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ADIÇÕES MINERAIS Prof. Cristina Vitorino da Silva [email protected] URI - Universidade Regional Integrada Campus de Erechim Curso de Engenharia Civil MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I (38-251)
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Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

Oct 27, 2015

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Page 1: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

ADIÇÕES MINERAIS

Prof. Cristina Vitorino da Silva

[email protected]

URI - Universidade Regional Integrada

Campus de Erechim

Curso de Engenharia Civil

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I (38-251)

Page 2: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

INTRODUÇÃO

• Classificação:

• Material pozolânico

• Material cimentante

• Fíler

• Alterações

• Resistência química

• Plasticidade

• Modificação do tempo de pega

• Economia de Clínquer

• Economia de custo

• Resolver problemas ambientais

• Resolver problemas tecnológicos

Page 3: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

EFEITO DAS ADIÇÕES MINERAIS

DURABILIDADE

ESTADO

FRESCO PROPRIEDADES

MECÂNICAS

ADIÇÕES

MINERAIS EM

MATERIAIS

CIMENTÍCIOS

Redução da

permeabilidade e

absorção

Aumento da

resistência à

compressão e à

tração

Eficiência da adição mineral

Aspectos reológicos

Consumo de água

Calor de hidratação

Fissuração por retração

plástica

Page 4: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

EFEITO DAS ADIÇÕES MINERAIS

• A eficiência de uma adição mineral depende:

• Da composição química

• Do grau de amorficidade

• Da granulometria

• Da quantidade utilizada

• Das condições de cura

Page 5: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

EFEITO DAS ADIÇÕES MINERAIS

Cinza Volante

Sílica Ativa

90-95% sílica amorfa

Diâmetro médio em torno de 1 m

Cinza de Casca

de Arroz

Sub-produto das indústrias

beneficiadoras de arroz

Page 6: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CLASSIFICAÇÃO – Material Pozolânico

C2S

+ H2O → CSH + CH (hidratação do cimento Portland)

C3S

CH + S + H2O → CSH (reação pozolânica)

onde: C = CaO , S = SiO2 , H = H2O, CH = Ca(OH)2

• Material Pozolânico

• Material silicoso ou sílico-aluminoso que por si só possui

pouca ou nenhuma propriedade cimentícia,

• Finamente moído, na presença da umidade, à

temperatura ambiente :

Page 7: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CLASSIFICAÇÃO – Material Pozolânico

• Pode ser adicionada

• Cimento durante a fabricação

• Concreto como material constituinte

Adição

Substituição

Page 8: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

• Origem

• Natural

• Materiais naturais: tufos vulcânicos, terras diatomáceas, argilas

calcinadas

• Derivados de rochas ou materiais vulcânicos

• Artificiais - Subprodutos industriais:

• Cinza volante

• Sílica ativa

• Metacaulim

• Cinza de casca de arroz

CLASSIFICAÇÃO – Material Pozolânico

Materiais Secundários nas

indústrias produtoras

Page 9: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CLASSIFICAÇÃO – Material Cimentante

• Não necessita do hidróxido de cálcio para formar

produtos cimentantes (C-S-H)

• Hidratação lenta

• A presença do Ca(OH)2 e da gipsita aceleram a

sua hidratação

• Ex: escória granulada de alto forno

Page 10: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CLASSIFICAÇÃO – Fíler

• Material INERTE, sem atividade química

• Efeito físico – empacotamento

• Material finamente moído (semelhante a do CP)

Cinza de lodo de

tratamento de esgotos

Cinza da combustão

de eucalipto

Resíduo de corte de

granito

Page 11: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CLASSIFICAÇÃO – Fíler

• Proporciona efeitos benéficos sobre as

propriedades do concreto

• Trabalhabilidade

• Massa específica

• Porosidade

• Exsudação

• NBR limita o teor em 10 %

Page 12: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

Classificação das adições minerais

Page 13: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

Efeito Químico e Físico das adições

minerais

• Efeito Químico - Pozolânico

• Capacidade de reação com o hidróxido de cálcio –

Ca(OH)2 – formado durante a hidratação do cimento

Portland, para formar silicato de cálcio hidratado – C-S-H

• Reações rápidas ou lentas

SUPERFÍCIE

ESPECÍFICA DAS

PARTÍCULAS E

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Page 14: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

Efeito Químico e Físico das adições

minerais

• Efeito Químico - Pozolânico

• ABNT NBR 25: 1998 – Exigências químicas de materiais

pozolânicos

PROPRIEDADES

Classes de material pozolânico

N C E

SiO2 + Al2O3 + Fe2O3, % mín. 70 70 50

SO3, % máx. 4,0 5,0 5,0

Teor de umidade, % máx. 3,0 3,0 3,0

Perda ao fogo, % máx. 10,0 6,0 6,0

Álcalis disponíveis em Na2O, % máx. 1,5 1,5 1,5

Classe N – pozolanas naturais e artificiais, Classe C – cinza volante, Classe E –

qualquer pozolana cujos requisitos diferem das classes anteriores

Page 15: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

Efeito Químico e Físico das adições

minerais

• Efeito Químico - Pozolânico

• ABNT NBR 25: 1998 – Exigências físicas de materiais

pozolânicos

PROPRIEDADES

Classes de material pozolânico

N C E

Material retido na peneira 45 μm, % máx. 34 34 34

Índice de atividade pozolânica:

- Com cimento aos 28 dias, em relação ao controle, % mín.

- Com a cal aos 7 dias, em Mpa

- Água requerida, % máx.

75 75 75

6,0 6,0 6,0

115 110 110

Classe N – pozolanas naturais e artificiais, Classe C – cinza volante, Classe E –

qualquer pozolana cujos requisitos diferem das classes anteriores

Page 16: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

Efeito Químico e Físico das adições

minerais

• Efeito Físico

• Efeito microfíler

• Refinamento da estrutura de poros e dos produtos de

hidratação do cimento – redução do tamanho dos cristais

• Alteração da microestrutura da zona de transição

• Reduzem ou eliminam o acúmulo de água livre que fica retida nos

agregados

• Minimiza a espessura da zona de transição pela redução da

exsudação

Page 17: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

Efeito Químico e Físico das adições

minerais

• Efeito Físico

(a) e (b) mistura contendo apenas cimento Portland, respectivamente antes e após a hidratação e (c) e (d) mistura contendo cimento Portland e sílica ativa, respectivamente antes e após as reações de hidratação e pozolânicas.

Page 18: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

TIPOS DE ADIÇÕES MINERAIS

• Pozolanas naturais

• Cinza volante

• Sílica ativa

• Metacaulim

• Cinza de casca de arroz

• Escória granulada de alto-forno

• Fíler

• Cinza de bagaço de cana de açucar

• Escória de cobre, entre outras..

Page 19: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

POZOLANAS NATURAIS

• ABNT NBR 5736:1991 – materiais de origem

vulcânica , geralmente ácidos, ou de origem

sedimentar

Em geral, o

processamento destes

materiais resume-se à

britagem, moagem e

peneiramento Composições e

propriedades muito

variadas

Page 20: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CINZA VOLANTE

Usina Termelétrica de Candiota-RS

Usina Termelétrica de São

Jerônimo

Sub-produto das

usinas

termoelétricas

Page 21: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CINZA VOLANTE

• Subproduto resultante da combustão do carvão

pulverizado em usinas termoelétricas

• Cinzas de textura mais grosseira

• Não são utilizadas como adição

Cinza Pesada

• Cinzas de textura mais fina

• Utilizadas como adição

Cinza Volante

Page 22: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CINZA VOLANTE

• Sul do Brasil:

• 89% das reservas minerais de carvão do Brasil, sem

• Gera cerca de 2 milhões de cinza volante por ano

• Tradicionalmente adicionada na fabricação de

cimentos:

• CP IV e CP II Z

• Superfície específica:

• varia de 300 a 700m2/kg

• Massa específica:

• varia entre 1900 a 2400kg/m3

Page 23: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CINZA VOLANTE

• Partículas tipicamente esféricas

• Diâmetros variam de menos de 1 a mais de 150 μm

(função do tipo de equipamento utilizado para

queima) sendo a maioria menor que 45 μm

Micrografia de partículas

de cinza volante com

microscópio eletrônico

de varredura

Page 24: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

SÍLICA ATIVA

• Subproduto do processo de obtenção do silício

metálico e ferrosilício

Captação Geração

Page 25: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

SÍLICA ATIVA

• Relação entre produção da liga metálica e captação de sílica ativa

Captação potencial de sílica ativa, no Brasil, superior a 180.000 toneladas no ano de 2004

Produção mundial em torno de 1 milhão de toneladas/ano – Noruega e Estados Unidos

LIGA METÁLICA SÍLICA ATIVA

1000 kg de silício metálico 550 kg

1000 kg de ferrosilício 350 kg

Page 26: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

SÍLICA ATIVA

Sílica ativa resultante da produção de silício

metálico proveniente de uma indústria

a) da Noruega e b) do Brasil

(a) (b)

Page 27: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

SÍLICA ATIVA

COMPOSIÇÃO SILÍCIO

METÁLICO (%)

FERROSILÍCIO

(%)

SiO2 94 - 98 86 - 90

C 0,20 - 1,30 0,80 - 2,30

K2O 0,20 - 0,70 1,50 - 3,50

Na2O 0,10 - 0,40 0,80 - 1,80

MgO 0,30 - 0,90 1,00 - 3,50

CaO 0,08 - 0,30 0,20 - 0,60

Al2O3 0,10 - 0,40 0,20 - 0,60

Fe2O3 0,02 - 0,15 0,30 - 1,00

S 0,10 - 0,30 0,20 - 0,40

Perda ao fogo 0,80 - 1,50 2,00 - 4,00

Difratograma típico da

sílica ativa, mostrando o halo de

amorfismo

• Características químicas

e morfológicas

Page 28: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

SÍLICA ATIVA

• Partículas esféricas extremamente pequenas (0,1 μm)

e amorfas

• Superfície específica: varia de 13.000 a 30.000m2/kg,

ficando a média em torno de 20.000m2/kg, bastante

superior à do cimento Portland (350 a 600m2/kg) ou à

da cinza volante (300 a 700m2/kg)

• Massa específica: encontra-se em torno de

2200kg/m3, menor do que a do cimento Portland

comum, de aproximadamente 3150kg/m3

Page 29: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

SÍLICA ATIVA

Page 30: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

METACAULIM

• Obtenção

Calcinação, entre 600°C

e 900°C, de alguns tipos

de argilas, como as

cauliníticas e os caulins

de alta pureza

Tratamento do resíduo

da indústria produtora

de papel - caulim

beneficiado de elevada

brancura, finura e

pureza

Page 31: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

METACAULIM • A pureza do caulim afeta tanto a reatividade

como a cor do material. Quanto mais puro, mais

claro e reativo resultará o metacaulim produzido

• Quanto menor a quantidade de sílica e alumínio,

menor a reatividade e menor a brancura do

material

Page 32: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

METACAULIM

COMPOSIÇÃO PORCENTAGEM

EM MASSA

SiO2 51,52

Al2O3 40,18

Fe2O3 1,23

CaO 2,00

MgO 0,12

Álcalis 0,53

Perda ao fogo 2,01

• Composição típica do metacaulim de alta

reatividade

Page 33: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CINZA DE CASCA DE ARROZ

• Material resultante da combustão da casca de

arroz

Page 34: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CINZA DE CASCA DE ARROZ

• Em função do teor de carbono, a cinza pode

apresentar colorações que variam entre o preto, o

cinza e o branco-rosado

Amostras de cinzas

submetidas a diferentes

tratamentos térmicos

Page 35: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CINZA DE CASCA DE ARROZ

• Superfície específica: varia de 50.000 a

100.000m2/kg

• Massa específica: encontra-se em torno de 2200

a 2600kg/m³, semelhante à da sílica ativa e menor

do que a do cimento Portland, de

aproximadamente 3150kg/m³

• Grande quantidade de sílica (superior a 85%)

Page 36: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

CINZA DE CASCA DE ARROZ

• Eficiência da cinza de casca de arroz como material

pozolânico depende do controle no processo de

queima

Contém minerais de sílica

não reativos (cristalinos) e

de baixo valor pozolânico

Combustão não controlada

Obtenção de cinzas

amorfas de alta

pozolanicidade

Combustão controlada, com temperaturas entre

500°C a 700°C

Page 37: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

ESCÓRIA GRANULADA DE ALTO-FORNO

• Sub-produto das indústrias siderúrgicas (processo

fabricação do ferro gusa)

Page 38: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

ESCÓRIA GRANULADA DE ALTO-FORNO

Produção brasileira de ferro guza em 2010

32.000.000 ton

Geração brasileira de escória de alto-forno em 2010

Para cada tonelada de gusa produzido,

aproximadamente 300 a 350 kg de

escória de alto forno é gerada

10.400.000 ton Geração mundial de escória de alto-forno em 2010

120.000.000 ton

Page 39: Aula 5 - ADIÇÕES MINERAIS

ESCÓRIA GRANULADA DE ALTO-FORNO

Quando as escórias de alto forno são resfriadas bruscamente, normalmente

por meio de jatos de água ou vapor d’água sob alta pressão, resulta em um

material predominantemente amorfo e potencialmente reativo. Este processo,

conhecido como granulação, reduz a escória a grãos similares aos da areia

natural. Essa escória, quando moída, pode ser utilizada na fabricação do

cimento ou como adição em concretos.