Top Banner
Quantificação da Diversidade Biológica Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias
30

Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Mar 18, 2022

Download

Documents

dariahiddleston
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Quantificação da Diversidade Biológica

Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Page 2: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Roteiro

1. Definição das DAE2. Comparações com outras

abordagens3. Modelos teóricos para as DAE4. Ajustes e seleção de modelos5. Teoria da amostragem das DAE

Page 3: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

DAE:Distribuição de Abundância de Espécies

Em inglês SAD : Species Abundance Distribution

Lepidópteros capturados em armadilha luminosa na Estação de Rothamsted (1933-1936). Fisher et al. 1943

Page 4: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

DAE:Lei empírica em ecologia de comunidades

A - Mariposas, GBB - Aves, EUAC - Árvores, PanamáD - Archaea, BR

Page 5: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

DAE:Descrição Gráfica

Escala logarítmica

Page 6: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Por que todo este trabalho?

Page 7: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Três Abordagens

Complexidade (multivariadas), pouco útil p/ comunidades de composição diferente.

Comparações de comunidades são mais complexas

Depende do tamanho amostral, não modelam explicitamente abudâncias

Desvantagens

Compara composições; informação de espécies ausentes

Modelo explícito de abundâncias, independe de composição

Simplicidade, independe de composição

Vantagens

AltaMédiaBaixaRetenção de informação

ListasDAEÍndices

Adaptado de McGill et al. 2007 Ecol. Lett

Page 8: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Como modelar uma DAE?

Abundância

Pro

babi

lidad

e

Page 9: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Qual o modelo adequado?

Page 10: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Qual o modelo adequado?

• Estatísticos: log-série, binomial negativa, gama, gama-binomial, log-normal, poisson-log-normal

• Processos de ramificação: Yule, Zipf-Mandelbrot, fractal

• Populacionais: Lotka-Volterra, Hughes, J-Logístico, modelos neutros

• Partilha de nichos: geométrico, vara quebrada, Sugihara, fracionamento aleatório

• Espaciais: contínuo ambiental, fractal, multifractal, HEAP

Marquet et al. 2003 In Gaston (ed): MacroecologyMcGill et al. 2007 Ecology Letters

Page 11: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Brokenstick(MacArthur 1957)

Page 12: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Lognormal(Preston 1948)

Page 13: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Série Logarítmica(Fisher 1943)

Page 14: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Série Geométrica(Motomura 1932)

Page 15: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Quais os parâmetros do modelo?

Page 16: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Abordagem tradicional: método dos momentos e testes de significância

70,069,870100000,5

67,364,3621000,5

48,352,454100,5

27,931,73210,5

10,110,7141,5

Log-SérieLog-NormalObs Ac.Classe

70,068,86910000,5

Log-normal: D = 0,0471, p> 0,05Log-série: D = 0,1167, p> 0,05

Exemplo 2 de Magurran (2004), acrescido do teste para log-série

Page 17: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

E agora?

Exemplo 2 de Magurran (2004), acrescido da log-série (azul)

Page 18: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Abordagem da Verossimilhança

Uma rápida digressão sobre funções de evidência e seleção de modelos

Page 19: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Qual a hipótese mais plausível, dado um resultado?

0 1 2 3 4 5

0.05

0.15

0.25

H1: p = 0.5

N de fミmeas

Probabilidade

0 1 2 3 4 5

0.00

0.10

0.20

0.30

H1: p = 0.33

N de fミmeas

Probabilidade

Dado: uma fêmea em uma ninhada de 5 filhotes

M1 - razão sexual é de 1:1 -> P(dado|θ=1/2) = 0,157M2 - razão sexual é de 1:2 -> P(dado|θ=1/3) = 0,329

Logo, o segundo modelo é 0,329/0,157 = 2,1 vezes mais plausível

Page 20: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Função de Verossimilhança e Log-verossimilhança

L ∣x i ∝ ∏ f x i∣

L ∣x i ∝ ∑ log f x i∣

Page 21: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Seleção do modelo

0 50 100 150 200

1

5

50

500

Log-Normal

Rank

Abund nciaノ

0 50 100 150 200

1

5

50

500

Log-sホrie

Rank

Abund nciaノ

Mariposas de Rothamsted : razão de log-verossimilhanças: 17 a favor de log-série

Page 22: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Modelos da Estrutura da Diversidade

"If it should turn out that one single form of probability distribution with a small number of parameters (say two or three) fitted the data from the majority of observed communities, with only the parameter values varying from one community to the another, interesting relationships might be discovered between the values of the parameters and the types of community they describe."

Pielou 1977 - Mathematical Ecology, p.269

Page 23: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Teoria da Amostragem

De como os métodos condicionam nossa visão de mundo

Page 24: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Teoria da amostragem:O problema

Page 25: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Teoria da amostragem

AmostraAMOSTRA

?

Page 26: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Preston e a linha de véu

Page 27: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Efeito de agregação por amostra

Page 28: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Agregação pode distorcer muito a distribuição original

Page 29: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

Teoria da amostragem:Mais um pioneirismo de Fisher

1. As abundâncias das espécies na comunidade são variáveis i.i.d. de uma distribuição gama

2. Os indivíduos são amostrados independentemente (Poisson)

3. As abundâncias na amostra serão uma variável binomial negativa

4. Tendendo o parâmetro k da binomial negativa a zero tenho uma distribuição com um parâmetro, interpretável biologicamente!

5. Vou chamá-la série logarítmica.

Page 30: Aula 2 : Modelos de Distribuição de Abundâncias

OBRIGADO!

Leituras

• Magurran 2004, cap.2 • Prado 2010 Ciência e Ambiente (no prelo)• McGill et al. 2007 Ecology Letters 10: 995-1015.