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CURSO PREPARATÓRIO PARA CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL ANBIMA SÉRIE 10 (CPA-10) AULA 7 –P RINCÍPIOS DE I NVESTIMENTO
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Page 1: Aula 7

CURSO PREPARATÓRIO PARA

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

ANBIMA SÉRIE 10 (CPA-10)

AULA 7 –PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO

Page 2: Aula 7

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

ASSAF NETO, Alexandre, Finanças Corporativas e Valor. 3ª edição. Editora Atlas. São Paulo:2007.

DAMODARAN, Aswath. Strategic Risk Taking: A Framework for Risk Management. Wharton Scholl Publishing, 2008

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro, Produtos e Serviços. 18a. Ed. Qualitymark. Rio de Janeiro:2011.

PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais – Fundamentos e Téncnicas. 5ª. Ed. Editora Atlas. São Paulo: 2009.

WESTON. Fred J.; BRIGHAM, Eugene. F. Fundamentos da Administração Financeira. 10ª. Edição. Pearson Makon Books. São Paulo: 2000.

Códigos de Autorregulação da Anbima: disponível em www.anbima.com.br

www.bmfbovespa.com.br

Page 3: Aula 7

SUMÁRIO

Princípios de Investimento

Principais Fatores de Análise de Investimentos

Processo decisório do investidor

Rentabilidade

Rentabilidade absoluta versus rentabilidade relativa (benchmark)

Rentabilidade esperada versus rentabilidade observada

Rentabilidade de um ativo

Rentabilidade de uma carteira

Cálculo de risco de um ativo

Page 4: Aula 7

PROCESSO DE DECISÃO DO

INVESTIDOR

Page 5: Aula 7

PRINCIPAIS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS

QUE INFLUENCIAM AS OPORTUNIDADES DE

INVESTIMENTOS...

OPORTUNIDADES

DE INVESTIMENTO

PIB Taxa

De Câmbio

Inflação Juros

Crescimento Econômico Nível de Emprego

Fonte: PINHEIRO, Juliano Lima(2005):

Mercado de Capitais: Fundamentos e Técnicas: 2005

Page 6: Aula 7

ADMINISTRANDO UM VELHO

DILEMA

LIQUIDEZ

SEGURANÇA RENTABILIDADE

O investidor tenta equilibrar suas escolhas entre liquidez, segurança e rentabilidade, a partir dos seus objetivos e da análise de seu perfil, pois é praticamente impossível conseguir maximizar os três fatores ao mesmo tempo.

Page 7: Aula 7

OBCECADO PELO FUTURO

Assumindo a hipótese de racionalidade das decisões, ao adquirir um investimento o investidor está comprando uma expectativa de retorno associada a um risco desta expectativa não se concretizar. Quanto maior o risco associado a esta expectativa, maior será a exigência de retorno.

Page 8: Aula 7

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Page 9: Aula 7

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Page 10: Aula 7

PERFIL DO CLIENTE

AVALIAÇÃO DE

DESEMPENHO

VISÃO GLOBAL

DE MERCADO

SELEÇÃO

DE ATIVOS

OPERAÇÃO

PROCESSO

DECISÓRIO

DO

INVESTIDOR

Page 11: Aula 7

PERFIL DO CLIENTE

Uma das partes mais importante na montagem de uma carteira de investimentos está na definição clara do perfil do investidor.

Essa definição passa pelo estabelecimento de objetivos, de metas de ganho, avaliação de tolerância ao risco, horizonte do investimentos, dentre outros fatores.

Em geral, os investidores são classificados em

Conservadores

Moderados

Agressivos

Page 12: Aula 7

PERFIL DO CLIENTE

Conservador

Ele prefere investimentos com o mínimo de risco possível e, portanto, com possibilidades de retornos proporcionais.

Seu objetivo maior é a proteção do patrimônio.

Moderado

Está disposto a correr algum risco, porém parcialmente, de forma a não comprometer substancialmente o capital investido em investimentos de alta volatilidade.

Admite investir uma pequena parte de sua carteira em ativos de risco com o objetivo de aumentar seus ganhos, sem comprometer a proteção do patrimônio.

Agressivo

Assume riscos elevados em troca da possibilidade de ganhos acima da média de mercado. Aceita com alguma naturalidade as perdas e a volatilidade dos ativos.

Page 13: Aula 7

VISÃO GLOBAL DE MERCADOS

O processo inicia-se com a construção de cenários macroeconômicos com a projeção de um conjunto de variáveis tais como: comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), inflação, taxa de câmbio, balanço de pagamentos, balança comercial,etc.

A partir destas projeções se procura identificar os impactos destas variáveis sobre as diversas classes de ativos e seu consequente impacto sobre os preços dos ativos.

Após essa seleção o investidor ou o administrador de recursos irá precificar os ativos procurando identificar os ativos subavaliados ou superavaliados para a tomada de posição.

Page 14: Aula 7

SELEÇÃO DE ATIVOS

Após analisar e entender o apetite pelo risco, as necessidades financeiras e a situação tributária do investidor, é hora de decidir sobre a melhor combinação de ativos que irá maximizar os retornos da carteira, minimizar o risco e garantir as exigências de liquidez do investidor.

Uma das questões relevantes para se atingir o ponto ótimo desta combinação de ativos é dada por uma estruturação que atenda um nível mínimo de diversificação, buscando ativos negativamente correlacionadas, visando neutralizar os riscos não sistemáticos..

Page 15: Aula 7

OPERAÇÃO DA CARTEIRA

Nesta fase o investidor deve definir suas estratégias de operação considerando, principalmente, a agilidade na execução das operações e os custos de transação e de movimentação dos ativos envolvidos.

Estes custos de transação tendem a punir mais fortemente os investidores que concentram suas estratégias no curto prazo do que aqueles que operam com estratégias de longo prazo.

As carteiras de maior porte tendem a contabilizar um impacto menor dos custos de transação do que os investidores menores.

Page 16: Aula 7

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

O objetivo mais elementar da mensuração do desempenho é simplesmente avaliar as variações no valor de um investimento ao longo do tempo.

Para responder à pergunta “Quão bem minha carteira se saiu?”, através

Da especificação de um intervalo de tempo básico para os objetivos da aferição .

Da avaliação da carteira no início e no final, levando em consideração quaisquer receitas previstas ou acréscimos de caixa e saques durante o período.

Do cálculo do retorno total obtido, comparando-o com o previsto e com os índices de referências de mercado.

Calcular o risco efetivo da carteira, comparando-o com o previsto.

Page 17: Aula 7

FÓRMULAS DE CÁLCULO

Retorno de um ativo

Retorno de uma carteira de ativos

Risco ou Volatilidade de um ativo (desvio-padrão da média dos retornos)

Risco de uma Carteira de Ativos

Correlação entre os retornos de dois ativos.

Page 18: Aula 7

CÁLCULO DO RETORNO OBSERVADO DE UM

ATIVO O cálculo do retorno observado de um ativo em um período

n é dado pelo cálculo da variação percentual entre o preço de aquisição (p0) e o preço de mercado atual (p1).

1000

01x

p

ppRA

Retorno de Um Ativo

Onde: RA é o retorno do ativo p0 é é preço de aquisição do ativo p1 é preço de mercado atual do ativo

Page 19: Aula 7

ESTIMATIVA DE RETORNO DE UM

ATIVO A teoria de finanças usa como estimador de retorno de um

ativo a média de uma amostra de retornos observadas, a partir de uma amostra estatisticamente grande .

Assim, podemos definir que o

N

R

RE

n

i

j

A

1)(

Retorno Esperado de um Ativo

Onde: E(RA ) é o retorno esperado de um ativo Rj são os retornos observados de um ativo. N é o número de observações da amostra.

E(RA) = R Médio Amostral do Ativo

Page 20: Aula 7

RETORNO DE UMA CARTEIRA DE

ATIVOS O retorno de uma carteira de ativos é dado pelo retorno de cada ativo ponderado pela participação deste ativo na carteira.

Retorno de uma carteira de ativosc

Onde: RC é o retorno de uma carteira de ativos Rj é o retorno de cada ativo integrante da carteira. Wj é a participação percentual de cada ativo na carteira.

Rc = (WA*RA) + (WB*RB)

Page 21: Aula 7

RISCO OU VOLATILIDADE DE UM ATIVO

O cálculo do risco de um ativo é estimado a partir de várias modelagens estatística e econométricas. A mais comum é a simulação histórica que é calculada pelo desvio-padrão da amostra dos retornos. O desvio-padrão é dado pela raiz quadrada da variância.

Onde: σ2 é variância, σ é desvio padrão

RC é o retorno de uma carteira de ativos Ri é o retorno observado do ativo. R é o retorno médio do ativo.

VARIÂNCIA

1

)(

1

2

2

n

RR

n

i

i

2

xx Desvio Padrão

Page 22: Aula 7

TEORIA DO PORTFOLIO

Para auxiliar a tomada de decisões, no mercado financeiro, foi surgindo, ao longo do tempo, uma série de teorias que medem risco, retorno, correlação, beta e tantas outras variáveis. Neste contexto surgem as contribuições de Harry Markowitz, com a Teoria Moderna de Portfólio, que visa à minimização do risco dado o grau de retorno pretendido.

Page 23: Aula 7

TEORIA DO PORTFOLIO

Em 1952 Harry Markowitz publicou um artigo no Journal of Finance intitulado Portfólio Selection, no qual apresenta a construção de um modelo de avaliação de risco e retorno dos ativos, marcando o nascimento das finanças modernas com a chamada Teoria Moderna de Portfólio (TMP).

A Teoria Moderna de Portfólio causa uma ruptura inicial nas finanças, pois recomenda a diversificação como forma de minimizar o risco, posição contrária a até então adotada.

Page 24: Aula 7

TEORIA DO PORTFOLIO

• Em sua Teoria Moderna de Portfólio, Markowitz demonstrou, contudo, que não é eficiente apenas colocar os ovos em várias cestas, uma vez que pode existir uma forte correlação entre os retornos dos ativos.

• É necessário chegar a um portfólio que possua a mínima variância em torno do retorno médio do mercado, ou a uma composição de ativos não-correlacionados.

• Assim, não se põem todos os ovos no mesmo cesto, pois, com a volatilidade do mercado, eles podem se partir. Colocando-os em vários cestos, é possível que grande parte deles não se quebre, evidenciando que se faz necessário escolher os cestos nos quais os ovos serão depositados. Ou seja, o risco é parte do processo de investimento. E todos tentam minimizá-lo.

• A Teoria Moderna de Portfólio vem auxiliar na montagem das carteiras, no sentido de ajustar a relação risco/retorno para que se evite partir os ovos.

Page 25: Aula 7

TEORIA DO PORTFOLIO

A fim de possibilitar determinar a melhor alocação dos ativos, ou determinar a fronteira eficiente, é necessário dispor de estimativas ou séries históricas de retornos médios, desvios-padrão dos retornos e covariância ou coeficientes de correlação entre os ativos.

O retorno esperado da carteira é calculado a partir da média ponderada do retorno dos ativos individuais conforme definido anteriormente.

Page 26: Aula 7

TEORIA DO PORTFOLIO

• O investidor deve construir uma carteira com o mínimo de risco para um determinado nível de retorno, para que assim seu rendimento possa ser maximizado.

• Segundo a TMP, o risco ao qual a carteira está exposta pode ser classificado em dois grupos.

• O primeiro é o risco sistêmico, pois independe da diversificação do portfólio, que não pode ser minimizado, que é inerente à carteira e que pode apenas ser evitado com a escolha de ativos com menor risco, ou seja, é o risco do sistema como um todo.

• O segundo é o risco não sistêmico, ou o risco passível de ser minimizado pela correta diversificação dos papéis. Está ligado a eventos das empresas, como perda de clientes importantes, ações regulatórias, dentre outros, ou seja, é o risco da carteira.

Page 27: Aula 7

Na teoria, a combinação de ativos com correlação perfeitamente negativa levaria a carteira a apresentar risco zero. Na prática, isso não é possível dada a impossibilidade de encontrar ativos com correlação negativa perfeita (com exceção de operações com derivativos), devendo-se também levar em consideração o risco não diversificável (risco sistêmico)

Page 28: Aula 7

TEORIA DO PORTFOLIO

• Markowitz (1952) introduz, com a Teoria Moderna de Portfólio, a análise do valor dos papéis por sua média, seu desvio–padrão e sua correlação com os outros papéis que compõem a carteira, por vezes ignorando alguns conceitos fundamentalistas sobre a empresa e baseando a decisão em cálculos estatísticos.

• As informações sobre os papéis, então, poderiam ser resumidas em média do retorno, desvio- padrão e correlação entre os títulos. O autor destaca que o problema de investimento não está na seleção de cada ativo, mas sim, na composição das carteiras, ou seja, o problema está na diversificação, a forma como são combinados os ativos.

Page 29: Aula 7

TEORIA DO PORTFOLIO

• Para Markowitz (1952), o risco é definido como a variabilidade dos retornos possíveis em torno do retorno médio esperado. Como não faz menção à palavra risco em seu artigo, ele passa a ser definido pela variância.

• Ele contraria a visão até então dominante de concentrar as aplicações em um ativo, o de maior retorno esperado, propondo a diversificação como fator de redução da variância que é inerente ao processo de investimento.

• O objetivo da diversificação é construir carteiras que apresentem a mínima variância, para acompanhar a média de retorno do mercado. Tomando-se o cuidado de planejar a diversificação.

• Não basta apenas diversificar, é necessário estar atento à correlação entre os ativos, sob pena de que, mesmo diversificando, eles se comportem como um único ativo, não levando à redução do risco.

Page 30: Aula 7

TEORIA DO PORTFOLIO

• O retorno de uma carteira pode ser medido pela média ponderada dos retornos esperados dos ativos individuais da carteira.

• O risco não é mensurado pela média ponderada dos desvios-padrão dos ativos individualmente, ele tenderá a ser menor que a média ponderada dos desvios.

• Teoricamente é possível combinar dois ativos de risco e formar uma carteira com desvio-padrão igual a zero, desde que sua correlação seja perfeitamente negativa, o que resultaria em uma carteira livre de risco. Ou seja, a diversificação leva à redução do nível de risco da carteira eliminando o risco dos ativos individualmente.

Page 31: Aula 7

CORRELAÇÃO ENTRE OS ATIVOS

Correlação igual a +1

Correlação igual a -1

Page 32: Aula 7

FÓRMULAS COVARIÂNCIA E

CORRELAÇÃO

n

YYXXn

i

ii

yx

1,

))((

yx

yx

yx

,

,

COVARIÂNCIA

CORRELAÇÃO

Page 33: Aula 7

RISCO DE UMA CARTEIRA DE DOIS ATIVOS

É DADO POR

Variância da Carteira

Risco da Carteira

BABBAABBAAp wwwwR ,222 ))((2)()()(

)()( 2

pp RR

Onde: σ2 (RP) é a variância da carteira σ (RP ) é o desvio padrão ou risco da carteira

Wj é a participação percentual do ativo na carteira σ

i é o risco de cada ativo da carteira.