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Aula 3 Introdução à Estrutura Atmosférica Atmosférica Revisão de Eletricidade e Magnetismo
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Aula 3 Introdução à Estrutura Atmosférica · Magnetismo. Lei de Gauss • Outra forma da lei de Coulomb; • Em um espaço livre, o fluxo elétrico, Ψ, ... cargas carregada uniformemente

Nov 09, 2018

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Aula 3Introdução à Estrutura

AtmosféricaAtmosféricaRevisão de Eletricidade e

Magnetismo

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Lei de Gauss

• Outra forma da lei de Coulomb; • Em um espaço livre, o fluxo elétrico, Ψ,

através de uma superfície infinitesimal é a componente normal do E

sob a superfície, vezes a área infinitesimal;

• O Fluxo elétrico é um escalar. • O Fluxo elétrico é um escalar. • O Fluxo elétrico sobre uma superfície

arbitrária é calculado a partir da integração sobre toda a superfície;

• Dentro das substâncias, o E→

pode rearranjar a disposição das cargas em escala molecular, o que contribui para o E

→ total e o respectivo fluxo.

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Para calcular o fluxo elétrico, definimos a densidade do fluxo (vetor - deslocamento elétrico) que através de uma superfície infinitesimal sobre um ponto é definida como:

Dr

d )r ψa

dS

dD

)r ψ=

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Logo, a integral de superfície do fluxo elétrico é a carga total resultante dentro da sfc:

dentroqd =Ψ∫ (16) Portanto, temos que a Lei de Gauss pode ser descrita como:

qSdD =∫vv

. (17) dentroqSdD =∫vv

. (17)

Por outro lado, o Fluxo total do campo elétrico fora da superfície fechada é igual à carga total dentro da superfície:

EDrr

ε= (18)

onde D é o vetor de deslocamento, e tem unidade de [C m-2], E [N/C ou V/m]

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q rr=

Substituindo o Campo Elétrico na lei de Coulomb e lembrando que campo elétrico irradia radialmente a partir da carga, o vetor de deslocamento de um ponto de carga pode ser definido como:

rar

qD

rr

24πε= (19)

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π π2rr

∫ ∫∫= =

==π

θ

π

ϕ

ϕθθπ0

2

0

22

)sin(4

. qddrr

qAdDrr

forma diferencial a Lei de Gauss

ερ=∇ E

rr. ρ é a densidade de carga

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Lei de Gauss sobre uma superfície esférica

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∫=•

=•

qdSnE

qSdE

ˆr

rr

ε

εPara r < R

Lembrando que a carga pode ser expressa como: q = ρ x Volume, temos:

ερ

πρπε

3

3

44 32

rE

rrE

=⇒

=

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Para r >> R

3

32

3

44

R

RrE

ρ

πρπε =

2

3

3 r

RE

ερ=⇒

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Lei de Gauss sobre uma linha de carga

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O fio tem uma densidade de carga, λ (C/m). A superfície O fio tem uma densidade de carga, λq (C/m). A superfície gaussiana pode ser definida por um cilindro. Logo a equação de Gauss pode ser re-escrita como:

fioSSSqSdESdESdE =•+•+• ∫∫∫ 321

rrrrrrεεε

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O tem direção radial a partir do fio, logo se for carregado positivamente temos que as linhas de campo são para fora, e se for negativo, as linhas de campo são para dentro.

Ev

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ε qSdE fioS 2=•∫

rr

Dessa maneira, não existe contribuição sobre as superfícies S1 e S3, logo o campo elétrico resume-se ao fluxo sobre S2

επλ

λπε

rE

lqrlES

2

22

=

==∫

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Lei de Guass sobre uma folha de Cargas Neste caso, vamos considerar uma folha de cargas carregada uniformemente sobre uma superfície, sendo que a densidade de cargas é definida como σq.

xAreaqdSnEdSnEdSnE qsfcSSSσεεε ==•+•+• ∫∫∫ 321

ˆˆˆrrr

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De acordo com a figura anterior, temos que o campo elétrico sobre a superfície S2 é perpendicular, logo E2=0. Portanto temos:

σσππεπε

εε ˆˆ

222

31

=

==+

=•+• ∫∫

E

rqrErE

qdSnEdSnE

sfc

sfcSS

rr

ε2=E

Ou seja, o E é independente da distância da folha !!. Este resultado será valido desde que as dimensões da folha sejam muito maiores que a distância aonde estamos calculando o campo elétrico.

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Campo Elétrico em condutores

Propriedades de um Condutor

Quando um campo elétrico é aplicado sob um condutor, os elétrons se movem livremente em resposta a presença do , logo o aplicado irá redistribuir a distribuição de cargas do condutor.

Ev

Ev

Os elétrons se movem até que o transporte de cargas seja suficiente para que (a força produzida pelos elétrons) se torne ZERO em todo o espaço dentro do condutor. Este processo de neutralização dentro do condutor se da próximo da velocidade da luz.

Uma vez que o é cancelado, os elétrons não são forçados a se mover no condutor, e ficam estacionários.

Ev

Ev

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Campo Elétrico em condutores

• Dessa maneira, qualquer superfície Gaussiana dentro do condutor tem um fluxo ZERO, logo a densidade de carga também tem que ser ZERO em qualquer lugar dentro do condutor.

• Por outro lado, na superfície do condutor, os • Por outro lado, na superfície do condutor, os elétrons que se moviam sob a influência da componente normal do sobre a superfície, são forçados a parar.

• Então a componente normal do sob a superfície pode existir. Já as componentes tangentes do sob a superfície não existem.

Ev

Ev

Ev

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Para um condutor carregado positivamente, o campo elétrico será ZERO dentro do condutor e normal sobre a superfície do condutor.

Se existir uma superfície gaussiana, como a descrista gaussiana, como a descrista pelo cilindro, o único fluxo será o representado pelo fim do cilindro fora do condutor, o que implica que a carga pode ficar disposta sobre a superfície do condutor

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Modificando esta situação de forma a termos um volume dentro do condutor, já sabemos que dentro do condutor E = 0.

Construindo uma superfície Gaussiana dentro da superfície de forma a não cortar a cavidade, podemos então calcular o E.

Mas como E = 0 dentro do condutor, logo não existe nenhum fluxo elétrico que Mas como E = 0 dentro do condutor, logo não existe nenhum fluxo elétrico que passa através da superfície Gaussiana definida. Então podemos concluir que a carga total dentro do condutor deve ser zero. Se não existe carga dentro da cavidade, então nenhuma superfície gaussiana dentro do condutor ou cavidade pode englobar a carga, dessa maneira E=0 dentro da cavidade.

Se de alguma maneira trouxermos uma carga externa para dentro da cavidade, o E poderá ser NÃO ZERO dentro da cavidade de acordo com a lei de Gauss, mas uma carga igual e de polaridade oposta deve se deslocar para a borda da cavidade para manter E = 0 dentro do condutor. Então enquanto a carga dentro da cavidade cria um campo elétrico dentro da cavidade, o campo elétrico não se estende fora da cavidade.

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Transporte de Cargas e Mobilidade – Corrente Elétrica

As cargas se movem devido a presença de um campo elétrico. Este movimento de cargas significa em uma corrente elétrica, I. A corrente elétrica, I, através de uma superfície é definida como a carga resultante passando através de uma superfície por intervalo de segundo, ou seja:

)(AAmperesegundo

CoulombsI ==

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Quando consideramos o movimento de cargas devemos prestar atenção em como as cargas se movem através de um determinado meio. Considerando um material metálico e condutor, os elétrons se movem livremente no material. Sendo que o grau de liberdade com que estes elétrons se movem é caracterizado pela condutividade do material, σ [A/V.m]

A densidade de corrente , J , é definida como a corrente por unidade de área (A/m2).

material, σ [A/V.m]

Definindo a Lei de Ohm, temos:

EJrr

σ=

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Na atmosfera, as corrente ohmicas são causadas pelo movimento de partículas grandes (ions pequenos) além dos elétrons.

Os ions carregam uma carga resultante, logo eles sofrem a ação da força do campo elétrico.

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Condução em gases e quebra da rigidez

Sob a ação de campos elétricos baixos e moderados na atmosfera, os elétrons produzidos por raios cósmicos e por decaimento radioativo começam a se propagar, e consequentemente os elétrons e íons começam a se separar pela sua polaridade.

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Um aumento adicional em voltagem (E) não resulta em um aumento adicional da corrente.

Entretanto, uma vez que a velocidade dos elétrons aumenta com o campo elétrico, temos que quando o campo elétrico é bem alto, os elétrons serão acelerados às velocidades suficientemente altas para se choracarem e quebrarem átomos e moléculas. se choracarem e quebrarem átomos e moléculas.

Então neste momento, existem mais cargas disponíveis e a corrente aumenta rapidamente. Este processo é conhecido como avalanche de elétrons.

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a ação de remover os elétrons de moléculas ou outras espécies a partir dos elétrons rápidos é também conhecido como efeito corona.também conhecido como efeito corona.

Como existem mais cargas carregadas com campo elétrico alto, isto implica em densidades de corrente altas [ ]↑↑⇒ JE

rr

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Considere uma situação com dois eletrodos mantidos a uma alta diferença de potencial

A medida que o fluxo de corrente aumenta, os elétrons começam a se aquecer até um ponto que ocorre uma emissão “thermoiônica” � kT � aquecer até um ponto que ocorre uma emissão “thermoiônica” � kT � I2R (aquecimento Joule). Consequentemente, isto leva o N2 e O2 a um estado de excitação, ou seja, gera a uma emissão ótica implicando em desenvolvimento elétrico de elétrons. Se o meio entre os eletrodos for “AR”, este processo de avalanche necessitaria de um campo elétrico ~ 3x106 V/m (campo de ruptura ou quebra da rigidez dielétrica). O campo de ruptura é a força do campo elétrico no qual os elétrons começam a “salta/sair” das moléculas e o dielétrico começa a se tornar altamente condutivo.

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Campo Magnético da Terra

A Terra possui um campo magnético,B

r , permanente devido as correntes elétricas no do interior da Terra.

Algumas propriedades do Br :

• B

r varia muito pouco ~ 0.05%/ano • varia muito pouco ~ 0.05%/ano e precessa sobre o eixo de rotação da Terra (11 graus).

• Em escalas de tempo de 105-106 anos o 0=B e se restabeleceu, e reverteu a sua polaridade.

Br ~ 10-4 T (Tesla); ϕ é a latitude a partir do equador geométrico; RE raio da terra; “r” distância; “ar” vetor unitário

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IonosferaA ionosfera é conhecida como o eletrodo

condutor superior do circuito global.

História:1882 – Stewart estimou a existência de uma região condutiva na parte superior da atmosfera;1901 – Marconi transmitiu ondas de rádio através do oceano Atlântico;1902 – Kennelly e Heaviside discutiram sobre a condutividade da camada acima; 1925 – Appleton e Barnett obtiveram evidências diretas a partr da camada de Heaviside através de falhas no sinal propagado a partir de 2 antenas direcionais; 1931 – Chapman desenvolveu a teoria de camada na ionosfera.

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A Ionosfera Terrestre foi dividida em várias regiões conhecidas como: D, E e F (F1 e F2)

Sendo que as ondas de rádio foram utilizadas para detectar as camadas que “refletiam” as ondas que retornavam a Terra.

A camada “E” foi a primeira a ser detectada, e o seu nome se deve a reflexão do campo elétrico provenientes nome se deve a reflexão do campo elétrico provenientes das ondas de rádio;

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Existe uma separação de regiões na ionosfera devido à:

•Energia solar depositada em várias alturas por causa da absorção característica na atmosfera;

•A recombinação depende da densidade;densidade;

•A densidade depende da composição química da atmosfera e varia com a altura (a secção-transversal vertical de absorção varia com a altura)

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Foto-Ionização O2 + hv � O2+ + e λ < 1027 Angstron

Carga-Troca N2+ + O2 � O2

+ + N2 Corana e Raio-X

Inter-troca de átomos-Ions N2+ + O � NO+ + N Corona e Raio-X

Processos de criação de Íons

Processos de Recombinação

Recombinação Dissociativa O + hv � O+ + e (F1) λ < 911 AngstronO2

+ + e � O + O (E)NO++ e � N + O

Recombinação Radiativa O+ + e � O + hv Processo bem devagar

Inter-troca de átomos-Ions O+ + O2 � O2+ + O

O+ + N2 � NO+ + N e depois ocorre umarecombinaçao dissociativa

O2+ + e � O + O

NO+ + e � N + O

Processos de Recombinação

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Concentração de elétrons Chapman consegui descrever a concentração de elétrons

(Ne) em função da altura (Camadas de Chapman), como:

[ ]2eeff Nq

dt

dNe α−=

onde “q” é a taxa de produção de elétrons (#/m3)

αeff é o coeficiente de recombinação efetiva (m3/s) Já o Fluxo de radiação pode ser descrito como:

onde σv(cm2) é a secção transversal de ionização de partículas com concentração N(z) e kv o coeficiente de absorção total.

Temos que o: )()( 1−= cmzNk vv σ

dzFzn

dF ab

µσ λ

λ)(=

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[ ]2eeff Nq

dt

dNe α−=

dzFzn

dF ab

µσ λ

λ)(=

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Resultados da Teoria de Chapman

Limitações da Teoria de Chapman incluem: • A atmosfera tem um tempo de resposta para com o • A atmosfera tem um tempo de resposta para com o

ângulo zenital e não está em quase-equilíbrio; • A atmosfera não é isotérmica, dessa maneira H varia

com z; • A radiação de ionização não é monocromática, mas

cobre um amplo espectro de frequências; • A ionização não permanece em uma altura aonde foi

produzida, mas move-se para cima e para baixo por difusão.

• A Recombinação não é totalmente dada por Ne2;

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Propriedades Elétricas da Atmosfera Abaixo da Ionosfera

a)Condição de Bom Tempoa)Condição de Bom Tempo – “Fair Weather”Na baixa atmosfera existe um estado de quase

equilíbrio eletrostático, onde cargas se movem em regiões aonde igualam o momento de carga que está sendo liberado pela região.

Sendo que bom tempo é definido como condições atmosféricas sem a presença de tempestades, sem atmosféricas sem a presença de tempestades, sem hidrometeoros, sem ventos de areias, sem vulcões ativos e etc.

As condições de tempo bom podem existir na presença de nuvens. Esta definição requer que o campo elétrico associado às nuvens seja fraco a ponto que não exista uma inversão de polaridade do campo elétrico sobre a superfície

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b) Visão Simplificada da Estrutura elétrica da Terra :

Coulomb (1795) – Modelo de capacitor esférico: •Parte inferior: superfície terrestre;•Parte externa: alta atmosfera altamente condutiva;•Parte interna: O Ar dentro sendo o Dielétrico;

Este capacitor esférico está carregado com ~ 5 x 104 C em cada camada.~ 5 x 104 C em cada camada.

Uma vez que o dielétrico (em nosso caso, o AR), é um condutor fraco, existe um vazamento de corrente que se propaga entre as duas camadas (pratos) do capacitor.

Este “vazamento de corrente” poderia neutralizar a carga da superfície terrestre e da atmosfera em aproximadamente 10 minutos

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Wilson, em 1920, propôs que as “tempestades” seriam responsáveis pela produção da energia eletromagnética (EMF), de forma a ter uma propagação contínua de corrente o que carregaria continuamente o capacitor –ou seja, cargas positivas movendo-se para cima e cargas negativas para baixo.

Neste modelo, o fluxo de corrente de cargas negativas para baixo se deve aos raios, que depositam cargas negativas sobre a superfície da terra.negativas sobre a superfície da terra.

Esta distribuição de cargas, mantém o campo elétrico da atmosfera, ou seja, o campo elétrico de condições de bom tempo.

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Em terrenos não montanhosos o campo elétrico

tem valores ~ -100 V/m, direcionado para baixo.

O campo elétrico diminui com a altura a medida que a condutividade aumenta com a altura (ou seja, está associada com a grande mobilidade uma vez que o caminho livre médio aumenta).

Lembrando que assumimos que a atmosfera está em um quase-equilibrio de um ponto de vista eletrostático, a densidade de corrente - J é constante. Portanto, temos uma relação entre condutividade e o campo elétrico.

EJrr

σ=

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Algum textos utilizam o gradiente do potencial para definir condições de bom tempo. Nesse caso o gradiente de potencial é ~ + 100 V/m.

Temos ainda que o Campo elétrico em função da altura pode ser expresso por:

E(z) = -{ 81.8 e-4.52z + 38.6 e –0.375z + 10.27 e –0.121z } ... (50)

Gish (1944), z em km e E em V/m

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Variações Diurnas e Sazonais das propriedade elétricas da baixa atmosfera:

Existe um conjunto de medidas que ilustra as variações diurnas e sazonais de bom tempo, as quais foram obtidas durante os cruzeiros de “Carnegie” na decada de1920.

Esta embarcação percorreu ~ 200.000 km em 7 Esta embarcação percorreu ~ 200.000 km em 7 cruzeiros e teve a sua ultima missão em 1928-1929, antes de um incêndio que destruiu o barco.

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Circuito Elétrico GlobalCircuito Elétrico Global

Acredita-se que a maior parte da energia elétrica das tempestades é liberada na forma de relâmpagos. Tempestades modestas produzem algumas descargas elétricas por minuto e tem uma potência equivalente à gerada por um usina nuclear.

Análises de escala a partir das equações de EM,Análises de escala a partir das equações de EM,mostram que a potência liberada por uma descarga elétrica é proporcional à quinta potência do tamanho da nuvem. Portanto, a duplicação das dimensões da nuvem eleva a potência liberada em 3 vezes.

Tempestades enormes podem produzir 100 descargas atmosféricas por minuto.

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Duas formas do circuito elétrico global

http://dx.doi.org/10.1016/j.atmosres.2013.05.015Williams e Mareev, Recent progress on the global electrical circuit, 2013

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Distribuiçã o vertical da corrente

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Análise Classica do Circuito Elétrico Global

Curva de Carnegie

Area de Tempestades