois basta perceber que
o sentido dos verbos
pode ser alterado em funo da preposio que o segue. Assim,
importante estar atento
para os casos em que os verbos apresentam regncias mltiplas.
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 94
Como exemplo, consideremos os verbos amar e precisar:
9 Eles amam a liberdade; 9 Eles precisam de liberdade.
Observe que amar exige complemento (quem ama ama alguma coisa)
sem
preposio (de, com, a, em, para, etc.). O precisar tambm exige
complemento, mas
com preposio (quem precisa precisa DE alguma coisa). H, ainda,
verbos com dois
complementos (um sem e outro com preposio), como o caso de
entregar:
9 O carteiro entregou [a carta] [A Jos]. Quem entrega entrega
algo a algum (h dois complementos: algo e a
algum. Um tem preposio (a), e outro no.
O sentido, tambm, pode ser diferenciado conforme a regncia
utilizada.
Vejamos um exemplo interessante:
9 O namorado agrada a namorada. agradar, neste caso, significa
acariciar, fazer carinho
9 O namorado agrada namorada agradar, neste caso, significa ser
agradvel a "causar agrado.
Podemos rir um pouco? Afinal, estudar linguagem divertir-se!!!
Do que vimos
sobre o verbo agradar, qual o sentido da frase: O mdico agradou
a paciente.
Logo, conclui-se que "agradar algum" diferente de "agradar a
algum". Para
evitar ambiguidade: O mdico agradou paciente. Assim a linguagem
nos livra do
assdio!!!!!!! Fcil, no?
Logo abaixo inclumos uma srie de verbos com suas regncias,
seguidos por
alguns exemplos ilustrativos. A lista pode parecer longa, mas
todos so retirados de
provas de concursos. Quanto mais examino provas, mais longa fica
minha lista!!!!
Ponto para vocs!
Verbo Regncia
Abdicar
Este verbo tem dupla regncia. Pode ser transitivo direto (TD) ou
indireto (TI), seguido da preposio de. Ex: O rei abdicou o trono.
Ex: O rei abdicou do trono.
Acreditar
Este verbo tem uma particularidade muito importante. a) Quando o
complemento for locuo, ele usado com a preposio em, (TI). Ex:
Acredito em estudo srio para ser aprovado. b) Quando o complemento
for uma orao subordinada, normal dispensar a preposio. (TD Ex:
Acreditamos que o estudo seja o melhor caminho para o sucesso.
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Agradar
Duas regncias possveis: a)No sentido de satisfazer, o verbo
agradar exige a preposio a. Ex: Os programas do concurso agradaram
aos candidatos. Ex: Os programas do concurso agradaram s candidatas
(no esquea da crase). b) Se agradar significar fazer carinho, no
exigir preposio alguma em seu complemento. Ex: A me no se cansava
de agradar o filho (ou a filha).
Almejar
Os verbos almejar e ansiar podem ser usados com ou sem preposio
por. Ex: Almejo um ano de 2010 excelente para todos Ex: Almejo por
um ano de 2010 excelente para todos. Ex: Anseio aprovao no
concurso. Ex: Anseio por aprovao no concurso.
Ansiar Ver verbo almejar.
Antipatizar
Tanto o verbo antipatizar como simpatizar exigem a preposio com.
Ex.: Simpatizo com Lcio./ Antipatizo com meu professor de Histria.
Obs: Estes verbos no so pronominais, portanto, so consideradas
construes erradas quando os mesmos aparecem acompanhados de pronome
oblquo: Ex: Simpatizo(-me) com Lcio./ Antipatizo(-me) com meu
professor de Histria
Aspirar
Este verbo admite duas regncias: a) (TD)- no sentido de cheirar,
sorver: usa-se sem preposio. Ex.: Aspirou o ar puro da manh. b-
(TI) no sentido de almejar, pretender: exige a preposio a. Ex.:
Este era o cargo a que aspirava.
Assistir
O verbo assistir admite uma srie de regncias: a) no sentido de
prestar assistncia, ajudar, socorrer: usa-se sem preposio. Ex.: O
tcnico assistia os jogadores novatos. b) no sentido de ver,
presenciar: exige a preposio a. Ex.: No assistimos ao show. c) no
sentido de caber, pertencer: exige a preposio a. Ex.: Assiste ao
homem tal direito. d) no sentido de morar, residir: intransitivo e
exige a preposio em. Ex.: Assistiu em Macei por muito tempo.
Atender
importante dar ateno a um detalhe neste verbo. Ele apresenta
regncia dupla: a) No sentido de dar ateno, pode ser transitivo
direto ou indireto, acompanhado da preposio a. Ex: Atenda o
telefonema. Ex: Atenda ao telefone. b) Agora, se o sentido for o de
conceder, deferir, melhor optar pela preposio a no complemento
deste verbo. Ex: O professor atendeu ao pedido dos alunos.
Casar
Este verbo admite duas construes: como verbo transitivo indireto
e como pronominal> Ex: Joo casou com Maria. Ex. Joo casou-se com
Maria.
Chamar
O verbo chamar transitivo direto na maioria dos casos. Ex:
Chamamos o mdico para atender a vtima. Quando este verbo aplicado
no sentido de nomear-se, atribuir-se um nome, ele pronominal. Eu me
chamo Odiombar e tu?
Chega
Os verbos chegar e ir devem ser acompanhados pela preposio a e
no pela preposio em. Vou ao curso preparatrio. Cheguei a Belo
Horizonte.
Classificar-se
Esse verbo deve vir acompanhado de pronome no sentido de ser
aprovado, classificado. Ex: Rubinho classificou-se na corrida de
Interlagos. Porm, no sentido de ordenar, torna-se transitivo
direto. Ex: Classificamos as mdias em ordem crescente.
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Compartilhar Ver verbo desfrutar
Comunicar
O verbo comunicar pode comportar-se como o verbo entregar,
admite dois complementos em qualquer ordem: Ex: Comuniquei o
resultado ao candidato. Ex: Comuniquei ao candidato o resultado.
Pode tambm ser seguido da preposio de. Ex: Comuniquei o candidato
do resultado. Outros verbos tm a mesma regncia como: avisar,
certificar, noticiar, notificar, alertar, etc.
Consentir O verbo consentir admite duas construes: Consentir
algo ou consentir em. Ex: O fiscal da prova consentiu consulta ao
relgio. Ex: O fiscal da prova consentiu em abrir as janelas.
Constar O verbo constar apresenta regncia dupla: constar de ou
constar em. Ex: As provas constam do processo. Ex: As provas
constam no processo.
Crer O verbo crer seguido da preposio em. Ex: Ningum cr em
poltico corrupto.
Custar
Apresenta trs possibilidades: a) no sentido de ser custoso, ser
difcil: regido pela preposio a. Ex.: Custou ao aluno entender o
problema. b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de:
usa-se sem preposio. Ex.: O carro custou-me todas as economias. c)
no sentido de ter valor de, ter o preo: usa-se sem preposio. Ex.:
Imveis custam caro
Deparar
Os verbos deparar e sobressair constituem dois casos comuns do
emprego indevido do pronome tono. Estes verbos no so reflexivos.
compreensvel o desvio, pois eles so sinnimos de verbos pronominais:
encontrar-se (que exige o pronome), e destacar-se (que tambm exige
o pronome). Ex: No concurso deparei com uma prova fcil. Ex: No
concurso deparei(-me) com uma prova fcil. (forma condenada) Ex: Joo
sobressaiu bem na prova. Ex: Joo sobressaiu(-se) bem na prova.
(forma condenada) Segundo a norma culta, tais verbos nunca so
pronominais.
Desfrutar
Desfrutar, usufruir, compartilhar - A norma culta da Lngua
Portuguesa prega que o verbo desfrutar no exige a preposio de no
seu complemento. Dessa maneira, o correto seria escrever: Ex: Joo
desfruta a glria da aprovao no concurso.
Desobedecer Ver verbo obedecer Entregar Ver verbo pagar
Esquecer
Os verbos esquecer e lembrar tm a mesma regncia: a- Quando no
forem pronominais: so usados sem preposio. Ex.: Esqueci o nome
dela. b- Quando forem pronominais: so regidos pela preposio de.
Ex.: Lembrei-me do nome de todos.
Gozar
O verbo gozar tem dupla regncia: transitivo direto ou indireto,
seguido da preposio de. Ex: O aluno goza bom conceito entre os
colegas. Ex: O aluno goza de bom conceito entre os colegas.
Implicar
O verbo implicar pode ter trs regncias distintas: a) no sentido
de causar, acarretar: usa-se sem preposio. Ex.: Esta deciso
implicar srias consequncias. b) no sentido de envolver,
comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto
com a preposio em. Ex.: Implicou o negociante no crime. c) no
sentido de antipatizar: regido pela preposio com. Ex.: Implica com
ela todo o tempo.
Informar Este verbo no sentido de comunicar, avisar, dar
informao: admite duas construes:
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1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas
preposies de ou sobre). Ex.: Informou todos do ocorrido. 2) objeto
indireto de pessoa ( regido pela preposio a) e direto de coisa.
Ex.: Informou a todos o ocorrido
Ir Ver verbo chegar Lembrar Ver verbo esquecer
Morar
Os verbos morar e residir, normalmente, vm acompanhados pela
preposio em. Ex.: Ele mora em Porto alegre. Ex: Maria reside em
Canoas.
Namorar
Este verbo no usado com preposio. Ex.: Joana namora Antnio.
Construes com preposio so condenadas pela norma culta. Ex: Joana
namora (com) Antnio. Quando indicar companhia, este verbo admite a
preposio com. Ex: Joo saiu para namorar com Carlos. Neste caso, Joo
e Carlos foram namorar as meninas juntos. - Construo um tanto
ambgua.
Obedecer O verbo obedecer, assim como desobedecer, exige a
preposio a. Ex.: As crianas obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu
ao professor
Pagar
O verbo pagar quando for seguido de complemento (a coisa paga),
funciona como transitivo direto. Porm se for seguido de pessoa,
deve ser acompanhado da preposio a. Ex.: Ela pagou a conta do
restaurante. Ex: Ela pagou ao balconista a conta do restaurante. Os
verbos entregar e perdoar se coportam da mesma maneira. Ex: O
carteiro entregou a encomenda ao porteiro do prdio. Ex: O professor
perdoou a falta ao aluno.
Pedir
Bastante cuidado com os verbos pedir, permitir e solicitar. Eles
seguem o seguinte modelo: pedir algo (objeto direto) a algum
(objeto indireto). Ex: O fiscal pediu silncio aos candidatos. Ex: O
aluno solicitou ajuda ao professor.
Perdoar
Quando este verbo for seguido pela coisa perdoada, torna-se
transitivo direto, porm quando referir-se a uma pessoa, deve ser
acompanhado da preposio a. Ex: A moa perdoou a grosseria do rapaz.
Ex: A moa perdoou ao rapaz pela grosseira feita.
Permitir Ver verbo pedir
Pisar Este verbo deve ser usado sem preposio. Ex: O menino pisou
a grama da praa.
Preferir
Este verbo exige dois complementos sendo que um usa-se sem
preposio e o outro com a preposio a. Ex.: Prefiro danar a fazer
ginstica. Segundo a linguagem formal, errado usar este verbo
reforado pelas expresses ou palavras: antes, mais, muito mais, mil
vezes mais, etc. Ex.: Prefiro (mil vezes) danar a fazer ginstica.
(forma no recomendada). O verbo preferir , na verdade, mais um que
exige a preposio a. Ex: Prefiro ma a banana.
Presidir Mais um verbo que admite dupla regncia. Ex: Ele
presidiu o encontro. Ex: Ele presidiu ao encontro.
Proceder
O verbo proceder tem trs sentidos bsicos: a) ter fundamento; b)
ter origem em; c) dar incio a algo. Trs construes so possveis para
este verbo: a) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposio.
Ex.: Suas queixas no procedem. b) no sentido de originar-se, vir de
algum lugar: exige a preposio de. Ex.: Muitos males da humanidade
procedem da falta de respeito ao prximo. c) no sentido de dar
incio, executar: usa-se a preposio a. Ex.: Os detetives procederam
a uma investigao criteriosa.
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PONTO DOS CONCURSOS
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Querer
Duas regncias so possveis para este verbo: a) no sentido de
desejar: usa-se sem preposio. Ex.: Quero viajar hoje. b) no sentido
de estimar, ter afeto: usa-se com a preposio a. Ex.: Quero muito
aos meus amigos.
Renunciar Duas regncias so possveis: renunciar algo (TD) e
renunciar a alto (TI). Ex: Collor renunciou o cargo. Ex: Collor
renunciou ao cargo.
Residir Ver verbo morar Simpatizar Ver verbo antipatizar
Sobressair Ver verbo deparar Solicitar Ver verbo pedir
Torcer
O verbo torcer exige preposio por quando o complemento no for
orao. Ex: eu toro pelo grmio. Quando o complemento for uma orao
usa-se com a preposio para. Ex: Toro para que o Grmio seja sempre
campeo.
Usufruir Ver verbo desfrutar
Visar
Este verbo apresenta as seguintes regncias: a) no sentido de
mirar: usa-se sem preposio. Ex.: Disparou o tiro visando o alvo. b)
no sentido de dar visto: usa-se sem preposio. Ex.: Visaram os
documentos. c) no sentido de ter em vista, objetivar: regido pela
preposio a. Ex.: Viso a uma situao melhor.
Mais uma vez enfatizo o fato de que no necessrio decorar listas
de verbos, o
importante reconhecer o sentido que cada regncia determina.
Construam frase, pois,
como disse, a produo de texto que solidifica o conhecimento da
linguagem. Intil o
conhecimento da regra sem o uso!!!!
Vamos ao nosso ltimo ponto terico desta semana.
Estrutura da frase e do perodo
No h aluno que no reclame da anlise sinttica, em sala de aula.
Posso at
concordar que tenham razo em parte, pois muitas vezes o assunto
apresentado como
se fosse um conhecimento tcnico e isolado do contexto. Outras
vezes, no feita a
conexo entre a anlise sinttica e a prtica do uso da linguagem,
ficando o aluno a
imaginar que o assunto algo fora das suas necessidades
lingusticas.
O nosso esforo, aqui, estar voltado para a demonstrao da anlise
sinttica
como um valioso instrumento de compreenso da linguagem e da
sistematizao de
contedos, muitas vezes dispersos. Podemos dizer que o
conhecimento de anlise
sinttica o fechamento de um ciclo de estudo, o exame da sintaxe
a conferncia da
correo de todas as relaes que o texto apresenta. Para o
concursando, nada mais til!
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Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 99
As bancas no pedem classificaes sintticas, portanto,
dificilmente surgiria
uma questo para que o concurseiro diga se uma orao subordinada
substantiva
completiva nominal ou subordinada substantiva subjetiva. O que a
banca solicita a
razo de determinadas concordncias ou a posio de algumas palavras
ou, mesmo, a
funo sinttica de algum termo e a coeso.
Em termos de anlise sinttica, o que nos interessa so as
estruturas da frase e
suas relaes, no dispensaremos tempo com discusses minuciosas.
Quem detm o
conhecimento bsico da sintaxe, com certeza, resolve questes mais
complexas, pois as
diretrizes so as mesmas.
Por uma questo de postura terica, no desmembraremos o estudo em
anlise
interna (da orao) e externa (do perodo), pois o que distingue
uma da outra apenas
uma questo de nvel (orao/perodo) e no de funo
(sujeito/verbo/complemento). O
que nos interessa o conhecimento da estrutura bsica (profunda)
da frase e como este
esquema se desdobra para chegar superfcie lingustica da orao, do
perodo e do
texto.
Desde o incio de nosso trabalho, temos insistido no esquema SPC
como
estrutura bsica da frase. Agora momento de aprofundarmos este
modelo to simples.
Como dissemos, qualquer frase regida pela presena de
Sujeito-Predicado-
Complementos, mas este esquema pode ser ainda reduzido a
Sujeito-predicado ou
apenas Predicado. Isto nos esclarece que o ncleo da frase um
predicado (verbo), pois
ele sempre presente. Para ilustrar podemos mostrar os esquemas
possveis:
SPC - O menino comprou uma bicicleta.
SP - O menino sorriu.
P - Chove.
Agora vamos detalhar cada um destes componentes. Em primeiro
lugar devemos
observar que a frase composta de dois elementos bsicos: um
sintagma nominal
(preenchido pelo nome, seus adjuntos e complementos) e um
sintagma verbal
(preenchido pelo verbo e seus complementos e adjuntos). Vamos
examinar cada um dos
elementos.
9 S - O sujeito o ncleo nominal (composto por nomes e no verbo).
Tem posio marcada no incio da frase. Esta uma funo preenchida
pelo
substantivo, pelo pronome ou por uma orao (orao subordina
substantiva subjetiva). O sujeito pode estar subtendido ou
expresso e
-
Curso
ppp
aaa
(nnn
9 PPP eee
ppp
vvv
ccc
mmm
eee
ppp
eee
s
aaa
aaa
9 CCC eee
ccc
ooo
ccc
s
(nnn
vvv
Vamos ooo
Esquemaaa
Esquemaaa
S(os meninooo
MPU JJJ
ode ser commm
inda ser ac
este caso
- O ncleooo
le no temmm
ortanto esteee
erbo no
lassificaooo
odo-tempooo
xigem commm
ode ser ooo
stas categorrr
ujeito), poddd
djuntos, appp
d+verbo).
- A classss
lementos
omplementtt
complemennn
bjeto diretooo
o substannn
ompletiva
ubordinadaaa
perceberemmm
ome, adjeee
erbal.
rganizar alggg
1 - Coordeee
2 - Oraooo
Os mens) P(estudarrr
PONTTT
ulho/2010
posto por
ompanhadooo
adjunto addd
da frase
os orao.
o modo
oferece
, especialmmm
ral). O queee
plementos
bjeto direttt
ias. Assimmm
e haver addd
enas agora
e dos commm
que so
ares ao vvv
tos nominaaa
e objeto innn
tivo ou ummm
nominal,
substantivaaa
que as
tivo ou addd
uns esquemmm
nao: SPCCC
subordina
inos estudaaaam C (a liooo
O DOS C
Prof. Odiooo
um ou mai
de outros
nominal - aaa
o verbo queee
A cada fooo
seguro de
dificuldadeee
ente por suuu
nos exige
e outros n
o ou objjj
como em ttt
juntos, emmm
adquirem aaa
plementos
complemeee
erbo. Os
is enquannn
direto. Queee
a orao
subordinaddd
objetiva innn
oraes subbb
vrbio) quuu
as que po
+ SPC
da substant
ram a liooo) SSS
ONCURSOOO
mbar Rodrrr
s ncleos (sss
elementos
d+nome) eee
denominaaa
rma verba
isolar as orrr
para ideee
as caracterrr
ateno ooo
o. O complll
eto indirettt
orno do nooo
torno do vvv
denominaaa
a mais
ntares ao
complemmm
to que os c
m preenchhh
substantivaaa
a substannn
direta. A mmm
ordinadas
e foram eee
dem ilustrarrr
iva objetivaaa
e foram aooo(os menino
S
igues
imples ou
que chamaaa
complemeee
mos (sintaggg
l corresponnn
aes dentrrr
ntificao
sticas morfff
fato de quuu
emento exiii
o, abaixo
me (no sinnn
erbo, tambbb
o de adjjj
ampla e cooo
nome eee
entos do
omplementtt
e a funo
: subordinnn
tiva objeee
aior dificuuu
so apena
xpressos ccc
o que foi ddd
direta
cinema.s) P (foram)
Pgina 111
composto),
mos de adj
ntos.
ma verbal)))
de uma orrr
o do peroddd
e, nem
olgicas (fff
e alguns vvv
gido pelo vvv
vamos dettt
tagma nommm
m, pode hhh
unto adverrr
mplexa. TTT
os que
nome sooo
os do verbooo
de complemmm
ada substaaa
tiva diretaaa
ldade dos aaa
s complemmm
om um nnn
ito:
C(ao cinemaaa
00
pode
untos
, sem
ao,
o. O
para
lexo
erbos
erbo,
alhar
inal -
aver
bial -
emos
so
os
so:
ento
ntiva
ou
lunos
entos
cleo
)
-
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subo
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-
PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 102
11 responsvel pela prpria sustentao das empresas no competitivo
mundo dos neg-cios.
12 Os profissionais criativos e empreendedores esto sendo cada
vez mais valorizados nos
13 seus ambientes de trabalho. So eles no as mquinas, nem o
capital os
14 verdadeiros responsveis pelo sucesso de uma empresa. ngela
M.R.Virgolim. Criatividade e sade mental: desafio
famlia e escola. In: A.M.R.Virgolim (org.). Talento criativo,
Braslia: Ed. UnB, p. 29-30 (com adaptaes).
Julgue os itens abaixo a respeito da organizao das estruturas
lingusticas no
desenvolvimento do texto.
Questo n 38.
A substituio de cujas (linha 3) por que as suas, embora confira
maior
informalidade ao texto, preserva as relaes de sentido entre os
termos da orao e a
correo gramatical.
Questo n 39.
Uma forma correta de se evitar a repetio da conjuno e no
primeiro perodo
sinttico do texto seria a substituio de sua ocorrncia depois de
vida, na linha 4,
por vrgula, deixando-se todos os termos da enumerao iniciada por
nossa sade
separados por vrgula.
Questo n 40.
No texto, o emprego do substantivo substituio (linha 6) exige as
preposies
presentes nos trechos da noo (linha 6) e por uma percepo (linha
6), para
indicar os dois termos envolvidos na ideia de troca.
Questo n 41.
O termo o reconhecimento (linha 9) pode ser substitudo por
reconhecer, sem que,
com isso, sejam prejudicadas a coerncia da argumentao ou a
correo gramatical
do texto.
Questo n 42.
Pelas relaes de sentido entre os termos da orao, conclui-se que
seus (linha 10)
estabelece relaes de coeso entre organizao (linha 9) e
empreendimentos
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 103
(linha 10), o que justifica o emprego da forma pronominal no
masculino plural e na
terceira pessoa.
Questo n 43.
As relaes de sentido estabelecidas no primeiro perodo do segundo
pargrafo
evidenciam que a forma de gerndio em sendo responsvel (linhas 10
e 11) remete a
sucesso (linha 10) e, por isso, o adjetivo est empregado no
singular.
Questo n 44.
O desenvolvimento da argumentao no texto permite que a expresso
nos seus
ambientes de trabalho (linhas 12 e 13) seja empregada no
singular no seu
ambiente de trabalho ; mas, como a opo pelo plural exige o uso
do plural tambm
em So eles (linha 13), essa substituio exigiria alteraes no
ltimo perodo do
pargrafo.
Reprter As empresas j se convenceram de que ser tico e
socialmente 1
2 responsvel lucrativo?
Ricardo Young Quem no enxerga a importncia da sustentabilidade
corre 3
4 um srio risco de obsolescncia intelectual e analfabetismo em
relao ao seu tempo. E
5 no se trata de ser ou no ser lucrativo. A responsabilidade
social tem a ver com a
6 capacidade de permanecer ou no no mercado. Em uma empresa
social-mente
7 responsvel, pode-se catalisar a inteligncia instalada e lhe
dar uma direo e um
8 sentido. Isso fortalece a empresa, torna-a mais competitiva,
aumenta a autoestima e a
9 dedicao dos funcionrios, amplia o sentimento de pertencimento
a vida das
10 pessoas, em vez de ser ameaada pelo trabalho, fortalecida por
ele. Essas empres-as
11 tm melhores condies de desempenho e, portanto, de prolongar
sua vida. Ricardo Young. Revista Planeta, out./2009, p. 10 (com
adaptaes).
A partir da organizao das estruturas lingusticas e das ideias do
texto, julgue os
itens de abaixo.
Questo n 45.
O emprego do adjetivo lucrativo (linha 2) no masculino deve-se
concordncia
desse termo com a orao ser tico e socialmente responsvel (linhas
1 e 2).
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 104
Questo n 46.
A ausncia da preposio de antes de analfabetismo (linha 4) mostra
que esse termo
complementa corre (linha 3), em paralelo com um srio risco
(linha 4); para que
complemente risco (linha 4), em paralelo com obsolescncia
intelectual (linha 4),
faz-se obrigatrio o emprego explcito da preposio.
Questo n 47.
Subentende-se da argumentao do texto que, hoje, a capacidade de
uma empresa
permanecer ou no no mercado (linha 6) independe do conceito
tradicional de lucro.
Questo n 48.
Seriam mantidas a coerncia da argumentao e a correo gramatical
do texto caso
fosse suprimido o pronome de pode-se (linha 7), deixando-se
subentender
empresa (linha 6) como sujeito da orao.
Questo n 49.
A funo exercida pelo pronome lhe (linha 7) estaria correta e
coerentemente
desempenhada pelo pronome ela, desde que fosse usada tambm a
preposio a, o que
resultaria em crase, com a seguinte redao: dar ela uma
direo.
Questo n 50.
Nas relaes de coeso do texto, o pronome Isso (linha 8) retoma e
resume a ideia
do perodo anterior, iniciado por Em uma empresa (linha 6).
Questo n 51.
Preservam-se tanto a coerncia da argumentao quanto a correo
gramatical do
perodo caso se substitua o travesso antes de a vida (linha 9)
pelo sinal de dois-
pontos ou pelo de ponto e vrgula.
38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 51 51E C C E C E E C E C E E
C C
38. Uso de cujo Comentrio: A substituio de cujas facetas... por
que as suas facetas... no possvel porque
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 105
acarretaria mudana de sentido, uma vez que a segunda expresso
tem sentido de causa, enquanto cujas facetas tem sentido de posse.
Observaes: O uso de cujos e dos porqus no abordamos, diretamente,
caso algum julgue necessrio, podemos acrescentar um texto sobre o
assunto..
39. Uso da vrgula Comentrio: Quando o sujeito o mesmo, possvel a
substituio da conjuno e pela vrgula, sem alterar o sentido, como
ocorre neste caso: afetam inexoravelmente nossa sade, nosso modo de
vida, a qualidade do meio ambiente e das relaes sociais, polticas e
econmicas.
Observaes: O uso da vrgula est no mdulo 01.
40. Complemento nominal Comentrio: correta a afirmativa, e ainda
podemos acrescentar que o substantivo substituio exige preposio de
para introduzir o complemento nominal. Est rendendo o nosso
conhecimento de regncia nominal.
41. Regncia verbal Comentrio: No possvel a substituio porque o
substantivo reconhecimento exige preposio de para introduzir o
complemento nominal, se houver a substituio pelo verbo reconhecer
esta preposio no mais exigida, porque o verbo transitivo direto e a
preposio deveria ser retirada para haver a correo da frase.
Observaes: Confiram o incio de nosso mdulo, onde abordamos a
questo da regncia verbal.
42. Referenciao Comentrio: correta a afirmativa. Seus
empreendimentos refere-se aos empreendimentos da organizao,
portanto a forma do pronome est correta e a coeso preservada.
Observaes: Este mais um caso de referenciao. O termo
referenciao, talvez fosse desconhecido para alguns, at o incio de
nosso curso, mas acredito que agora esto convencidos de que um
contedo gramatical muito importante e bem ao gosto das bancas de
concurso.
43. Referenciao Comentrio:
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 106
Sendo responsvel remete ao termo criatividade. Fazendo a
substituio fica mais claro: ...sendo a criatividade responsvel pela
prpria.... Portanto a afirmativa incorreta, pois sendo responsvel
no tem como referente a palavra sucesso.
44. Substituio Comentrio: possvel a substituio da expresso nos
seus ambientes de trabalho por no seu ambiente de trabalho, forma
singular. No h necessidade de alterar o ltimo pargrafo do texto,
pois a forma verbal so tem como sujeito os profissionais
(representado por eles). errada a proposta de substituio pelo
sugesto de alterar a forma verbal no ltimo pargrafo.
45. Predicativo do sujeito Comentrio: A afirmativa correta, o
predicativo do sujeito lucrativo concorda com o sujeito ser
tico.
Observaes: Esta questo aborda o predicativo do sujeito. No anexo
colocamos uma pequena exposio terica sobre este assunto.
46. Paralelismo Comentrio: Analfabetismo complementa risco,
fazendo parte do complemento nominal: de obsolescncia intelectual e
(de) analfabetismo. A ausncia da preposio no altera esta relao e no
torna o termo complemento de corre. O uso da preposio ser-ia
recomendado, mas no obrigatrio, pois uma questo de paralelismo
sinttico. Sem o uso da preposio a frase poderia tornar-se
ambgua.
Observaes: Mais uma vez retorna o assunto do paralelismo.
Cuidado com estes conceito!!!!!
47. Interpretao de texto Comentrio: O lucro no o fator
principal. O texto prope a criatividade como tal e enumera uma srie
de fatores determinantes. correta a afirmativa.
48. Funes do se Comentrio: O se que aparece junto ao verbo poder
um pronome apassivador (a inteligncia instalada pode ser
catalisada) e, se for retirado, causa incorreo gramatical e causa
incoerncia na argumentao do texto.
Observaes: O se uma partcula que exerce muitas funes na frase.
Deixo com vocs a
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 107
solicitao de um estudo sobre o assunto. No um tema muito
recorrente, mas. ..
49. Crase Comentrio: Se houvesse a substituio proposta, no seria
obrigatrio o uso da crase antes de ela porque antes de pronome
pessoal a crase opcional, como vimos no estudo sobre a crase.
Observaes: Seria til retomar o estudo da crase no mdulo 01.
50. Retomada de termo Comentrio: O pronome demonstrativo isso
est resumindo e retomando a idia do perodo anterior, o que torna a
alternativa correta. muito simples esta questo, parece que a banca
resolve dar um consolo para os candidatos.
51. Uso do travesso Comentrio: Neste caso, o travesso pode ser
substitudo tanto por dois pontos, como por ponto e vrgula sem
alterar a coerncia da argumentao ou a correo gramatical do
perodo.
Observaes: Os que desejarem, podem retomar o assunto no mdulo
01.
Prova: Agente administrativo Ministrio da Integrao Nacional -
2006
A educao bsica obrigatria e gratuita constitui direito
universal, econmico e 1
2 social reiterado pela Constituio brasileira. Ela tambm a base
para a realizao de
3 outros direitos: sade, liberdade, segurana, bem-estar
econmico, participao social e
4 poltica.
Se a educao a base necessria realizao de outros direitos, o
livro 5
6 condio imprescindvel para que se efetive a educao. Contudo, se
no existe
7 educao sem livro, tampouco h livro sem educao. Em outras
palavras, sem formar
8 leitores em escala planetria por meio da educao de qualidade
para todos, a distncia
entre os que tm e os que no tm acesso a informaes tende a
aumentar. 9
-
Jorge Werthein. Correio Braziliense, 10/4/2006, p. 13 (com
adaptaes).
Em relao ao texto acima, julgue os itens que se seguem.
Questo n 52.
O autor se inclui de forma explcita no texto, tornando-o
subjetivo e pessoal.
Questo n 53.
As vrgulas da linha 3 justificam-se por isolar elementos de
mesma funo gramatical
em uma enumerao.
Questo n 54.
No trecho a educao a base necessria realizao de outros direitos
(linha 5), o
emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela regncia
da palavra base.
Questo n 55.
O termo Contudo (linha 6) pode, sem prejuzo para a correo
gramatical e a
informao do perodo, ser substitudo por qualquer um dos
seguintes: Todavia, No
entanto, Entretanto.
Questo n 56.
Na linha 9, estaria gramaticalmente correta e manteria os
sentidos do texto a
substituio de a informaes por s informaes.
A leitura, ao possibilitar o domnio da palavra, poderoso
instrumento de 1
2 desenvolvimento individual e de emancipao. Consiste, tambm, em
um importante
3 meio de socializao, porque permite que a pessoa elabore
mensagens e se comunique
4 por meio de um cdigo comum ao conjunto da sociedade.
No exagerado afirmar que a leitura imprescindvel no processo de
produo
5
6 do conhecimento e de formao de cidados capazes de compreender
o mundo
7 contemporneo e nele atuar. Finalmente, a leitura associada
escrita ferra-menta
8 indispensvel para efetiva participao social e econmica,
contribuindo para o
9 desenvolvimento humano e a reduo da pobreza. Idem, ibidem (com
adaptaes).
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PONTO DOS CONCURSOS
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Julgue os itens a seguir, relativos ao texto acima.
Questo n 57.
Pelos sentidos do texto, a leitura e a escrita so imprescindveis
como ferramentas de
participao e atuao no mundo contemporneo.
Questo n 58.
A palavra emancipao (linha 2) est sendo empregada com o sentido
de
dependncia.
Questo n 59.
Em se comunique (linha 3), o termo se indica que o sujeito da
forma verbal
indeterminado.
Questo n 60.
A insero de vrgula logo aps afirmar (linha 5) mantm a correo
gramatical do
perodo.
Questo n 61.
No segundo pargrafo, a substituio dos travesses por vrgulas
mantm a correo
gramatical do perodo.
52 53 54 55 56 57 58 59 60 61E C E C C C E E E C
52. Narrador Comentrio: A ordem da questo fala em incluso do
autor. Diante de um texto importante verificar quem fala. Para tal,
devemos avaliar a pessoa gramatical presente. Atravs das formas
verbais percebemos o uso da terceira pessoa do singular, portanto
no evidencia a presena do autor que, obrigatoriamente, estaria
atravs da primeira pessoa gramatical (eu). A produo do texto em
terceira pessoa evidencia o distanciamento do autor, portanto, alm
dele no estar incluso, o texto no subjetivo nem pessoal. Antes de
encerrar este comentrio, importante relembrar que autoria e narrao
so duas reas diferentes. O autor a pessoa fsica que escreve um
texto, como Machado de Assis, por exemplo. O narrador a voz que
fala atravs do texto e que nos
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 111
informa, convence ou mesmo entretm, so duas categorias
distintas. Mesmo aps a morte de Machado de Assis (1908), ns
continuamos ouvindo a voz de Bentinho em Dom Casmurro a narrar sua
desventura. . A banca no est fazendo esta distino, talvez por
consider-la dispensvel em texto dissertativo.
53. Vrgula Comentrio: Realmente a vrgula, nesta questo, isola
elementos de mesma funo sinttica numa enumerao. Este caso de vrgula
evidenciada, tambm, pela presena dos dois pontos logo aps a palavra
direitos (linha 3).
54. Crase Comentrio: A crase est corretamente empregada, mas a
razo outra. Deve-se a crase regncia nominal da palavra necessria
(necessria a) e no palavra base.
55. Conjunes Comentrio: Eis outra questo de substituio de
conjunes e avaliao de uso das mesmas. A sequncia de conjunes
adversativas apresentada no oferece mudanas significativas de
sentido, o que nos permite dizer que o sentido preservado, mesmo
com a mudana da conjuno. Temos de ter, porm, ateno na leitura de
cada substituio, pois nem sempre ela isenta de alterao semntica, h
casos em que a troca da conjuno acarreta mudana significativa de
contedo e isto s pode ser percebido na frase, no basta decorar as
conjunes.
56. Crase Comentrio: Observemos as possibilidades: No texto a
frase : acesso a informaes e a questo nos sugere a troca para:
acesso s informaes. Novamente surge uma questo de regncia nominal.
A palavra acesso nos exige a preposio a que est presente na frase
do texto. Na expresso sugerida para troca, foi acrescido o artigo
definido feminino plural as (a+as - preposio mais artigo). Com o
acrscimo do artigo surge a crase, por isso s. A distino que se
estabelece entre os dois casos apenas de maior definio, pois a
presena do artigo define (conceitua) melhor a palavra informaes,
porm no acarreta mudana significativa de sentido, o que torna a
questo correta.
57. Compreenso de texto Comentrio: Na linha 5 o autor expe a
ideia de que a leitura fundamental para a produo do
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 112
conhecimento e a formao de cidados, logo abaixo, na linha 7 ele
acrescenta a escrita (associada escrita), completando os dois
fatores apontados na questo. Esta questo nos alerta para um fato
importante em termos de interpretao de texto. A banca nomeia dois
fatores (leitura e escrita), mas um est na linha 5 e outro na linha
7. Quem for ler meio rpido, talvez no associe os dois elementos e,
com isto, perca o precioso pontinho, numa questo to simples.
58. Significao - antonmia Comentrio: A palavra emancipao nunca
poderia ser empregada no sentido de dependncia, pois so termos
antnimos, portanto de sentido contrrio. Esta uma questo muito
simples e que pega apenas os desavisados.
Observaes: A significao j foi abordada no mdulo 00.
59. Sujeito voz reflexiva Comentrio: Num primeiro momento, esta
questo parece tratar de sujeito indeterminado ou de voz passiva
sinttica, mas vejamos que ela bem mais simples. O enunciado apenas
pergunta se o sujeito indeterminado, ora no vamos aos casos de
indeterminao de sujeito vamos, apenas, prestar ateno na prpria
frase: (...) permite que a pessoa elabore mensagens e se comunique
por meio de um cdigo comum ao conjunto da sociedade. Quem elabora a
mensagem? Quem se comunica? Acredito que voc tenha apontado a
palavra pessoa como sujeito destes dois verbos. Portanto, nada de
indeterminao, o que ocorre com o se reflexo do sujeito.
60. Ordem do texto / uso da vrgula Comentrio: Vamos iniciar
recordando a nossa regrinha quanto ordem da frase: SVC. Vamos
frase: No exagerado afirmar que a leitura imprescindvel no processo
de produo do conhecimento.... O verbo afirmar TD (transitivo
direto), quem afirma, afirma alguma coisa. A coisa afirmada a
necessidade da leitura. Portanto, podemos reescrever a frase: No
exagerado afirmar a necessidade da leitura no processo de produo do
conhecimento.... Agora voc tem dvida de que a necessidade de
leitura objeto direto? Voltemos nossa regrinha, entre os elementos
SVC no podemos usar vrgula, portanto entre o verbo afirmar e o
objeto direto a necessidade no podemos colocar vrgula.
61. Uso da vrgula Comentrio: A expresso associada escrita um
elemento esclarecedor, sem ele a leitura seria interpretada como
nica ferramenta. Com esta expresso, cortamos a frase para
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 113
incluir a expresso retificadora. Vejamos a ordem da frase: A
leitura ferramenta indispensvel...Voc reconhece a leitura como
sujeito e a forma verbal como predicado (no caso verbo de ligao).
Portanto no podemos incluir entre o SUJEITO e o VERBO, nenhum
elemento sem isolarmos, por vrgulas ou travesses - mais que correta
a afirmativa da questo.
Observaes: Como podem observar, a banca gosta de vrgula!!!!
Reviso
A nossa reviso, de hoje, est centrada na sintaxe de regncia e
estrutura da frase
que, como podem comprovar, so assuntos muito presentes nas
provas. Para nos
aproximarmos mais do padro CESPE, vamos utilizar textos e
enunciados j
trabalhados.
Vamos retomar o primeiro texto (pgina 12).
a) [ ] Na linha 2 a forma verbal sinaliza tem como sujeito
pela
revoluo tecnolgica, indicando uma construo de voz passiva.
b) [ ] Sabemos que o pronome cujas nas linhas 3 e 5 estabelece
uma
relao de posse. Neste caso, os elementos possudos (facetas e
dimenses) so distintos, mas o elemento possuidor o mesmo.
c) [ ] Na linha 7 o termo mudanas estruturais rege trs
elementos:
instituies sociais; valores e ideias.
d) [ ] A expresso hoje crtico.... (linha 9) uma forma
impessoal,
portanto no tem sujeito.
e) [ ] A palavra reconhecimento (linha 9) exige a preposio de
que
lhe segue, portanto a orao que a criatividade a mola mestra para
o
sucesso de seus empreendimentos uma orao subordinada
substantiva completiva nominal, pois funciona como
complemento
nominal.
f) [ ] As palavras sobrevivncia (linha 9) e negcios (linha 11)
so
acentuadas pela mesma razo, assim como sade (linha 3)
acentuada
pela mesma razo que responsvel (linha 11).
g) [ ] Na linha 10, a expresso ...sucesso de seus
empreendimentos
apresenta um caso de regncia nominal. A palavra sucesso regente
e
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 114
seus empreendimentos o termo regido. O ncleo
empreendimentos e o pronome possessivo seus funciona,
sintaticamente, como adjunto adnominal.
h) [ ] A construo .... esto sendo cada vez mais valorizados...
(linha
12) indica uma voz passiva que tem como agente da passiva o
termo
empreendedores.
i) [ ] Na frase: ...mudanas estruturais em nossas instituies
sociais,
nos valores e, fundamentalmente, nas ideias (linhas 7 e 8) A
preposio
em exigncia da palavra mudanas e deveria ser repetida diante
de
valores e ideias.
j) [ ] A forma verbal afetam (linha 3) pode ser transformada
em
passiva e passa a ter a palavra facetas como agente da
passiva.
Gabaritos
a b c d e f g h i j E C C E C E C E E C
Comentrios
Vamos aos comentrios de nossas questes de reviso. Imagino ter
sido um
pouco mais carrasco que a banca. Certo? A minha funo de advogado
do diabo,
ou seja, forar cada um a empreender um esforo maior, pois,
assim, vocs podem testar
o desempenho em situaes complexas. (Boa desculpa para exercer um
pouco de
maldade!!!!!!)
a) No voz passiva, o verbo est na voz ativa e o sujeito
mundo
moderno que est no incio da frase.
b) Correta a afirmativa de que os elementos possudos sejam
facetas e
dimenses. Vamos examinar os elementos possuidores. A
expresso
crise mundial que possui facetas. Na frase seguinte, o texto
retoma
a mesma expresso (crise mundial) atravs de essa crise, portanto
o
elemento possuidor o mesmo.A crise mundial possui facetas
(cujas
facetas) e dimenses (cujas dimenses).
c) As mudanas estruturais ocorrem em trs setores: instituies
sociais,
valores e ideias, portanto correta a afirmativa.
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PONTO DOS CONCURSOS
Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 115
d) A forma verbal hoje crtico tem como sujeito o termo
reconhecimento: O reconhecimento , hoje, crtico para a
sobrevivncia de....
e) Muito correta a afirmativa, pois podemos dizer:
....reconhecimento da
criatividade (como mola mestra para o sucesso de seus
empreendimentos...)
f) As duas primeiras so acentuadas pela mesma razo, mas sade
acentuada por quebra de ditongo (a-u) enquanto responsvel
acentuada por ser uma paroxtona terminada em L.
g) Mais do que correta toda a explicao, apenas quero chamar a
ateno
para o fato de que dentro dos complementos podemos ter
outros
elementos como adjuntos.
h) Como voz passiva, o sujeito empreendedores no o agente da
ao,
mas paciente. O agente da passiva, nesta frase, no est
declarado.
i) Ela no deveria ser repetida, ela est repetida, apenas
aparece
combinada nos (em+os) e nas (em+as). Cuidado que a ordem da
questo pode ser uma armadilha: deveria ser repetida expressa
ideia de
que no foi repetida!!!!!
j) Correto, ao passarmos para a voz passiva temos: nossa sade
afetada
pelas facetas da crise mundial...
Desafio III
Observe o texto abaixo. Para reescrev-lo de acordo com o padro
culto que
elementos devemos alterar?
Jos entrou em casa e saiu logo, pois havia esquecido a
cartera no portaluva do carro. Para seu azar, o porto da
garage
trancou. No houve como destranc-la. Foi obrigado a chamar o
chaveiro que logo ficou pronto. Com a cartera em mos, pode
retornar a casa aliviado com o susto.
No prximo mdulo vai a resposta.
Agora vamos solucionar o desafio II, do mdulo anterior. L
deixamos:
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Observem a construo ....pois o modo de as pessoas
fazerem uso de .... Eu posso substituir de as pessoas por
das
pessoas? Entrem no frum e apresentem as suas razes
Na linguagem culta no posso fazer esta substituio, pois pessoas
sujeito e
o artigo que antecede o sujeito no pode fazer combinao com a
preposio, ou seja o
adjunto adnominal do sujeito no pode ser preposicionado.
Simples!
Perguntas e Respostas IV
Nesta semana recebi perguntas muito interessantes, espero que
continuem
prestigiando nosso trabalho. Cada pergunta uma demonstrao de
interesse pela
matria e uma valorizao do nosso esforo. Obrigado pelas
contribuies.
1) A expresso temente a Deus no deve ter crase?
R No, a frase: temente a Deus no pode ter crase, pois Deus
palavra
masculina, no comporta artigo feminino na frente para formar
crase (a+a).
2) Como fazer concordncia com percentagem como na frase: 90%
dos
brasileiros acredita/acreditam na vitria do Brasil na Copa
2010?
R - Quando a percentagem vier determinada (de+os dos
brasileiros) a
concordncia deve ser com o elemento e no com a percentagem. 90%
dos brasileiros
acreditam ou 90% de brasileiros acredita (agora sem o artigo
determinante).
3) Por que algumas grafias como analisar (com s) enquanto
sonorizar
com z?
R anlise, analisar. O sufixo que forma verbos "izar" (sonoro,
sonorizar)
mas diante de palavras terminadas por "s" a forma fica contrada:
anlise+izar =
analis(iz)ar, veja tambm liso, alis(iz)ar. Fcil no?
4) O que ordem direta da frase? Poderia dar exemplo de ordem da
frase?
R - A ordem direta sujeito - predicado - complemento + Adjuntos
(SPC+A),
tudo que contrariar esta ordem ordem indireta. Exemplos:
9 Os concurseiros (S) estudam (P) pela manh (Adjunto adverbial
de tempo),
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9 trabalham(P) tarde(Adj) e 9 retornam(P) ao estudo (C) noite
(Adj). Tudo na ordem direta SP+A / P+A /
PC+A
Agora vejamos a ordem indireta da mesma frase:
9 Pela manh, (Adj) os concurseiros(S) estudam(P), 9 tarde,(Adj)
trabalham(P) e 9 noite,(Adj) retornam(P) ao estudo(C) - Tudo na
ordem indireta A+SP / A+P /
A+P+C
importante observar que o deslocamento dos elementos implica uso
de
pontuao. Os adjuntos, como o prprio termo diz, esto juntos com
outros
elementos. O adjunto adnominal est junto do nome (substantivo,
adjetivo) enquanto o
adjunto adverbial est junto ao verbo. Os adjuntos nunca so ncleo
de uma funo
sinttica.
Concluso
Encerramos o nosso terceiro mdulo. Nele ampliamos o nmero de
questes
trabalhadas. Mantivemos o propsito de acrescentar contedos no
anexo, pois muitos
alunos manifestaram interesse em ampliar o conhecimento.
Estou com problema no frum, consigo acessar, mas no momento de
salvar as
respostas ele coloca uma mensagem de erro. J fui informado de
que o tempo que levo
para responder que fecha o sistema antes da minha concluso. Vou
caprichar e ser mais
rpido. Isto no tem atrapalhado, pois, como consigo ler, posso
tomar as perguntas e
responder aqui no mdulo.
Por hoje, ficamos por aqui.
Um abrao,
Odiombar [email protected]
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Anexo I
Predicativo do sujeito
Na questo 65, surge o predicativo do sujeito como objeto central
do enunciado.
Vamos recordar um pouco este assunto bem conhecido, mas que leva
alguns pontinhos
dos menos prevenidos.
O predicativo do sujeito o termo que qualifica o sujeito
(predicativo =
predicado) e est intermediado por um verbo de ligao. Estes
verbos exprimem
diversas circunstncias em relao ao sujeito, a funo deles ligar o
sujeito sua
qualidade. Em frases como:
9 O candidato estudioso; 9 O aluno est cansado de estudar
gramtica; 9 cada candidato permanece sentado enquanto as provas so
distribudas; 9 os concursos pblicos continuam atrativos para os
candidatos; 9 de tanto estudar o candidato acabou aprovado no
concurso. 9 concurso pblico um estudar sem fim.
O ncleo do predicado nominal o predicativo do sujeito. Esta
funo
preenchida por um adjetivo ou um substantivo. Nos exemplos a at
e so adjetivos,
no exemplo f um substantivo. (estudar, nesta frase, substantivo,
(no verbo)
pois est antecedido do artigo indefinido um.