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Imunização na mulher Gestante/adolescente/adulta Eduardo Jorge Fonseca lima
57

Aula 03 dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Jun 11, 2015

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Imunização na mulher

Gestante/adolescente/adulta

Eduardo Jorge Fonseca lima Eduardo Jorge Fonseca lima

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Saúde da mulher

• Menarca• Gravidez • Puerpério• Controle da natalidade • Climatério • Prevenção de câncer de mama e de colo

do útero

• Saúde integral-Vacinação

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Esquema de Vacinação

Critérios• Epidemiológicos

- Magnitude

- Vulnerabilidade

- Transcendência

- Gravidade

- Relevância Social

- Relevância Econômica• Econômicos (relação custo-benefício)• Disponibilidade• Tipo da Vacina

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RELAÇÃO CUSTO BENEFÍCIO

• - As vacinas salvam a vida de 3 milhões de pessoas por ano

• - Uma criança nascida hoje viverá 8 horas a mais que a nascida ontem, devido aos programas de vacinação

• - Para cada dólar investido em vacinas a sociedade economiza 20 dólares

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Calendário de Vacinação da Mulher recomendado pela Sbim (2010)

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VACINAÇÃO X GRAVIDEZ

AVALIAR:

• RISCO EXPOSIÇÃO MATERNA ELEVADO

• INFECÇÃO NATURAL – ACARRETA GRAVE RISCO PARA A MÃE OU FETO

• SE É IMPROVÁVEL QUE ACARRETE DANOS

• ANAMNESE- cuidadosa, enfatizando os antecedentes vacinais, estado de imunodepressão ou contato com imunodeprimido.

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VACINAÇÃO X GRAVIDEZ

• Objetivos e racionalidade• Imunogenicidade .Proteção para a mulher, o feto e o

neonato.

• Eficácia- Mulher, feto e RN.• Segurança• Trimestre da gravidez- Segurança e

eficácia Guiding principles for development of ACIP recommendations for vaccination during

pregnacy.April 2008

Page 8: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Classificação de risco pelo FDA por categoria na gestação-Jan/2008Categoria A Estudos controlados e

adequados sem risco para o feto no primeiro trimestre.

Categoria B Estudos em animais não mostraram risco aumentado, ou estudos em animais mostraram eventos adversos, porém estudos bem controlados em humanos não demonstrou risco.

Categoria C Estudos em animais mostrou aumento de eventos adversos e não há estudos controlados em humanos.

Categoria D Existem evidencias de aumento de risco no feto humano,mas poderá ter beneficio potencial para gestante.

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Guidelines for vaccinating pregnant women(ACIP/CDC) MAY-2007 TT/dT- Uso indicado de acordo com

o histórico da gestante.Apesar da ausência de teratogenicidade, aguardar 2º trimestre?

Tdap- A gravidez não é uma contra-indicação.Aguardar conclusões dos estudos.Estimular o uso do pós-parto.

Influenza- Recomendada toda gestante a partir do 2º trimestre.

Page 10: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Guidelines for vaccinating pregnant women(ACIP/CDC) MAY-2007 Hepatite A- Vírus inativo.Risco

possivelmente muito baixo.Ainda não bem determinado.

Hepatite B- A gravidez não é contra-indicação.Toda gestante deverá realizar triagem.Se necessário usar a vacina.

HPV- Vacina não recomendada na gravidez.Uso acidental não relacionou risco fetal.

Page 11: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Guidelines for vaccinating pregnant women(ACIP/CDC) MAY-2007 MMR- Vacina não recomendada.Deve ser

dado o intervalo de 28 dias para gravidez.Uso acidental- Não indicação de aborto.

Varicela- O risco na gestação é desconhecido,entretanto não deve ser administrado.

BCG-Uso não recomendado.

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VACINAÇÃO X GRAVIDEZ

Contra-indicação: Condição em que o uso aumenta o risco de evento adverso grave.A vacina não deve ser administrada.

Precaução: Condição em que o uso pode aumentar o risco de evento

adverso.Avaliar risco beneficio.

Guiding principles for development of ACIP recommendations for vaccination during pregnacy.April 2008

Page 13: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Desafios na imunização obstétrica

Estudos de coorte bem controlados/limitados.

Preocupação teórica sobre a segurança e eficácia.

Tipo de vacina e adjuvantes. Resposta imune da gestante e do RN. Recomendações sobre imunização. Antes da concepção Durante a concepção Pós-parto• Mulheres grávidas imunocomprometidas ACIP-APRIL 2008

Page 14: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

- VACINAS ESPECÍFICAS • TÉTANO, DIFTERIA, GRIPE

VACINAÇÃO X GRAVIDEZVACINAÇÃO X GRAVIDEZ

- VACINAS SELETIVAS PARA MULHERES DE RISCO

• • HEPATITE A, HEPATITE B, HEPATITE A, HEPATITE B, PNEUMOCOCOS, HiB, ANTI-RÁBICA PNEUMOCOCOS, HiB, ANTI-RÁBICA E MENINGOCOCOSE MENINGOCOCOS

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VACINAS CONTRA-INDICADAS

- VACINA DE VÍRUS VIVOS: SARAMPO, RUBÉOLA, PAROTIDITE

(TRIPLICE VIRAL)E VARICELA

• EXCEÇÃO – FEBRE AMARELA E PÓLIO

VACINA BACTERIANA ATENUADA - BCG

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VACINAS VIRAIS VIVAS NÃO CONTRA-INDICADAS

PÓLIO – PREFERÊNCIA PARA IPV FINLÂNDIA 2001 - > 3000 GESTANTES PÓLIO ORAL – EFETIVIDADE E SEGURANÇA FEBRE AMARELA – INDICADA EM SITUAÇÕES DE ALTO RISCO

DE EXPOSIÇÃO ASSOCIAÇÃO COM ABORTAMENTO – DISCUTÍVEL CAMPINAS –SP 2000 – 480 GESTANTES SEM RELAÇÃO COM ABORTO/ MF

FEV/2010-Transmisssão do virus vacinal em crianças amamentadas-Encefalite.Causa não bem definida.

Recomendação do MS:Não amamentar por 14 dias e usar leite prévio congelado.

Page 17: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

SEGURANÇA DA VACINAÇÃO EM GESTANTES

CONCLUSÕES ( METANÁLISE/MEDLINE 1990 – 2002/2004-2006):

NÃO EXISTEM EVIDÊNCIAS DE RISCO PARA O FETO QUANDO A GESTANTE É IMUNIZADA COM TOXÓIDES, VACINAS POLISSACARÍDICAS, CONJUGADAS OU CONTENDO VÍRUS MORTOS

PROVAVELMENTE A MAIORIA DAS VACINAS CONTENDO VÍRUS ATENUADOS TAMBÉM É SEGURA, MAS OS DADOS SOBRE A SEGURANÇA AINDA SÃO INSUFICIENTES

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PROFILAXIA DO TÉTANO NA GRAVIDEZ

MELHOR EXEMPLO DA EFETIVIDADE DA VACINAÇÃO NA GRAVIDEZ

OMS – 1989 – ELIMINAR O TÉTANO NEONATAL EM 2000

NÚMERO DE CASOS DE TÉTANO NEONATAL – BRASIL

1990 – 296 2000 – 41 2002 - 33 2008- 7

Page 19: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

PROFILAXIA DO TÉTANO NA GRAVIDEZ

ESQUEMA BÁSICO

- DUAS OU TRÊS DOSES DE dT ou TT

1ª DOSE – SEGUNDO TRIMESTRE2ª DOSE – NO MÍNIMO 20 DIAS ANTES DO

PARTO

OBS.: PARA ADEQUADA PROTEÇÃO MATERNA É IMPORTANTE UMA TERCEIRA DOSE

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NOVAS GESTAÇÕES

- GESTANTE COM ESQUEMA COMPLETO (3 DOSES):

• REFORÇO APENAS SE A ÚLTIMA DOSE TIVER SIDO HÁ MAIS DE 5 ANOS

- GESTANTE COM ESQUEMA INCOMPLETO - COMPLETAR O ESQUEMA

Page 21: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

VACINAS CONTRA COQUELUCHEADOLESCENTES E ADULTOS• Diversos países do mundo (1980) notaram

modificação na distribuição etária dos casos

• Adolescentes, adultos e idosos diagnosticados tardiamente por quadros respiratórios atípicos e complicações (pneumonia em maiores de 65 anos)

• WHO (2001) chama atenção ao comportamento da Coqueluche entre adolescentes e adultos e seu papel na disseminação da doença

• EUA (2004) maior número de casos (25.824) sendo 34% entre 11-18 anos de vida (30/100.000 hab). Comportamento semelhante em vários países da Europa, Canadá e América do Sul

Sutter RW et al Pertussis hospitalizations and mortality in United States 1985-1988. Jama 1992; 267:386-391

Tan, T, et al. Epidemiology of pertussis. Pediatr Infec Dis J. 2005; 24 (5 Suppl): S10-8.

Page 22: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

• Adolescentes/adultos, com vacinação incompleta, menos que 3 doses: completar o esquema vacinal, sendo apenas uma delas com a dTpa.

• Não vacinados ou estado vacinal desconhecido: fazer 3 doses, sendo a 1a delas com a dTpa seguido por duas doses de dT.

• 1a e 2a doses, intervalo mínimo de 4 semanas; entre a 2a e a 3a doses, intervalo de 6 meses.

• Gestantes, com esquema incompleto, fazer dT e dTpa pós parto.

• Adolescentes/adultos, com vacinação incompleta, menos que 3 doses: completar o esquema vacinal, sendo apenas uma delas com a dTpa.

• Não vacinados ou estado vacinal desconhecido: fazer 3 doses, sendo a 1a delas com a dTpa seguido por duas doses de dT.

• 1a e 2a doses, intervalo mínimo de 4 semanas; entre a 2a e a 3a doses, intervalo de 6 meses.

• Gestantes, com esquema incompleto, fazer dT e dTpa pós parto.

VACINAS CONTRA COQUELUCHE

ADOLESCENTES E ADULTOS

VACINAS CONTRA COQUELUCHE

ADOLESCENTES E ADULTOS

Page 23: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

FALHAS DO TT NA GESTAÇÃO

1. MÁ QUALIDADE DO TT

2. FALHA VACINAL PRIMÁRIA

3. ANTICORPOS TRANSPLACENTÁRIO x TOXINAS TETÂNICA

Page 24: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

GESTANTES E VACINA ANTIINFLUENZA (GRIPE)GESTANTES E VACINA

ANTIINFLUENZA (GRIPE)

• RISCO DE HOSPITALIZAÇÃO 4 VEZES MAIOR QUE AS NÃO GRÁVIDAS

• RISCO DE HOSPITALIZAÇÃO 4 VEZES MAIOR QUE AS NÃO GRÁVIDAS

• RISCO DE COMPLICAÇÕES COMPARÁVEL ASMULHERES NÃO GRÁVIDAS COM CONDIÇÃO DE ALTO RISCO

• RISCO DE COMPLICAÇÕES COMPARÁVEL ASMULHERES NÃO GRÁVIDAS COM CONDIÇÃO DE ALTO RISCO

• VACINAÇÃO RECOMENDADA SE >14 SEMANAS DE GESTAÇÃO DURANTE MESES DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO VÍRUS (OUTONO/INVERNO)

• VACINAÇÃO RECOMENDADA SE >14 SEMANAS DE GESTAÇÃO DURANTE MESES DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO VÍRUS (OUTONO/INVERNO)

Page 25: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

GESTANTES E VACINA ANTIINFLUENZA (GRIPE) Fatores relacionados ao maior risco

complicações de gripe na gravidez:

Aumento da freqüência cardíaca

Aumento do consumo de oxigênio.

Diminuição da capacidade pulmonar.

Alterações imunológicas na gravidez

CDC,National Immunization Programme Influenza.

Page 26: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC)

• A rubéola deve ser controla, erradicada ou eliminada?

• Rubéola Congênita: objetivo é erradicar a doença.

• OPAS: proposta de eliminar a Rubéola e a SRC em 2010.

• Nova estratégia:Vacinar homens e mulheres entre 20 a 39 anos.

Page 27: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Tríplice Viral

• Tipo de vacina: vírus vivo atenuado• Composição: vírus de sarampo ,caxumba

e rubéola• Esquema Vacinal para adultos : dose

única • Via de administração: subcutânea• Eventos adversos: entre o 5º e 12º dia

após a vacinação pode ocorrer febre e erupção cutânea; artralgia e artrite em mulheres adultas.

- VACINAÇÃO NOS ADOLESCENTES E PRÉ- NUPCIAL

- VACINAÇÃO EM PUÉRPERAS

Page 28: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

VACINAÇÃO EM PUÉRPERAS

TESTE PRÉVIO ?

AMOSTRA DE SANGUE ESTOCADA POR 3 MESES

- EXCREÇÃO PELO LEITE MATERNO

- USO SIMULTÂNEO COM IMUNOGLOBULINA

TESTAR ANTI-CORPOS APÓS 8 SEMANAS

Page 29: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

VACINAÇÃO CONTRA RUBÉOLA X GRAVIDEZ

- C D C 2002 680 GESTANTES 0,5% RUBÉOLA CONGÊNITA

ASSINTOMÁTICA- BRASIL –SP 2000 6473 GESTANTES 27 RN COM IgM REAGENTE NENHUMA MANIFESTAÇÃO CLÍNICA

DE SRC- INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ

NÃO JUSTIFICADA

Page 30: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Importância da Vacina da Hepatite B

350 milhões de portadores crônicos em

todo mundo

2 milhões de óbitos anualmente

Vírus oncogênico direto - Hepatocarcinoma

Cronificação em adulto (5 a 10% dos casos)

e em crianças (90% dos casos)

30% dos casos não se consegue identificar

Nenhum fator de risco para a transmissão

Page 31: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Esquemas de Vacinação

Doses: 3 doses. ESQUEMA TRADICIONAL: D 0, D 30 e D 180 ESQUEMAS ALTERNATIVOS - MELHORAR

ADERÊNCIA

Intervalos: 1ª dose para 2ª dose -> 1 mês 2ª dose para 3ª dose -> mínimo de 2 meses e

o ideal de 5 meses * Aumento do intervalo da primeira para a

segunda dose = títulos de ac * Aumento do intervalo da segunda para a

terceira dose = títulos de ac

Via de administração: Intramuscular (deltóide e músculo anti-lateral da coxa)

Não fazer em região glútea. Vacinas combinadas: Hepatite A

Page 32: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Exposição Perinatal

Genitora HBsAg e HBeAg -> 90% de risco de transmissão ao recém-nascido.

CDC: Recomendação da vacina e HBIG nas primeiras 12-24 horas

Genitora HBsAg desconhecido -> vacina + coleta de sorologia. Teste de seguimento: 30/90 dias

Ministério da Saúde, 2009:Recém-nascido à termo -> vacina + HBIGRecém-nascido pré-termo -> vacina (4 doses) + HBIG

Triagem não é amplamente utilizada.

Page 33: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

VACINA DE HEPATITE BVACINA DE HEPATITE B

EXPOSIÇÃO PERINATAL

 VACINA x VACINA + HBIG

- Estudos na década de 90 - Uso isolado da vacina recombinante seria eficaz

POLÊMICAS

1. Infecções pelo vírus da HB no período neonatal - elevado risco de infecção crônica e sequelas

2. Não existe tratamento efetivo para HB

3. Apesar da efetividade da vacina isolada: uso simultâneo aumentou esta efetividade

EXPOSIÇÃO PERINATAL

 VACINA x VACINA + HBIG

- Estudos na década de 90 - Uso isolado da vacina recombinante seria eficaz

POLÊMICAS

1. Infecções pelo vírus da HB no período neonatal - elevado risco de infecção crônica e sequelas

2. Não existe tratamento efetivo para HB

3. Apesar da efetividade da vacina isolada: uso simultâneo aumentou esta efetividade

Page 34: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Epidemiologia da Varicela nos EUA

.... Antes ...

EUA -> Até 1994 10.000 hospitalizações/ano com 100 óbitos Custo-benefício -> 1 dólar x 5 dólares Absenteísmo ao trabalho e a escola

... E depois ...

EUA -> Introdução da Vacina em 1995 Cobertura de 27% em 1997 para 88% em 2005 Redução significativa de casos (71 a 84%),

hospitalização 88%. Impacto em toda população -> (herd immunity)

Page 35: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Varicela x Gravidez

Na infecção dos primeiros 4-5 meses de gestação há um índice de 2% dos casos que leva a varicela congênita:

RCIU, defeitos oculares, retardo mental, paralisia motora e hipoplasia de extremidades.

Varicela antes de 5 dias do parto -> varicela neonatal precoce (exantema vesicular leve).

Entre 5 dias antes do parto e 2 dias depois -> varicela neonatal tardia -> grave, com 30% de mortalidade.

Page 36: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

HPV

Vírus do DNA não envelopado > de 100 diferentes tipos identificados ~ 40 tipos são transmitidos sexualmente . Tipos de “Baixo risco” (6, 11 e outros)

-Verruga genital e papilomatose respiratória recorrente

. Tipos de “Alto Risco” (16, 18 e outros)

- Cancer Cervical e outros cânceres anogenitais

- Cancer cavidade oral

Page 37: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

HPVHPV

Mais de 100 tipos identificados2

~30–40 anogenitais2,3

~15–20 oncogênicos2,3,a

– HPV-16 e 18 foram responsáveis pela maioria dos cânceres do colo do útero em todo o mundo4

Tipos não oncogênicosb

– HPV-6 e 11 são mais freqüentemente associados a verrugas genitais externas3

1. Howley PM, Lowy DR. In: Knipe DM, Howley PM, eds. Philadelphia, Pa: Lippincott-Raven; 2001:2197–2229. 2. Schiffman M, Castle PE. Arch PatholLab Med 2003;127:930–934. 3. Wiley DJ, Douglas J, Beutner K et al. Clin Infect Dis 2002;35(suppl 2):S210–S224. 4. Muñoz N, Bosch FX, Castellsagué X et al. Int J Cancer 2004;111:278–285.

Vírus com molécula não envelopada de DNA de dupla fita1

a alto risco; b baixo risco

Page 38: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Percentagem de câncer cervical atribuído aos mais freqüentes tipos de HPV em todas as

Regiões do Mundo.

0,6%

0,7%

0,7%

1,0%

1,7%

2,5%

3,3%

3,7%

4,3%

15,9%

54,4%

3,6%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

HPV 39

HPV 51

HPV 56

HPV 59

HPV 35

HPV 52

HPV 58

HPV 31

HPV 45

HPV 33

HPV 18

HPV 16

Smith et al. Int J Cancer 2007

Page 39: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Genótipos do HPV (%) nos casos de câncer de colo do útero em

todo o mundo

53,5%70,7%77,4%80,3%

Tipos de HPVda vacina

53,5

2,3

2,2

1,4

1,3

1,2

1,0

0,7

0,6

0,5

0,3

1,2

4,4

2,.6

17,2

6,7

2,9

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

X

Outros

82

73

68

39

51

56

59

35

58

52

33

31

45

18

16

MUÑOZ N et al. Int J Cancer; 111: 278–85, 2004.

Page 40: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

América do Sul/ Central

África Setentrional

América do Norte/Europa

Ásia Meridional

16

18

45

31

33

Tipo de HPV

52

Outros

a Análise combinada e estudo multicêntrico de controle de caso (N= 3.607)

1. Muñoz N, Bosch FX, Castellsagué X et al. Int J Cancer 2004;111:278–285.

Prevalência Mundial de Tipos de HPV Prevalência Mundial de Tipos de HPV no Câncer do Colo do no Câncer do Colo do ÚÚterotero1,a1,a

58

57

12,6

69,7

14,6

67,6

17

52,5

25,7

Page 41: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Cobertura nos EUA de vacinação HPV Mulheres de 13 a 17 anos Pesquisa de Imunização Nacional 2007 e 2008

0102030405060708090

100

13 14 15 16 17

Idade (anos)

Per

cent

ual 2007

2008

Pesquisa de Imunização Nacional MMWR 2008;57Pesquisa de Imunização Nacional MMWR 2009;58

Page 42: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Cobertura de vacinação estimada com vacina HPV entre garotas adolescentes em 2008. Cobertura nacional = 37 %

Recurso: CDC. Nacional, estadual e cobertura vacinal da área local entre adolescentes de 13-17 anos --- Estados Unidos, 2008.

40-49%30-39%20-29%

50-59%

10-19%

D.C.

Page 43: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Novas Políticas de PublicaçãoACIP - Outubro de 2009

Vacina HPV bivalente para mulheres Vacina HPV quadrivalente para homens

Page 44: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Quadrivalente (Merck)

Bivalente (GSK)

Licenciadas no USA

2006 2009

Tipos VLP HPV 6/11/16/18 HPV 16/18

Células produtivas

Saccharomyces cerevisiae (levedura) -

expressando L1

Trichoplusia ni linhagem de células de inseto infectadas

com baculovírus recombinante L1

Adjuvante

AAHS:225 µg aluminum hydroxyphosphate

sulfate

AS04:500 µg aluminum hydroxide

50 µg 3-O-deacyl-4’- monophosphoryl lipid A

Planejamento*

0, 2, 6 meses 0,1,6meses

VLP – virus like particulas

*em testes clínicos

Duas Vacinas HPV Licenciadas para uso em Mulheres.

Page 45: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

O O riscorisco emem vidavida de de infecinfecççãoão pelopelo HPV HPV paraparahomenshomens e e mulheresmulheres sexualmentesexualmente ativosativos éé==50%50%1,21,2

O HPV O HPV éé adquiridoadquirido porpor meiomeio de de vvááriosrios tipostipos de de contatocontato genitalgenital11––55

Por que Vacinar Toda a PopulaPor que Vacinar Toda a Populaçção e Não ão e Não Somente os Grupos de Somente os Grupos de ““Alto RiscoAlto Risco””??

Não existe definiNão existe definiçção de populaão de populaçção de alto risco ão de alto risco para o HPVpara o HPV

1. Winer RL, Lee SK, Hughes JP, Adam DE, Kiviat NB, Koutsky LA. Am J Epidemiol 2003;157:218–226. 2. Centers for Disease Control and Prevention. Rockville, Md: CDC National Prevention Information Network; 2004. 3. Kjaer SK, Chackerian B, van den Brule AJ, et al. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2001;10:101–106. 4. Fairley CK, Gay NJ, Forbes A, Abramson M, Garland SM. Epidemiol Infect 1995;115:169–176. 5. Herrero R, Castellsague X, Pawlita M, et al. J Natl Cancer Inst 2003;95:1772–1783.

Page 46: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Modelo estrutural da VLP do papilomavírus

VLP(~20.000 kD)

72 capsômeros

Capsômero L1(~280 kD)

5 x L1

Proteína L1 (55–57 kD)

1. Kirnbauer R, Booy F, Cheng N, Lowy DR, Schiller JT. Proc Natl Acad Sci USA 1992;89:12180–12184. 2. Syrjänen KJ, Syrjänen SM. Chichester, Reino Unido: John Wiley & Sons, Inc; 2000:11–51.

MontagemMontagem das das VLPsVLPs do HPVdo HPV

Page 47: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Eficácia da Vacina HPV

Vacina/

Tipo HPV

Vacina

N casos

Control e de Placebo

N casos

Eficácia da Vacina

% (CI)

Bivalente*

HPV 16/18 7344 4 7312 56 93% (80, 98)

HPV 16 6303 2 6165 46 96% (83,100)

HPV 18 6794 2 6746 15 87% (40, 99)

Quadrivalente**

HPV 16/18 7738 2 7714 100 98% (93,100)

HPV 16 6647 2 6455 81 98% (91,100)

HPV 18 7382 0 7316 29 100% (87,100)

Paavonen et al. Lancet 2009; Kjaer et al. Cancer Prev Res 2009

Page 48: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Eficácia e imunogenicidade

Alta eficácia para prevenção NIC 2+ relatada entre aqueles sem evidência de infecção.

Nenhuma evidência de redução de proteção através do período de acompanhamento(6 anos).Não está claro se será necessário dose de reforço.

Nenhuma eficácia terapêutica.

O uso das vacinas desenvolveram anticorpos , com níveis de corte maiores do que aqueles após a infecção natural.

O nível mínimo de anticorpo protetor não é conhecido.Bornstein, J. The HPV Vaccines – Which to Prefer? OBSTETRICAL AND GINECOLOGICAL SURVEY.V64 N5 2009.

Bornstein, J. The HPV Vaccines – Which to Prefer? OBSTETRICAL AND GINECOLOGICAL SURVEY.V64 N5 2009.

Page 49: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Proteção cruzada da Vacina HPV • Os dados sugerem que as vacinas podem fornecer

proteção contra tipos de HPV não contidos na vacina.

• Os tipos examinados são aqueles filogeneticamente ao HPV 16 e 18.

• Análises são difíceis de interpretar devido a possibilidade de co-infecções.

• Vacina bivalente pode ter mais proteção cruzada (contra 45,31,52) do que a vacina quadrivalente (apenas 31).

• A explicação das diferenças não pode ser só atribuida ao adjuvante mas tb a modificação da L1.Esta proteção é parcial e reduz com o tempo.

Page 50: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Entendimento atual das Vacinas HPV

Atributos Bivalente Quadrivalente

Proteção contra o HPV 16/18 NICII relacionados + *

>93% >98%

Proteção contra o HPV 6 / 11 relacionados com lesões genitais

- >98%

Proteção cruzada contra NICII + devido ao alto risco de outros tipos de HPV 16,18

Alguns tipos filogeneticamente relacionados com

HPV 16 e 18

Alguns tipos filogeneticamente relacionados ao

HPV 16

Soroconversão para o tipo de vacina

>99% >99%

Média geométrica dos títulos de anticorpos

bivalente > quadrivalente

Duração da proteção Algumas diferenças não esclarecidas

Reatogenicidade Local bivalente > quadrivalente

** http://www.cdc.gov/vaccines/programs/vfc/cdc-vac-price-list.htm

Page 51: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Recomendação – Intercambialidade

A ACIP recomenda que a série de vacinas HPV deve ser completada com o mesmo produto da vacina HPV sempre que for possível.

Contudo, se os fornecedores não souberem ou tenham disponível o produto da vacina HPV previamente administrada, tanto o produto pode ser usado para continuar, quanto para completar a série e fornecer proteção contra HPV 16 e 18.

Page 52: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

 Precauções e Contra-indicações

As vacinas HPV não são recomendadas para uso em mulheres grávidas. Teste de gravidez não é necessário antes da vacinação.

As vacinas HPV são contra indicadas para pessoas com hipersensibilidade imediata a qualquer componente da vacina.

- A vacina HPV quadrivalente é contra indicada com histórico de hipersensibilidade imediata a levedura.

- A vacina HPV bivalente em seringas previamente enchidas é contra-indicado para pessoas com alergia anafilática ao látex.

Page 53: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Verrugas Genitais: Uma DoenVerrugas Genitais: Uma Doençça dos a dos JovensJovens11

Taxas de diagnósticos de verrugas anogenitais (primeira ocorrência) em clínicas de medicina geniturinária na Inglaterra

e no País de Gales (2000)

1. CDR Wkly (Online). 2001:11(35). Disponível em: http://www.hpa.org.uk/cdr/archives/2001/cdr3501.pdf.

Índ

ice

po

r 10

0.00

0 h

abit

ante

s

Idade (anos)

0

100

200

300

400

500

600

700

800

13–15 16–19 20–24 25–34 35–44 45–64 =65

Homens

Mulheres

Page 54: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Apresentação de Verrugas Genitais

Page 55: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Os Mais Importantes Achados de Pesquisa Obtidos a partir de Modelos até o Momento-HPV Benefícios da Vacinação

Reduziu a incidência do câncer, mesmo em um cenário de manutenção da triagem1

Evitou novas triagens e tratamentos de lesões desnecessários1

É preciso pesquisar o impacto da doença causada pelos vírus HPV-6 e 112

O impacto da vacina depende de: Eficácia3

Sinergia entre os tipos de HPV4

Cobertura da população: vacinação seletiva improvável de funcionar2

Duração da proteção versus duração do risco1,3

Taxas de transmissão2,4

1. Goldie SJ, Kohli M, Grima D, et al. J Natl Cancer Inst 2004;96:604–615. 2. Hughes JP, Garnett GP, Koutsky L. Epidemiology 2002;13:631–639. 3. Kulasingam SL, Myers ER. JAMA 2003;290:781–789. 4. Elbasha EH, Galvani AP. Mathamatical Biosci 2005;197:88-117.

Page 56: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

PERSPECTIVAS DE VACINAÇÃO EM GESTANTES

VACINAR GESTANTES – TRANSFERÊNCIA DE IgG,BENEFICIANDO TANTO A MÃE QUANTO O LACTENTE NA FAIXA ETARIA DE MAIOR VUNERABILIDADE.MELHOR PERIODO: 30 A 32 SEMANAS DE GESTAÇÃO.

ESTUDOS EM ANDAMENTO COM PNEUMOCOCOS, MENINGOCOCOS A E C, HiB E COQUELUCHE.

PREOCUPAÇÕES RELACIONADAS À SEGURANÇA DA VACINAÇÃO EM GESTANTES -DIFICULDADES ÉTICAS E CULTURAIS,

Healy CM,Baker Cj.Prospects for prevenition of childhood infections by maternal immunization.Curr Qpin Infect Dis 2006;19:271-6

Page 57: Aula 03   dr. eduardo jorge- imunização na mulher

Mulheres:

Vacinadas, protegidas, amadas e felizes!