SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CURSO DE LETRAS MARIA GISÉLIA RAMALHO ATIVIDADE DE PORTFOLIO- 5° SEMESTRE ATIVIDADE INDIVIDUAL
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCURSO DE LETRAS
MARIA GISÉLIA RAMALHO
ATIVIDADE DE PORTFOLIO- 5° SEMESTREATIVIDADE INDIVIDUAL
Araçuaí-MG2011-04-22
MARIA GISÉLIA RAMALHO
ATIVIDADE DE PORTFOLIO- 5°SEMESTREATIVIDADE INDIVIDUAL
Trabalho apresentado ao Curso deLetras da UNOPAR - Universidade Nortedo Paraná, como requisito parcialpara obtenção de nota. Disciplinas:Literatura Portuguesa I, Cultura eSociedade, Língua Portuguesa:Morfossintaxe III, Leitura e Produçãode Texto em Língua Portuguesa V eLiteratura Brasileira I.
Professores: Anderson Teixeira,Okçana Battini, Lilian Salete AlonsoMoreira Lima, Eliza Nantes eAlexandre Vilas Boas.
Araçuaí-MG2011-04-22
SumárioIntrodução........................................................................................................................04Desenvolvimento- Materiais eMétodos..........................................................................04Análise.............................................................................................................................05ConsideraçõesFinais.......................................................................................................07ReferencialTeórico.........................................................................................................08Referênciasbibliográficas..............................................................................................10
Intrdução
Corrigir redações sempre foi um problema crucial nas
escolas para os professores e para os alunos. Daí a
importância de enfatizar que,não é a correção de erros
gramaticais que induzem o aluno a ser um produtor de bons
textos. A maioria das correções realizadas é sempre da
mesma forma: o professor ao corrigir um texto, ele risca a
palavra errada e escreve de vermelho por cima a palavra
correta. A maior parte deles fazem isso, quantas e quantas
vezes a minha professora fazia essas tão famosas correções.
Pensando nisso, vou por em debate as seguintes questôes:
Será que esse método é eficaz? O que torna uma
correção eficiente? Que tipos de estratégias de intervenção
escrita é mais produtivo para o aluno? Nós enquanto
professores de Lingua Portuguesa, como podemos contribuir
para a produção escrita ser de melhor qualidade? Como
corrigir uma redação, de modo a levar nosso aluno a
progressos significativos na aquisição da escrita?
Nós enquanto educadores devemos abolir de vez o estilo
de correção que consiste em tingir o erro de vermelho e
devolvê lo ao aluno sem ao menos instigálo ao procurar por
si mesmo onde está o erro.
Desenvolvimento- Materiais e Métodos
Para o desenvolimento deste trabalho, estou
considerando apenas duas das quinze aulas do meu estagio e
regencia em Língua Portuguesa e Literatura no 8° ANO do
Ensino Fundamental na Escola Municipal Maria Cecília dos
Santos em Coronel Murta, MG.
Ao decorrer dessas duas aulas a partir do poema Leilão
de Jardim de Cecília Meireles, pedi aos alunos que fizessem
o seu leilão que por sua vez ao invés de jardim, deveria
ser de outra coisa, ficaria a critério deles.
04 Análise
As atividades de produção de texto foram realizadas em
duas aulas, sendo que ao decorrer das aulas adotei as
seguintes atividade: leitura do texto( leilão de Jardim),
interpretação, produção e refacção do texto. Os textos
abaixo selecionados, foram os mais criativos da turma.
Texto A
Texto B
05
Por conter erros nos textos dos alunos , pedi a
refacção dos mesmos usando os critérios descritos em cada
um dos textos. Não grafei explicitamente os erros
encontrados, apenas dei pistas, sugestões, indícios para os
alunos identifica-los no texto. Depois de algum tempo, de
ler várias vezes os textos produzidos por eles, depois de
uma pesquisa no dicionário os alunos refizeram os textos e
me entregaram.
Texto A depois
Texto B depois
06Considerações Finais
Percebi que os alunos não tiveram dificuldade ao
refazer os textos, mas decobri algo inusitado: os alunos
estão mais preocupados com o tempo que a professora
deterninou do que com a qualidade nas suas produções. Na
primeira produção de texto, observo que alguns alunos
ficaram meio perdidos ao que estavam escrevendo, eu
percebia quando eles tinham dúvidas com relação ao que
escreveriam, mas mesmo assim continuavam a escrever e não
tomavam a iniciativa de pesquisar no dicionário as palavras
que tinham dúvida, eles preferiam continuar a escrever do
jeito que acreditavam que eram certo, talvez por preguiça
ou comodismo.
E por falar em comodismo, a maioria dos professores
são cômodos e por preguiça, falta de interresse ou
profissionalismo talvez, deixam o erro passar em branco
despercebido, ou então grafam os erros de vermelho e
entrega ao aluno para decorar o que errou. Alguns alunos
assimilam o erro e não volta a cometê-los, outros veem
aquele grafado como algo insignificante e não exitam em
dizer: “ ainda bem que eu errei só uma”.
Ao grafar os erros e não orientar os alunos como
encontrar esse erros, o professor dá a entender que
descobrir o erro é tarefa do professor e não do aluno.
Portanto o professor não deve somente mostrar o erro ao
aluno, mas sim orientá-lo, encaminhá-lo aos métodos que
serão utilizados por ele ( o aluno) para que encontre por
si só o seu erro e uso frequente da escrita e da leitura
são essenciais para que o aluno futuramente não volte a
cometer os mesmos erros.
07
Referencial Teórico
.O professor deve corrigir o texto como um orientador,
evitando ser um simples corretor de redação. Não se lê uma
redação, no processo de desenvolvimento da escrita, com o
objetivo de avaliar o texto do aluno, mas sim com o objetivo de
comentar, sugerir, orientar o aluno. Como orientador, o
professor evita-se uma postura arbitrária, dogmática, que faz do
professor o “dono da verdade”. De preferência, o professor deve
colocar se na posição de um leitor, que está ao lado do aluno
para ajudá-lo, para discutir com ele o texto produzido.
A avaliação de uma redação não deve restringir-se
simplesmente ao aspecto gramatical do texto. Tem sido muito
freqüentemente na correção de redações corrigir apenas os erros
gramaticais: ortografia, concordância, pontuação,etc. À medida
que o professor corrige apenas esse aspecto, é evidente que,
para o aluno, o insucesso
da redação foi determinado por falhas gramaticais. Então ele
concluiu que não sabe escrever, porque não sabe gramática.
A escrita exige outras habilidades, fundamentais que
ultrapassam a correção gramatical. Por esse motivo, as anotações
presentes numa redação devem preocupar-se com estes outros
aspectos relacionados com a composição do texto, não se
restringindo tão somente à gramática.
Eliana Ruiz diz que “gostaria de debruçar-se sobre um trabalho
no qual acreditasse, um trabalho que não encarasse a correção como um fim
em si mesma e, por isso, não se esgotasse nela". o que a autora quer
dizer é que,esse trabalho tomasse o professor como
mediador importante, e a tarefa de correção como alavanca
propulsora de um processo que continua, necessariamente no
próprio aluno com a retomada de seu texto. É absolutamente
fundamental que a análise esteja voltada para um outro tipo
de correção – aquela que visa também à reescrita dos textos
corrigidos. Sim, porque professor que não solicita a
reescrita do texto do aluno , precisa passar por uma
atualização constante. É nela que está o segredo do
"conserto" do sério problema das redações escolares sem
conteúdo.
Durante o estágio e regência, conversei com a
professora Danislane a respeito das produções textuais, ela
disse que os alunos em média escrevem um texto por semana
e quando é um assunto mais polêmico ou um tema bastante
discutido em jornais e tv, eles têm muita coisa a dizer e
até porque são coisas do dia a dia deles, mas quando ela
pede pra fazer uma produção de texto baseado nos temas
didáticos, a professora vê bastante dificuldade na
formulação dos textos pelos aluno.“Eu não gosto de trabalhar o
conteúdo preso somente aos livros, pois são temas as vezes distantes do
cotidiano deles, mas tem coisas que não tem como fugir e pular a página, eu
tenho que trabalhar aquilo e se eu vejo dificuldade eu tento trazer esse
assunto o mais perto possível do seu cotidiano, dando exemlos, fazendo
comparações,etc, aí funciona. E não adianta, para facilitar o aprendizado e
enriquecer o conhecimento do aluno temos que trabalhar com a
contextualidade.”
Os momentos de produção textual não devem ficar
restritos às avaliações e propor aos alunos que façam
redações no dia-a-dia é algo que deve ser estimulado por
todos os professores. Portanto, todas as produções
textuais devem ser corrigidas e afinal de contas, o aluno
escreve e o que escreve é para ser lido e espera uma
avaliação daquilo que produz; é assim que constrói o seu
conhecimento linguístico.
Mas sabemos do desafio de corrigir produções escritas
sem ser um professor especialista, mas é possível sim
corrigir as produções dos alunos, mesmo sem dominar todos
os conteúdos da Língua Portuguesa. A atitude de um
professor na correção de uma redação será a de colocar-se
na posição de um leitor, para comentar o texto produzido,
fazer sugestões, dar orientações e estar ao lado do aluno
para ajudá-lo.
A qualidade de um texto não se mede somente pela
correção gramatical, mas a gramática é de grande
importância para uma boa escrita. Mas há outras
habilidades fundamentais que ultrapassam a correção
gramatical, ao pensarmos que estamos lidando com a
capacidade de nosso aluno analisar e compreender um tema,
aplicar um modelo de estrutura, organizar suas ideias e
conseguir sintetizá-las no papel de maneira compreensível.
09
Referências Bibliográficas
FIORIN, José Luiz & SAVIOLI, Francisco Platão. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ed. Ática
THEREZO, Graciema Pires. Como corrigir redação. 5. ed.Campinas, SP: Alínea, 2006.
RUIZ, Eliana Maria Severino Donaio. Como se corrige redaçãona escola. Campina, SP: Mercado de Letras, 2001.
SERAFINI, Maria T. 1989. Como escrever Textos. Trad. de Maria Augusta